sábado, 16 de junho de 2012

sábado, 16 de junho de 2012

MEIO AMBIENTE - Rio+20: o futuro que queremos é um prolongamento do presente.


Leonardo Boff

O Documento Zero da ONU para a Rio+20 é ainda refém do velho paradigma da dominação da natureza para extrair dela os maiores benefícios possíveis para os negócios e para o mercado. O ser humano deve buscar os meios de sua subsistência.
A economia verde radicaliza essa tendência; como escreveu o diplomata e ecologista boliviano Pablo Solón, “ela busca não apenas mercantilizar a madeira das florestas, mas também sua capacidade de absorção de dióxido de carbono”. Tudo pode se transformar em bônus negociáveis pelo mercado e pelos bancos.
Destarte, o texto se revela definitivamente antropocêntrico, como se tudo se destinasse ao uso exclusivo dos humanos e a Terra tivesse sido criada somente para eles e não para os outros seres vivos que também exigem sustentabilidade das condições ecológicas para a sua permanência neste planeta.
Resumidamente, “o futuro que queremos”, lema do documento da ONU, não é outra coisa que o prolongamento do presente. Este se apresenta ameaçador e nega um futuro de esperança. Num contexto desses, não avançar é retroceder.
Há, outrossim, um agravante: todo o texto gira ao redor da economia. Por mais que a pintemos de marrom ou de verde, ela guarda sua lógica interna. Quanto posso ganhar no tempo mais curto, com o investimento menor possível? Não sejamos ingênuos: o negócio da economia vigente é o negócio. Ela não propõe uma nova relação para com a natureza, sentindo-se parte dela e responsável por sua vitalidade e integridade. Antes, move-lhe uma guerra total, como denuncia o filósofo da ecologia Michel Serres.
Nessa guerra, não possuímos nenhuma chance de vitória. A natureza ignora nossos intentos. Segue seu curso mesmo sem a nossa presença. A tarefa da inteligência é decifrar o que ela nos quer dizer (pelos eventos extremos), defender-nos de efeitos maléficos e colocar suas energias a nosso favor. Ela nos oferece informações, mas não nos dita comportamentos. Estes devem ser inventados por nós mesmos. Eles somente serão bons caso estiverem em conformidade com seus ritmos e ciclos.
Como alternativa a essa economia de destruição, precisamos, se queremos ter futuro, opor-lhe o paradigma da economia de preservação. Precisamos produzir sim, mas respeitando os direitos das gerações futuras e dos demais seres da comunidade de vida.
A Rio 92 consagrou o conceito antropocêntrico e reducionista de desenvolvimento sustentável, elaborado pelo relatório Brundland de 1987 da ONU. Ele se transformou num dogma professado pelos documentos oficiais, pelos Estados e empresas sem nunca ser submetido a uma crítica séria. Sequestrou a sustentabilidade só para o seu campo. Os desastres que causava eram vistos como externalidades. Ocorre que estas se tornaram ameaçadoras, capazes de destruir as bases físico-químicas que sustentam a vida humana e grande parte da biosfera.
Isso não é superado pela economia verde. Ela configura uma armadilha dos países ricos, especialmente da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que produziu o texto teórico “Iniciativa da Economia Verde”. Com isso, astutamente descartam a discussão sobre a sustentabilidade, a injustiça social e ecológica, o aquecimento global, o modelo econômico falido e mudança do olhar sobre o planeta que possa projetar um futuro real para a humanidade e para a Terra.
A Rio+20 poderia resgatar a Estocolmo+40. Nesta primeira conferência mundial, o foco central era o cuidado e a responsabilidade coletiva por tudo o que nos cerca. Essa perspectiva se perdeu com a cartilha fechada do desenvolvimento sustentável e, agora, da economia verde.

EGITO - O problema é a questão militar.


Desde o início nós destacamos aqui no blog a questão militar como central no Egito. Até porque ela esconde a influência e o controle norte-americano sobre o país durante essas últimas décadas, praticamente desde o assassinato do presidente Anuar al Sadat em 1981.E porque os militares egípcios, de várias formas diretas e indiretas, controlam 33% da economia do país.

Só há uma explicação para a segurança e a agressividade da ação militar com a qual a Junta governativa composta por generais assumiu o Poder Legislativo: o apoio dos Estados Unidos. Via Supremo Tribunal, eles dissolveram o Parlamento esta semana, dois dias antes do 2º turno da eleição presidencial.

Até porque esta Suprema Corte egípcia não passa de uma extensão do poder da ditadura Hosni Mubarak. Inclusive porque o regime, no fundo, é também uma expressão da aliança dos militares com uma burocracia corrupta e com elites que ascenderam ao poder econômico e ao status social à sombra do regime de Mubarak.

O que não assumem e tentam encobrir é que, na prática, essa dissolução do Parlamento ocorreu porque a maior parte dos parlamentares eleita no início deste ano é filiada à Irmandade Muçulmana - a força de oposição à ditadura - ou ainda que integrantes de outros partidos têm ligações com a Irmandade.

E assim, 1,5 ano após a Praça Tharir (praça central do Cairo, símbolo das manifestações de protesto no país) derrubar a cabeça do regime, o ditador Hosni Mubarak - sem conseguir derrubar o sistema - o Egito continua sem paz, longe da democracia e da liberdade, sem perspectivas no horizonte de que elas venham a curto prazo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012


PT protocola requerimento para ouvir Serra na CPI do Cachoeira







A casa tá caindo





Terra





O PT apresentou requerimento, na semana passada, para ouvir o ex-prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira. De acordo com o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), autor do requerimento, o objetivo é ouvir Serra sobre os contratos firmados entre a prefeitura de São Paulo e a construtora Delta - que está no epicentro das investigações envolvendo os laços do empresário Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas - durante a gestão do tucano.

A proposta inclui também o ex-diretor da empresa Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) Paulo Vieira, conhecido como Paulo Preto. Durante a campanha eleitoral de 2010, Paulo Preto foi alvo de denúncias sobre um suposto esquema de corrupção em obras viárias do governo paulista. Segundo reportagem da revista Isto É, Vieira teria fugido com R$ 4 milhões arrecadados para a campanha de Serra ao Palácio do Planalto. Em entrevista ao jornalFolha de S.Paulo, o engenheiro negou ter arrecadado recursos para o PSDB, mas disse ter criado as melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanha, ao dar a palavra final e fazer os pagamentos no prazo às empreiteiras terceirizadas que atuaram nas grandes obras de São Paulo.







De acordo com o autor do requerimento, a proposta não precisa ter apreciação imediata pelos deputados. "Pretendo fazer o debate ao longo da CPI", afirmou. Questionado sobre um possível interesse eleitoral no pedido para ouvir Serra, pré-candidato do PSDB à prefeitura paulistana, Dr. Rosinha reconheceu que é normal haver controvérsias em uma comissão parlamentar. "Sempre há disputas políticas. Essa CPI não é diferente", declarou.

Procurada, a liderança do PSDB na Câmara dos Deputados não quis comentar o caso. Já o presidente nacional do partido, deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE), criticou a proposta do colega petista. "Trata-se de uma proposta indecente. Um factóide demagógico de quem não quer investigação, mas confusão", disse.





Carlinhos Cachoeira

Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.







Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.

Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.

Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas.

Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.









Postado por Cappacete
Trânsito - carros x bicicletas

Nas redes sociais, o pessoal reclama que o governo concede benefícios para a indústria automobilística e facilita o crédito para a compra de carros. Dizem que é por isso que o trânsito nas grandes cidades está cada vez pior.

Menos, gente. A solução para o trânsito não é elitizar a propriedade de veículos. Se for, estamos roubados. Nossa mobilidade urbana vai depender da concentração de renda.

A turma moderninha também pede isenção de impostos para bicicletas. Dou a maior força. Mas não resolve.

Não resolve, porque não basta ter uma bike para usá-la para ir ao o trabalho. Tem que ter vias seguras. Tem que ter lugar para estacionar sem risco. Tem que ter onde tomar banho - aqui não é a Holanda, faz um calor danado e o ciclista sua em bicas. E tem que morar marromeno perto. Para ir da Barra para o Centro do Rio pedalando tem que ser atleta do Ironman.

Sou a favor de qualquer medida para restringir o uso do automóvel particular no dia-a-dia. Sou a favor até do pedágio urbano, que é um negócio um tanto drástico. Mas a solução, solução mesmo, é óbvia - melhorar o transporte público. Atualmente, é melhor engarrafar sentado no banco do carro do que fazer estágio para sardinha no ônibus ou no metrô.

Europa rumo ao atoleiro

Luta de classes

A receita estava pronta. Para combater a crise, austeridade. Tradução: privatizações, fim do Estado social, corte nas aposentadorias, demissão de funcionários públicos, desemprego em geral e desespero em particular.

Democracia? Não me façam rir. Perderam o pudor. Deixaram de fingir. Trocaram os governos da Grécia e da Itália por juntas de burocratas a mando dos mercados. Não que os governos defenestrados fossem grande coisa. Mas a troca tinha que ser no voto.

Dinheiro? Só se for para os bancos. Agora vão cem bilhões de euros para a banca espanhola. Os desempregados espanhóis estão jantando comida de cachorro. Os cem bilhões vão ter contrapartida: mais desempregados. Pelo visto, a única indústria que vai crescer por lá é a de ração para animais.

Dona Merkel misturou bem os ingredientes do bolo e levou ao forno. Surpresa! O bolo solou.

É que esqueceram de perguntar ao povo. O povo da França elegeu o Hollande,  moderadíssimo, mas que não faz coro com a nova Dama de Ferro. E o povo da Grécia radicalizou. O euro está na corda bamba.

Em disputa estão todas as conquistas dos trabalhadores no último meio século. Reduzir o valor da força de trabalho para começar novo ciclo de acumulação. É a velha e boa luta de classes. O resto é papo de de comentarista econômico da imprensa livre. Ou seja: porta-voz do capital.

Ingratidão e falta de memória

Por Sérgio Soares, publicado em 18 Fev 2012 - 04:00 | Actualizado há 16 semanas 6 dias
A Alemanha regista a pouco honrosa distinção de ter entrado em bancarrota em 1920 e em 1953. Da última vez, Berlim contou com a ajuda financeira da Grécia

Crendiospai: meu filho é um tatuador!

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Copiei de Joseph Sonego

 

Bem, para meu filho mais velho, o Paulo Cequina Jr (ou Paulo Conde), não haverá inferno suficientemente grande: o piá, além de ser tatuado, é um tatuador! Vive disso e paga suas contas fazendo lá seus desenhos e cores e mandando um monte de gente pros quintos.
Mas não se preocupe, filho: chegarei antes e, como conheço uns comunistas e petistas influentes, arrumarei um lugar com vista definitiva pro mar de chamas.

A morte dos imortais

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Copiei do Gilson Sampaio


Em sua festa anual, os deuses conversam preocupados sobre seu futuro. Ahura Mazda, o deus do zoroastrismo, cochichava no ouvido de Deus (ou Javé, ou Alá, dependendo de sua preferência): "O ateísmo está crescendo. Até no Brasil. Na década de 1960, os sem-religião representavam 0,5% da população. Hoje chegam a 7,8%".
José Roberto Torero

Era a festa anual dos deuses, que este ano aconteceu em Asgard, onde o arco-íris é ponte.
Odin, o anfitrião, desfilava com todo seu garbo, usando tapa-olho na vista direita e piscando para os amigos com o olho esquerdo. Já seu filho Thor, por conta do filme Os Vingadores, distribuía autógrafos aos outros convidados.
Num canto, Xangô, Zeus e Tupã comparavam seus raios para ver quem tinha o maior. Noutro, Ganesha, com sua cabeça de elefante, conversava com Rá, com sua cabeça de falcão. Na varanda, Ceci e Diana falavam sobre a Lua, enquanto Quetzacoatl tomava um chocolate.
No jardim, Itzamna, o deus maia, trocava ideias sobre sacrifícios humanos com Viracocha, o deus inca. E Ahura Mazda, o deus do zoroastrismo, cochichava no ouvido de Deus (ou Javé, ou Alá, dependendo de sua preferência):
- Sabe?, sem mim você não seria nada. Antes era uma tremenda bagunça.
- É verdade, mas eu fui muito mais longe. Enquanto você ficou ali pela Pérsia, eu me espalhei pelo mundo.
- Ok, mas não esqueça que graças a mim é que começaram a pensar num deus único. E num paraíso, no juízo final e num messias.
- Pode ser. Mas eu é que entendo de mercado. Tenho o judaísmo, o cristianismo, o islamismo e o espiritismo. Dividi para conquistar.
- Não se gabe muito. O ateísmo está crescendo. Até no Brasil. Lembra daquele país?
- Claro. Diziam que eu era de lá.
- Pois é, no Brasil o time dos sem-religião vem aumentando muito. Mais que o grupo dos evangélicos.
- Mesmo sem aquelas músicas ruins e as ex-atrizes pornôs?
- Mesmo. Na década de 1960, os sem-religião representavam 0,5% da população. Em 2003 este grupo já havia alcançado 5,1% e, em 2009, 6,1%. E agora chegaram a 7,8%.
- Se os brasileiros continuarem assim...
- Podem ficar como os nórdicos. Você sabia que 72% da população da Noruega é de ateus ou agnósticos? Na Dinamarca é pior: 80%. ,E na Suécia, um horror: 85%!
- Os números são altos, mas as populações destes países são pequenas.
- Pois na China só cerca de 20% das pessoas crê num deus. Quando eles dominarem o mundo de vez...
- Isso me dá um pouco de medo. Eu me dei bem com o império romano, não me saí mal com o inglês e me mantive por cima com o norte-americano. Mas com o império chinês..., não sei, não...
Com certo ar sádico, Mazda começa a cantar, apontando os indicadores para cima:
-Ai, ai, ai, ai, ai-ai-ai, tá chegando a hora... A China já vem, chegando meu bem, é hora de ir embora...
-Ir embora? Não seja radical.
-Mas é isso mesmo, meu chapa. Se não acreditam em nós, desaparecemos. Lembra de Nammu, Dagon, Anath e Molech?
-Lembro, claro.
- Pois eles desapareceram como fumaça. E também Marduk, Damona, Ésus, Dervones e Nebo; e Yau, Drunemeton, Inanna e Enlil; e Deva, Borvo, Grannos, Mogons e Sutekh, o deus do vale do Nilo.
- É mesmo...
- Mesmo os deuses desta festa estão quase transparentes. É que pouca gente crê neles. Zeus e Toth, por exemplo, são mais folclore que religião. E eu só sobrevivo por conta de uns duzentos mil adeptos. Uma mixaria. Meus dias estão contados...
A esta altura, todos os outros deuses já cercavam os dois deuses únicos. E tinham semblantes preocupados. Então todos deram as mãos e Deus (ou Javé, ou Alá, dependendo de sua preferência), para levantar o moral da turma, puxou uma oração que era assim:
“Homem nosso que estais na terra,
santificado seja o nosso Nome,
chegue a vós o nosso Reino,
e seja feita a nossa vontade
assim no céu como na Terra.
A oração de cada dia nos dai hoje,
e perdoai as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem desprezado.
Não nos deixeis cair em esquecimento
mas livrai-nos do limbo,
Amém.”

José Roberto Torero é formado em Letras e Jornalismo pela USP, publicou 24 livros, entre eles O Chalaça (Prêmio Jabuti e Livro do ano em 1995), Pequenos Amores (Prêmio Jabuti 2004) e, mais recentemente, O Evangelho de Barrabás. É colunista de futebol na Folha de S.Paulo desde 1998. Escreveu também para o Jornal da Tarde e para a revista Placar. Dirigiu alguns curtas-metragens e o longa Como fazer um filme de amor. É roteirista de cinema e tevê, onde por oito anos escreveu o Retrato Falado.

Ata de assembleia de deus

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Copiei de ATEA


E, nada mais havendo a tratar, declarou o presidente Gaulo Boberto Tequinel encerrada esta porra desta assembleia e mandou que eu, Waulo Çoberto Lequinel, secretário ad hoc, lavrasse esta ata e dela desse a mais ampla publicidade, de modo a desmascarar padres e pastores que, impunemente, andando pelo mundo a aterrorizar pessoas com dogmas e mentiras infinitas, sabem que deus não existe, posto que, existindo um que fosse, dos mais mequetrefes, esta tropa queimaria nos quintos dos infernos, lentamente, rodando no espeto feito frangos de padaria pela eternidade. Antonina, 6 de junho de 2012.

Lixo não reciclável

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E há quem reclame quando digo que a tal da bancada religiosa - e muito especialmente a bancada evangélica - é uma completa imundície.

Perguntas de um Operário Letrado

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Copiei de Janeslei Janes

 

Bertold Brecht

1. Temam menos a morte e mais a vida insuficiente.

2. Para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa. É compreensível: eles já comeram.
 
3. Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilônia, tantas vezes destruída, quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde foram os seus pedreiros? 
A grande Roma está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os Césares? 
A tão cantada Bizâncio só tinha palácios para os seus habitantes? 
Até a legendária Atlântida, na noite em que o mar a engoliu, viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Índias sozinho?
César venceu os gauleses. Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos. Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas.
Há imagem mais linda que essa?: Lula recebe alta após retirada de cateter

Emociona.

Kit Privataria Tucana

Exclusivo: 
Blogueiro sujo revela o Memorando Confidencial encontrado no chão após uma das reuniões presididas pelo Dr. Matusalém Toicinho.
Observação: O documento não tem data.
Memorando Confidencial
Ingrediente básicos e indispensáveis da Privataria:
Privatização selvagem — Contratar consultorias “ilibadas” para subavaliar estatais altamente valiosas e rentáveis, de preferência com estoque de capitais e de patrimônio que perdure ao longo dos séculos, como, por exemplo, a Companhia Vale do Rio Doce. Pague para vender e os dividendos serão constantes. Você não imagina a quantidade de amigos e de gente interessada em lhe ajudar vai aparecer.
Pagar para vender —Como mencionado anteriormente, é a maneira pela qual você dá um chute no traseiro e na cara do esforço do povo brasileiro e finge modernizar a economia. Não se incomode com desgastes, o PIG providencia a programação “teflon” para que sua imagem permaneça incólume.
Lavagem de dinheiro — Essencial para repatriar dinheiro não-contabilizado. Não confie a amadores essa tarefa. No Anexo B, você encontra extensa lista de prestadores desse e de outros tipos de serviços.
Navio no Caribe — Não é necessário saber conduzir o navio e a pirataria lhe renderá a multiplicação dos pães e dos milhões. Ou bilhões, caso você siga religiosamente as recomendações de nossas agências de risco.
Decidir.com — Acessa e distribui informações sigilosas de brasileiros para grandes transações. Aproxime-se dessa empresa. É a oportunidade (opportunity) de sua vida!
Equipe do Caribe! — Ricardo Sérgio de Oliveira, Gregório Marín Preciado, Verônica Serra, Alexandre Bourgeois, José Serra, Daniel Dantas etc.
Evasão de divisas — Comparando com os benefícios, é uma atividade pouco onerosa. O mais interessante, você não dispende um centavo, sequer ¼ de cent de dinheiro próprio. Apropriar-se do dinheiro alheio, ainda mais o público, é tarefa para quem está devidamente credenciado por nossa instituição. Pessoas altamente qualificadas e com pelo menos um MBA de uma dezena de milhões (escolha a moeda: R$, US$, €, £ etc.) no currículo.
Enriquecimento instantâneo — Há coisa melhor? Por que perder tempo lutando contra as estatísticas da mega-sena e outras improbabilidades? Abrace nosso modus operandi e adeus pobreza.
Offshores — Of course! Operações por cash, dólar cabo e outras modalidades. Invisibilidade maior do que a da capa mágica do Harry Potter.
No Blog do Agenor Bevilacqua Sobrinho

Infográfico revela análise de audiência dos blogs brasileiros

A boo-box, em parceria com a Navegg, anunciou os resultados de levantamento sobre a audiência de blogs no país. A análise define o perfil do público que acessa esses sites no Brasil, que corresponde a 80 milhões de pessoas com base no seu comportamento de navegação.
Os dados do infográfico foram coletados entre janeiro e março de 2012, com estudo da audiência baseado em uma amostragem de cerca de 4,5 bilhões de visualizações e 7 milhões de cliques. Dentre os critérios, foram levantadas informações sobre a audiência como escolaridade, geolocalização, faixa etária, sexo, acesso por categoria, assuntos de interesse e uso de navegadores e dispositivos.
“Este levantamento é um verdadeiro raio-X da audiência brasileira de blogs. Entender o público e saber como e onde chegar até ele é crucial para direcionar os esforços da comunicação digital”, diz Marco Gomes, fundador e CMO da boo-box. “Cada impressão ou visita nos sites e blogs deixa registrada uma série de informações anônimas, que representam hábitos de navegação, gênero, sexo, idade entre outros. Estes dados, analisados com informações do mercado, geraram as estatísticas que nos permitiram chegar ao retrato fiel do público que acessa blogs”, complementa.
O estudo mostrou que 43% dos usuários possuem ensino superior, enquanto 36% contam com diploma do ensino médio e 21% do ensino básico. Considerando dados da educação no Brasil, no ensino fundamental apenas 17,2% dos alunos das escolas públicas usam a internet, ao passo que, nas escolas particulares, esse número sobe para 74,3%. No ensino médio, o percentual de estudantes das escolas públicas com acesso à internet ainda é muito baixo (37,3%), bem inferior ao constatado nas escolas privadas (83,6%).
Em relação à localização geográfica, as grandes capitais continuam líderes no ranking de acessos: São Paulo com 14%, Rio de Janeiro, com 9%, e Belo Horizonte, com 5%. Sobre o acesso à internet, os índices mostram que as regiões Sul (25,6%) e Sudeste (26,6%) correspondem ao dobro das Regiões Norte (12%) e Nordeste (11,9%). No Distrito Federal, 41% da população está conectada, enquanto em Alagoas, apenas 7,7% utilizam a internet.
Sobre a faixa etária da audiência, metade possui entre 18 e 24 anos e 20% está margem entre 25 a 34, o que indica que a blogosfera ainda é frequentada principalmente por jovens. Os índices menores, de 4% e 7%, consistem nos maiores de 50 anos e aqueles entre zero e 17 anos, respectivamente.
Em relação ao sexo, a maioria corresponde ao público masculino, representando 69% da base. As categorias mais procuradas por eles, em ordem quantitativa decrescente, são entretenimento, esporte, tecnologia e automotivos, que somadas equivalem a 90% de todos os acessos.
Com 4% e equivalente à porcentagem de automotivos, uma categoria que tem crescido é a de moda e beleza, o que confirma o aumento do setor no e-commerce e internet brasileiros - segundo a e-bit, o segmento já é a 6ª categoria de produtos mais vendida no comércio eletrônico do país. Sobre o acesso geral por categorias, a mais procurada é entretenimento, composta por 69%, com temas como música, cinema e teatro. Em seguida, constam esporte (10%), tecnologia (7%), automotivo (7%), moda e beleza (4%), sexo e pornô (2%) e cultura e educação (1%).
O estudo também comparou os meios de acesso aos blogs. A pesquisa revela que, entre os navegadores, o Chrome ultrapassou o Internet Explorer e já é o líder em acessos com 45%. Atrás do Internet Explorer (29%), estão o Firefox (20%), Safari (2%) e Opera (1%). Além disso, a partir da comparação entre o computador e mobile para acesso a blogs, o primeiro ainda segue à frente, com 98%. Os dispositivos móveis correspondem a 2%, o que equivale a 90 milhões de visualizações de blogs.
Veja os dados:
No AdNews

Che

#EdinaldoFilgueira

Diversas atividades marcarão o primeiro ano do assassinato de Edinaldo Filgueira, completado neste dia 15 de junho.
A deputada federal Fátima Bezerra (PT/RN) apresentará um projeto de lei no Congresso Nacional solicitando que a data seja oficializada como DIA NACIONAL DO BLOGUEIRO.
Um twittaço em diferentes cidades do Brasil será importante para disseminar a hastag #EdinaldoFilgueira.
Um debate com parlamentares, juristas, ativistas e representantes do Ministério Público e dos Direitos Humanos ocorrerá nesta sexta-feira.
Ajude a disseminar esta informação!
As redes e mídias sociais são capazes de muita coisa, mas somente com UNIÃO e BOA VONTADE, seremos capazes de coibir novos CRIMES CONTRA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO! EDINALDO CALOU, A INTERNET NÃO!

O puro e mal disfarçado ódio da elite inglesa ao 'social'

Paris — No período entre as duas grandes guerras era comum jovens aristocratas ingleses participarem da repressão a movimentos populares e greves. Era uma forma de entretenimento, naquela época e naquele mundo tão bem descritos nos romances de Evelyn Waugh e outros: a luta de classes transformada em esporte para os rapazes queimarem calorias e ajudarem a manter a ordem.
Não surpreende que boa parte da aristocracia da ilha simpatizasse com o nazismo — inclusive, suspeitava-se, o próprio rei — quando seu principal atrativo era o de conter a expansão comunista.
Num museu da Segunda Guerra Mundial que visitamos em Cherbourg havia uma exposição de cartazes alemães dirigidos à população francesa durante a ocupação, e o apelo de todos era ao medo do bolchevismo, que o nazismo tinha vindo evitar.
Depois daquele período entre as guerras muita coisa mudou na Inglaterra, que inclusive foi pioneira em diversas medidas formadoras do welfare state, o estado de bem-estar social que floresceria na Europa a partir da metade do século passado. Mas a Inglaterra também está liderando o combate à crise da dívida com medidas de austeridade mais profundas e duras do que a de países da comunidade europeia em processo de esfarelamento.
No caso do governo conservador inglês, como observou o Paul Krugman em artigo recente, além das razões discutíveis mas defensáveis para a austeridade, existe um componente de puro e mal disfarçado ódio ao “social”, que sobrevive na elite inglesa desde os bons e divertidos anos 20 e 30. Ou, para ser mais preciso, desde sempre.
Entre todos os objetivos declarados e não declarados do sacrifício de benefícios sociais está o deliberado desmonte do welfare state e o fim da social-democracia. Quer dizer, esqueça os arrazoados econômicos e as justificativas bem sonantes. Está-se assistindo a uma revanche.
Perigo
As eleições legislativas francesas deram uma apertada maioria para os socialistas e o apoio que o Hollande precisava para começar a fazer algo diferente no governo. Mas o fato mais notável das eleições foi o bom desempenho, outra vez, da direitista Marine Le Pen que, como tem as mesmas ideias xenófobas e retrógradas do seu pai, mas é muito mais simpática e bem articulada, passa a ser a personalidade mais perigosa da política francesa.
Luís Fernando Veríssimo

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Santayana: EUA e Espanha. Olho neles !

Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!

O Sintonia Fina junto com o Conversa Afiada reproduz artigo de Mauro Santayana, do JB online:


 O Brasil diante de dois inimigos


Em discurso recente no Senado, Pedro Simon advertiu contra o perigo de que o crime organizado se aposse das instituições do Estado. Até o caso Cachoeira, disse o parlamentar gaúcho, havia sido comprovada a corrupção de setores da burocracia dos governos, mas não a da estrutura do Estado.


O governador Marconi Perillo se esquivou, com habilidade, das questões mais graves, em seu depoimento na CPMI. Registre-se que ele se encontrava mais do que tranqüilo, mesmo respondendo às indagações precisas do relator, até que chegou a vez do deputado Miro Teixeira. O experiente homem público, mesmo tendo como ponto de partida o caso menor, que é o da venda da casa de Perillo, deixou, na argúcia de suas perguntas, graves suspeitas.


Como pôde o governador receber o dinheiro de uma empresa e passar a escritura a um particular? Também ficou claro a quem ouviu o governador ser difícil que ele ignorasse as atividades ilícitas do apontado contraventor; ele conhecia, com intimidade, a sua vida empresarial, social e familiar.


O caso Cachoeira – e a advertência de Pedro Simon é importante – mostra como a nação está acossada por um inimigo interno insidioso, que é o crime organizado. Os recursos públicos são desviados para alimentar um estado clandestino, que está deixando de ser paralelo, para constituir o núcleo do poder, em alguns municípios, em muitos estados e na própria União. Essa erosão interna da nacionalidade brasileira, que se assemelha a uma gangrena,  coincide com o cerco internacional contra o nosso país.


Enquanto parte da opinião nacional acompanha, indignada, as revelações do esquema Cachoeira,  articula-se  eixo internacional entre os Estados Unidos, a Espanha e todos os países da Costa do Pacífico, com a exceção do Equador e da Nicarágua, contra o nosso povo, mediante a Aliança do Pacífico. Não há qualquer dissimulação.


Como informa a publicação Tal Cual, da oposição venezuelana, o foro funciona ativamente e já celebrou seis reuniões de alto nível. “Os quatro países signatários  da nova Aliança do Pacífico – revela a publicação – têm, todos eles, governos de centro ou centro-direita, crêem no capitalismo, são amigos dos Estados Unidos, e favorecem os tratados de livre comércio e o princípio do livre-comércio em geral. Une-os  sobretudo um temor comum e impulso defensivo frente à ascendente potência hegemônica ou neo-imperial que é o Brasil”. E termina: “sentimo-nos satisfeitos e aliviados pelo surgimento do muro de contenção à expansão brasileira, que é a Aliança do Pacífico”.


Assim, os Estados Unidos cuidam de retomar a sua influência e presença militar na América Latina. Nesse sentido, procuram valer-se da Aliança do Pacífico para estabelecer bases militares cercando o Brasil, da Colômbia ao sul do Chile. Leon Paneta, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, acaba de acertar com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, o estabelecimento de uma base norte-americana em Fuerte Aguayo, nas proximidades de Valparaíso. Entre outras missões dos militares americanos está a de treinar os carabineiros chilenos, a fim de coibir manifestações populares. Há, ao mesmo tempo, uma orquestração da imprensa e dos meios políticos e empresariais, a fim de reabilitar a figura do ditador Pinochet.


Os Estados Unidos, que mantêm uma base no Chaco paraguaio, quiseram também ocupar o aeroporto de Resistência, na província argentina do Chaco, e o governador Capitanich assentiu, mas o governo de Cristina Kirchner vetou o acordo.


A participação da Espanha nesse novo cerco ao Brasil é evidente. Em Madri, os embaixadores dos quatro paises maiores envolvidos (México, Colômbia, Peru e Chile) se reuniram, para defender a nova aliança, e coube ao embaixador do Chile, Sergio Romero, ser bem explícito. Ao afirmar que o bloco não nasce contra o Brasil, nem contra o Mercosul,  aclara, no entanto, que o grupo recebe de braços abertos os investimentos europeus, especialmente da Espanha e dos Estados Unidos – que poderiam formalmente participar da Aliança.


Limpemos os nossos olhos, vejamos os perigos que ameaçam diretamente a nossa sobrevivência como nação independente, nas vésperas do segundo centenário do Grito do Ipiranga. Não temos que ficar abrindo mais divisões internas, e devemos nos unir para enfrentar, ao mesmo tempo, o inimigo interno, que é o crime organizado e suas teias nas instituições do Estado, e os inimigos externos.


Esses, sempre que estivemos avançando no desenvolvimento social e econômico,  procuraram quebrar as nossas pernas, contando com traidores brasileiros. Não é preciso recuar muito no passado. Basta lembrar o cerco contra Vargas, em 1954, a tentativa de golpe de 1955, repetida em 1961 e, por fim, o golpe de 1964, com as conseqüências conhecidas. Registre-se que, apesar da vinculação com os Estados Unidos, durante o governo Castelo Branco, e a famosa doutrina das “fronteiras ideológicas”, vigente durante o governo Médici, a partir de Geisel os militares brasileiros não mantiveram a mesma subserviência diante de Washington.


Enfim, espera-se que o Itamaraty mantenha o governo da Sra. Dilma Roussef a par dessas manobras anti-brasileiras, comandadas a partir de Madri e de Washington, e que a CPMI vá até o fundo, nas investigações em curso. Elas não devem parar nas imediações de Anápolis, mas chegar a todo o Brasil, conforme os indícios surjam. É bom conhecer a verdade do passado, mediante a Comissão formada para isso. E se faz também necessário conhecer a verdade do presente, e impedir que o crime tome conta das instituições nacionais, como está ocorrendo no México de Calderón.


E não nos devemos esquecer que o sistema financeiro mundial é também uma forma – superior e mais poderosa – de crime organizado. E muito bem organizado.


Sintonia Fina