quarta-feira, 30 de maio de 2012
Ourobrás e Ferrobrás, novas estatais, urgente: lastro forte para real virar moeda internacional
Conselho Editorial Sul-Americano em 24/05/2012
Diante da crise internacional
em que os ricos…
No novo mundo em que a moeda fictícia especulativa estourou a banca e jogou a economia mundial na bancarrota total, o lastro real que configura a riqueza não é mais papel emitido pelos governos, atualmente, no calor do novo crash global, falidos e desesperados, sem crédito capaz de dar segurança ao mercado financeiro, cuja disposição, ao contrário, é a de fugir deles, buscando novos ativos para sua segurança.
Onde estão esses ativos?
Claro, nas mercadorias que valorizam no compasso da demanda e da oferta delas, expressando nova correlação de forças.
Quem tem essas moedas fortes, expressão real da riqueza?
A América do Sul, especialmente, o Brasil.
Por que o governo brasileiro, em vez de continuar acumulando dólares para dispor de reservas suficientes em casos de corridas bancárias, não troca esse dinheiro volátil, incerto, candidato à desvalorização inevitável, por ouro, comprando, por meio da Caixa Econômica Federal, esse mineral, que, ainda, continua sendo grande segurança, muito mais do que papel que está perdendo valor?
perdem poder porque suas
moedas perdem valor…
Chegou a hora de a Presidenta Dilma Rousseff encaminhar ao Congresso Nacional projeto de lei que cria a Eurobrás e a Ferrobrás, para o governo dispor do controle efetivo dessas duas riquezas escassas que, na crise de realização das moedas fictícias, têm seus preços elevados e garantidos, porque eles são, efetivamente, os ativos reais, para os quais correm os detentores de moedas-papel cujo destino é incerto.
Incerto, por que?
Primeiro, porque há excesso, muito excesso de oferta monetária, despejada pelos governos dos países ricos, pelos seus bancos centrais, da Europa e dos Estados Unidos, para tentar amenizar os efeitos da bancarrota econômica.
Segundo, porque, excessivamente, endividados, esses governos jogam as taxas de juros no chão, para que suas dívidas internas não explodam, completamente, levando-os à hiperinflação exponencial.
Promovem desvalorização monetária para que haja, nos concorrentes, valorização monetária, de modo a transferir para os outros os seus próprios problemas.
a nova riqueza é a que dipõem
os países emergentes da…..
Os ricos, na crise, viraram expordadores de inflação.
Diante da eutanásia do rentista, em que o mundo do capital volátil, fictício, deixa de se realizar na especulação, porque as moedas se desvalorizam rapidamente, sem poder dispor do juro compensatório, os detentores desses ativos buscam, desesperdamente, desová-los para os trouxas.
Diante da oferta de mercadorias manufaturadas, industriais, superior à demanda, afetada pela escassez decrédito ao consumo, detonado pelas crises fiscais baixadas pelos governos sob pressão dos credores, o que passa a valorizar, relativamente, mais?
Evidentemente, não é mais a moeda, mas as mercadorias.
O Brasil e a América do Sul se transformam nos novos ricos do mundo em razão da nova correlação de forças que determina inversão da deterioração nos termos de troca.
América do Sul: alimentos, energia,
petróleo, gás, água, minérios, nióbio…
Antes, eram os detentores de moeda forte que impunham essa deterioração em favor deles.
Compravam com moeda forte mercadorias primárias desvalorizadas a preço baixo, impondo senhoriagem.
Acabou esse tempo com a implosão da economia monetária detonada pela especulação.
A deterioração dos termos de troca se expressa, agora, por parte de quem possui as novas moedas traduzidas em mercadorias das quais a manufatura global depende, como o ser humano depende do oxigênio para sobreviver.
As chamadas commodities, minerios, energia, alimentos, petróleo, terras raras, nióbio, água etc são as novas moedas, que dispõem de oferta farta no Brasil e na América do Sul.
ouro, regime adequado de chuvas,
configurando esse contexto…
Por isso, mais do que nunca, os governos sulamericanos precisam controlar o fluxo dessa riqueza, de forma soberana, tendo o Estado como o diriginte dos seus destinos.
Se são essas mercadorias os ativos que valorizam em relação às manufaturas que se desvalorizam pela concorrência global acirrada, por que deixar o mercado controlar, se diante da bancarrota global essa proposta soa esquizofrênica e suicida?
A criação da Ourobrás e da Ferrobrás se impõe, nesse momento, como imperativo categórico.
Ao lado da Petrobrás, da Eletrobrás, da Nuclebrás, o Governo Dilma Rousseff precisa dispor, igualmente, da Ourobrás e da Ferrobrás.
Concentrar o poder de controle sobre essas riquezas, de modo a garantir ao Estado a sua produção e distribuição, bem como a realização do seu preço, de forma soberana, representa a construção do patamar a partir do qual será alavancado o real como moeda internacional, forte.
na verdadeira moeda da qual
todos os produtores de manufatura …
O papo neoliberal não tem lugar diante das emergências impostas pela crise sobre a qual não se tem controle.
Como acreditar no mercado que é pura ficção como ficção é a moeda papel emitida sem lastro?
Diante do real ancorado no ouro, no petróleo, no ferro, no nióbio, nos alimentos, no poder energético, na oferta de água etc, que poder terão o euro, o dólar, o yuan e o ien?
Trão que se renderem, reverenciadamente, ao real, claro.
Controlar o crédito e as riquezas minerais, é isso aí.
dependem, determinando, dessa forma,
a valorização relativa delas…
O que garante o lastro do euro, nesse momento?
Nada.
A garantia era o o consumo, mas os credores agiotas, dominando os estados europeus, impuseram aos governos políticas que destruiram a sua força.
Se derrubaram o consumo e sabendo que é o consumo que gera a arrecadação necessária para sustentar o estado do bem estar social, ancorado na moeda fictícia emitida sem lastro, onde ficou a energia, a pujança e o poder da moeda européia?
E o mesmo não se poderia dizer do dólar?
em relação ao ativo dos ricos
expresso em moeda desvalorizada…
Era a economia de guerra que dava o poder imperial o ar de sua grande graça.
Com o governo americano excessivamente endividado, sem bala para tocar novas guerras, o que fazer senão o que se propôs na reunião dos G-8 , em Chicago, semana passada, isto é, desmobilizar as ocupações guerreiras no Afeganistão etc.
Se os Estados Unidos não podem bancar novas guerras, muito menos a Europa.
As políticas de expansão monetária patrocinadas pelo Banco Central dos Estados Unidos contribuem, por acaso, para fortalecer a moeda americana?
De jeito nenhum.
Trata-se de papel que está queimando nas mãos dos seus detentores.
da qual todos fogem
por não representarem…
Correr prá onde: para o juro zero ou negativo, isto é, para o calote?
Diante do juro zero ou negativo imposto por Washington, o que fazer com o dólar, senão tentar, com ele, comprar ativos reais que se valorizam na crise?
O tesouro americano , excessivamente, endividado não pode, diante da oferta excessiva das verdinhas, enxugá-las, elevando a dívida pública.
O mercado financeiro, altamente, desconfiado da saúde das finanças públicas americanas, não mostraria nenhum interesse em comprar os títulos, mesmo porque já estão abarrotados deles.
A crise européia, que se aprofunda sem controle, significa garantia ou insegurança para esse excesso de moeda em circulação, a configura o entardecer geral do modelo monetário ancorado em dívida pública que não se rola porque não se pode mais conviver com juro positivo?
nenhuma garantia, salvo
temores gerais…
Se fossem outros os tempos, como, por exemplo, década de 1980, o que fariam os Estados Unidos diante do perigo da desvalorização do dólar, sinalizadora da queda do poder do imperio americano no mundo?
Puxaria violentamente a taxa de juro, como fizeram em 1979, elevando-a de 5% para quase 20%, a fim de estabilizar a situação.
Tio Sam não tem mais gás para fazer isso.
Naquela etapa história, quem devia em dólares, como o Brasil e toda a América do Sul, dançaram e tiveram, em seguida, que submeter ao Consenso de Washington, ou seja, aos ajustes fiscais e monetários, semelhantes aos que são impostos, agora, aos governos europeus, à Grécia.
Quem conseguiu evitar que o barco brasileiro afundasse de vez?
intensficando
por isso o nível geral…
As empresas estatais – Petrobrás, Siderbrás, Nuclebrás etc.
Com elas, representando garantia real, o então ministro Delfim Netto, do Planejamento, do Governo Figueiredo, foi ao mercado financeiro internacional, levantou dinheiro e fechou o balanço de pagamentos que havia estourado.
Se não existissem as empresas, o que aconteceria, senão bancarrota?
Certamente, agora, se ocorresse uma situação semelhante, o governo disporia de quase 400 bilhões de dólares em reservas, para evitar corrida cambial, overshotting.
Mas, quem garante que a saúde do dólar é segurança semelhante àquela dos anos de 1980?
de incerteza que acelera
a insegurança global
A moeda de Tio Sam, em escala desvalorizativa acelerada, tende a se tornar peigosíssimo ativo candidato a virar papel de parede, como muitos já preveem, no rítimo dessa crise sinistra, que a diretora geral do FMI, Lagarde, diz ser muito mais violenta do que o crash de 1929.
Se, naquele momento, Delfim usou as estatais para levantar dinheiro no mercado e evitar a bancarrota financeira brasileira, o que representaria, agora, o poder das estatais brasileiras – Ourobrás, Ferrobrás, Petrobrás, Nuclebrás, Eletrobrás etc – , no momento em que a situação se inverte e o dólar sinaliza derrocada de si mesmo?
Certamente, representaria o alvorecer de novo poder monetário global, com o real, ancorado nas riquezas reais, dando as cartas nas relações de troca.
Ou não?
Com esse lastro poderoso, isto é , com uma política econômica soberana que mantém controle sobre o crédito e as principais matérias primas das quais depende a manufatura global, o Brasil teria chance de dar outro passo à frente: de emergente viraria nova potência, no compasso da tragédia grega.
Categoria: (Cultura, Economia, Política)
Vítima da conspiração do silêncio midiático
Beto Almeida em 20/05/2012
Há um processo de mudanças envolvendo vários países na América Latina, nos quais, com apoio popular, governos progressistas vão recuperando a capacidade dos estados de agir com protagonismo em defesa de interesses coletivos, afastando-se do raquitismo minimalista neoliberal e que havia causado perdas de patrimônio e de direitos pelos povos da região. Tal protagonismo estatal não se verifica apenas em áreas como educação, energia, saúde, infra-estrutura. Avançam também pela área da cultura e da comunicação.
O contraste desta tendência de regulamentação democrática e de afirmação de direitos sociais em curso na América Latina com a tragédia da desconstrução e perda de direitos que se verifica na Europa, por exemplo, é notório e sugere muitas reflexões. Enquanto na Espanha, aprova-se uma lei punindo a pessoas por catar comida nas lixeiras de ruas - sem se perguntar o porquê das pessoas terem que recorrer a tal extremo - é diametralmente oposto à aprovação da nova lei do trabalho na Venezuela, acompanhada do anúncio do novo valor para o salário mínimo lá, de 1310 reais, ao passo que trabalhadores europeus estão sofrendo corte de salários, quando não de perda do próprio emprego. Tanto simbolismo, ex-metrópole, e ex-colônia.
Na área da comunicação também há contrastes e simbolismos interessantes. O sistema de comunicação inglês é questionado de alto a baixo com o escândalo das empresas do magnata Ruppert Murdoch, quando se revelou o jornalismo delinquente nelas praticado, entre outras coisas com o recurso de grampos e espionagem sobre os cidadãos. Isto não é jornalismo, é crime. Tal escândalo é o desdobramento da crise do jornalismo inglês, já que seu próprio sistema público de comunicação, também se revelou colhido em práticas de conivência com tais ilegalidades e irregularidades, como, por exemplo, no caso da Guerra do Iraque, quando a BBC também fez parte do coro mentiroso midiático universal que defendeu a invasão daquele país sob a alegação, falsa, de que havia armas de destruição em massa em mãos do governo iraquiano.
Cameron fechou a Press TV: silêncio
Tal comportamento deixou claro que mesmo o sistema público de comunicação britânico está vinculado estrategicamente aos desígnios imperiais do estado inglês, condição que prevalece sobre o direito do povo inglês de ser informado de forma adequada e veraz. A BBC mentiu descaradamente, para justificar a ação militar contra o Iraque. Tal prática se repetiu quando houve a agressão militar de 28 países contra a Líbia. Agora, mais recentemente, contrariando os que nutrem ilusões democráticas sobre a comunicação inglesa, o governo de Cameron determinou o fechamento da unidade da PressTV em Londres, unidade da TV iraniana internacional. Reparem que não houve a campanha furiosa que se lançou contra Hugo Chávez quando findou a concessão da RCTV e ele, no uso das prerrogativas presidenciais, com toda legalidade e legitimidade, não renovou a concessão, muito embora a emissora continue atuar livremente no sistema de cabo.
Mudanças importantes em alguns países da América Latina parecem seguir outra direção. E isto é importante, pois os sistemas chamados públicos de países que atuam de modo imperialista, seja nos EUA, Inglaterra, França, Espanha, Alemanha, não devem ser utilizados como parâmetro para construção de sistemas públicos de comunicação na América Latina.
Golpe midiático na Venezuela
A Venezuela, depois de ter sofrido um golpe de estado organizado com a participação decisiva dos meios de comunicação do capital, vai promovendo mudanças que apontam para um fortalecimento do estado no setor comunicação como forma de assegurar os direitos da sociedade a uma informação cidadã e veraz. O primeiro passo foi a recuperação da Venezuelana de Televisão, antes sucateada e carente de uma programação mais à altura dos desafios da Revolução Bolivariana. Hoje a VTV exibe uma programação que registra as fortes transformações sócio-econômicas ocorridas na Venezuela, país que erradicou o analfabetismo, tem o mais elevado padrão de abastecimento de água potável da América Latina, multiplicou por quatro vezes o número de estudantes universitários, investe pesadamente em infra-estrutura, ferrovias, teleféricos, hidrelétricas, moradias , sem que nada disso tenha sido divulgado minimamente pela mídia privada daquele país. Mídia que chegou a comemorar a enfermidade que acomete o presidente Chávez, o que atesta a estatura moral das classes ricas venezuelanas, diariamente derrotadas pela RevoluçãoBolivariana. Depois de fortalecer a TV e a rádio públicas, criar a Telesur, a ViveTV, expandir significativamente a comunicação comunitária, a Venezuela avança agora pela expansão do jornalismo impresso. Jornais foram criados para dar acompanhamento, registro e informação consciente sobre as transformações revolucionárias bolivarianas. São jornais públicos, das prefeituras ou do estado, alguns distribuídos gratuitamente ou vendidos a préços módicos, ou mesmo o jornal do Partido Socialista Unificado Venezuelano. O fortalecimento do jornalismo impresso bolivariano forma parte de um conjunto de medidas de estímulo à informação do povo, o que levou a Venezuela a transformar-se no terceiro país com mais elevado índice de leitura na América Latina. No Brasil, pesquisa recém divulgada aponta que 50 por cento dos brasileiros jamais tiveram um contato com um livro. Sustentando o direito social do povo venezuelano à leitura está o estado, o estado em transformação. Na Europa, há uma retirada do estado, abrindo espaço para a demolição de direitos.
Comunicação democrática na Argentina
A Argentina que acaba de re-estatizar a empresa petroleira YPF, que havia sido regalada a capitalistas espanhóis, também procedeu uma mudança importantíssima em sua lei de comunicação, igualmente com a presença do estado. Foram criados um canal para a cultura, o Encuentro, e outro para as crianças,o Paka-Paka, ali tratadas com respeito, na sua dimensão humana, não como imbecis ou consumidores. A nova lei aprovada após ampla consulta e debate com as organizações sociais de todo o país, estipula que ao estado será reservado 33 por cento do espectro da radiodifusão. Outros 33 por cento estão destinados a organizações da sociedade, como universidades, sindicatos etc. E, os 33 por cento restantes, serão para a atuação de empresários. Há também jornais que acompanham editorialmente o leque de idéias políticas que levaram Nestor e Cristina Kirchner ao governo. De certo modo, Cristina recupera conquistas que haviam sido alcançadas durante o governo de Peron, quando surge a TV e a rádio pública na Argentina, floresce o cinema, multiplicam-se bibliotecas. Em 1952, a Argentina já havia reduzido o analfabetismo a praticamente zero. Todas estas conquistas estavam alavancadas na presença construtora do estado. A ditadura, em aliança com o imperialismo e a oligarquia, reduziu o estado a quase nada, encharcando o país em sanguinária repressão. Menem terminou de fazer o triste papel de destruidor do peronismo e de entrega do patrimônio do povo argentino, A recuperação soberaa do petróleo, via estado, tem seu paralelismo na comunicação e no cinema, como pode ser comprovado quando temos escassas oportunidades de desfrutar do inteligente cine argentino dos últimos anos.
Pluralismo na Bolívia
A Bolívia também está realizando sua tarefa de construir um sistema comunicativo em sintonia com o curso das mudanças que estão ocorrendo por lá. Uma TV pública foi construída. Um sistema de rádios indígenas foi estruturado.
E, cansado de ser apresentado pela imprensa empresarial bolivana como um narcopresidente , EvoMorales decidiu-se pela fundação de um jornal público. Montado o jornal Cambio, há cerca de 2 anos, hoje ele já desponta como o periódico de maior tiragem no país, rivalizando com o jornal mais tradicional da burguesia boliviana, há 73 anos na liderança do mercado de jornais naquele país.
Uma diferença fundamental: Bolívia não tem mais analfabetos, como assegura a Unesco. E a Telesur já é sintonizada em sinal aberto por lá. Uma vez mais, a presença do estado é decisiva.
Fim do oligopólio no Equador
O Equador já está votando sua nova lei de comunicação, por meio democrático. Quebra presença de oligopólios que sempre dominaram a comunicação. E há a presença de um jornal público-estatal, El Telégrafo. E há , como na Venezuela e na Bolívia, ausência de analfabetismo. A lamentável crítica que Barack Obama fez recentemente à votação da nova lei de comunicação equatoriana, além de intervencionista, traduz o objetivo do apoio dado pela Casa Branca, por meio da Usaid e de certas fundações estadunidenses, a projetos comunicativos cujo objetivo claro é o de impedir que seja estruturada uma presença protagonista do estado em matéria de políticas de comunicação. Não por acaso, fundações norte-americanas apoiaram e até criaram instituições na Venezuela que atuaram em favor do golpe de estado de abril de 2002. Entre elas, o Sindicato dos Jornalistas da Venezuela, que recebeu recursos financeiros da Usaid para operar cursos em favor da derrubada do governo de Hugo Chávez. Aliás, todo o sindicalismo venezuelano estava profundamente corrompido com a sanha golpista. Um novo sindicalismo está sendo construído lá. Ongs que recebem apoio financeiro dos EUA também atuam em ações desestabilizadoras do governo de Rafael Correa, no Equador, e de Evo Morales, na Bolívia. Entre estas ações, impedir a estruturação de um modelo comunicativo com presença do estado.
O Brasil em descompasso
No Brasil, há um descompasso em relação ao processo de construção de uma comunicação de natureza pública que se está forjando nos países citados. E o Brasil foi vítima de dois golpes midiáticos. Um contra Vargas, levando-o ao suicídio, com apoio da mídia colonizada, que não admitia a nacionalização do petróleo, com a Petrobrás, ou dos minérios, com a Vale do Rio Doces, ambas, criações da Era Vargas. Depois veio o golpe midiático cívico-militar contra Jango. A imprensa pediu o golpe, defendeu o golpe, ajudou a formatar o golpe. Depois, seguiu dando apoio à ditadura. Alguns jornais, como a Folha, participaram até das operações diretas de repressão. Hoje, a presidenta Dilma Rousseff está processando este jornal por falsificação de sua ficha de prisioneira política do Dops.
Mas, além do descompasso em relação aos avanços democráticos na comunicação de nossos países hermanos, notamos que há também um retrocesso em algumas áreas. E estes retrocessos precisam ser discutidos pelas forças progressistas, mas, até agora, têm sido praticamente ignorados por elas. Trata-se da Voz do Brasil e do Projeto Minerva. Duas iniciativas de natureza regulamentatórias que não foram ainda assim encaradas pelo conjunto das forças de esquerda que atuam no movimento de democratização da comunicação.
O Projeto Minerva, um espaço diário em cadeia nacional de rádio, de 30 minutos, era destinado exclusivamente à alfabetização. Em 2003, sendo ministro da Educação Cristovam Buarque, por meio de uma portaria aquele horário regulamentar deixou de ser usado como espaço educativo e foi transformado em espaços que a Abert cederia ao estado para veiculação de mensagens atomizadas ao longo da programação. No entanto, enquanto o Projeto Minerva era um espaço de utilização gratuita, depois da portaria ministerial, as eventuais mensagens de utilidade pública do ministério passaram a ser veiculadas mediante pagamento em espécie. Um retrocesso. Quanto de uma informação relevante e civilizatória não se poderia veicular naquele antigo horário do Projeto Minerva? Basta informar que Cuba tem programas radiofônicos emitidos diretamente para o Haiti, visando a alfabetização , até mesmo em dialeto creole, por meio de um método totalmente desenvolvido por pedagogos cubanos, uma generosa doação de um povo que não conhece mais a tragédia do analfabetismo. Um bom tema para debater quando se ataca Cuba em torno da esfarrapada e hipócrita bandeira dos direitos humanos.
Regulamentação em risco
A Voz do Brasil está prestes a sofrer sua pá de cal. Um projeto de lei apresentado por parlamentar de partido de esquerda, logo transformado e apadrinhado pela Abert, que conduziu sua tramitação nas duas Casas, cria as condições para que o mais antigo programa radiofônico do mundo torne-se praticamente invisível e, com isto, facilitando a sua extinção. A Voz do Brasil é uma experiência de regulamentação comunicativa bem sucedida. Mesmo na Confecom, a flexibilização da veiculação da Voz do Brasil, tornando inviável a fiscalização e tornando o programa inaudível, dói tese defendida por grupos que atuam no movimento da democratização da comunicação , e que se sintonizam com aquele pensamento sustentado por ONGs apoiadas do exterior para que a presença protagonista do estado em matéria de comunicação, seja a mais diluída possível. São correntes que enxergam nos sistemas comunicativos dos países imperiais o modelo ideal para ser aplicado por aqui. Paradoxalmente, enxergam nos sistemas comunicativos que hostilizam os povos latino-americanos quando exercem sua soberania, um caminho a seguir, como se aqueles sistemas não estivessem umbilicalmente vinculados à natureza imperial daqueles estados opressores e que financiam o trabalho de muitas organizações nesta região, sempre com o intuito de impedir uma presença protagonista do estado em matéria de comunicação.
Para estimular o debate que ainda não se fez a contento sobre a Voz do Brasil, vale perguntar se não seria mais produtivo pensar não na extinção do programa, mas, no seu aperfeiçoamento, para que este extraordinário de uma hora em cadeia radiofônica fosse mais bem utilizado, já que preenchido por programação feita por núcleos de jornalismo com boa dose de compromisso com a missão pública da informação? Se o Brasil perder esta uma hora de programa, ela será preenchida por mais do mesmo daquilo que é feito pelo péssimo rádio comercial brasileiro. E, para os brasileiros que vivem nos grotões , seja do campo ou da cidade, desaparecerá a unida fonte de informação que não está intoxicada e distorcida pela natureza panfletária direitista da mídia comercial brasileira, em pleno exercício, como se verifica cada dia com mais clareza, da sua malignidade intrínseca pró-mercado e anti-pública.
Era Vargas
Estamos diante da possibilidade de perder uma hora de programação em cadeia nacional de rádio que pode ser muito mais bem utilizada, e sequer estamos discutindo sobre sobre este recua na regulamentação. Falamos em regulamentação, regulamentação, mas não levamos em conta que a Voz do Brasil é regulamentação informativa, e que estamos prestes a perde-la!!! Por que esta regulamentação não serve a uma parte do movimento de democratização da comunicação? Por que é uma criação da Era Vargas? Ué, mas a Vale do Rio Doce, criada como empresa estatal na Era Vargas, não tem a sua re-estatização defendida pelo MST e por amplos espectros da esquerda, o que sintoniza na história o MST com a Era Vargas? Não defendemos a CLT diante da voracidade do capital para flexibilizar a legislação trabalhista? Mas, diante da Voz do Brasil, que oferece uma hora de informação à sociedade fora do controle da ditadura mercantil e que pode ser aperfeiçoada em forma e conteúdo, até um setor do movimento de democratização coincide com os anseios da Abert pela extinção do programa. Ao entrevistar Marcio Pochmann, recentemente, ele não apenas defendeu a Voz do Brasil rádio, como disse que algo similar deveria haver também na TV, tal como na época da Constituinte, quando havia o Diário da Constituinte na TV, com 10 minutos de duração a cada dia. Mas, estranhamente, defendemos a regulamentação da comunicação, menos esta que já existe, a da Voz do Brasil!. Mais estranho uma campanha feita pela Cut, CGTB, Contag, CBJP-CNBB, ABCCOM, Fenaj, Fittert, TV Cidade Livre de Brasília, Em Defesa da Voz do Brasil, foi praticamente ignorada pelo conjunto do movimento de democratização da comunicação no Brasil.
Mais do que defender centenas de teses na Confecom, pulverizadas e sem unidade e força suficiente para serem levadas às ruas, houve a justa percepção e correção, pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação, buscando uma unificação e centralização das bandeiras principais. Ainda com esta correta modificação, a Voz do Brasil permanece esquecida pelo movimento. Portanto, juntamente com a defesa da EBC, concomitantemente trabalhando pela superaçao de sua atual linha editoria, que repede padrões viciados do jornalismo comercial; e da defesa da regulamentação da comunicação, a começar pelo o que já está inscrito na Constituiçao, mas nunca regulamentado, deve-se incorporar na pauta do FNDC a defesa da Voz do Brasil.
Ainda é tempo?
Ainda existe uma saída: há um projeto de lei que transforma o programa Voz do Brasil, que é o mais antigo programa de rádio no mundo hoje, em Patrimônio Imaterial do Povo Brasileiro. Depende bastante das forças progressistas brasileiras atuarem de forma criativa para sensibilizar o governo, os partidos, os sindicatos, os movimentos sociais, em torno desta proposta. E não deixar perder este espaço de regulamentação informativa já existente e que pode ser aperfeiçoado, além de que, por meio de medidas administrativas, pode encontrar horário mais adequado de veiculação para as regiões com fuso horário. Sem a necessidade de fazer o que a Abert quer, extinguir a Voz do Brasil, pois, acima de tudo, visa extinguir um exemplo de regulamentação informativa que ainda resiste e que pesquisas mostram que possui respeito e adesão do grande público, que, como sabemos, no Brasil é praticamente impedido da leitura de jornais. Derradeira esperança: a varguista Dilma Rousseff ainda pode usar sua prerrogativa presidencial e, por meio de veto, salvar o mais antigo programa de rádio do mundo. O único que noticiava regularmente sobre prisão, desaparecimentos e torturas de presos políticos no Brasil durante da ditadura, inclusive da própria presidenta.
Categoria: (Cultura, Política)
Bomba: PSDB produz provas para enjaular editor da Veja na Papuda
Nas páginas da revista Veja havia um crime perfeito. Um crime de calúnia, cuja autoria estava escondida atrás de um biombo, da "apuração jornalística" em "off".
Pois, sem querer, o PSDB, junto ao DEM, PPS, PSOL e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) acabaram por estragar a perfeição do crime, e gerar provas para levar o editor da revista Veja a tirar até 2 anos de cadeia, de acordo com o código penal.
Eis a prova do crime:
A Veja publicou as seguintes afirmações que atribuiria a Lula conduta criminosa, se fosse verdade:
Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula, magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações.
(...)
Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, seria blindado na CPI.
Não sendo verdade, é calúnia (imputar falsamente fato definido como crime a alguém). E a maior prova de que não é verdade, são as negativas de Gilmar Mendes a partir de segunda-feira, relativizando as acusações contidas na revista.
Se alguém tinha dúvidas se a Veja ultrapassou a linha da calúnia ou não, os demotucanos acabaram com a dúvida, ao apresentar representação criminal contra Lula, com base no que foi publicado na revista.
A partir do texto da Veja, fundamentaram a acusação contra Lula, que, se fosse verdade, teria cometido três crimes:
- Coação no curso de processo;
- Tráfico de influência;
- Corrupção ativa;
Como nada disso é verdade, pois o próprio Gilmar Mendes já desmentiu em entrevistas qualquer coisa que implique em crime, a representação será arquivada, e o arquivamento será a prova definitiva de que a revista Veja imputou falsamente fato definido como crime a Lula, cometendo calúnia.
Como a revista não consegue atribuir a ninguém especificamente as declarações sobre conduta criminosa, me parece que a responsabilidade recai sobre o editor da publicação.
Segundo o expediente da revista Veja, o editor é Roberto Civita.
Segundo o código penal, o crime de calúnia, prevê penas de 6 meses a 2 anos de prisão.
Em tempo: quem quiser ler a íntegra da representação demotucana contra Lula pode conferir aqui.
Leia também:
- O crime perfeito nas páginas da Veja A corrupção da imprensa brasileira chegou a nível de golpe de Estado
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou hoje (30) nota à imprensa sobre o encontro ocorrido nesta terça-feira (29) entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto. Leia abaixo a íntegra da nota:
A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título “Para Dilma, há risco de crise institucional”, publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Paulo e à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20.Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
BLOG DO TURQUINHO
BLOG DO TURQUINHOUm por um, os direitos que os trabalhadores europeus conquistaram com décadas e mesmo séculos de luta, estão sendo abolidos na Europa.
Não seja um beócio você também
Essa notícia publicada pela revista Veja de que Lula tentou chantagear o ministro Gilmar Mendes, do STF, para que maneirasse no julgamento do "mensalão" é simplesmente ridícula. Por dois motivos mais do que óbvios:
1) Lula não é burro para fazer uma coisa dessas, ainda mais agora que estamos vendo o escândalo Cachoeira atingir um monte de gente que até ontem posava de virgem da ética.
2) Se Lula quisesse mesmo pressionar algum ministro jamais escolheria o Gilmar Mendes, o Darth Vader do STF, que todo mundo está careca de saber é aliado de corpo e alma da oposição ao governo do PT.
Em suma, tem que ser muito beócio para acreditar numa farsa dessas. Infelizmente, o Brasil está cheio de beócios... Será que você também é um e ainda não sabe?
1) Lula não é burro para fazer uma coisa dessas, ainda mais agora que estamos vendo o escândalo Cachoeira atingir um monte de gente que até ontem posava de virgem da ética.
2) Se Lula quisesse mesmo pressionar algum ministro jamais escolheria o Gilmar Mendes, o Darth Vader do STF, que todo mundo está careca de saber é aliado de corpo e alma da oposição ao governo do PT.
Em suma, tem que ser muito beócio para acreditar numa farsa dessas. Infelizmente, o Brasil está cheio de beócios... Será que você também é um e ainda não sabe?
Postado por André Lux
O ministro Gilmar Mendes se perdeu e não tem mais condição de continuar no STF
'Gilmar Mendes está desinformado sobre minha vida', rebate Paulo Lacerda
Ex-diretor da PF assegurou que não presta nenhuma assessoria ou municia o PT com informações
Eduardo Kattah, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O delegado aposentado Paulo Lacerda, ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e ex-diretor-geral da Polícia Federal, rebateu nesta terça-feira, 29, as declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Ele disse que o ministro está desinformado e assegurou que não presta nenhuma assessoria ou municia o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com informações. Lacerda deixou a chefia da Abin em dezembro de 2008, após notícias sobre um suposto grampo que teria gravado conversa entre o então presidente do STF e o senador Demóstenes Torres (GO).
Dida Sampaio/AE - 17/09/2008
Lacerda deixou a chefia da Abin em 2008, após notícias de suposto grampo entre Mendes e Demóstenes
Eu acho que o ministro Gilmar Mendes, se ele falou isso, está totalmente desinformado em relação à minha vida e ao meu trabalho. Eu não tenho nenhuma relação com partido político. Nunca tive e não tenho. E não presto assessoria nenhuma para o Partido dos Trabalhadores. Eu trabalho hoje na iniciativa privada, na área de segurança privada. Não tenho nenhum contato hoje com esse pessoal de investigação. Não tenho mantido contato nenhum sobre esse assunto. Se o ministro falou isso, lamento que tenha dito, porque está absolutamente desinformado sobre minha vida profissional e pessoal.
O sr. deixou a Polícia Federal?
Fiquei na adidância da Polícia Federal em Lisboa por dois anos e dois meses. Retornei ao Brasil há um ano e três meses. Eu me aposentei, não tenho mais nenhum vínculo com a Polícia Federal. Não trabalho com investigação.
A que o sr. atribui as declarações do ministro?
Ele (Gilmar) está absolutamente desinformado, se isso for verdade. Eu não presto assessoria a nenhum partido político e não presto assessoria ao PT. Não teria nada demais se prestasse, mas isso não é verdade. Sei que existe um jogo político aí. Eu não sou político, não faço parte desse tipo de coisa. Lamento que o ministro tenha dito isso.
Tudo é tão absurdo que é
até possível que Deus exista.
Comentei esse meu pensamento com um amigo e ele (que me pareceu mais favorável ao lado ruim) comentou: esqueceu do Lula? Fui pior do que ele quando respondi: o Lula tirou 30.000.000 de vitimas da miséria e o Bush tirou 700.000 iraquianos da vida de outro jeito...
Se você parar para pensar que existem insetos que voam e que a noite acendem uma lanterninha, ou peixes que dão descargas elétricas, ou mamíferos que voam a noite com radar, ou seres humanos como Gandhi, Tom Jobim, Leonardo da Vinci, Villa Lobos, Beethoven, Goethe, Machado de Assis, Mandela etc. etc. etc., verá como as boas energias também são poderosas. Apenas não são competitivas. E não sei se isso é fraqueza.
A grande energia pura existe e é boa.
As energias do mau também existem, mas são muito menos do que as do bem, porém são mais determinadas. Os bons acreditam que não cometendo pecados ganharão um paraíso e os do mal estão pouco se lixando para os benefícios ou sacrifícios depois da morte. O negócio deles é money e poder. Aqui e agora.
Os mansos ficam com a parte “trabalhenta” (sobrevivência, escravidão camuflada, lutar para conquistar pequenos bens, salários suficientes para gerarem poder aquisitivo dos produtos e serviços dos maus, impostos etc. etc. etc.).
Tantos absurdos e milagres acontecem que podemos até acreditar que acontecerão e livrarão o Brasil de todos esses carrapatos para vivermos no melhor lugar do mundo!
A soja está tornando os meninos gays?
Recebi alguns emails sobre uma matéria bem escrita e com boas bases de referência, que me deixou preocupado. Reproduzo um trecho abaixo:
Existe algo que está lentamente envenenando e prejudicando gravemente nossos filhos e ameaçando estraçalhar nossa sociedade. A parte irônica é que é um “alimento saudável”, um dos mais populares.
Ora, sou um cara adepto de alimentos saudáveis, um fanático que raramente permite na cozinha qualquer alimento que não seja orgânico. Declaro aqui que tenho preferência por alimentos naturais, de modo que você saberá que não sou contra os alimentos saudáveis.
O perigoso alimento sobre o qual estou falando é a soja. Os produtos de soja são feminizadores, e estão em toda parte. Não dá mais para escapar deles.
Não tenho nada contra um lanche de soja de vez em quando. A soja é nutritiva e contém muitas coisas boas. Entretanto, infelizmente, quando comemos ou bebemos muitas coisas de soja, estamos também ingerindo quantidades significativas de estrógenos.
Estrógenos são hormônios femininos. Se você é mulher, você está inundando seu sistema com uma substância com a qual, em excesso, o seu sistema não conseguirá lidar. Se você é homem, você está suprimindo sua masculinidade e estimulando seu “lado feminino”, tanto física quanto mentalmente.
Fui no Google e constatei que existem diversos sites sobre o assunto, mas não me convenceram.
Pergunto: Você já tinha conhecimento disso? Sabe se a Monsanto está por trás dessa onda? Conhece alguém confiável que entenda do assunto? Sei apenas que seria criminoso ficar calado se isso for verdade ou escandalizar se for mentira.
Publicação de cartas secretas do Papa gera escândalo na ItáliaEste é o maior vazamento de documentos na história recente do Vaticano
Tais cartas resumem o clima recente de guerra ocultada pelo poder dentro do governo central do Vaticano |
A publicação de uma série de cartas confidenciais do papa Bento XVI sobre temas quentes, como as intrigas do Vaticano e os escândalos sexuais do padre mexicano Macial Maciel, provocou desconforto na Itália diante de um vazamento de informações sem precedentes.
Um resumo do livro, que estará a venda no sábado em toda a Itália com o título "Sua Santidade, cartas secretas do Papa", escrito por Gianluigi Nuzzi, autor do best-seller "Vaticano SA", sobre as finanças da Santa Sé, foi publicado nesta sexta-feira pelo jornal Il Corriere della Sera.
Baseado em cartas confidenciais destinadas ao papa Bento XVI e ao seu secretário pessoal, Gerog Gaenswein, o livro descreve manobras e confabulações dentro do Vaticano e inclui relatórios internos enviados para o Papa sobre políticos italianos como Silvio Berlusconi e o presidente da República Giorgio Napolitano.
Também relata os confrontos com a chanceler alemã Angela Merkel sobre aqueles que negam o Holocausto, e as confissões do secretário do fundador da Congregação Mexicana Legionários de Cristo, Marcial Maciel, acusado de abusar de crianças e de ter uma vida dupla com duas esposas e filhos.
Nuzzi teve acesso, possivelmente através de funcionários da Secretaria de Estado, a centenas de documentos, incluindo alguns que levam o selo "Reservado", que foram elaborados pelo mesmo secretariado.
Informações vazadas
Este é o maior vazamento de documentos na história recente do Vaticano, que até agora não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Entre as informações vazadas, figuram diretrizes específicas para tratar de questões com o Estado italiano por ocasião da visita presidencial em 2009. "Devemos evitar qualquer equivalência entre a família fundada sobre o matrimônio e outros tipos de uniões", diz o texto.
De acordo com trechos publicados pelo Il Corriere della Sera no suplemento especial "Sette", o secretário do papa recebeu por fax todos os detalhes do chamado "escândalo Boffo", a operação para desacreditar o editor do jornal Avvenire, jornal da Conferência Episcopal italiana, mediante acusações falsas de assédio homossexual e homossexualidade contra o jornalista Dino Boffo.
Tais cartas resumem o clima recente de guerra ocultada pelo poder dentro do governo central do Vaticano, a influente Cúria Romana, que minou a credibilidade da Igreja.
O nome do atual secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, mão direita do Papa e número dois da Santa Sé, está presente em muitos dos documentos e é afetado de forma negativa, sendo possível que o livro seja uma operação midiática para atacá-lo.
O jornal italiano Libero também publicou comentários sobre o livro. Nuzzi chegou a comentar sobre o difícil ano vivido com os "corvos" do Vaticano, que lhe passaram os documentos entre "silêncios, longas esperas e precauções maníacas".
O jornalista confessou que não manteve mais contato com este "grupo informal" de informantes desde que o Papa nomeou uma comissão de inquérito, em março passado, para investigar os vazamentos, conhecidos como "Vatileaks".
AFP - Agence France-Presse
Publicação: 18/05/2012 16:16 Atualização: 18/05/2012 16:24
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