Qui, 31 de Maio de 2012 13:23
O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) recusou-se nesta quinta-feira (31) a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a relação dele com o contraventor Carlos Cachoeira. A negativa gerou protesto na comissão. Demóstenes usou a prerrogativa Constitucional de permanecer calado. O relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse que o senador perdeu a oportunidade de prestar esclarecimentos. Para Odair, a estratégia do silêncio pode levar à perda de mandato do denunciado.
“Ele teve oportunidade de explicar as diversas contradições evidenciadas no depoimento que fez ao Conselho de Ética do Senado. Nós entendemos que essas contradições precisam ser esclarecidas. O silêncio do senador Demóstenes não é o silêncio dos inocentes. Com isso, ele pode ter assinado, hoje, a própria cassação”, constatou Odair Cunha.
O relator disse ainda, que a negativa do depoente não vai atrapalhar os trabalhos da comissão. Odair informou que as investigações terão como base as quebras de sigilos e os futuros depoimentos, já aprovados pela comissão. Ele disse também que as pessoas que irão depor na CPMI, na condição de testemunhas, são obrigadas a dizer a verdade, sob pena de serem responsabilizadas criminalmente.
Em relação aos debates acalorados que aconteceram na reunião, o relator ponderou sobre a adoção da prática da “boa civilidade”. “Queremos que as pessoas sejam respeitadas, evidentemente. Esse tipo de circo que muitas vezes acontece no plenário da CPMI não contribui”, avaliou o relator.
Governadores - A comissão definiu as datas para os depoimentos dos governadores. O governador de Goiás, Marconi Perillo depõe no próximo dia 12 de junho. Já o depoimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi marcado para o dia 13 de junho.
Benildes Rodrigues
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