terça-feira, 29 de maio de 2012

Exigir cheque caução para atendimento médico de urgência agora é crime

Christina Machado, Repórter da Agência Brasil
O Diário Oficial da União publica hoje (29) a lei que torna crime a exigência de cheque caução para atendimento médico de urgência. A lei, de autoria dos ministérios da Saúde e da Justiça, altera o Código Penal de 1940 e tipifica a exigência como crime de omissão de socorro.
Atualmente, a prática de exigir cheque caução já é enquadrada como omissão de socorro ou negligência, mas não existia uma referência expressa sobre o não atendimento emergencial.
O Código Penal passa a vigorar nos termos do Artigo135-A acrescido ao Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, que estipula pena de detenção de três meses a um ano e multa para os responsáveis pela prática de exigir cheque caução, nota promissória ou qualquer garantia, inclusive o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial. A pena pode ser aumentada até o dobro, se da negativa de atendimento resultar lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resultar morte.
Os hospitais particulares ficam obrigados a afixar, em local visível, cartaz ou equivalente, com a seguinte informação: “Constitui crime a exigência de cheque caução, de nota promissória ou de qualquer garantia, bem como do preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial, nos termos do Artigo 135-A do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.” Continue lendo… 'Exigir cheque caução para atendimento médico de urgência agora é crime'»

Brasil, Uganda e Nigéria: A verdadeira face da selvageria

Por , 29/05/2012 14:45
Em  Akwa Ibom, os africanos “selvagens”, agora “salvos pela religião”, tornaram-se seres capazes de ver, nos próprios filhos, monstros a serem destruídos. E de buscar fazê-lo, a todo custo
Tania Pacheco
A indicação do blog Religiões Afro Brasileiras e Política foi enviada por Renata (sem sobrenome). Nele, encontramos a matéria “A Rede Evangélica Record na reportagem tendenciosa contra povo africano“, postada por  Oluandeji. Trata-se de uma notícia com toda a razão indignada, mostrando o vídeo que a ela deu origem, assim como outro, do The Observer, que de certa forma “complementa” o primeiro. Em lugar de republicá-la tal como foi postada por Oluandeji, opto por deixar acima o link para ela. E aproveito para acrescentar aqui a minha revolta, postando os dois vídeos mas, antes,  fazendo algumas considerações que me parecem pertinentes.
O vídeo transmitido pela Rede Record e que foi, na verdade, a razão de ser da matéria do Religiões Afro Brasileiras e Política mostra o mais total desrespeito pela cultura, crenças e tradições de um povo. O que nós é mostrado de Uganda, num revoltante exemplo de manipulação midiática, merece sem dúvida diversos níveis de resposta. E entre elas incluo o que a meu ver deveria ser um pedido de desculpas oficial do governo brasileiro, por permitir que num meio de comunicação que é concessão do Estado sejam veiculadas informações que desrespeitam e denigrem esse país africano.
O uso repetido da palavra bruxos e bruxas para definir os praticantes de rituais e crenças diferenciadas das do Sr Edir Macedo e a forma como são manipuladas falas e imagens são inaceitáveis para qualquer pessoa que use sua inteligência para além dos “termos de referência” do que poderia ser uma versão atual da chamada Santa Inquisição. Mas o fato de a pseudo reportagem ser aberta e encerrada com a afirmação de que, em oposição ao progresso e crescimento da capital, Kampala, “acredita-se que debaixo de cada prédio … construído há a cabeça de uma criança”, poderia ser motivo para um incidente diplomático. Quanto à Record em si, ao programa que veiculou a informação, ao repórter e aos responsáveis pela edição da “notícia”, não há defesa da liberdade de expressão que os desculpe e reabilite.
Ao contrário do primeiro vídeo, entretanto, o segundo tem origem séria e internacionalmente respeitada: os ingleses The Guardian e The Observer. A reportagem foi feita em 2007 e em outro país africano, a Nigéria, mas mostra uma outra face da mesma questão. Tracy McVeigh revela, num texto correto e informativo e num vídeo curto mas elucidativo e sem apelações, os efeitos da chegada de determinadas igrejas evangélicas a alguns recantos do país, como  Akwa Ibom: pais, parentes e vizinhos tentam matar, ferem ou simplesmente expulsam e abandonam crianças pequenas – e até um bebê – que foram diagnosticadas como bruxas. Diagnosticadas por pastores que se oferecem para exorcizá-las em troca de dinheiro e que esclarecem que, mesmo sendo elas destruídas ou expulsas, o feitiço continuará sobre seus pais até que eles, agora, sejam exorcizados.
As crianças são oferecidas à equipe britânica, para que as leve embora. Se tiverem sorte, serão acolhidas por Sam Ikpe-Itauma, um nigeriano que busca dar-lhe um lar e tratar de suas mazelas: pregos enfiados no crânio, deixando lesões irrecuperáveis; cegueiras provocadas por água fervente ou ácido; rostos e corpos deformados depois de molhados com gasolina e incendiados; tentativas de envenená-las e até de enterrá-las vivas. Sofrimentos diversos, impostos principalmente por mães e pais que não podiam pagar pelo “exorcismo”. Os africanos “selvagens”, agora “salvos pela religião”, tornaram-se seres capazes de ver, nos próprios filhos, monstros a serem destruídos. E de buscar fazê-lo, a todo custo.
São duas faces de uma mesma moeda sendo mostradas, com cinco anos de diferença, em dois países diversos, mas tendo ambas, como pano de fundo, o racismo, o desrespeito ao outro, a intolerância e, acima de tudo, a ganância capitalista nua e crua.
Abaixo, seguem os dois vídeos, sem necessidade de maiores comentários. E, ao final, o texto original da reportagem, do The Guardian/The Observer, em inglês. Logo após a abertura da matéria, há um link para 20 fotos, marcado em vermelho.

"V.Exa. não está falando com seus capangas" Min.Joaquim Barbosa para Gilmar Mendes


Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro
23/04/2009
Esta frase emblemática foi dita pelo ministro do STF Joaquim Barbosa ao então  presidente do Supremo Gilmar Mendes ao final da sessão de quarta-feira (23/04/2009).




oportunamente lembrado pelo blog fernanadohaddad13

III Encontro de Blogueiros e o Elefante.

***
Realizou-se neste fim de semana, em Salvador, Bahia, o III Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. Participei do evento, tomando cuidado de assistir os debates que julgo mais interessantes enquanto blogueiro.

Meu ponto de vista à respeito do Encontro - quero deixar claro que é uma opinião pessoal - é a mesma desde o I Encontro, há dois anos, em São Paulo.
Pouco se debate sobre o papel dos blogs pequenos; a atenção é toda voltada a jornalistas, preferencialmente, conhecidos, que são os únicos a ter voz na organização e montagem do programa.

Não quero me referir a nenhum blogueiro presente no evento; a intenção deles pode ser nobre - e acredito que é - mas percebe-se, por trás de suas falas, um exercício de marketing voltado a divulgar pontos de vista pessoais. Não demonstram levar em conta o que e como pensam os demais: somos apenas ouvintes.

Mesmo que, a cada debate, o microfone seja franqueado à platéia para perguntas ou exposição de idéias. Mais ou menos como numa sala de aula, é o professor que fala para o aluno que, ao final, lhe é concedido o direito a esclarecer suas dúvidas.

Nada contra. É o posicionamento que esperava ver.
O que me incomoda, na verdade, é a forma passiva como os blogueiros-alunos assumem a postura de platéia. Será por causa da idade?

Me impressionou a quantidade de blogueiros na faixa dos 50 anos. Para mais! Éramos maioria, apesar da presença de uma galera vibrante e entusiasmada, 20 e poucos anos, cheia de sonhos e vontade de lutar. Talvez a velharada que lutou no passado, nas ruas, promoveu passeatas e correu da polícia - ou foi presa - tenha se acomodado. Tenho a nítida impressão de que muitos de nós resolvemos optar pela via confortável do Twitter, Face e Blogs por total incapacidade de mobilizar a galera com palavras de ordem. Sair à rua, nem pensar; a artrite, a sinusite, a labirintite falam mais alto a esta altura do campeonato ...

Deve ser porisso que não gostei dos encontros de blogueiros progressistas, por não ser capaz de vislumbrar a blogsfera como meio de mobilização de massas, por mais que estejamos tentando difundir idéias. O sucesso relativo alcançado até agora, elegendo alguns representantes de esquerda realmente progressista, não se deve ao nosso esforço, apesar de reconhecer que temos algum peso.

Quando era garoto, nos tempos duros e sombrios, sabia que a luta se ganha na rua. Hoje, tenho mais firme esta certeza. Não vejo a blogsfera progressista, do jeito que está, ter capacidade de mobilizar as pessoas. Falamos para nós mesmos, nos aplaudimos e repercutimos a nós mesmos, sem medida de que não estamos alcançando nada a mais. Este encontro de blogueiros foi apenas a confirmação, para mim, do que já sabia.




É claro que houveram coisas interessantes para ouvir. Não sou pessimista e tirei algum proveito do evento.

Dois momentos me chamaram a atenção.
Um, foi a mesa com a participação de estrangeiros. Outro, foi a fala do Ex-Ministro Franklin Martins.

Sob o tema Midia e blogsfera: experiências internacionais, falaram Andres Conteris (Democracy Now e Ocuppy Wall Street - EUA); Osvaldo Leon (Agência Latinoamericana de Informação - Equador) e Iroel Sanchez ( blog La Pupila Insomne - Cuba).

Infelizmente para a maioria da platéia, suas falas foram em espanhol e muitos nada entenderam, apesar do esforço deles em gastar o portunhol. Era visivel o desinteresse de muitos que deixaram o local. Uma pena.

Suas intervenções foram no sentido do comportamento da midia internacional, sobretudo, a latinoamericana,  mostrando um jeito quase uniforme de ação dos meios de comunicação na América do Sul.

Andres Conteris, por exemplo, falou do incômodo que Ocuppy Wall Street trouxe para o governo nos EUA e de como este movimento - nascido nas ruas !!! - está crescendo e se espalhando pelo mundo, da mesma forma que a Primavera Árabe mudou a relação de poder em alguns países.

Osvaldo Leon trouxe o tema da informação, de sua forma e conteúdo, para o debate. Citou exemplos bem sucedidos de enfrentamento aos impérios das comunicações na Argentina e na Venezuela. Salientou, ainda, a importância da inclusão dos movimentos sociais na luta pela democracia na comunicação. As ruas!

O cubano Iroel Sanchez, por sua vez, relatou sua dificuldade em lidar com a contra-propaganda norteamericana na Ilha e do esforço que os blogueiros cubanos fazem na busca de repelir as mentiras que lhes são atiradas desde Miami. Comentou do Movimento para libertação dos 5 cubanos presos nos EUA por espionagem e afirmou que os EUA ataca a liberdade na internet. Por fim, fez uma analogia entre escolas e internet ao dizer que Che Guevara falava que a Universidade devia ser pintada de negro, branco, mulato, operário e camponês, e assim deve ser na internet.

Este blogueiro, sem autorização dos demais colaboradores deste blog, tomou a liberdade de convidar Iroel a ser nosso colaborador estrangeiro, desde Cuba. Ele aceitou. Estamos, agora, tratando de acertar os detalhes para que ele passe a escrever aqui também.

A exposição mais interessante de todas, na minha modesta opinião, foi a de Franklin Martins.
E é aí que aparece o elefante do título do post.

Martins pediu calma e paciência. Como Ministro do governo Lula, esteve dentro do poder por 4 anos. Pôde ver como as coisas funcionam, não somente no Executivo, mas no Legislativo também. Disse ser inevitável o novo Marco Regulatório para a comunicação eletrônica. Insistiu que tudo o que queremos está na Constituição; só devemos exigir que se cumpram as leis ali contidas para acabarmos com o monopólio da midia.

Franklin Martins acredita que sairemos vitoriosos se tivermos capacidade de mostrar à sociedade que queremos apenas a Constituição, só assim seremos maioria. A sociedade é a rua!

A imagem do elefante, ele usou para se referir ao Brasil.
Um animal que move uma pata de cada vez, lentamente, tratando de deixar as outras três no chão. Não olha para trás, mas sabe o que aconteceu. Pode ser rápido se quiser, mas se sente mais seguro se caminhar aos poucos.

No Brasil, de acordo a Martins, as conquistas acontecem lentamente, mas são mais sólidas. Podem ser mais demoradas, mas é muito mais difícil retroagir. É assim que ele vê a liberdade na internet, da opinião, da imprensa e da sociedade em geral. Acredita que estamos no caminho certo.

Enfim, continuo desconfiado que o tempo que dispendemos diante de um computador não é suficiente para mobilizar a sociedade. Nem os blogs progressistas - agindo para dentro - demonstram ter esta capacidade.
É isso.

***

Presidente Lula divulga nota oficial sobre publicação da Veja


Presidente Lula divulga nota oficial sobre publicação da Veja

Leia abaixo a íntegra do documento publicado pelo Insituto Lula.


Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:
1.  No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.
2.  Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.
3.  “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.
4.  A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

"Comigo Lula não falou uma palavra", diz Bandeira de Mello

"Comigo Lula não falou uma palavra", diz Bandeira de Mello

O jurista Celso Bandeira de Mello negou que tenha sido procurado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para interceder junto ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ayres Britto, no julgamento do processo mensalão. “Comigo Lula não falou uma palavra”, declarou ao Última Instância. Bandeira de Mello foi citado em uma reportagem da revista Veja, na qual o ex-presidente Lula é acusado de estar pressionando o Supremo para adiar o julgamento do mensalão. 



Na edição deste sábado (25/5), a reportagem relata um encontro entre o ministro Gilmar Mendes e o ex-presidente no escritório de advocacia do ex-ministro do STF, Nelson Jobim. Segundo Mendes, durante a conversa Lula teria sugerido para ele interceder pelo adiamento do julgamento do mensalão em troca de maior proteção ao ministro na CPMI do Cachoeira. Ainda conforme a revista, durante a instalação da Comissão da Verdade, Lula teria convidado o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, para tomar um vinho com ele e o amigo em comum Celso Bandeira de Mello. Segundo a revista, Lula queria falar com o presidente do STF para tentar adiar o julgamento.

Bandeira de Mello falou também que tentar interceder em um julgamento contraria os padrões éticos e que “jamais falaria com um ministro, ainda mais com um amigo [Ayres Britto]”.

O ex-ministro Nelson Jobim e o jurista Sepúlveda Pertence, negaram o conteúdo da reportagem.  O ministro Sepúlveda Pertence, em entrevista ao site Direito Global, negou que o presidente Lula tenha falado com ele a respeito do mensalão. “Ele sabe que eu não me prestaria a fazer pedido a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, nem ela aceitaria qualquer conversa minha a propósito”, disse o ex-ministro ao site. Pertence também lamentou a postura de Mendes de “dar declaração sobre conversas, reais ou não, que tenha tido com um ex-presidente da República”.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

HUSSERL E O MÉTODO FENOMELÓGICO HERMENÊUTICO.

O método fenomelógico hermenêutico propõe a procura da essência do objeto através da descrição, na verdade Husserl vai dizer que a intenção original é a aproximação direta do objeto, evitando as teorias já existentes. Tratando assim a educação com uma aproximação descritiva, que não possui preconceito da realidade educacional, obtendo-se um conceito e um dialogo direto com o objeto que se é estudado. Este método ira assim pretender alcançar a essência atemporal de qualquer educação, independentemente da pratica histórica; esta tentativa, portanto vai se opor ao relativismo axiológico, que resultou varias vezes no menosprezo do contexto- sócio cultural e da ação concreta do educador, sob o pretexto do regresso a estruturas que não se identificam com a história, sendo a-históricas.  O pesquisador que segue esta vertente será possuindo de uma consciência cientifica pura e isolada da sociedade concreta em que vive, esquecendo que esta sociedade é determinada por interesses tais que definem inclusive a própria educação, sendo esta como o próprio individuo, que apenas adquire o se significado em um todo. A insistência na pesquisa acrítica da essência cultural-filosófica, ira trazer consigo o perigo do conservadorismo: A procura das essências atemporais que podem reduzir a cultura á pura tradição, ou seja, a presentificação de valores tradicionais que são aceitos convencionalmente.  A educação assim será concebida a partir de uma perspectiva transcendental, onde a teoria  vai representar uma ideia a ser realizada. 

Dinheiro é tudo


Um movimento com o sugestivo nome de "Endireita Brasil" promove nesta sexta-feira, em São Paulo, uma manifestação que é suprassumo da demagogia: com o pretexto de demonstrar quanto imposto há embutido nos combustíveis, vão vender uma certa quantia do produto sem a parte referente aos tributos - mas só vão aceitar pagamento em dinheiro, porque ninguém é de ferro.
Esse é um típico exemplo do cinismo dos nossos empresários, que estão sempre jogando para a plateia na tentativa de comover o pobre do cidadão de que eles são bonzinhos, que só querem o bem-estar da sociedade, que cobram os preços que cobram porque são obrigados a isso.
A culpa de tudo é sempre do governo - o federal, claro, porque no Estado e na Prefeitura de São Paulo eles contam com os amigos do peito tucanos e assemelhados, amigos que não deixam de recolher, de bom grado, a sua parte da taxação.
Essa história de que no Brasil os impostos são os mais altos do mundo já cansou, primeiro porque eles não são os maiores, segundo porque, na hora do vamos ver, de fazer uma reforma tributária para valer, os prefeitos e os governadores, sejam lá de que partido forem, se unem todos para deixar tudo exatamente como está. Por essas e por outras a presidente Dilma avisou que vai enfrentar o problema tributário de outro modo, promovendo, como está, desonerações setoriais.
Outra coisa que já encheu é esse papinho dos empresários de que os impostos são responsáveis pelo preços que cobram das mercadorias e serviços. Pura cascata, mentira deslavada. Eles conseguiram acabar com a CPMF e não baixaram um centavo sequer de absolutamente nada. Cobram caro porque visam unicamente o lucro, não estão nem aí com a população.
O caso mais recente de manipulação é esse das sacolinhas de plástico. Com a ajuda de algumas ONGs bobocas, de autoridades ou desinformadas ou simplesmente mal intencionadas, os supermercados conseguiram o que queriam, que era cortar um dos custos de sua cadeia, a de embalar as mercadorias que vendem. São R$ 300 milhões a menos por ano.
Num primeiro momento, graças ao marketing poderoso da "sustentabilidade ambiental", seja lá o que isso for, levaram a opinião pública para o seu lado. A maioria das pessoas, ingenuamente, entrou na canoa furada da "ajuda ao meio ambiente" que o fim das sacolinhas iria proporcionar.
Quando, porém, os consumidores se viram diante da dura realidade de ter de carregar com as próprias mãos ou em caixas imundas as compras que faziam nos ambientalmente "corretos" supermercados, a porca torceu o rabo e pimba!, quem era a favor da medida ficou contra: segundo o Datafolha, 69% da população agora quer as sacolinhas de volta.
Por tabela, vários parlamentares, que caminham ao sabor do vento que bate em seus eleitores, já se movimentam, em muitas cidades, para restaurar a obrigatoriedade de fornecimento gratuito das sacolinhas, ou de qualquer outro tipo de embalagem decente.
Esse movimento de reação, porém, teria sido evitado se os donos dos supermercados, logo que baniram as sacolinhas, tivessem baixassem os preços das mercadorias. Isso mostraria que estavam realmente bem intencionados, que tudo o que diziam sobre consumo consciente e outras parlapatices vinha do fundo do coração e não era apenas a mais rasteira, óbvia e pura demagogia.
Uma coisa eu garanto: se todo o esforço que os nossos patrióticos empresários fazem em prol de tantas causas nobres fosse dirigido para satisfazer os seus clientes, eles estariam hoje numa situação muito, mas muito melhor do que estão - e eles estão muito, mas muito bem.

Aldo reafirma que Brasil não se dobrará aos interesses externos


O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reforçou mais uma vez à Fifa e aos organizadores da Copa do Mundo de 2014 que o Brasil não vai se dobrar aos interesses externos.


“Eu já disse e repito que os pedidos que fazemos ao presidente da Fifa (Joseph Blatter) são pequenos. Digo isso porque eles nos devem mais do que a gente deve a eles. Será que o futebol seria a mesma coisa sem a gente? Tantos craques que produzimos e emprestamos para o futebol mundial”, afirmou Aldo durante um evento, nesta segunda-feira (28), no Museu do Futebol, que oficializou a Brahma como a nova cerveja dos clubes paulistas.

O ministro também defendeu a permanência de Neymar no país. “Vejo a luta de Luís Álvaro para manter Neymar por aqui. É muito positivo. Falam que ele precisa ir para a Europa. Para quê? Para jogar com os zagueiros da Europa? Os melhores que estão lá são brasileiros, são os nossos”, disse Aldo Rebelo.

O ministro rebateu a tese de que estava muito otimista com as evoluções da organização brasileira para a Copa do Mundo. Ele afirmou que seu sentimento também é crítico em relação às evoluções.

“Não sou ingênuo de achar que está dando tudo certo. Eu acho que a gente precisa encarar tudo com um otimismo crítico. Falo isso porque já vencemos desafios muito maiores do que organizar uma Copa do Mundo”, completou.

A mídia usa a mentira como norma e arma contra os povos


O jornalista José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho, participou na última sexta-feira (25) de uma mesa de debates sobre a campanha midiática contra Cuba, durante a 20ª Convenção Nacional de Solidariedade realizada de 24 a 26 de maio em Salvador (BA). Leia a íntegra da sua intervenção.


A guerra midiática, que podemos igualar a uma espécie de terrorismo, o terrorismo midiático, constitui a “guerra fria” da atualidade, a continuação no terreno da luta de ideias da ofensiva do imperialismo e das classes dominantes retrógradas em todo o mundo contra os países e forças políticas empenhados na batalha pela emancipação nacional e social.

É uma guerra que tem a mentira como norma e arma. Os meios de comunicação a serviço do imperialismo estadunidense, das demais potências aliadas e das classes dominantes retrógradas se transformaram em uma verdadeira usina de mentiras.

Esses veículos de comunicação se transformaram em grandes conglomerados privados que além de auferirem grandes lucros se põem a serviço do sistema como um todo, defendendo políticas conservadoras, neoliberais e antipopulares.

No seu arsenal de mentiras e engodo, está um inesgotável repertório propagandístico por meio do qual procuram apresentar os Estados Unidos e demais países imperialistas como modelos de democracia. Querem impor seu modelo político como o único democrático, sua ideologia como o pensamento único a ser seguido, seus valores como a quintessência da civilização.

Contudo, nunca se atentou de maneira tão intensa, flagrante e abrangente contra as maiores conquistas civilizacionais: a democracia, a liberdade, a igualdade, a fraternidade, os direitos humanos, os direitos sociais, a soberania nacional e autodeterminação dos povos, o direito internacional e a paz.

A mídia se tornou cúmplice de crimes, de golpes de Estado, da contrarrevolução, do terrorismo de Estado e de guerras de agressão e rapina contra os povos e nações independentes. É a mídia quem prepara o terreno para essas agressões, é ela que constrói, com artifícios e o engodo, opiniões favoráveis à guerra, naturalizando-a, tornando-a acontecimento banal, e conquista a opinião pública para suas posições. Foi assim com a preparação das guerras da Bósnia e do Kossovo, na antiga Iugoslávia, nos anos 1990, no Afeganistão, em 2001, no Iraque em 2003, na Líbia em 2011 e é assim agora na Síria. As coberturas ditas jornalísticas sobre esses episódios dramáticos são sempre parciais, unilaterais e arbitrárias.

A mídia age da mesma maneira contra Cuba e a Venezuela. Quanto à Ilha revolucionária caribenha, sempre foi assim desde que a Revolução triunfou. A mídia coadjuvou as agressões, o bloqueio, os atentados contra Fidel, os esforços para estrangular o país.

Vale dizer também que, quando o assunto é a Revolução cubana, a mídia sempre fracassou e se mostrou ignorante. Quem não se lembra de quanto tempo passaram em Cuba, praticamente acantonados, batalhões de jornalistas, depois da queda do muro de Berlim (1989), esperando o momento espetacular em que no chamado efeito dominó cairia a última pedra. Na sua estupidez, faziam vaticínios: “É hoje”, “é amanhã”, “na próxima semana é inevitável a queda”, “deste mês não passa” (...) .

Mais de 20 anos transcorreram desde então e Cuba segue mais forte do que nunca, mais revolucionária e socialista do que nunca.

Relembro um episódio edificante e ilustrativo sobre o tema de que estamos falando. No dia 3 de abril de 1990, teve lugar em Havana, o líder da revolução, Fidel castro, concedeu uma entrevista coletiva. Compareceram 246 jornalistas, dos quais 110 se credenciaram e foram a Cuba especialmente para o evento, 53 representantes de 22 órgãos da imprensa norte-americana, 57 jornalistas da Alemanha, França, México, Espanha, Inglaterra, Japão, Índia, Suíça, Brasil, Itália, Portugal, Bélgica, Nicarágua e Austrália, além de 60 jornalistas permanentemente credenciados em Havana.

Entre outros assuntos, Fidel tratou da firmeza ideológica do PC Cubano, em contraste com a vacilação de outros. “Cuba é o símbolo da resistência. Cuba é o símbolo da defesa firme e intransigente das ideias revolucionárias . Cuba é o símbolo da defesa dos princípios revolucionários. Cuba é o símbolo da defesa do socialismo” (...) “O povo cubano vai saber estar à altura de sua responsabilidade histórica”... “E aqueles que mudaram de nome, não sei a quem vão enganar com isso! Imaginem que amanhã nós mudemos de nome e digamos: Senhores, o congresso aprovou que em vez de Partido Comunista de Cuba nos chamemos Partido Socialista de Cuba, ou Partido Social-Democrata de Cuba. Vocês creem que realmente mereceríamos algum respeito? Porque os que mudam de nome são os que mudaram de ideias ou perderam toda a sua confiança nas ideias, perderam suas convicções”.

Agora, lhes pergunto, alguma dúvida sobre por que atacam Cuba do ponto de vista político e ideológico? Não perdoam Cuba, seu povo, o Partido Comunista, sua liderança por se manterem fiéis às suas convicções.

É ilustrativo também mencionar os episódios da criação da “Rádio Martí” em 1985 e da “TV Martí” em 1990, engendros infames do império, para difamar o país, fazer propaganda contrarrevolucionária na Ilha. Na mesma entrevista coletiva aqui referida, Fidel chamou essa rádio e essa TV de ”lixo”, um “insulto à honra do país”, condenando ao mesmo tempo o inescrupuloso uso do nome do Apóstolo da Independência, José Martí.

Dizia Fidel na coletiva de imprensa: “Toda a concepção da ‘Rádio Martí’ – com amargura pronuncio este nome – era uma concepção agressiva, de propósito subversivo contra nosso país. Isto tinha todo um objetivo político. É ademais também violadora das leis internacionais”.

E mais adiante, o comandante da Revolução cubana demonstrava que o objetivo do imperialismo norte-americano com a criação da “Rádio Martí” era “estabelecer uma estação de rádio subversiva, de caráter político, dirigida a desestabilizar o país, a influir nos acontecimentos políticos”.

Nos dias de hoje, o imperialismo continua com o uso do seu lixo, distorcendo e mentindo, fomentando a contrarrevolução, transmitindo uma visão distorcida como se em Cuba reinasse o caos, transformando delinquentes em heróis, financiando e concedendo prêmios internacionais a blogueiros e blogueiras, falsos jornalistas e organizações subversivas.

A mídia mancomuna seus esforços com a Usaid e o Instituto Internacional Republicano, com sede nos EUA, o qual atua em cooperação com a chamada Solidariedade Espanha, para financiar blogueiros e “ativistas sociais”, com computadores e outros meios eletrônicos, a fim de realizar ações de caráter subversivo, clandestino e secreto, para fazer propaganda negativa de Cuba e organizar manifestações oposicionistas, que não passam de pequenas reuniões de mercenários a serviço da contrarrevolução.

O imperialismo norte-americano estendeu o bloqueio a Cuba à área da Internet, vedando ao país o acesso à banda larga, ação na qual também demonstrou ignorância e desconhecimento da força da Revolução e de sua capacidade para mobilizar a solidariedade. A Venezuela bolivariana, numa demonstração do seu internacionalismo, está ajudando Cuba também na solução deste problema.

Por tudo isso, considero urgente a organização de um movimento para se contrapor à ofensiva da mídia contra Cuba, ao cerco midiático, ao terrorismo midiático, o que pode e deve ser uma das tarefas desta Convenção de Solidariedade.

Compartilhamos a resolução da Brigada Mundial contra o Terrorismo Midiático, realizada de 22 a 26 de novembro do ano passado em Cuba, por convocação do Icap, com a presença de comunicadores de 19 países da América Latina, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania, que expressou a firme vontade de defender as ideias da Revolução Cubana pela nova via da informática. A Brigada decidiu desenvolver estratégias, propor objetivos, recomendar ações e iniciativas e organizar novos encontros.

Compartilhamos a proposta de criar a Rede Internacional de Ciberativistas da Solidariedade e o Jornalismo Solidário.

Em nossa concepção de jornalismo, uma publicação, impressa ou virtual, um site, um blog, uma rede, são instrumentos de resistência, de luta para transformar o mundo, veículos da luta de ideias. Como disse Fidel, é como se a Internet tivesse sido feita para Cuba.

Acreditamos no poder mobilizador e transformador do Jornalismo Solidário, de resistência e de luta. Por esta razão, o Portal Vermelho sente-se partícipe deste movimento de solidariedade e das suas campanhas. Deste modo, pertencemos também à Revolução cubana e somos porta-vozes das nobres causas que defende. Somamo-nos ao amplo movimento de solidariedade a Cuba, à luta contra o bloqueio e pela libertação dos cinco heróis cubanos que cumprem longas e pesadas penas em cárceres do império.

FICHA SUJA, QUEM VAI TE LIMPAR?


Quanto mais me aprofundo nas “artes” políticas, mais percebo que todo esforço é pouco para tentar mudar alguma coisa. Não sou descrente, tampouco cultivo pensamentos pessimistas ou enceno atos corruptíveis, no entanto, ao esgueirar-nos no labirinto espinhoso da política, estamos sujeitos ao abjeto e o amarelo sorriso da autoridade pública ao qual se arrogou poder. Estes, que ao menor sopro de insolência, não se fazem de rogados e, em nome da Corte, legiferam em causa própria e se trasvestem com a toga translúcida da justiça. Deste modo, não há esclarecimento que seja valioso e mesmo mostrando a cara, o fazem com toda elegibilidade a mais pura agrura insanável e irreversível. Quanto mais vejo cargos e funções patentes e cada vez mais nossos valiosíssimos filhos almejam trabalho e satisfação pessoal a qualquer custo, mais, digo aos senhores e senhoras: saiam da toca, sim! Mas não entrem na maloca, não.

Calem a boca nordestinos!

Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste! Que coisas boas vocês têm pra oferecer ao resto do país? Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz?

Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluísio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo?

Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!!

E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano. Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo “carioca” Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.

Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura… Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner… E Não poderia deixar de lembrar também da genial família Caymmi e suas melodias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…

Ah! Nordestinos…

Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo?

Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar.

Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de “cachorras”. Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!

Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para “um dia de princesa” (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!!

Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade!

Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render.

Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco. Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa!

Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos!

Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.

Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes.

Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: “O sertanejo é, antes de tudo, um forte!”.

Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos.

Por José Barbosa Junior,

O Cachete - O Remédio para a Crise de Coluna: Gilmar Mendes e o Clube dos Mentirosos

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Quem é progressista e quem é de direita

Os dois maiores eixos do poder no mundo de hoje são a hegemonia imperial norteamericana e o modelo neoliberal. A direita se articula em torno da liderança política e militar nortamericana e desenvolve, em nível nacional e internacional, políticas de livre comércio e de mercantilização de todas as sociedades.

Diante desse quadro, progressistas são, em primeiro lugar, os governos, as forças politicas e as instituições que lutam pela construção de um mundo multipolar, que enfraqueça a hegemonia imperial hoje dominante, que logre a resolução dos conflitos de forma política e pacifica, contemplando a todas as partes em conflito, ao invés da imposição da força e da guerra. O que significa fortalecer os processos de integração regional – como os latino-americanos – que priorizam o intercâmbio entre os países da região e os intercâmbios entre o Sul do mundo, em contraposição aos Tratados de Livre de Comércio com os Estados Unidos.
Se diferenciam, na América Latina, com esse critério, os governos de países como a Venezuela, o Brasil, a Argentina, o Uruguai, a Bolivia, o Equador, entre outros, que fortalecem o Mercosul, a Unasul, o Banco do Sul, o Conselho Sulamericano de Defesa, a Alba, a Celac, entre outras iniciativas que privilegia o intercambio regional e se opõem aos Tratados de Livre Comercio com o Estados Unidos. Priorizam também o comércio com os países do Sul do mundo e as organizações que os agrupam, como os Brics, entre outras. São governos que afirmam políticas externas soberanas e não de subordinação aos interesses e orientações dos Estados Unidos.

Do outro lado do campo político se encontram governos como os do México, do Chile, do Panamá, da Costa Rica, da Colômbia, que priorizam por esses tratados e favorecem o comércio com a maior potência imperial do mundo e não com os parceiros da região e com os países do Sul do mundo.

Em segundo lugar, progressistas são os governos, forças políticas e instituições que colocam o acento fundamental na expansão dos mercados internos de consumo popular, na extensão e fortalecimento das políticas que garantem os direitos sociais da população, que elevam continuamente o poder aquisitivo dos salários e os empregos formais, ao invés da ênfase nos ajustes fiscais, impostos pelo FMI, pelo Banco Mundial e pela OMC e aceitos pelos governos de direita.

Além disso, as forças progressistas se caracterizam pelo resgate do papel do Estado como indutor do crescimento econômico, deslocando as políticas de Estado mínimo e de centralidade do mercado, e como garantia dos direitos sociais da população.

Por esses três critérios é que a maioria dos governos latino-americanos – entre eles os da Venezuela, do Brasil, da Argentina, do Uruguai, da Bolívia, do Equador – são progressistas e expressam, a nível mundial, o polo progressista, que se opõem às políticas imperialistas e neoliberais das potências centrais do capitalismo internacional.

Postado por Emir Sader


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De um lado Lula, Dilma, PF fazendo a 'faxina' no Brasil... do outro Cachoeira, PSDB, Demóstenes, Perillo, Gilmar, Veja, Globo

O PSDB inteiro resolveu enfiar o pescoço na guilhotina de uma vez por todas, ao carimbar na testa o selo de partido do bicheiro Cachoeira, anti-Lula.

Quem será o gênio que teve a brilhante idéia?

Será o deputado Antônio Carlos Leréia (PSDB-GO) enquadrando o resto do PSDB a seguirem a liderança de Cachoeira?

Será Marconi Perillo (PSDB-GO) dizendo que se cair, leva outros tucanos juntos?

Será Aécio Neves (PSDB-MG) às voltas com aparelhamento do estado de Minas por Cachoeira?


Será José Serra (PSDB-SP) e Paulo Preto, dizendo que não se larga um líder ferido na estrada?


Pois o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o deputado Francischini (PSDB-PR), aquele que é 'tchutchuca' com os tucanos do Cachoeira,  agora aparecendo enquadrados na defesa de Cachoeira-Desmóstenes-Marconi-Veja-Gilmar e querem voltar sua artilharia contra Lula.

Ridículos, falam em varrer para debaixo do tapete Cachoeira, Demóstenes, Leréia, Marconi Perillo, Paulo Preto, Siqueira Campos, a parceria Veja-Cachoeira, o caso CELG-Gilmar, os R$ 8,25 milhões da JC Gontijo, e "convocar" logo o presidente Lula, atacado por esta turma porque apoiou uma CPI para desbaratar esse esquema que era tão nefasto que há até telefonemas entre Demóstenes e Cachoeira falando sobre derrubada da Presidenta Dilma, através de matérias de Policarpo Júnior na revista Veja.

Fala Sério, tucanada. Tenham um pouco de vergonha na cara para fazer uma faxina em sua própria casa, pelo menos no que está já está fedendo tão podre.

Alguém duvida que, se não tivessem foro privilegiado, Demóstenes e Perillo já estariam no presídio da Papuda? Junto com Cachoeira e com o tucano Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia?

O PSDB perdeu o pudor de mostrar-se que não é só a casa de Perillo que caiu com Cachoeira. É o partido inteiro.

Como é bom ver que Lula, Dilma, a Polícia Federal, os bons procuradores do Ministério Público, os bons parlamentares estão de um lado, oposto ao do outro lado do bicheiro Carlinhos Carlinhos em parceria com o PSDB, com seus Marconi Perillo, Alvaro Dias, Franscischini, José Serra, Paulo Preto, Aécio Neves, etc. 
 

Nova farsa de Veja e Gilmar Mendes é desmascarada no mesmo dia


Lula não ficou sozinho com Gilmar Mendes, diz Jobim

O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim afirmou no sábado 26 que o encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lua da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes aconteceu na sala de seu escritório e que em momento algum os dois ficaram sozinhos para tratar de assuntos que não fossem questões “genéricas”.

O ex-ministro Nelson Jobim desmente relato de Gilmar Mendes à Veja. Elza Fiúza/abr
A versão desmente a conversa relatada por Gilmar Mendes à revista Veja segundo a qual, em conversa reservada, Lula sugeriu ao ministro do STF ajuda na CPI do Cachoeira em troca de apoio para adiar o julgamento do mensalão.

O encontro teria acontecido no escritório de Jobim. No sábado, ao ser questionado pelo jornal O Estado de S.Paulo sobre o episódio, o também ex-ministro do STF reagiu: “O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso. O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão.”

Segundo o jornal, Jobim disse, sem entrar em detalhes, que em nenhum momento Gilmar e o ex-presidente estiveram sozinhos ou falaram na cozinha do escritório, como relatou revista. ”Tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala, o Lula saiu antes, durante todo o tempo nós ficamos juntos.”.

Acuada pelas suspeitas de ter servido aos interesses da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, por meio de reportagens a exaltar comparsas como o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e atacar grupos rivais, Veja decidiu nesta semana usar uma possível ingerência o ex-presidente Lula no caso para tentar reforçar sua tese de que a CPI do Cachoeira servirá para “abafar” o julgamento do mensalão. O elo desta vez foi justamente Gilmar Mendes, ministro de quem a proximidade com Demóstenes é pública e notória – e que, como se sabe, não poderia sozinho adiar julgamento algum.

Foi mais um exemplar de contra-golpe ensaiado para sair do foco das investigações da CPI, desmentido no mesmo dia por um dos personagens citados na apuração.

- da Redação da CartaCapital

Com Texto Livre: Apontamentos sobre o caso Gilmar Mendes

Com Texto Livre: Apontamentos sobre o caso Gilmar Mendes:   Gilmar Mendes não tem poder para adiar o julgamento do mensalão. Os únicos ministros do STF que podem alterar a data do julgamento sã...

Com Texto Livre: Degradação do Judiciário

Com Texto Livre: Degradação do Judiciário:  Folha de São Paulo, quarta-feira, 08 de maio de 2002 Nenhum Estado moderno pode ser considerado democrático e civilizado se não tiver...