quinta-feira, 31 de maio de 2012

Em tucanagem explícita em Brasília, só conversa fiada e à toa
Publicado em 31-Mai-2012
Falam em assumir o legado de FHC. O principal, a privataria tucana?... Em mais uma tucanagem explícita, daquelas que eles fazem costumeiramente em Brasília com pura conversa fiada e à toa, o comando nacional do PSDB cobrou nesta 4ª feira (ontem) a "nacionalização" do discurso tucano dos pré-candidatos do partido nas eleições municipais deste ano.

A receita tucana para a campanha de 2012 - e para as futuras - foi repassada pelo presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), o principal líder nacional deles, senador Aécio Neves (PSDB-MG) e por outros integrantes da direção tucana. Na plateia, 60 pré-candidatos a prefeito pelo partido nas 100 maiores cidades do país. Por "problemas de agenda", o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo José Serra, não compareceu.

O senador Aécio sugeriu que os candidatos tucanos nacionalizem parte da campanha local deste ano, discutindo temas nacionais e repassando para o eleitor o que o PSDB pensa sobre essas questões. "A homogeneidade no discurso do PSDB nas questões nacionais será um diferencial", previu.

Herança de Aécio para Anastasia: um Estado falido


Depois Aécio descambou a falar da excelência dos governos tucanos. Teve a coragem de fazê-lo mesmo com seu sucessor, o governador Antônio Anastasia (PSDB) - eleito por ele - governando um Estado falido, herança do chamado choque de gestão aecista.O tal choque se resume a enxugamento da máquina, desemprego e demissão de funcionários públicos.

Na tucanagem de ontem o rol de recomendações foi vasto. Uma delas para a campanha deste ano foi o resgate do legado do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. "Nas últimas campanhas de presidente, nós fizemos (cometemos) um erro muito forte. No primeiro momento, nos colocamos para baixo, preocupados com a rejeição ao Fernando Henrique. Nós praticamente escondemos o legado. E em outras campanhas não valorizamos".
Aí Guerra jogou nas costas da militância a culpa pela derrota na eleição nacional de 2010. Cobrou do PSDB que tenha militantes "vivos", capazes de divulgar as bandeiras do partido. Destacou, ainda, que foi preciso a presidenta Dilma Rousseff reconhecer a importância do ex-presidente FHC para o PSDB ter coragem de explorar e assumir o seu legado.

Agora pensam no resgate do legado de FHC


Vão incoporar este legado à campanha deste ano, assumi-lo de vez? Estou curioso para saber como vão fazer isto. Sim, porque na campanha eleitoral presidencial de 2002, FHC era tão rejeitado e estava tão em baixa que não o deixaram botar o pé uma vez sequer num palanque do candidato deles ao Planalto, José Serra.

Na de 2010, de novo com José, foi a mesma coisa. Até quiseram "exilar" o ex-presidente, aconselhado e induzido a ficar fora do país na maior parte do tempo da campanha. Outro problema que eles não tem como resolver: o maior legado dos governos FHC são as privatizações, também chamada pela mídia de privataria tucana.

Isso mesmo, as privatizações das quais em outra campanha presidencial, o candidato deles Geraldo Alckmin tremia toda vez que o assunto era levantado. Fugia dele como o diabo da cruz. José também, em 2002 e 2010 desviava o assunto rapidinho, sempre que era colocado.

Agora pensam no resgate do legado de FHC. Mas, este ano e sempre, o legado é o mesmo, não muda...Vão assumir?

Leiam, também, o post abaixo Um reconhecimento tucano aos méritos do PT e de Lula.

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