Brasil precisa reduzir dependência de fertilizantes do exterior, diz Dilma
Presidente Dilma Rousseff participou de cerimônia em Sergipe.
Petrobras arrendou à Vale exploração de potássio para produzir fertilizantes.
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Rosário do Catete (SE) (Foto: Roberto Stuckert Filho
/ Presidência)
"Um país que tem potássio, que tem tecnologia para transformar carnalita em potássio, não pode depender da forma como dependemos em 90% para o uso do potássio de países do exterior. [Com o projeto] podemos cada vez mais ser mais produtivos e mais competitivos e barateando o custo da nossa produção. Barateando para quem? Para a mesa do povo", afirmou Dilma.
A presidente participou de cerimônia de contrato de arrendamento de reservas de potássio entre a Petrobras e a Vale. A petroleira arrendou à mineradora, por prazo de 30 anos, o direito de explorar potássio em uma região que também possui petróleo. Esse projeto – chamado Carnalita – é um dos principais tocados pela Vale destinado à produção de fertilizantes. Carnalita é um mineral a partir do qual é produzido o potássio, usado em fertilizantes.
"Hoje alimento tem a ver com energia e fertilizante. Nós somos importadores de fertilizantes, somos dependentes de fertilizantes, mas não devíamos ser porque somos um país com recursos naturais diversificados. [...] Esse momento é estratégico para o país porque fertilizante é algo crucial para a nossa segurança alimentar, para a capacidade de abastecer nossa agricultura", completou a presidente.
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Segundo Dilma, o projeto Carnalita antecipa "a necessidade de o país ter cada vez mais fontes de fornecimento". "E é verdade que temos um das maiores reservas do mundo no Amazonas, mas também é verdade que essa reserva tem vários desafios tecnológicos, portanto a Carnalita é a demonstração de que estamos dando um passo aqui e agora."70% dos fertilizantes são importados
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, que discursou no evento antes de Dilma, afirmou que o Brasil importa 70% dos fertilizantes que consome e 90% do potássio.
"A oferta de potássio vem crescendo, mas não consegue acompanhar o ritmo de crescimento do consumo", disse Ferreira. Com o projeto Carnalita, a Vale prevê duplicar a quantidade de potássio produzida no país, passando a 1,2 milhões de toneladas ao ano. Ainda de acordo com Ferreira, o projeto vai criar 4 mil empregos diretos na fase de construção e outros 700 diretos durante a operação.
"Nós temos ainda um estoque de terras agricultáveis considerável, mas não podemos avançar nele repentinamente para produzir os grãos. Precisamos aumentar a produtividade, mas sem fertilizantes essa produtividade não se alcançará. Seria, portanto, uma estratégica quimérica, tentativa apenas. Precisamos que a Vale se junte a Petrobras, ao governo brasileiro como um todo [...], para que este objetivo seja alcançado e alcançado o mais depressa possível."
Segundo o governador de Sergipe, Marco Déda, o projeto vai “alavancar” a indústria de Sergipe. "Sergipe é hoje um pólo de fertilizantes. É a alavancagem que esse projeto vai trazer na indústria de Sergipe consolidando o estado como produtor de fertilizantes no momento em que agricultura brasileira assume liderança internacional."
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