Os Ecotópicos, a Governança Global, o Mito e o Terror
"CRUZADOS LUTANDO CONTA AS FORÇAS DO MAL DO AQUECIMENTO GLOBAL". AQUI |
Em vez disso, eles anseiam por papéis de destaque no palco do mundo, vestidos em trajes de super-heróis e acompanhados por música portentosa. As visões que possuem enquanto dormem, são de cerimónias televisivas em que são cobertos de medalhas ao pescoço, enquanto que uma platéia de milhares de pessoas aplaude o seu status de salvadores-do-planeta.
Já em 1970, há 42 anos, a superpopulação foi a crise ambiental "du jour". O público foi instado a ter no máximo dois filhos, e o relato dos jornais sobre o discurso proferido pela voz de um activista que virou ecológico, o citou dizendo:
"Não temos muito mais do que uma década à frente. Essa geração será a última com uma chance de fazer algo ... Em 1975 os Estados Unidos exportarão o seu último grão de trigo. E em 1985 ... a poluição do ar vai ser tão ruim ... não haverá suficiente [oxigênio] para respirar e o homem perecerá.
Artigo integral: Terrorismo Climático
Opinião do Professor Pinto de Sá do IST:
em muitas civilizações antigas praticavam-se sacrifícios humanos.
Nas civilizações Azteca, Maia e Inca, são bem conhecidos os assassínios rituais (geralmente de crianças) como forma rotineira de influenciar a sorte da vida e em especial o clima, oferecendo aos Deuses. O filme Apocalipto popularizou o conhecimento dessas práticas.
Mas, por toda a Antiguidade desde a Pré-História, praticaram-se sacrifícios humanos: Jeová pediu a Abraão que sacrificasse o próprio filho (tendo depois comutado o pedido no sacrifício de um carneiro), e a lenda diz que Cartago sacrificou todos os primogénitos quando soube que Cipião desembarcara com as suas legiões em África (os romanos, aliás, desprezavam profundamente a prática de sacrifícios humanos destes e outros "bárbaros", como os gauleses).
Nas civilizações que triunfaram, em regra as práticas de sacrifícios humanos acabaram nos primórdios (como no Egipto), mas na Índia regiões houve em que ainda se praticavam no sec. XIX, tal como em África em regiões não islamizadas nem cristianizadas.
Tendo ocorrido de forma tão generalizada em tantas regiões e comunidades humanas que não comunicavam entre si, ocorre pensar que há algo de universal na psicologia humana que promove a prática auto-sacrificial como forma de lidar com fenómenos catastróficos cuja causa se desconhece. Um extraordinário romance que li na adolescência descreve essa psicologia: "A um Deus desconhecido", de Steinbeck.
A personagem central, um farmer da Califórnia, desenvolve uma relação imaginária com os elementos da Natureza com que lida, elegendo uma árvore particular para representante do espírito que vai atribuindo a esses elementos e, no fim, arruinado por uma seca devastadora, abre os pulsos perante a árvore que escolhera como altar, num auto-sacrifício visando o regresso da chuva...
Pessoalmente penso que este tipo de pensamento mágico está muito mais disseminado entre nós do que se pensa, e que pode ser identificado em inúmeros negócios que o exploram como, num exemplo entre tantos outros, os produtos dietéticos (caros e de mau paladar) para quem precisa de emagrecer...
Ora vem isto tudo a propósito de me ocorrer que, também na questão do Aquecimento Global e das medidas auto-punitivas que certas correntes advogam para o "acalmar", se observa o mesmo tipo de pensamento mágico e de irracional sentimento de culpa que Steinbeck narrou no A um Deus desconhecido.
A questão é que, como já em tempos aqui notei a partir dos próprios relatórios do Painel climático Inter-governamental da ONU (IPCC), mesmo admitindo que o Aquecimento Global em curso resulta da emissão de Gases causadores de Efeito de Estufa, a parcela resultante das emissões pela produção mundial de energia eléctrica e pelos transportes rodoviários é de... apenas 20%! Só as emissões pelos incêndios florestais emitem tanto como todas as centrais eléctricas de combustíveis fósseis e todos os automóveis e camiões do mundo juntos!!!... e isto sem falar do mau uso do solo criado pela explosão demográfica!...
Neste contexto, como explicar o afã com que os ecotópicos nos procuram aterrorizar com degelos terminais e cheias apocalípticas, se nós e a Ásia não reduzirmos o consumo de energia e o uso do automóvel, a não ser pelo mesmo tipo de pensamento mágico e invocação auto-sacrifical pré-científicos?
Na verdade, ocorre-me que o verdadeiro terror que se instalou nos centros europeus donde emanam estas directivas não é o das tais cheias e dilúvios, mas sim o da... poluição asiática. Ou melhor: o do fim da Europa como centro do Mundo e o da emergência da Ásia que bem gostariam de ver voltar aos seus antigos consumos...!
E, contra isso, reagem com estes auto-sacrifícios de energia renovável caríssima e, se não reagirmos, em breve a medidas punitivas do uso do automóvel não-eléctrico (portanto, do automovel tout court...). Ideias para que tentaram arrastar o resto do Mundo em Copenhaga mas que, como era evidente aconteceria, a Ásia ignorou soberanamente!
Entretanto, recordo, tudo isto assenta no pressuposto de que o Aquecimento Global é o produto da emissão de Gases causadores de Efeito de Estufa, portanto de causas antropogénicas. Ora isto está longe de ser matéria científica inquestionável!
Sem me querer alongar sobre este tema, diria apenas que um reputadíssimo cientista, o Prof. Jan Veizer, Professor emérito de Geologia da Universidade de Otawa, um eslovaco de origem que fugiu aos 27 anos da Checoslováquia em 1968 e que mais tarde ganhou reputadíssimos prémios internacionais, tem ligado o seu trabalho geológico à estimativa da incidência de raios cósmicos de origem galáctica ao longo da História do planeta, e verificado correlações quase perfeitas entre essa radiação e a variação a longo prazo do clima, assim desafiando a perspectiva limitada do IPCC, que reduz tudo aos Gases de Efeito de Estufa (os quais, a propósito, não conseguem explicar as passadas Idades do Gelo ou o Clima tropical dos pólos no tempo dos dinossauros).
Um resumo em poucas linhas da perspectiva de Jan Veizer pode ser encontrado aqui, e um excelente artigo de 4 páginas seu, de 2009, aqui. Um outro artigo seu de 2005, mais "pesado", mostra como esta teoria pode explicar também as variações de temperatura dos últimos 4 biliões de anos, muito anteriores à própria existência da Humanidade.
Resumidamente: existe uma correlação inquestionável entre a intensidade da radiação cósmica que atinge a Terra e a respectiva temperatura, ao longo dos tempos.
Os primeiros resultados foram apresentados há poucas semanas, mas, algo inexplicavelmente, ainda não são conhecidos.
De qualquer modo, os cientistas do CLOUD não negam que os Gases de Efeito de Estufa sejam um factor no Aquecimento Global; o que argumentam é que, pelo menos, não são o único factor! A redução da radiação cósmica terá no actual Aquecimento Global entre 45% e toda a responsabilidade, mas isso terá ainda de ser melhor contabilizado!...
Entretanto, os ataques furiosos e muitas vezes ad hominem que se desencadearam contra estes cientistas são de espantar! Ou talvez não...
É que, tal como nas antigas civilizações Maia, Azteca e Inca, ao medo do inexplicável e aos sacrifícios humanos vinha associado poder - o poder dos sacerdotes - assim o mesmo acontece com os líderes ecotópicos!
E, se não é difícil compreender que os sacerdotes Maias não gostariam de ver aparecer alguém a dizer que os sacrifícios humanos que eles executavam eram inúteis e que mais valia fazerem sistemas de irrigação que prevenissem a ocorrência de épocas de mais chuva ou de mais seca, também os novos sacerdotes do Templo climático se encarniçam por todos os meios contra o que possa ameaçar o poder político que conseguiram!
E, ao lado desses sacerdotes, estão todos os interesses instalados, tal como apoiando os sacerdotes Maias estariam os construtores de altares para sacrifícios, os afiadores das facas de execução e os caçadores de vítimas.
Artigo integral: A ciência não é neutra
Qual a finalidade?
Segundo a Forbes:Uma Governança Global mais forte é necessária para mitigar o impacto humano sobre o clima da Terra e garantir o desenvolvimento sustentável, de acordo com 32 cientistas, que publicaram um artigo na edição de sexta-feira na revista Science.
Nesse artigo intitulado"Navegando no Antropoceno: Melhorar a Governança Mundial com o Sistema Terra", os académicos argumentam que as instituições actuais, incluindo as Nações Unidas, têm-se mostrado insuficientes para as necessidades que a humanidade agora enfrenta.
Os 32 cientistas são membros do Projeto Terra Sistema de Governança Mundial, de modo que seus pontos de vista não são nenhuma surpresa. O projecto é um esforço já velho, para coordenar a pesquisa sobre a governança global, com um interesse declarado na reforma das Nações Unidas, a fim de mitigar os impactos humanos sobre o meio ambiente.
A Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (IPCC), actualmente desempenha o papel mais proeminente na tentativa de forjar acordos internacionais em resposta ao aquecimento global. Acolheu em 2009 a Conferência de Copenhaga sobre Alterações Climáticas, que produziram o Acordo de Copenhague, um "acordo político voluntário" que tem produzido pouco progresso na questão de parar ou mitigar, as emissões de gases com efeito estufa.
Os 32 cientistas descrevem esforços como este como prova de que as instituições actuais, são incapazes de enfrentar eficazmente o que o jornal descreve como "as actividades humanas estão a mover os ecossistemas da Terra, para fora do intervalo de variabilidade natural típico dos últimos 500.000 anos."
Sábado, 14 de Abril de 2012
o porquê de a Islândia não se juntar à União Europeia
a Islândia é uma pequena ilha com 320 mil habitantes, apenas um pouco maior que a Madeira (que tardiamente nos veio brindar com uma dívida encoberta de 5.000 milhões de euros, ou seja, cerca de 20.600 por cada um dos seus 242 mil habitantes). Ao contrário, em 2007 a Islândia tinha um dos maiores produtos internos brutos per capita do mundo! e indicadores de grande prosperidade: o quarto país nos indices de produtividade e forte capacidade de atracção de investimento financeiro. Em 2008 a dívida soberana da país era de 28% do PIB e tinha um superavit orçamental de 6%. Era o Oásis de que falava o Cavaco sem nunca o ter visto... A falência dos três maiores bancos islandeses em 2008 (que tinha sido privatizado cinco anos antes) com dívidas acumuladas iguais a seis vezes o produto interno, provocou um custo imediato superior a 75% do PIB, uma queda de capitalização bolsista de 90%, uma desvalorização de cerca de 50% em relação ao Euro e uma inflação de 14%. O banco Icesave, uma filial online do maior banco islandês, o Landsbanki, devia aos seus depositantes, a maioria especuladores estrangeiros, ingleses e holandeses, o equivalente a 3,9 biliões de euros. Em 2010 cerca de 93% da população disse em referendo que essa divida devia ser repudiada e imediatamente anulada. Como o governo é democrático assim se fez, acrescentando-lhe uma auditoria que acabou por determinar a incriminação dos responsáveis politicos e bancários pelos crimes de especulação e corrupção cometidos. Exemplar. A Islândia voltou a crescer a um ritmo elevado, a sua soberania está preservada
Gostei da parte em que diz:- O povo islandês é astuto e perspicaz, com sabedoria inculcada por séculos de vida em condições difíceis, sabem perfeitamente que não querem abdicar dessa liberdade.
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