quinta-feira, 10 de maio de 2012

Depoimento do delegado da PF, Raul Alexandre Marques Sousa, na CPMI:"O delegado disse que a apuração da PF foi parada no momento em que apareceram as conversas com parlamentares com prerrogativa de foro, como o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). O caso foi remetido ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em meados de 2009. Mas a mulher dele, a subprocuradora Cláudia Sampaio, avaliou que não havia indícios suficientes para que a apuração contra essas autoridades continuassem no Supremo Tribunal Federal (STF)."

Procurador ameaça e diz que quer sigilo, mas só para a CPMI do Demóstenes, do Perillo, do Leréia, do Cachoeira, da Veja e gangue



Gurgel: Tem gente 'morrendo de medo' do julgamento do mensalão

Críticas de sua atuação no caso Cachoeira viriam dessas pessoas, diz procurador

Carolina Brígido



O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, durante Sessão Plenária do Supremo Tribunal Federal (STF)
Foto: O Globo / Givaldo Barbosa


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, durante Sessão Plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) O Globo / Givaldo Barbosa
BRASÍLIA - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu nesta quarta-feira a afirmação do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques, em depoimento na terça-feira à CPI do Cachoeira. Marques disse que a Operação Vegas ficou inconclusa porque ele não deu prosseguimento às investigações. Segundo o procurador, normalmente as críticas à sua atuação vem de parlamentares que estão “morrendo de medo do julgamento do mensalão”. Mais cedo, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que Gurgel terá cinco horas para acusar os 38 réus no julgamento do mensalão.

- O que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão. São pessoas que aparentemente estão muito pouco preocupadas com as denúncias em si mesmas, com os fatos, com os desvios de recursos e com a corrupção. Ficam preocupadas com a opção que o procurador-geral, como titular da ação penal, tomou em 2009, opção essa altamente bem-sucedida. Não fosse essa opção, nós não teríamos Monte Carlo, nós não teríamos todos esses fatos que acabaram vindo à tona. Há um desvio de foco que eu classificaria como, no mínimo, curioso – afirmou Gurgel nesta quarta, em intervalo de sessão do Supremo Tribunal Federal (STF).
No depoimento, o delegado disse que a investigação foi engavetada por Gurgel. O procurador recebeu o relatório da Vegas em 15 de setembro de 2009 e nada fez. Gurgel só pediu abertura de inquérito contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) no STF em 27 de março deste ano, cinco dias depois de O GLOBO revelar o conteúdo das ligações entre o senador e Cachoeira.
O delegado disse que o relatório da Vegas foi enviado ao procurador-geral, a quem caberia encaminhá-lo ao STF. O documento foi entregue à subprocuradora-geral Cláudia Sampaio em 15 de setembro de 2009. Um mês depois, ela, mulher de Gurgel, chamou o delegado e disse que a investigação não tinha indícios suficientes para abrir inquérito contra parlamentares. A partir daí, o caso seria arquivado ou devolvido à Justiça Federal de Goiás, de onde se originou, para reinício da apuração.
´Há uma tentativa de imobilizar o procurador-geral´
O procurador afirmou que não deve se preocupar com o andamento das investigações conduzidas pela CPI do Cachoeira. Ele afirmou ainda que as acusações de que ele teria se omitido podem ser uma forma de prejudicar sua atuação, no processo de Cachoeira e também no julgamento do mensalão.
- Eu não posso ficar me preocupando com o que acontece a cada momento, a cada segundo na comissão. Eu tenho que me preocupar em levar adiante a investigação. O que parece haver é uma tentativa de imobilizar o procurador-geral da República para que ele não possa atuar como deve, seja no caso que envolve o senador Demóstenes e todos os seus desdobramentos, seja preparando-se para o julgamento do mensalão – disse.
- Esse é o atentado mais grave que já tivemos à democracia brasileira. É compreensível que algumas pessoas que são ligadas a mensaleiros tenham essas posturas de querer atacar o procurador-geral e querer também atacar ministros do Supremo, com aquela afirmação falsa de que eu estaria investigando quatro ministros do Supremo Tribunal Federal - continuou Gurgel.
Gurgel disse entender que surjam críticas, e que é normal que seu trabalho desagrade a alguns.
- A minha preocupação é de continuar trabalhando, de continuar investigando, de levantar o véu e revelar cada vez mais fatos que estão submetidos também à comissão parlamentar, mas que parece mais preocupada com outros aspectos, parece mais preocupada com o julgamento do mensalão.
Questionado se acredita que algum réu do mensalão está coordenando os ataques a ele, ele afirmou que há ‘protetores de réus’ como mentores dessas críticas.
- Eu apenas menciono isso: há pessoas que foram alvo da atuação do Ministério Público e ficam querendo retaliar, é natural isso. E há outras pessoas que têm notórias ligações com pessoas que são réus no mensalão.
Por fim, ele defendeu que o sigilo dos documentos do inquérito do Cachoeira seja mantido, pois há escutas, defendeu o procurador.
- Agora, não há duvidas de que esse é um dos casos de vazamentos mais escandalosos que temos na história. Nós sempre temos vazamentos nesse tipo de coisa, mas nesse realmente chegamos a um absurdo. Pedi ao diretor-geral da Polícia Federal que fosse instaurado inquérito para que se apure. É preciso que se pare com essa coisa no país de achar que o sigilo é para inglês ver, que é uma coisa formal que consta da lei e que não é observada. A quebra de sigilo nesse caso foi talvez uma das mais escandalosas de que eu tenha tido notícia.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/gurgel-tem-gente-morrendo-de-medo-do-julgamento-do-mensalao-4854880#ixzz1uPkNP6qI
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Folha inventa notícia de que o Planalto não quer que investigue a imprensa corrupta, é mais um desejo do que a realidade. Tá dando pena!

Cachoeiragate / Mídia
Planalto tenta conter impulso do PT para investigar imprensa
Petistas estudam convocação de jornalista para depor na CPI sobre relacionamento com Carlinhos Cachoeira
Bancada do partido também defende quebra de sigilo de editor e convocação do dono da Editora Abril
DE BRASÍLIA
O Palácio do Planalto iniciou ontem uma operação para tentar arrefecer o ânimo dos petistas que querem usar a CPI do Cachoeira para investigar as relações do empresário com jornalistas e órgãos de imprensa.
Em reunião na noite de segunda-feira, a bancada do PT na CPI discutiu a proposta de convocação do jornalista Policarpo Júnior, redator-chefe da revista "Veja" em Brasília. A quebra do sigilo fiscal e bancário do jornalista também é defendida no partido.
O jornalista tinha em Cachoeira uma de suas fontes de informação e seu nome é mencionado em diversas conversas do empresário com integrantes de seu grupo, de acordo com escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal nos últimos três anos.
Segundo o delegado Raul Souza, ouvido anteontem pela CPI, não há nas escutas nada que indique algo além da relação entre um repórter e uma fonte de informação.
As perguntas sobre o caso que os petistas fizeram ao delegado na sessão da CPI anteontem não foram relatadas à ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, responsável pela articulação do governo com o Congresso.
Ela só ficou sabendo das perguntas pelos jornais. A omissão dos parlamentares petistas causou desconforto no Palácio do Planalto.
Ontem, já era perceptível uma mudança de tom na bancada, especialmente no grupo ligado ao ex-ministro José Dirceu e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Escalado para a interlocução entre os representantes do partido na CPI e o governo, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) adotou um tom cauteloso.
"Acho que agora é cedo para a convocação [de Policarpo]", disse, contrastando com o clima da reunião de segunda à noite.
Aliados de Lula e Dirceu defendem o foco na imprensa por achar que assim conseguirão minar a credibilidade de reportagens que deram origem ao escândalo do mensalão, que pode ir a julgamento no Supremo Tribunal Federal neste ano. Dirceu é um dos réus do caso.
Ideli havia escalado o relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), para resistir à pressão, mas ele admite a interlocutores que o trabalho é difícil.
"Se for confirmada a existência de mais de 200 conversas entre Policarpo e o esquema, ele tem de ser convocado. O Roberto Civita, não", disse o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (PT-SP), referindo-se ao dono da Editora Abril, que publica "Veja", cuja convocação é defendida por setores do PT.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Polenta News: O ataque de O Globo à blogosfera

Polenta News: O ataque de O Globo à blogosfera: Extraído do Blog Cinema e outras artes Em editorial publicado hoje (08/05), O Globo, no afã de defender sua comparsa de denúncias e ...

Ato pela Memória, Verdade e Justiça nesta quinta (10/05) em POA

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Vladimir Safatle - Pobres bancos

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Cloaca News: ENFIM, A CONEXÃO GLOBO-CACHOEIRA: As transcrições das conversas telefônicas travadas entre membros da gangue chefiada por Cachoeira e Demóstenes estão revelando, entre out...

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Cloaca News: POLICARPO - QUEM DIRIA! - JÁ DEFENDEU CACHOEIRA NO...: Era o dia 22 de fevereiro de 2005. Durante o processo de cassação do então deputado André Luiz, o jornalista da Veja prestou depoimento ...

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Cloaca News: DEMÓSTENES PARA CACHOEIRA: Ô, DOUTOR! ESQUECEU DE ...: . . Ainda hoje neste Cloaca News : dois bandidos fazem teleconferência sobre as revistas Veja e Época .

Cloaca News: EXCLUSIVO - EM TELECONFERÊNCIA, BANDIDOS ANALISAM ...

Cloaca News: EXCLUSIVO - EM TELECONFERÊNCIA, BANDIDOS ANALISAM ...: . CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIÁ-LAS. A seguir: "Hoje eu vou lá no Policarpo..."

Quando Serra era governador,culpava a natureza por enchentes em SP. Agora, culpa Dilma

7 de janeiro de 2012

Geraldo Alckmin entregou ontem à tarde 784 moradias do programa de reassentamento de famílias que vivem em áreas de risco na Serra do Mar. Horas antes, José Serra deu entrevista em que citava o projeto como exemplo mundial de prevenção às chuvas e criticava o governo federal.

Vamos recordar? José Serra (PSDB), pediu para a população rezar contra enchentes


O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), culpou a natureza pelo caos ocorrido em São Paulo na época em que ele era o governador, em decorrência das chuvas. "Foi uma chuva inusitada. Mesmo que estivesse tudo impecável seria inevitável haver problemas graves. [...] Temos que rezar para que isso não se repita", disse o governador em entrevista


Para se ter uma ideia, conforme o Plano de Microdrenagem do Alto Tietê, de 1998 (elaborado há 13 anos!), para São Paulo se livrar dos alagamentos seriam necessários mais 91 piscinões a um custo total de R$ 3,6 bilhões. Entre 2007 e 2010 (gestão Serra) os recursos aplicados para todas as ações no programa de infraestrutura hídrica de saneamento e combate às enchentes foi de apenas R$ 615 milhões, ou seja, praticamente seis vezes menos do que seria necessário apenas para a construção dos reservatórios.

Verbas cortadas

Ainda no período de 2007 a 2010 houve corte de R$ 20 milhões para serviços e obras na Bacia do Alto Tietê e não foi investido um centavo sequer em estudos de macrodrenagem, apesar de nos orçamentos destes anos estarem previstos recursos que totalizavam R$ 44 milhões para este fim. Os dados são do SIGEO – Sistema de Gerenciamento da Execução Orçamentária do Governo do Estado.

Para agravar ainda mais a situação, na última semana, o governo do Estado interrompeu a licitação de mais um piscinão – Jaboticabal – previsto para ser construído em área historicamente afetada por enchentes, como a Avenida Guido Aliberti, em São Caetano, e o Km 13 da Via Anchieta, em São Bernardo. O reservatório é reconhecido como o maior instrumento para conter enchentes no Grande ABC e em parte da Capital, o que beneficiaria cerca de meio milhão de pessoas.

Só falta de confiança em Gilmar Mendes explicaria atitude de Gurgel

Deu no Brasil 247, na nota "Caiu a casa de Gurgel":

Em depoimento à CPI do Cachoeira, o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre disse que a decisão de não levar adiante as evidências reunidas na Operação Vegas, em 2009, foi da subprocuradora da República Cláudia Sampaio Marques. Ela é esposa do procurador-geral da República, Roberto Gurgel... De acordo com o delegado, ela enviou ofício à PF, naquele ano, dizendo não ter identificado indícios na Operação Vegas que justificassem a abertura de investigação. O problema é que boa parte das evidências sobre as relações entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que embasam a CPI, saiu dessa operação...

Comento, olhando por outro ângulo possível.

- Gurgel designou alguém de sua absoluta confiança, a própria mulher, que é subprocuradora, para analisar o inquérito, e ela respondeu ao delegado, após um mês, não ter encontrado elementos jurídicos que fundamentassem um pedido de investigação ao Supremo;

- Por outro lado, Gurgel não arquivou o inquérito, como acontece quando não há crimes.

- Em nota recente, ele disse que a decisão foi "estratégia de investigação".

Ligando os pontinhos, há duas conclusões possíveis:

1) Ou o Procurador-geral de fato prevaricou ou, no mínimo, falhou, como a maioria dos parlamentares da CPI suspeitam;

2) Ou ele decidiu não pedir autorização ao STF, pois lá estava na presidência o ministro Gilmar Mendes, cuja proximidade com Demóstenes Torres havia sido explicitada no episódio do grampo sem áudio, pouco tempo antes.

Neste caso, pedir ao STF autorização para investigar Demóstenes levaria a investigação ao conhecimento de Gilmar Mendes.

Um mês antes do relatório da Operação Vegas chegar às mãos de Gurgel, Gilmar Mendes havia batido boca com ele via imprensa, acusando o ministério público de atuação partidarizada (confira aqui).

Gurgel não admitirá que deixou de pedir investigação ao Supremo naquele momento por desconfiar de um ministro do STF. Mas a suspeita de que a motivação possa ter sido esta é bastante razoável. 

O que precisa ficar claro é se houve de fato uma "estratégia de investigação" justificável que melhor atendesse aos interesses republicanos da sociedade brasileira.

terça-feira, 8 de maio de 2012

DEM contrata especialistas norte-americanos para ensinar os candidatos a "tuitar"

 Cerca de 50 pré-candidatos a prefeito do Democratas (DEM) se reunirão em São Paulo nesta quinta-feira, 10, para um curso preparatório sobre como administrar campanhas e se relacionar com a mídia.
O chamariz do seminário, organizado em conjunto pelo DEM e a Fundação Liberdade e Cidadania, vinculada ao partido, são palestras com três especialistas norte-americanos: Lee Brener, diretor político da rede social Myspace, Jim Harff, presidente da empresa de relações públicas Global Communicators, e Gary Nordlinger, presidente da consultoria política Nordlinger Associates. As palestras vão tratar de uso de mídias sociais, relações com a mídia durante a disputa eleitoral e gestão de campanhas em cidades com programas de TV, entre outros temas.
Os principais pré-candidatos do partido estarão presentes no seminário, segundo a assessoria do DEM: ACM Neto, postulante à prefeitura de Salvador, Rodrigo Maia, que disputará a campanha no Rio de Janeiro, e Mendonça Filho, que prepara a campanha no Recife.

estadão.com.br
Mentiras em nome da liberdade de expressão



Mais uma vez o colunista de O Globo, Merval Pereira (na foto de fardão ao lado de tucanos de alta linhagem),  se supera, claro que para baixo. Agora, em comentário sob o título “Pela Liberdade de Expressão”, o jornalista imortal  aborda o tema de forma simplória e tendenciosa.
Ao atacar governos latinoamericanos que julga estarem criando restrições à liberdade de imprensa e de expressão,  Pereira abre as baterias, para variar, contra a Presidenta argentina Cristina Kirchner. 
Aí o colunista de O Globo menciona o que considera “expropriação” da fábrica de papel que estava sob controle do grupo Clarin. Encerra o parágrafo afirmando que a medida faz parte de “uma já longa disputa pelo controle da informação pelo governo de Cristina Kirchner, prosseguindo o projeto que foi iniciado no governo de seu falecido marido Nestor Kirchner”.
Nesta visível demonstração de desacreditar a Presidenta, como se ela não tivesse iniciativa própria, o jornalista imortal omitiu um fato relevante que ajuda a entender melhor o acontecimento.
A fábrica de papel na época da ditadura era de propriedade de empresários que foram reprimidos com extrema violência, um deles assassinado, pelo general Rafael Videla, hoje cumprindo pena de prisão perpétua pelos crimes cometidos neste período, inclusive sumiço de bebês entregues a famílias vinculadas à repressão. A fábrica de papel mudou de proprietário a força e caiu nas mãos do grupo Clarin.
Merval Pereira não mencionou o fato, limitando-se a protestar repetindo os argumentos apresentados pela Sociedade Interamericana de Imprensa e, claro, pelo grupo Clarin.  E quem tiver curiosidade deve consultar a Biblioteca Nacional para verificar qual foi a posição de O Globo sobre a ditadura argentina.
Em relação ao Equador, o perdão de Rafael Correa  de uma multa alta decretada pela Justiça contra o jornal El Universal e um ex-editorialista por difamação ao presidente foi considerado por Pereira, não como um ato de grandeza, mas de fraqueza, para atender à pressão internacional. Pereira culpa Correa por tudo, como se decisão da Justiça dependesse dele, dando a entender que o Poder Judiciário no Equador não é autônomo. 
Em outro trecho, o colunista não faz por menos e sai em defesa incondicional da revista Veja e do chefe de sucursal de  Brasília, Policarpo Junior, envolvido com Carlos Cachoeira de lama.
E, pasmem, Merval Pereira considera ameaça à liberdade de expressão a tentativa de levar a grande imprensa, representada pela revista Veja, à investigaçao na CPI do Cachoeira.
Quer dizer que convocar um jornalista da cúpula de uma revista para esclarecer fatos, inclusive mais de 200 telefonemas trocados com Cachoeira de lama, atenta contra liberdade de expressão?
E parece que o Deputado Miro Teixeira pensa blindar Policarpo Jr, sob a alegação de  preservaçao do sigilo da fonte. Se fizer isso, Teixeira estará se equivocando feio. Fica alinhado com Merval Perera, 
Policarpo é chefe da sucursal e não repórter que teria Cachoeira como fonte. Como bem lembrou recentemente o atual Ministro do Trabalho, Brizola Neto, em sua coluna “Tijolaço”, Policarpo “é alguem, que pelo seu cargo, tem relações diretas com a administração empresarial da revista”.
Tem trechos de papos telefônicos em que Cachoeira de lama falando com Claudio Abreu, um mafioso do time do meliante, fica feliz com matérias da revista Veja, inclusive a que resultou na queda de Luiz Antonio Pagot chefe da diretoria geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), que estava atrapalhando os negócios da construtora Delta. Coincidência?
A Polícia Federal localizou o vínculo ao fazer o grampo, permitido pela Justiça, de Cachoeira de lama. Seria absolutamente normal a convocação de Policarpo, da mesma forma que o dono da publicação, Roberto Civita, em função da gravidade do caso. Nada a ver com algo atentatório à liberdade de expressão.
Como o poder de manipulação da mídia de mercado é forte, amanhã,  se acontecer a convocação de Policarpo pela CPI, protestos vão surgir vindos de diversos lados, não só de Merval Pereira como da Sociedadde Interamericana de Imprensa, por exemplo. Se a CPI for séria mesmo terá de convocar Policarpo e muito mais gente considerada acima de qualquer suspeita, como o governador Sergio Cabral.
No artigo, Merval destila ódio contra a “democratização da comunicação” atribuindo a ideia ao Partido dos Trabalhadores.
Merval desconhece que a democratização dos meios de comunicação é algo em debate há vários anos por inúmeras entidades representativas dos movimentos sociais.
O PT tem todo o direito de apoiar, como outros partidos e parlamentares, como, por exemplo, Brizola Neto, que já se posicionou nesse sentido em sua coluna na internet em várias ocasiões.
Mas se o leitor imagina que as observações do jornalista imortal pararam  por aí em matéria de manilpuação, engana-se  O colunista reviveu, por exemplo, a proposta do Conselho Nacional de Jornalismo, atribuindo a ideia, mais uma vez erradamente, ao governo Lula. A proposta, repudiada antes mesmo de ser debatida,  foi uma iniciativa da diretoria da Federação Nacional de Jornalistas e não do govenro Lula, como “informou” (só pode ser entre aspas mesmo) Merval Pereria.
Não por acaso, na mesma edição de sexta-feira, 4 de maio, o jornal O Globo publicava na página internacional um artiguete, estilo tijolaço, com o título “Cerco”, apresentando o resultado de uma reunião em Santiago do Chile de associações patronais midiáticas de seis países, entre eles o Brasil, representado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ). Foi divulgado então um documento  sobre “o agravamento do cerco à liberdade de imprensa” e assim sucessivamente.
E também, não por acaso, logo abaixo do comentário aparece matéria procedente de Caracas mostrando que “Chávez tem fratura no fêmur, diz jornalista”. A tônica da “notícia” repete a de outros dias com base nas elocubrações do blogueiro venezuelano Nelson Bocaranda, um jornalista vinculado aos movimentos anticastristas de Miami.
Por sinal, Bocaranda de vez em quando “informa”com base no que escreveu Merval Pereira sobre a doença de Chávez e vice-versa. Os dois se entendem muito bem, só falta agora Bocaranda aparecer no Brasil convidado pelo Instituto Millenium e, quem sabe, proferir uma palestra no Clube Militar, como faz de vez em quando Merval Pereira e é  aplaudisíssimo pelos militares da reserva que tinham postos de comando durante a ditadura, alguns deles executores do esquema da repressão.
Por estas e muitas outras, a democratizaçao dos meios de comunicação é uma necessidade, exatamente para que os brasileiros possam ter mais e mais veículos para se informar e formar opinião. Até porque, como o acesso à informação é um direito humano, tudo deve ser feito para o seu aperfeiçoamento, quer queira ou não Merval Pereira e o patronato midiático manipulador.
Na verdade, Pereira mistura propositalmente as bolas. O que ele defende mesmo é a liberdade de empresa e não a de imprensa. Desta forma vai tentando enganar incautos, seguindo a linha de seu jornal e das Organizações com o mesmo nome.
Mário Augusto Jakobskind
No Direto da Redação


Blog do Mello: Polícias Civil do Rio e Federal pedem à Globo fita...

Blog do Mello: Polícias Civil do Rio e Federal pedem à Globo fita...: Lembra aquela reportagem do Fantástico do mês passado em que funcionários e até donos de empresas eram pegos numa pegadinha do repórter qu...

INTELECTUAIS TUCANOS VOAM PARA O LADO DE HADDAD




O apoio de Lula será decisivo para que Haddad supere a sua pouca prática na área de disputa de eleição, e consiga mostrar ao cidadão da Cidade de São Paulo que há vida além da mesmice representada por José Serra

MESMICE E OBTUSIDADE DE JOSÉ SERRA AFASTAM OS QUE PENSAM E PROCURAM O PROGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.

Algumas cabeças pensantes historicamente ligadas ao PSDB estão manifestando apoio ao candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PT Fernando Haddad. Conforme considerado pelo candidato petista, esse apoio é natural e perfeitamente explicado pelo que o adversário e candidato José Serra representa hoje no cenário politico brasileiro, em especial em São Paulo.

Tirando a bolorenta e acomodada elite paulistana, encrustada nas mansões dos "Jardins", não há quem aguente mais a retórica ultrapassada de Serra, que traz para a atual campanha a mesma postura de um falso moralismo e pseudo competência administrativa que na vida prática não se torna real e nem pode trazer para o cidadão paulista qualquer tipo de benefício.

O modelo tucano de governar, sempre beneficiando os mais ricos e se mantendo longe dos movimentos sociais e dos trabalhadores está exaurido. O problema de Serra não é a questão de sua idade cronológica, e sim de envelhecimento de idéias e de projetos.   

Leia aqui

Manifesto convoca população para protesto em frente à sede da Editora Abril


Pragmatismo Político

Intenção é impedir que Roberto Civita, dono da revista Veja, seja blindado e não compareça à CPI do Cachoeira. São inúmeros os indícios que apontam o envolvimento da publicação da Abril com o bicheiro contravetor.

Roberto Civita Veja CPI Cachoeira
Roberto Cívita. (Foto: Reprodução)
A revista VEJA de Roberto Civita entrou para as páginas policiais. Ontem em horário nobre a TV Record dedicou 15 minutos de seu programa “Domingo Espetacular” para denunciar a relação de Veja com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.



Centenas de representantes das mídias livres estão se preparando para ir ao Rio de Janeiro, em junho de 2012, para ajudar a fazer a Cúpula dos Povos da Rio+20, evento paralelo à Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. Trabalharão para difundir a voz dos povos reunidos na Cúpula, que em vez de falar em manejo do meio ambiente pelo poder econômico, falarão em caminhos para a justiça ambiental e social.  Essas mídias terão uma agenda própria dentro da Cúpula, onde se encontrarão para realizar o II Fórum Mundial de Mídia Livre, além de cobrir as atividades e os temas da Rio+20.
O que são as mídias livres?
Comprometidas com a luta pelo conhecimento livre e por alternativas aos modelos de comunicação monopolizados ou controlados pelo poder econômico, as mídias livres são aquelas que servem às comunidades, às lutas sociais, à cultura e à diversidade. Praticam licenças favoráveis ao uso coletivo e não são negócios de corporações. Compartilham e defendem o bem comum e a liberdade de expressão para todo mundo e não apenas para as empresas que dominam o setor.  Entendem a comunicação como um direito humano e, por isso, querem mudar a comunicação no mundo.
Quem é a mídia livre?
São sites ativistas e publicações populares, rádios e tvs comunitárias, pontos de cultura (no Brasil) e muitos coletivos atuantes nas redes sociais. Também são as agências, revistas e emissoras alternativas, sem finalidade de lucro, especializadas ou voltadas a trabalhar com as pautas propostas pelos movimentos sociais, sindicais, acadêmicos ou culturais. Dentro ou fora desses espaços, também são mídia livre as pessoas – jornalistas, comunicadoras(es) e educomunicadoras(es), blogueiras(os), fazedoras(es) de vídeo, oficineiras(os) e desenvolvedores(as) de tecnologias livres que hoje constituem um movimento crescente pelo direito à comunicação.
O II Fórum Mundial de Mídia LivreDepois de três fóruns no Brasil (Rio de Janeiro 2008, Vitória 2009 e Porto Alegre 2012), dois encontros preparatórios no Norte da África (Marrakesh 2011 e Tunis 2012), uma edição mundial (Belém 2009) e uma Assembléia de Convergência no Fórum Social Mundial (Dacar,2011),  a mídia livre vai aos poucos construindo suas agendas, regionais e globais, que terão um avanço importante no Rio de Janeiro, com a segunda edição mundial.
O II Fórum Mundial de Mídia Livre se organizará  através de painéis, desconferências (debates livres), oficinas e plenárias previstos para o Rio de Janeiro. Os formatos estão abertos. Participe!
As atividades serão inscritas e organizadas pelos próprios coletivos e organizações interessadas em promovê-las, dentro de um programa construído coletivamente e orientado por eixos que apontam para a relação entres as mídias livres e o direito à comunicação, as políticas públicas, a apropriação tecnológica e os movimentos sociais.
A agenda global está em processo de construção.
1. O direito à comunicaçãoO direito à comunicação precisa ser garantido e respeitado como um direito humano, mas é constantemente ameaçado ou mesmo negado em muitos lugares do mundo, com emprego de extrema violência. Um dos aspectos desse direito é a liberdade de expressão, hoje assegurada somente para as empresas que controlam grandes cadeias de comunicação e entretenimento, que não querem a sociedade participando da gestão do sistema, e para governos que ainda temem a comunicação livre como ameaça à segurança do país ou à sustentação do poder. O direito a comunicação deve ser conquistado em um sentido integral, para além do acesso à informação manipulada pelo mercado ou grandes poderes, englobando acesso e uso dos meios, democratização da infra-estrutura e produção de conteúdos, e expressão da diversidade artística e cultural e pleno acesso ao conhecimento.
O Fórum Mundial de Mídia Livre terá pautas e debates sobre o direito à comunicação em diferentes contextos,  como a África e o México, por exemplo, onde a violência contra jornalistas e comunicadores(as) tem sido pauta prioritária dos movimentos de comunicação.
2. Políticas públicasA Lei de Medios da Argentina repercutiu com força em processos regionais e preparatórios do FMML, como em Porto Alegre e em Marrakesh, com testemunhos de ativistas e pesquisadores de comunicação daquele país, e deve novamente ser um dos assuntos do II FMML, seja por ter oferecido um modelo de legislação mais democrática que pode inspirar outros países, seja pela forte reação contrária que provocou nas grandes corporaçães do setor da comunicação. Mas não será o único caso de regulação e políticas públicas de interesse das mídias livres.
Ao ser realizado no Brasil, o II FMML deve jogar peso das agendas das mídias livres para a comunicação no país, o que significa que o governo precisa encaminhar as propostas da sociedade civil brasileira para um novo marco regulatório das comunicações, democratizando o setor; que as rádios comunitárias devem ter atendidas sua pauta de reivindicações, com anistia aos radialistas presos e condenados, e que o Congresso precisa votar e aprovar o Marco Civil da Internet, que pode ser modelo para assegurar a neutralidade da rede.  A mídia livre deve jogar peso também na retomada das políticas da área cultural que
tinham os pontos de cultura, as tecnologias livres as filosofias “commons”como carro chefe e hoje estão em claro retrocesso.
Leis, regulações e o papel do Estado na promoção do direito à comunicação já são parte dos debates das mídias livres em diferentes países e devem  movimentar a agenda do II FMML.
3. Apropriação tecnológicaSe antes eram os meios alternativos que buscavam formas colaborativas e compartilhadas de produzir comunicação, hoje são as grandes corporações que dominam o setor e atraem milhões de pessoas para as suas redes sociais. No entanto, o ciclo de expansão dessas redes também tem sido uma fase de coleta, armazenamento e transformação de dados pessoais em subsídios para estratégias de mercado e comportamento, além da padronização do uso da rede em formatos pré-ordenados e possibilidade de supressão de páginas ou ferramentas de acordo com os interesses corporativos.  Soma-se a este controle a movimentação da indústria do direito autoral e das empresas de telecomunicação para aprovar leis que permitam associar vigilância à punição arbitrária de usuários, em favor dos negócios baseados na exploração e uso da rede.
As liberdades e a diversidade da internet dependem da liberdade de acesso, proteção de dados pessoais, abertura de códigos, apropriação de conhecimentos e construção de conexões alternativas, de autogestão das próprias redes. Estes serão debates marcantes do II FMML, mobilizando desenvolvedores e ativistas do software livre, defensores da neutralidade da rede, educomunicadores e oficineiros e movimentos interessados em democratizar o acesso à tecnologia, universalizar a banda larga,  e assegurar a apropriação dos recursos de comunicação, sejam ferramentas de edição de vídeos, transmissão de dados pela rede, seja a própria radiodifusão comunitária.
Desenvolvedores, coletivos e comunidades adeptas das redes livres, abertas e geridas fora dos interesses do mercado, se encontrarão neste eixo para debater um PROTOCOLO para as redes livres, capaz de facilitar sua interconexão sem destruir sua diversidade.
4. Movimentos sociaisAs mídias livres e o exercício da comunicação em rede tem sido fundamentais para facilitar a articulação e dar a devida visibilidade às mobilizações de rua desde a primavera árabe, enfrentando regimes ao Norte da Africa, a ditadura das finanças na Europa, e o próprio sistema capitalista nos Estados e nas ocupações que também ocorrem no Brasil e países da América Latina.
Além dos chamados ativismos globais, os movimentos sociais tem assumido que a comunicação é estratégica para fortalecer suas lutas, impondo a crítica cotidiana da grande mídia e o uso de meios alternativos para falar à sociedade e defender-se da criminalização. Cada vez mais fica claro que o direito de expressar essas vozes contestadoras da população exige o engajamento dos movimentos sociais no movimento por uma outra comunicação.
Este debate, no II FMML, concretiza o fato de que as mídias livres são, de um lado, a comunicação que se ocupa das lutas sociais e, de outro, os movimentos sociais que lutam também pela comunicação.
O II FMML, o FSM e a Cúpula dos PovosO Fórum de Mídia Livre, em seus processos regionais ou internacionais, se insere no processo do Fórum Social Mundial, adotando sua Carta de Princípios e contribuindo com subsídios e práticas para a construção de suas políticas de comunicação.
Na Cúpula dos Povos, as mídias livres utilizarão o conceito de Comunicação Compartilhada, construído no percurso histórico do Fórum Social Mundial, e fundado na idéia de que recursos, espaços e atividades podem ser compartilhados para ações midiáticas comuns de interesse das lutas sociais.
Na Cúpula dos Povos, as mídias livres contribuirão com propostas e debates para fortalecer a agenda dos Bens Comuns, onde comunicação e cultura são grandes bens da humanidade, indissociáveis da Justiça Ambiental e Social, e para inserir o direito e a defesa da comunicação nos documentos, agendas e propostas dos povos representados por seus movimentos sociais no Rio de Janeiro.
***
II Fórum de Mídia Livre
Quando
: 16 e 17 de junho de 2012
Onde: Rio de Janeiro, RJ – Brasil, no contexto da Cúpula dos Povos na Rio+20
Locais das atividades: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, campus da Praia Vermelha), com a programação central, debates, oficinas e plenária
Cúpula dos Povos: 15 a 23 de junho
Aterro do Flamengo: coberturas compartilhadas, Laboratório de Comunicação Compartilhada, Fóruns de Radio e
TV, oficinas, Assembleia de Convergência sobre Mercantilização da Vida e Bens Comuns.
Sites
(*) Divulgação do Fórum Mundial de Mídia Livre
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A POUCA IMPORTÂNCIA DESTAS ELEIÇÕES





 
Na segunda volta das presidenciais francesas não houve qualquer escolha real para os eleitores. Ambos os candidatos promoveram a brutal agressão imperialista contra a Líbia, ambos apoiam a intervenção descarada no assuntos internos da Síria, ambos são europeístas e atlantistas, ambos defendem a austeridade para os trabalhadores e a bonança para o capital financeiro. Nenhum deles trás nada de novo. 


Na Grécia verificou-se a queda vertiginosa dos partidos que apoiaram o memorando da Troika (Pasok e ND), como era previsível. O Syrisa, que se diz "radical de esquerda", conseguiu ascender graças às suas promessas de que iria renegociar o acordo com a Troika. Mas tais promessas são demagógicas, pois o Syrisa é também um partido europeísta e que defende a todo custo a permanência da Grécia na zona euro. 


É muito discutível a democraticidade destas eleições gregas, sob a ditadura da troika, com a pauperização selvagem do povo grego e com uma lei eleitoral estranhíssima (dá 50 deputados extras ao partido mais votado, sem que eles precisem de votos). Seja como for, o governo que sair destas eleições será necessariamente fraco, o que abre espaço para a verdadeira luta por uma saída real e progressista:   a dos trabalhadores gregos.



Quem foi Osama? Quem é Obama?


por Michel Chossudovsky

Enquanto o presidente e supremo comandante dos Estados Unidos da América, Barack Hussein Obama "celebra" o primeiro aniversário da alegada morte de bin Laden, mantém-se inalterada a questão de fundo de QUEM FOI OSAMA BIN LADEN. ( Remarks by President Obama in Address to the Nation from Bagram Air Base, Afghanistan , ver vídeo no fim do artigo)


Cheio de mentiras e invenções, o discurso cuidadosamente elaborado do presidente Obama encerra um mundo de total fantasia, em que os "maus da fita" estão à espreita e "conspiram actos de terrorismo". Entretanto, diz-se que os "jihadistas" estão a ameaçar a civilização ocidental.


Cada uma de todas as afirmações do discurso de 1º de Maio de Obama na base da Força Aérea de Bagram, relativas ao papel da Al Qaeda, é uma invenção: (abaixo damos excertos das Notas de Obama em itálico, os comentários do autor estão indicados entre parênteses rectos [ ]):
Foi aqui, no Afeganistão, que Osama bin Laden instalou um porto seguro para a sua organização terrorista. 
Osama foi recrutado pela CIA , a Al Qaeda foi montada com o apoio da CIA. O porto seguro de Osama foi protegido pelos serviços secretos dos EUA].

Foi para aqui, no Afeganistão, que a al Qaeda trouxe novos recrutas, os treinou e congeminou actos de terrorismo. 
[Os Mujahideen foram recrutados e treinados pela CIA. A Arábia Saudita, aliada da América, financiou as escolas corânicas Wahabbi, Ronald Reagan elogiou os Mujahideen como "Combatentes pela Liberdade". Sem o público americano saber,os EUA divulgaram os ensinamentos da jihad islâmica em manuais "Made in America", elaborados na Universidade de Nebraska ].

Foi aqui, a partir destas fronteiras, que a Al Qaeda lançou os ataques que mataram aproximadamente 3000 homens, mulheres e crianças inocentes. 
[Obama refere-se aos ataques do 11/Set. Até hoje não há provas de que a Al Qaeda tenha estado envolvida nisso. Além disso, como confirmado pela CBS News, a 10 de Setembro de 2001, Osama bin Laden deu entrada num hospital militar paquistanês em Rawalpindi por especial favor do Paquistão, aliado da América . Terá coordenado os ataques de 11/Set a partir da sua cama no hospital?]

E assim faz agora 10 anos, os Estados Unidos e os nossos aliados entraram em guerra para garantir que a al Qaeda nunca mais poderia usar este país para lançar os seus ataques contra nós. 
[Os ataques do 11/Set foram a justificação para a guerra no Afeganistão, com base na "auto defesa". Dizia-se que o Afeganistão abrigava a Al Qaeda e portanto era cúmplice num descarado acto de guerra contra os EUA.

A verdade é que o governo dos talibãs por duas vezes nas semanas que se seguiram ao 11/Ser ofereceram-se (através dos canais diplomáticos) para entregar Osama bin Laden ao sistema judicial dos EU. O presidente George W. Bush recusou a oferta do governo talibã, alegando que a América "não negoceia com terroristas".

A NATO entrou em guerra invocando o Artigo Cinco do Tratado de Washington: um acto de guerra contra um membro da NATO é considerado um acto de guerra contra todos os membros da NATO ao abrigo da doutrina da segurança colectiva].

Apesar do êxito inicial, por uma série de razões, esta guerra demorou mais do que o inicialmente previsto. Em 2002, bin Laden e os seus lugares-tenentes escaparam pela fronteira e estabeleceram um porto seguro no Paquistão. A América passou quase oito anos a travar uma outra guerra no Iraque. E os aliados extremistas da al Qaeda no seio dos talibãs travaram uma brutal insurreição. 
[O paradeiro de Osama bin Laden foi sempre bem conhecido dos serviços secretos dos EUA. O presidente Obama transmite a ilusão de que as forças dos EUA-NATO e os seus operacionais de informações não conseguiam encontrar bin Laden. Nas palavras do antigo secretário da Defesa, Donald Rumsfeld (2002), "é como procurar uma agulha num palheiro".

O presidente Obama também sugere que os operacionais do Al Qaeda, equipados com mísseis Stinger e Kalashnikovs, tinham conseguido superar a máquina militar de muitos milhões de milhões de dólares dos EUA-NATO].

Mas nos últimos três anos, a maré mudou. Quebrámos a dinâmica dos talibãs. Montámos fortes forças de segurança afegãs. Destruímos a liderança da al Qaeda, eliminando 20 dos seus 30 líderes de topo. E há um ano, a partir duma base aqui no Afeganistão, as nossas tropas lançaram a operação que matou Osama bin Laden. 
[Muito se tem escrito sobre esta questão. Não há provas quanto à identidade da pessoa que foi alegadamente morta pelas Forças Especiais SEAL. Nas palavras de Paul Craig Roberts, "A história do governo dos EUA sobre bin Laden foi tão mal cozinhada que não demorou 48 horas a ser alterada profundamente…" ]

A meta que estabeleci – derrotar a al Qaeda e impedir qualquer hipótese de ela se reconstituir – está agora ao nosso alcance. 
[Há muitos indícios de que a Al Qaeda, enquanto "trunfo secreto" patrocinado pelos EUA está "viva e a mexer-se". Desde 11 /Set, a Al Qaeda evoluiu para uma entidade multinacional com "filiais" em diversos lugares quentes geopolíticos por todo o mundo.
Na Líbia e na Síria, brigadas da Al Qaeda são os soldados de infantaria da aliança militar EUA-NATO.

Onde quer que o aparelho militar e de informações dos EUA esteja instalado, a Al Qaeda está presente:

A Al Qaeda no Iraque, a Al Qaeda na Península Arábica (AQAP), o Grupo de Combate Islâmico da Líbia (GCIL), o Al Shaabab (Somália), a Al Qaeda no Magreb Islâmico, o Jaish-e-Mohammed (JEM) (Exército de Maomé) (Paquistão), a organização Jemaah Islamiya (JI) (Indonésia), o Movimento Islâmico do Uzbequistão, etc. (Ver Organizações Terroristas Estrangeiras do Departamento de Estado dos EUA, Conselho de Segurança das Nações Unidas, Lista de indivíduos, grupos, empresas e outras entidades associadas com a Lista de Sanções Al-Qaida ).
Ironicamente, em todos estes países, os serviços de informações dos EUA coordenam abertamente as actividades dos grupos filiados da Al Qaeda. Oficialmente, o contraterrorismo consiste em combater a jihad islâmica. Não oficialmente, por meio de operações secretas, os serviços secretos ocidentais apoiam os seus "trunfos" incluindo entidades terroristas da lista do Departamento de Estado dos EUA .

Além disso, estas diversas organizações terroristas estão hoje a ser usadas em operações militares secretas EUA-NATO contra países soberanos (por ex: Líbia e Síria). Segundo fontes dos serviços de informações israelenses:
"Entretanto, na sede da NATO em Bruxelas e no supremo comando turco estão a ser traçados planos para o seu primeiro passo militar na Síria, que é armar os rebeldes com armas para combater os tanques e os helicópteros com a intenção de dissolver o contestado regime de Assad. Em vez de repetir o modelo líbio de ataques aéreos, os estrategas da NATO estão a pensar mais em termos de injectar grandes quantidades de foguetões anti-tanques e anti-aéreos e metralhadoras pesadas nos centros de protesto para vencer as forças blindadas do governo". (DEBKAfile, NATO vai fornecer aos rebeldes armas anti-tanque, 14/Agosto/2011)]
Reagan conversa com mujahideens.
Ronald Reagan conversa com combatentes Mujahideen pela Liberdade.


Quem é ou era Osama?

Um "trunfo dos serviços secretos", nomeadamente um instrumento da CIA para justificar a "Guerra Global contra o Terrorismo".

Vale a pena recordar que a 14 de Setembro de 2001, tanto a Câmara como o Senado adoptaram a resolução histórica que autorizou o presidente a "perseguir" países que "ajudaram os ataques terroristas [de 11/Set]".
O presidente está autorizado a usar toda a força necessária e adequada contra as nações, organizações, ou pessoas que considerar que planearam, autorizaram, praticaram, ou ajudaram os ataques terroristas que ocorreram a 11 de Setembro de 2011, ou albergaram essas organizações ou pessoas, a fim de impedir quaisquer actos futuros de terrorismo internacional contra os Estados Unidos por essas nações, organizações ou pessoas.
Actualmente, em 2012, há amplos indícios de que:

1) A Al Qaeda não esteve por detrás dos ataques do 11/Set ao World Trade Centro e ao Pentágono.

2) Também há indícios pormenorizados de que organismos do governo dos EU e da NATO continuam a apoiar e a "albergar essas organizações" [a Al Qaeda e suas organizações afiliadas]. Na Líbia, os rebeldes "pró-democracia" foram liderados por brigadas paramilitares da Al Qaeda sob a supervisão das Forças Especiais da NATO. A "Libertação" de Tripoli foi levada a efeito por "antigos" membros do Grupo de Combate Islâmico da Líbia (GCIL). Os jihadistas e a NATO trabalharam de mãos dadas. Essas "antigas" brigadas afiliadas da Al Qaeda constituem a espinha dorsal da rebelião "pró-democracia ".

3) Há indícios crescentes de que as torres do WRC foram deitadas abaixo através de demolição controlada, levantando a hipótese de cumplicidade e encobrimento no seio do governo dos EU, dos serviços secretos e militares. (Ver os escritos de Richard Gage,Undisputed Facts Point to the Controlled Demolition of WTC 7 , Global Research, Março 2008. Ver também o vídeo, Richard Gage Controlled Demolitions Caused the Collapse of the World Trade Center (WTC) buildings on September 11, 2001, Global Research)

Quem é Obama?
BOILERDO


Um mentiroso político e um criminoso de guerra.

Os discursos escritos de Obama são distorções descaradas. As realidades são viradas de pernas para o ar. Os actos de guerra são apregoados como operações de paz…

Ironicamente, o texto da resolução do Congresso de 14 de Setembro de 2001 (ver acima) não exclui acção judicial e investigação criminal dirigida contra patrocinadores dos EUA-NATO de terrorismo internacional, incluindo o presidente Obama, que utilizaram os trágicos acontecimentos do 11/Set como pretexto para travar uma "guerra sem fronteiras" ao abrigo da bandeira humanitária da "Guerra Global contra o Terrorismo". 


O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=30654
Tradução de Margarida Ferreira.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Blog do Mello: Por que greve de fome de um dissidente cubano vira...

Blog do Mello: Por que greve de fome de um dissidente cubano vira...: Li no Escrevinhador reportagem de Thassio Borges publicada no Opera Mundi , que informa sobre a greve de fome de pelo menos 1600 palesti...

Por que greve de fome de um dissidente cubano vira notícia e a de pelo menos 1600 palestinos não?




Li no Escrevinhador reportagem de Thassio Borges publicada no Opera Mundi, que informa sobre a greve de fome de pelo menos 1600 palestinos presos em prisões israelenses.


De acordo com a associação de defesa de prisioneiros palestinos Adamir, no entanto, o número de presos que aderiram à greve de fome chega a dois mil.

Já a ONG palestina de direitos humanos Al-Haq corrige esse número para 2,6 mil. De acordo com a porta-voz do serviço penitenciário israelense, Sivan Weizman, mais de 4,6 mil palestinos se encontram detidos nas prisões israelenses.

Entre os presos hospitalizados, está o líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Ahmed Saadat, que tem cerca de 60 anos de idade.

Segundo a Anistia Internacional, Bilal Diab e Zaer Halahle estão sendo submetidos a um tratamento “cruel, desumano e degradante”. De acordo com a organização, os dois correm perigo já que estão há 67 dias em greve de fome.

Diante do tratamento dispensado aos presos palestinos, o líder do movimento islamita Hamas, Khalil Haja, afirmou que a greve de fome “não é um jogo” e que pode provocar mortes. “Se isto acontecer, podem esperar de nós tanto o esperado como o inesperado”, ameaçou.

Pelo menos dez dos 1,6 mil presos palestinos em greve de fome nas prisões israelenses estão hospitalizados, enquanto a Anistia Internacional adverte para o risco de morte de dois deles que estão há 67 dias sem comer e o Hamas ameaça com “o esperado e o inesperado” se algum deles morrer.


Por que, leitor arguto que me lê, minha perspicaz leitora, qualquer greve de fome de um único dissidente cubano (mesmo que seja o pilantra do Valladares - leia abaixo) recebe a atenção indignada da mídia corporativa e os pelos menos 1600 prisioneiros palestinos dos israelenses são brindados com o silêncio retumbante das catacumbas midiáticas?

Reproduzo a seguir o caso do Valladares, que ganhou repercussão mundial, para que se tenha a dimensão do silêncio absurdo da mídia corporativa em relação ao protesto de milhares de palestinos presos por Israel.