Conselho Editorial Sul-Americano em 25/05/2012
- Evidentemente, se a política econômica dilmista continuar agressiva, apenas, para sustentar medidas capazes de incrementar o consumo, sem cuidar dos investimentos que garantirão a oferta e a demanda, de modo a equilibrar o processo de desenvolvimento, sem pressões inflacionárias insuportáveis, o resultado será a crise, porque a estratégia se esgotará com a limitação inevitável do endividamento das famílias em meio aos juros altos no crediário, que não vão cair para patamares civilizados tão cedo. E diante da crise, os juros subirão, porque eles sempre sobem nas crises. O fato novo tem que ser criado pela decisão soberana e corajosa de utilizar as vantagens financeiras comparativas disponíveis, expressas nas reservas cambiais, cujo montante, na casa dos 400 bilhões, permite seja utilizada parte significativa – a metade, por exemplo – para ser jogada nos investimentos. Que outra fonte de dinheiro haveria para tocar a modernização das grandes cidades, a fim de melhorar a qualidade de vida das populações, e as obras de infraestrutura para dotar a economia de poder de competição internacional, se os investidores internacionais, em face da bancarrota capitalista global, estão fugindo para se acomodarem nos títulos dos governos ricos candidatos a se empobrecerem, recebendo juro zero ou negativo pelas suas aplicações? O Brasil tem tudo: mercado interno em ascensão por conta das políticas distribuiivas; base industrial e classes empresarial e trabalhadora diligentes; matérias primas baratas para serem utilizadas, internamente etc. Além disso, pode virar – já virou – atrativo à mão de obra especializada internacional, que se encontra deempregada no primeiro mundo, caminhando para virar terceiro, no ambiente de dsaceleração econômica deflacionária. E o mais importante: se no mundo desenvolvido, tudo já está feito, em matéria de infraestrutura, por aqui, no Brasil e na Améria do Sul, tudo está por fazer -duplicação, triplicação das estradas, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, redes de esgotos, metrôs etc. A Brasília subterrânea está ai para ser construida, enquando Agnelo fica fazendo obra de beira!. Se tem dinheiro sobrando, por que vacilar? Qual o maior risco: mater as reservas candidatas a se desvalorizarem, ou aplicar parte delas para render no desenvolvimento, que gera emprego, renda, produção, consumo, arrecadação e mais investimentos?
A colonização mental
brasileira, imposta…
Por que não utilizar 150 bilhões das reservas cambiais em dólares que não rendem nada para o povo a fim de dar o pontapé inicial para construção do BRASIL NOVO, construindo a infraestrutura e reformando geral as cidades brasileiras onde está o grosso da população melhorando, substancialmente, a sua qualidade de vida?
O País tem disponível quase 400 bilhões de dólares guardados no Banco Central, quantia candidata a se desvalorizar, rapidamente, no compasso da crise mundial, que, segundo Cristhine Largadé, diretora presidente do Fundo Monetário Internacional, será muito mais severa do que a grande depresssão de 1929?
Quem garante que esses 400 bilhões de dólares, aproximadamente, renderão alguma coisa para a sociedade, no ambiente de crise monetária, cujas consequências, como tem demonstrado, largamente, a história são as de levarem as moedas a perderem, fortemente, poder de compra?
Se todos forem buscar nos bancos os recursos depositados, quanto valerão essas quantias que superam, exponencialmente, os valores do PIB global, visto que a lucratividade que estava dinamizando a reprodução capitalista ampliada era fruto de pura especulação, que foi para os ares?
pela elite nacional eternamente
subordinada ao
Os próprios bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa, com suas politicas de expansão monetária, para tentar sustentar a demanda decaída, enquanto jogam os juros para baixo, de modo a evitar valorização das dívidas públicas, que detonariam hiperinflação exponencial, estão acelerando o calote monetário global, em escala acelerada.
Se os europeus decidirem pela criação dos Eurobonus, a fim de que o BC da Europa jogue mais moeda em circulação, para renegociar a dívida dos governos, liberando-os, relativamente, para tocar o desenvolvimento, realizando tarefa que hoje está por conta dos banqueiros, responsáveis por exigirem juros que os governantes não podem pagar, o resultado, evidentemente, será novas ondas inflacionárias, traduzidas em desvalorizações monetárias.
Ou seja, o destino das reservas cambiais dos países, antes acumuladas como proteção aos riscos, é o de perderem valor, configurando o perigo de se ter guardado uma riqueza que irá se esfumaçar.
Não é à tona que a China utiliza, nesse momento, as suas reservas para estocar matérias primas, comprar ativos reais pelo resto do mundo, ao mesmo tempo que já obtém, do governo americano, autorização para comprar os títulos do governo dos Estados Unidos diretamente do tesouro, sem passar por Wall Street.
É o preço cobrado pelos chineses, para continuarem financiando Tio Sam, sem pagar juro nenhum, da mesma forma que não recebem juro nenhum por suas aplicações, razão pela qual tentam sair desse dinheiro quente para outras alternativas, a fim de fugirem dos prejuízos etc.
capital estrangeiro,
contribuiu para criar nos
Por que, então, os brasileiros terão que fazer o contrário dos chineses, suportando um excesso de reservas cujo destino, anunciam analistas conceituados, é a desvalorização inescapável, visto que não haverá como superar os deficits americanos, pesados aos ombros do governo, que não o suportam?
Se a presidenta Dilma Rousseff saisse do acanhamento em que se encontra relativamente aos investimentos e partisse para lançar licittações internacionais, destinadas aos projetos de modernização dos centro urbanos, na construção de metrôs – em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasilia, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza etc – , jogando, nesse projeto, a metade das reservas internacionais disponíveis no BC, não haveria multiplicação desse dinheiro, com o objetivo de contratar o setor privado, nacional e internacional, alavancando obras, produção, renda, consumo, arrecadação e novos investimentos?
As grandes construtoras de infraestrutura urbana na Europa e nos Estados Unidos estão paradas, demitindo pessoal, sem expectativas de lucros, diante da desaceleração econômica global, prontas para o chamamento de licitações internacionais que fossem alavancadas pelo Governo Dilma, tendo como suporte, evidentemente, não , apenas, as reservas monetárias, mas todas as fontes de riqueza nacionais, como a oferta de matérias primas.
O que está fazendo o Ministério do Planejamento que não propõe algo ousado?
Ficam os economistas aí falando que as reservas é uma garantia contra fuga de capitais.
Ter medo disso, com 400 bilhões no cofre?
brasileiros a falta de
confiança necessária e
Para onde os capitais fugirão, se a crise estourar: para os Estados Unidos? Para a Europa? Para o Japão?
Vão fazer o que lá, se não tem demanda por conta da falta de oferta que foi derrubada pela bancarrota financeira, responsável por jogar a economia no chão, inviabilizando a reprodução ampliada de capital na especulação, onde estava sendo produzida, keynesianamente, renda para o consumo, se o juro por lá está na casa dos zero ou negativo?
O fato é que os capitais não têm mais para onde fugir, se os tesouros dos países ricos deixaram de ser a última segurança, para se transformarem na boca do inferno onde o capital volátil pega fogo e desaparece.
Se Dilma Roussef ficasse com 200 bilhões de dólares de reservas do total de quase 400 bilhões de dólares acumulados, somados às riquezas potenciais brasileiras, das quais as manufaturas globais dependem, ainda, disporia de segurança máxima contra os especuladores, porque teria o que os neoliberais da Era FHC não tiveram, ou seja, o mercado interno consumidor, abastecido por melhor distribuição da renda.
Então, por que esse medo todo?
É bom lembrar que o ex-presidente Sarney governou o Brasil dispondo, APENAS, de 4 bilhões de dólares de reservas e, ainda, assim, não morreu, embora tenha passado dificuldades enormes, porque o PMDB, esse partido chupim, puxou o tapete dele – ah, Ulisses Guimarães! – , negando-lhe apoio politico para enfrentar os banqueiros internacionais.
suficiente em si
mesmo para vencer os
Isso jamais aconteceria com Dilma, que tem 400 bilhões de dólares, aproximadamente, no cofre, para gastar, se quiser, acelerando o desenvolvimento sustentável, puxando, com isso a demanda global, que está parada, atraindo, para a America do Sul, os capitais desesperançados por falta de demanda e oferta nos países ricos, candidatos a ficarem pobres, se tudo continuar como está, ou seja, com os ricos divididos entre si pela ganância.
A base política dilmista no Congresso não faria com ela o que o deputado Ulisses Guimaraes fez com Sarney, razão pela qual, em sua biografia política, o parlamentar do Maranhão descascou o Sr. Diretas, com muita razão.
O momento é outro.
Da mesma forma, dificilmente, ocorreria um overshotting contra o real, como aconteceu no final do Governo FHC, porque, ao contrário da orientação entreguista fernandina, expressa nos juros básicos na casa dos 35% ao ano, os juros, na Era Dilma, estão cadentes, por força das novas circunstâncias internacionais, que transformaram os juros em inimigos dos governos ricos, superendividados, predispostos, portanto, ao calotes.
FHC, para sustentar o real, tomou dinheiro emprestado demais a juro alto selic, que chegou aos 45% ao ano, principal motor da fuga, pois, a partir de determinado momento, os próprios banqueiros internacinais passaram a desconfiar do milagre, que, quando é demais, o santo desconfia.
os obstáculos como
se fossem insuperáveis. FALSO.
Por isso, fugiram, e a inflação, no final da Era FHC, voltou a explodir, levando os tucanos a afirmarem que a volta da pressão inflacionária decorria da desconfiança do mercado internacional diante da possibilidade de Lula chegar à Presidência da República.
Mentira: farsa tucana!
Sob Dilma, a inflação está sob controle, há dinheiro sobrando, faltando, apenas, MAIS CORAGEM!
Se JK, em 1956, com todas as limitações técnicas então existente, construiu Brasília em cinco anos, detonando uma era desenvolvimentista, não seria mais fácil, hoje, com o desenvolvimento científico e tecnológico muitas vezes mais avançado, produzir um BRASIL NOVO, também, em cinco anos, ou menos?
JK mandou o FMI tomar banho na soda e tocou o barco, tomando dinheiro emprestado.
Dilma, agora, não precisaria de pedir dinheiro, como fez JK, porque a grana está guardada, reservada, para apodrecer, se não for utilizada, no compasso da crise monetária global, que destroi as moedas especulativas.
O dinheiro compra tudo!
Falta mão de obra especializada?
Traz os todos especialistas internacionais que estão desempregados no primeiro mundo para trabalhar no Brasil!
É desse pessoal que o país precisa, para se transformar em professores das novas gerações etc.
Medo de que , PÔ!
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