segunda-feira, 4 de junho de 2012

Lamentavelmente, Lula não morreu


Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!

O Sintonia Fina reproduz texto do Conversa Afiada





Amiga navegante baiana liga, aflita: “querem matar o Lula !”

Como assim ?

Ela explica.

O editorial do Estadão, no domingo, considerou o programa do Ratinho “um espetáculo de endeusamento”.

O Estadão fica horrorizado porque o Lula comeu rabada na casa do Ratinho.

Rabada ?

Onde já se viu ?

Se fosse “canard à l’orange”…

Pior: o Estadão ficou uma fera, porque o Nunca Dantes foi logo ao “programa de um dos animadores preferidos das classes pobres”.

Onde já se viu !

Os editorialistas do Estadão preferem a BBC ou o “Roda Presa”, antigo “Roda Morta”, antigo “Roda Viva”.

(Sim, porque “Roda Viva” se tornou um símbolo da resistência ao regime militar e o programa, hoje, passa a mão na cabeça dos torturadores. Qualquer dia desses chamam o Coronel Ustra para entrevistar.)

O Estadão, como se sabe, é aquele jornal da província de São Paulo, dos tempos do PRP, que chamou a Dilma e o presidente do Supremo de mentirosos.

No Globo, domingo, alertou a amiga navegante, o “Merval Global e o Melhor do Carnaval”, diria o Boni, considera que Lula está “emocionalmente desestabilizado”.

Que Lula se coloca no centro do universo e tem a “alma autoritária”.

Lula assumiu uma postura “despótica, quase ditatorial”, porque anunciou “tucano nunca mais” !

Merval volta à tecla do “mensalão”, que está por provar-se, agora que parece desvanecer-se o sonho de o Peluso condenar o Dirceu.

Não vai dar tempo.

E mesmo se desse, este ansioso blogueiro queria ver o Ministro Peluso condenar o Dirceu sem provas.

Inexplicavelmente, o Merval não trata da Privataria.

Considera o “mensalão” (que está por provar-se) um conjunto maior que os Pecados Capitais, juntos.

Este ansioso blogueiro prefere a Privataria.

Nesta segunda-feira, a amiga navegante, chegou ao PiG (*) chic: o Valor.

É o PiG (*) travestido de “jornalismo de economia” que, como disse o Delfim (e depois desmentiu) no Brasil não é um nem outro.

O editorial do Valor desta segunda-feira diz que houve um “bate boca” entre Lula e Gilmar.

Até onde a vista alcança, não houve “bate” nenhum.

A única “boca” que bateu – contra si mesma – foi a do Gilmar Dantas (**).


O Valor defende a tese de que Lula “debochou” da legislação eleitoral, porque foi ao programa do Ratinho.

E que a “movimentação de Lula enfraquece a Dilma”.

Ah, que inveja !

Que pena que o Farol de Alexandria, aquele que fugiu de Ley de Medios, não “enfraqueça” o Cerra igualmente.

O PiG (*) comprou a versão do Gilmar Dantas (**).

E ignorou que a única testemunha, o Nelson Johnbim, desmentiu categoricamente o Gilmar Dantas.

De repente, o Nelson Johnbim perdeu a credibilidade no PiG (*).

(Este ansioso blogueiro aguarda ansiosamente a entrevista que a Eliane Catanhêde fará com o Nelson Johnbim, ela que, sempre, fez tantas entrevistas com o então Ministro da Defesa.)

O PiG matou o Johnbim.

Agora, diz a amiga navegante, o PiG (*) lamenta que o Lula não tenha morrido.

Lamenta que o Lula não perdeu a voz.

E lamenta profundamente que o Lula tenha nascido.

Porque, enquanto for vivo e tiver voz, nenhum tucano subirá a rampa.


Paulo Henrique Amorim






Sintonia Fina

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