sábado, 5 de maio de 2012

Lorenzoni joga para a platéia e posa de paladino da ética. Novo Demóstenes?

O deputado Onyx Lorenzoni (DEMos-RS) deu seu showzinho na primeira reunião da CPI do Cachoeira, que lhe garantiu 15 segundos de fama no Jornal Nacional.

Encenação à parte, por que ele queria trazer Carlinhos Cachoeira para depôr na CPI antes de ouvir os policiais federais e procuradores que trabalharam na Operação Monte Carlo e Las Vegas?

Qual o sentido em dar preferência a ouvir a palavra dos 'bandidos' antes de ouvir a dos 'xerifes'?

A versão de Cachoeira deve prevalecer sobre a dos homens da lei?

Assim pega mal... Isso está parecendo coisa de quem quer criar confusão para desmanchar o flagrante, ou melar a CPI.

A gente já viu que cachorro que late não morde, em CPI.

Discursos inflados, sermões encenados de falsos paladinos da ética pouco ou nada acrescentaram para desbaratar esquemas criminosos.  Pelo contrário, muitas vezes é até jogo combinado, para esvaziar depoimentos, e terminar em pizza.

Já vimos esse mesmo filme antes, com outro ex-DEMo, o senador Demóstenes Torres, dando este mesmo show, encenando ser enérgico contra a corrupção, e por trás da encenação escondia-se o que está se vendo.

O que funciona melhor em CPI é perguntas certeiras, objetivas, testemunhos de gente que queira colaborar de fato, além de busca documental, cruzamento de dados e, sobretudo, análise rigorosa da quebra de sigilos bancários, fiscal e telefônico.

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