Ourobrás e Ferrobrás, novas estatais, urgente: lastro forte para real virar moeda internacional
Conselho Editorial Sul-Americano em 24/05/2012

VAMOS SEGUIR O POETA: QUEM SABE FAZ A HORA , NÃO ESPERA ACONTECER. A nova moeda internacional se alastra por todo o território nacional como garantia do Brasil para conferir ao real poder de troca global em escala crescente no compasso da crise mundial em que os países ricos se empobrecem relativamente aos emergentes. A terra de Tiradentes dispõe, AGORA, do poder de dar o grande passo quantitativo e qualitativo dialético: de emergente para ser potência mundial. Todos dependem das matérias primas disponíveis em território brasileiro e sulamericano, indispensáveis à manufatura global. Esta tem seus preços em queda dada a abundância da oferta; aquelas , por serem escassas, têm seus preços valorizados. Inverte-se, portanto, a correlação de forças globais. Quem determina a deterioração dos termos de troca, no mundo em que as matérias primas se valorizam e as manufaturas se desvalorizam? As moedas dos ricos que antes impunham senhoriagem sobre as dos países pobres e emergentes se tornam candidatas às perigosas desvalorizações porque não dispõem de lastro real, seguro. Por essa razão, os investidores procuram outros ativos que estão aonde, mesmo? No Brasil e na América do Sul. Trata-se, portanto, de necessidade urgente e inadiável de ação política soberana dos governos sulamericanos no sentido de protegerem seus ativos, para, com eles, exercerem o poder da senhoriagem, agora, de forma invertida. Criar as empresas estatais para administrar as reservas minerais representa construção de poder logístico e estratégico. Não dá para depender, apenas, dos empresários que exploram essas riquezas em parcerias com os sócios estrangeiros, sem compromissos com a nacionalidade, senão com os seus interesses voltados para o lucro etc. O novo jogo de forças exige novas políticas. O que são a China, a Europa e os Estados Unidos sem as ofertas das matérias primas sulamericas? Por que, então, acumular reservas em moedas desvalorizadas, em vez de apostar nas moedas valorizadas disponíveis? A presidenta Dilma Rousseff tem diante de si a oportunidade histórica de se tornar a principal líder política mundial, criando as estatais que servirão de alavanca para transformar o real na moeda de troca internacional mais cobiçada no século 21. Essa é a receita para garantir economia sustentável com distribuição da renda, investimentos e controle da inflação. Que digam os impérios em todos os tempos. É isso aí. O resto é neoliberalismo fracassado.