segunda-feira, 7 de maio de 2012

Aécio Neves, futuro presidente dos Estados Unidos do Brasil, grande estadista, nos ensina que o país chegou ao futuro com a internet e que nada dependeu do governo federal. Concordo, nada dependeu do governo FHC, do PSDB. Aécio deixou uma Minas Gerais falida e agora posa de professor. Coitado!

Aécio Neves
Horizontes da internet
Eterno país do futuro, o Brasil já pode comemorar o fato de ter deixado de ser promessa num dos campos mais relevantes da atualidade: a internet.
O site Social Bakers nos informa que somos a segunda nação com mais usuários no Facebook, com mais de 46 milhões de perfis, atrás apenas dos EUA. Praticamente um em cada quatro brasileiros está na mídia social de maior expressão nos dias de hoje.
Quando ainda nem se usava amplamente a expressão "redes sociais", o Brasil já dividia a liderança do Orkut com a Índia. Em vários momentos da última década, as pesquisas Ibope-Nielsen mostraram uma liderança persistente dos brasileiros em tempo médio de navegação, à frente de internautas dos EUA, do Reino Unido, do Japão, da França e da Alemanha, entre outros.
Um dos maiores fenômenos da breve história do YouTube teve um inusitado colorido verde-amarelo e ainda ecoa. Sem entrar no mérito dos que gostam e dos que não gostam do gênero, não há como ignorar o feito de Michel Teló, que bombou entre os videoclips mais vistos planeta afora. Polêmicas à parte, o fenômeno confirmou a existência de imensa e promissora janela de oportunidades para os brasileiros.
A grande vantagem aqui é que nada disso até agora dependeu do governo federal. Muito pelo contrário. Toda essa estimulante performance se dá a despeito de uma banda larga ruim e cara, que costuma nos empurrar para posições sofríveis nos rankings de qualidade tecnológica.
A velocidade com que se multiplicaram os celulares, resultado da correta privatização do sistema Telebrás, nos anos 90, está a exigir mais determinação na democratização e na melhoria dos serviços de banda larga.
Há um largo horizonte de crescimento pela frente. Com uma múltipla teia de conexões em todos os continentes, a internet pode ser uma plataforma importante para que empresas brasileiras se renovem e encontrem novos mercados para seus produtos.
Isso sem contar as muitas oportunidades na era da Copa e das Olimpíadas para a marca Brasil. O país do café, do Carnaval e do futebol pode abrir, assim, outras promissoras fronteiras de posicionamento internacional.
No campo interno, em que pese muitas vezes a ocorrência de um organizado enfrentamento político de baixíssimo nível, há inquestionáveis ganhos com a disseminação de informação e a construção de um ambiente favorável ao debate sobre as grandes causas e mazelas nacionais.
Tal como em outras partes do mundo, aos poucos a internet espontaneamente se movimenta para redescobrir o
país real, dos enormes passivos sociais e da corrupção institucionalizada. Contra toda massiva propaganda oficial, agora basta apenas um click.
AÉCIO NEVES escreve às segundas-feiras nesta coluna.

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