"Coloco à disposição da CPI meus sigilos", diz Agnelo
Comissão aplaude iniciativa do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; ele ofereceu a quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico; "Venho para restaurar a verdade", disse Agnelo Queiroz, do PT; "a organização aqui investigada tramou a minha derrubada", disse ele; "meu governo vem sendo perseguido pelo crime organizado".
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, iniciou às 10h38 seu depoimento à CPI do Cachoeira como uma postura agressiva. "Alguém aqui pode me citar um só nome de alguém que eu tinha indicado para o governo a pedido do sr. Carlos Cachoeira?", questionou. E depois citou trecho de grampo do araponga Idalberto Mathias, o Dadá: "Não conseguimos nomear nem um gari", repetiu o governador.
Nos primeiros minutos de seu depoimento, o governador afirmou que no vigésimo sexto dia de sua administração pediu auditoria em uma série de áreas da administração, entre elas o contrato da Delta Engenharia para coleta de lixo no DF. E afirmou que seu governo vem sendo perseguido pelo crime organizado. "A organização aqui investigada tramou a minha derrubada", disse.
Citando conversas das operações da Polícia Federal, em que membros do grupo de Cachoeira criticam o governo do DF, Agnelo defende que não deixou o crime se instalar em seu governo. E desafiou os presentes a citarem algum caso de infiltração da organização do bicheiro no Estado. "Que negócio [essa organização] conseguiu fazer aqui?", perguntou.
Causando agitação na CPI, o governador colocou à disposição dos parlamentares, ao final de seu depoimento inicial, a abertura de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. "Quem não deve não teme", disse. Antes mesmo de terminar a fala, o depoente foi aplaudido na sessão.
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