Serra, Gilmar e Veja: conspiração?
Por Altamiro Borges
Saiu hoje na coluna de Mônica Bergamo:
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Quarto elemento
Há alguns dias, José Serra ligou para o ex-ministro Nelson Jobim. Pediu a ele que falasse com a revista "Veja". Jobim atendeu ao pedido do amigo – e só então soube da reportagem sobre Lula e o ministro Gilmar Mendes. Escaldado, Jobim disse não ter presenciado nada beligerante na conversa entre os dois, que ocorreu em seu escritório, em Brasília.
Memória
Mendes afirmou à revista que Lula tentou convencê-lo a adiar o julgamento do mensalão. Em troca, teria oferecido proteção na CPI do Cachoeira. Jobim contradiz o ministro. Lula também nega.
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A nota da colunista da Folha é inflamável. Ela sugere uma articulação sombria entre o eterno candidato tucano, a revista acusada de associação com o crime organizado e o ministro do STF envolvido em várias crises institucionais. A conspiração, se confirmada, tem nítidos objetivos golpistas. Visaria atingir a honra e a liderança de Lula e tumultuar o quadro pré-eleitoral.
Diante da entrevista de Gilmar Mendes à Veja, quando acusou sem provas o ex-presidente de tentar chantageá-lo, os líderes do PSDB propuseram chamar Lula para depor no Congresso Nacional. Não seria o caso, agora, de convocar José Serra para explicar suas relações de amizade com o ministro do STF e sua ascendência sobre a revista – ajudando em suas pautas difamatórias?
O medo do pitbull da Veja
A carga explosiva da notinha de Mônica Bergamo já foi sentida por um dos capachos do ex-governador. O blogueiro agressivo e doente da Veja sentiu o baque. Para ele, a nota serve de “palavra de ordem para a esgotosfera: ‘Culpem o Serra!’”. Desesperado, Reinaldo Azevedo já partiu para baixaria, tentando desqualificar a jornalista da Folha.
Para ele, a notícia não tem valor. “Se é verdade ou mentira, pouco importa. Monica começou a trabalhar para a Polícia Federal e também está interessada em saber quem fala e quem não fala com Veja? Amiga de José Dirceu e ex-namorada de seu advogado, José Luís de Oliveira Lima, ela escreve uma notinha que faz dar a impressão de que tudo não passou de uma espécie de tramoia da oposição — e, se é assim, não pode faltar o nome de Serra”.
O pitbull da Veja, cada vez mais desmoralizado, isolado e temendo por seu futuro, chega a sugerir que Mônica Bergamo faria parte do movimento dos blogueiros progressistas – que ele apelidou de JEG. É uma calúnia, posso garantir! O único jegue neste caso é o próprio colunista da Veja.
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