terça-feira, 3 de abril de 2012

Todos os caminhos levam a uma gigantesca operação-abafa

Do Blog Cidadania - 2/4/2012



Eduardo Guimarães


É compreensível que gente como Reinaldo Azevedo e Ricardo Noblat esteja tentando vender a teoria de que as provas dos crimes do senador Demóstenes Torres não podem ser usadas porque, devido ao cargo que ocupa, só poderia ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal ou sob sua autorização.

Chega ao blog informação de que Demóstenes estaria fazendo ameaças à mídia, aos seus pares do DEM e até a pelo menos um membro do STF no sentido de que, caso seja estraçalhado, levará muitos ex-amigos consigo para o cadafalso.

O senador bandido está disposto a tudo para não perder o mandato simplesmente porque, sem imunidade parlamentar, dificilmente deixará de ir fazer companhia ao seu amigão Carlinhos Cachoeira lá no PF Hilton.

Demóstenes estaria ameaçando revelar que veículos como a Veja saberiam de suas atividades criminosas e que nada revelavam porque ele os municiava com informações contra o PT, entre outros favores que lhes prestaria na “Câmara Alta”.

Enquanto isso, DEM, PSDB, editora Abril e Globo estariam propondo acionar sua bancada no STF para trocar a decapitação política de Demóstenes pelo adiamento do julgamento do mensalão, que deveria ocorrer em maio. Até porque, após o STF se pronunciar pela impunidade de Demóstenes, não teria como julgar o mensalão.

Aliás, no que depender do STF, Demóstenes pode ficar tranqüilo. O fato de que até há pouco havia a decisão de julgar o mensalão ainda neste semestre revela que a Suprema Corte de Justiça do país se deixa intimidar pela mídia. Julgar um caso como esse em ano eleitoral, é uma aberração.

Não se pode esquecer, também, que a decapitação e a previsível verborragia posterior de Demóstenes intimidam ao menos um membro do Supremo, Gilmar Mendes, acusado de, em conluio com o demo, ter criado a farsa do grampo sem áudio. Imagine, leitor, se, caído em desgraça e preso, Demóstenes conta que ele e o juiz forjaram aquilo.

O que pode melar tudo são as escutas não reveladas, que já se sabe que mal começaram a ser vazadas. Segundo este blog vem apurando, ao menos a Veja está enrolada até o pescoço. E haveria muito mais não só contra a Veja, mas contra todos os que se envolveram no consórcio político-midiático que imperou na década passada.

Ainda assim, já estão sendo estabelecidas as bases para um acordão. O julgamento do mensalão em ano eleitoral seria uma tragédia para o PT e o aprofundamento das investigações sobre o envolvimento da Veja com Demóstenes e Cachoeira atingiria do Supremo ao resto da mídia tucana.

Acabaremos todos com caras de palhaços, pois. Impotentes diante do apodrecimento da República, assim como no caso da Privataria Tucana. Eles acabarão se entendendo por instinto de sobrevivência. Enquanto um lado tiver munição pesada contra o outro, nada mudará. E só nos restará espernear.
Postado por Célvio no ContrapontoPIG

segunda-feira, 2 de abril de 2012

POLÍTICA - Crise política e eleição.

Por Marcos Coimbra

Nosso presidencialismo está sujeito, por natureza, a crises como a que o governo enfrenta. E não é de hoje.
Elas aconteceram ao longo da República de 1945 inteira e só foram interrompidas pela ditadura. Depois da redemocratização, tornaram-se constantes.
A origem de todas é a mesma: a fragmentação de nosso quadro partidário, dividido entre muitos partidos, a grande maioria dos quais não-programáticos. Em outras palavras, disperso e desorganizado do ponto de vista ideológico.
O sistema político brasileiro sempre se caracterizou por um multipartidarismo sem hegemonia, no qual nunca nenhum conseguiu tamanho suficiente para governar sozinho. Sequer para liderar uma coalizão sem depender de outros no dia a dia do relacionamento entre Executivo e Legislativo.
No Brasil, o normal sempre foi haver quatro ou cinco partidos maiores, outros tantos de porte médio e alguns pequenos. Em 1964, havia 13. Hoje, são 29. Quantos têm, de fato, conteúdo e ideias?
De 1985 para cá, não houve um governo que não vivesse as dificuldades decorrentes da proliferação de partidos sem estrutura e ideologia. Conseguir contar com a maioria do Congresso foi um desafio para Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique e Lula, assim como está sendo para Dilma.
Em todos, a história se repetiu. Depois de um começo sem sobressaltos, em que suas maiorias funcionavam - seja por terem recém saído de vitórias eleitorais, seja por haverem assumido em ambiente de tensão institucional -, passaram a enfrentar turbulências.
A cada novo problema, seus operadores políticos precisavam ter mais argumentos para formá-las e mantê-las. Se a popularidade baixasse, o preço subia. Se o tema em pauta fosse delicado, idem.
Hoje, no cálculo de seus principais estrategistas, o governo não conta, de verdade, com mais de 150 deputados. E as oposições sabem que os seus mal chegam a 100.
Trocando em miúdos: governismo e oposicionismo – em sentido programático e ideológico – representam, somados, apenas a metade da Câmara. A segunda metade, a rigor, nem é uma coisa, nem outra. Pode tanto estar aqui, como lá.
Tende a ser, por conveniência, governista, enquanto isso significa algum ganho. Quando as torneiras se fecham, amotina-se. Com números um pouco diferentes, algo parecido ocorre no Senado.
Como sair de uma situação como essa?
Para o PT - que está e pretende continuar no poder depois de 2014 -, só há um caminho: crescer, de sorte que sua dependência de coalizões governativas instáveis se reduza em um próximo governo. Daqui a dois anos, a meta do partido seria, portanto, reconquistar a presidência e, ao mesmo tempo, ampliar as bancadas na Câmara e no Senado.
O alcance desse objetivo passa, pelo menos em parte, pelas eleições municipais deste ano. Conquistar prefeituras, especialmente em cidades médias, ajuda a atingi-lo.
Alguns de seus parceiros veem isso com clareza. E não com bons olhos. Particularmente o PMDB, o que mais prefeituras possui.
O primeiro sinal da crise de agora foi um manifesto de cerca de 50 deputados do baixo clero peemedebista – logo encampado por algumas de suas principais lideranças. Entre outras queixas, dizia: “Estamos vivendo uma encruzilhada, onde o PT se prepara, com ampla estrutura governamental, para tirar do PMDB o protagonismo municipalista e assumir seu lugar como maior partido com base municipal do país”.
É fato. Mas o que está em jogo não é o “protagonismo municipalista”, e sim o peso relativo dos partidos no Congresso a ser eleito em 2014.
Ao PT, é o que resta fazer. E é que o PSDB faria, se estivesse em seu lugar.

Você sabe quem é Wilder, dono de fortuna guardado debaixo do colchão?

Chama-se Wilder o primeiro-suplente de Demóstenes Torres no Senado.


Wilder Pedro de Morais ..Na eleição de 2010, Wilder declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 14,4 milhões, sendo R$ 2,2 milhões em espécie, que segundo ele, dinheiro guardado em casa. Algo estranho...

Wilder é secretário de Infraestrutura de Goiás, gestão do tucano Marconi Perilo, onde emprega um parente da ex -mulher do bicheiro  Cachoeira. E é amigo de....Carlinhos Cachoeira!! .

O Wilder era casado com uma moça, que se separou dele para viver com.... Cachoeira,.... sem antes levar uma surra do Wilder.

Se caso Wilder desistir de assumir o mandato de senador, como forma de ficar longe dos holofotes do escândalo e manter o projeto de disputar a prefeitura de Anápolis (GO), assumiria a vaga o segundo suplente, José Eduardo Fleury Fernandes Costa, um agricultor e pecuarista de Quirinópolis (GO), que desde 2002 integra a chapa encabeçada por Demóstenes Torres. Naquele ano, 2002, Fleury declarou patrimônio de R$ 5,7 milhões, incluindo rebanho bovino (2.608 cabeças de gado) avaliado em R$ 1,3 milhão.

Mas....

Amigos de Demóstenes Torres avaliam que o senador não deve renunciar ao mandato para evitar uma eventual cassação. Acreditam que o senador goiano será preso se perder a imunidade parlamentar”.
Ou seja, não fica nada a desejar ao titular.

Como os BRICS podem mudar geopolítica do mundo




“Um jovem pesquisador brasileiro sustenta: EUA e Europa querem minar a aliança das periferias, porque não aceitam dividir poder global
Gabriel Elizondo, Al Jazeera / Outras Palavras
Oliver Stuenkel (na foto abaixo) fez parte da delegação brasileira para o fórum acadêmico Track II, em preparação para a Cúpula de Nova Délhi para líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), que aconteceu na quinta feira.

Stuenkel é especializado nas relações do Brasil com a Índia, mas também foca mais amplamente suas pesquisas nos BRICS. Ele é atualmente professor de Relações Internacionais na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Também coordena um blog chamado Post Western World, que olha como as potências emergentes estão mudando o mundo.

Abaixo, estão partes de minha entrevista com Stuenkel, na qual ele lança luz sobre o Brasil e as perspectivas e desafios que os BRICS enfrentam. Ele também contraria aqueles que dizem que os BRICS falharam.

Oliver Stuenkel: Ser parte dos BRICS é muito importante por que o conceito tem implicações geopolíticas. O país é visto como uma ameaça potencial aos poderes estabelecidos. E o Brasil tradicionalmente tem estado distante das áreas e temas mais importantes do mundo. Nunca fora visto antes como uma ameaça potencial, ou um país poderoso, com impacto relevante na situação global. Mas ser parte dos BRICS muda esta percepção, em algum grau. A aliança faz do Brasil um ator muito mais importante, na perspectiva europeia e norte-americana.

Penso que há, no Brasil, uma grande consciência de que ser parte dessa aliança, ou grupo, pode permitir participar, por exemplo, no debate sobre a emergência da Ásia. Isso é importante porque, até a inclusão da África do Sul, os BRICS eram basicamente três países (China, Rússia e Índia) que fazem parte da massa territorial da Eurásia. O Brasil é muito distante deles, geograficamente. Combinado com o fato de que Rússia, Índia e China se conhecem há muito tempo, isso contribuiu para o fato que, até a África do Sul se juntar, o Brasil manter-se como um estranho. A inclusão dos sul-africanos ajudou os BRICS a assumirem dimensão global, capaz de representar mais continentes. Também fez com que o Brasil se sentisse menos excluído.

A China ultrapassou os Estados Unidos, como maior parceiro comercial do Brasil. A relação do Brasil com os BRICS tornou-se mais importante que a relação com os Estados Unidos, ou até mesmo o Mercosul?

Stuenkel: É difícil responder isso, mas o governo brasileiro continua a focar na sua própria região. Existe um forte reconhecimento, no Brasil, de que o país sempre será parte da América do Sul e de que os laços econômicos e políticos com essa região sempre serão uma prioridade. No que diz respeito aos Estados Unidos, acredito que há uma divisão na liderança brasileira. Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a maioria dos políticos diriam que os EUA eram absolutamente uma prioridade. Mas agora, com os governos de Rousseff e Lula, existem pessoas tentando equilibrar as duas. Acredito que o Brasil nunca escolher entre os BRICS ou os Estados Unidos – sempre haverá um certo equilíbrio.”
Entrevista Completa, ::Aqui::

Tem pessoas que não aceitam o que eu escrevo ou publico e partem para baixarias. Não sabem conviver com quem pensa diferente delas e o pior, se acham civilizadas e democráticas. 

Parece que agem como trogloditas, quem sabe, estimuladas pelos seus gurus, jornalistas pit-bulls, como o Reinaldo Azevedo, o Augusto Nunes, o Jabor e o Mainardi. Este último, com alguns processos por calúnia nas costas, resolveu se mandar para a Itália. 

Estes caras só sabem agredir, caluniar e pregar o ódio.

Detestam esquerdistas, comunistas, petistas, pobres,etc.

São incapazes de encontrar algo de positivo nos governos dirigidos pelo PT. 

 O que querem é torcer contra o Brasil e, "acabar com a raça dos petistas", como declarou o ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen.

 Por ironia do destino, quem está em extinção é o DEM.


Escrevem para seu público-alvo, os 5% que segundo as pesquisas, têm ódio do PT e tudo que cheire a povo.

Esse pessoal que fica perplexo e indignado quando apesar da campanha diuturna da mídia contra o PT, mídia estaque só procura apresentar notícias que comprometam os governos petistas, escondendo o que há de positivo neles, nunca acredita que o Lula tenha deixado o governo com 85% de aprovação e que a Dilma beire os 60%.


Por isso faço minhas as palavras a seguir do meu companheiro blogueiro Sr. Com.


Aos críticos de Lula e Dilma:

Se você tem alguma sugestão para um governo melhor, conte pra nós! Nós também queremos governos cada vez melhores. Quem não quer?
Se não tem nenhuma sugestão, pare de enviar critiquinhas rancorosas e bisonhas. Não resolvem os problemas e aumentam as simpatias ao Lula e a Dilma.
Imagem Activa
Errar é humano, urrar não!

O melhor que você faz é ajudar os partidos de oposição a terem melhores políticos, idéias, planejamentos e demonstrações de competência. Se continuar assim... cometendo os mesmos erros errados...

Eu apenas acrescentaria ao texto acima o seguinte:

Pessoal, deixe a intolerância, o preconceito e a hipocrisia de lado.

Não deixe se pautar pelo O Globo, FSP, a Veja, o JN. Procure se informar melhor em outras fontes que apresentam o contradiório.

Os interesses que estes grupos midiáticos defendem não são os mesmos da imensa maioria do povo brasileiro.

 Este sabe muito bem o que é bom para ele e para o Brasil.

Não se deixa mais guiar pelos "formadores de opinião" da grande imprensa.

 Estes não estão conseguindo eleger seus candidatos apesar de atuarem em mídias de grande circulação.

 O que dizem e escrevem não tem mais o peso de antigamente (antes da Internet) na sociedade brasileira.

As razões disso, caberiam em outro artigo.

Por isso é que a chamada "globosfera" cresceu exponencialmente em nosso país, para desgosto da grande mídia que deixou de ter o monopólio único da informação.

 Sua "verdade única" deixou de ser única.

Informo aos meus críticos trogloditas que eles estão no blog errado.

No meu, aceito críticas civilizadas, mas não estou mais na idade de

aceitar baixarias.

MEIO AMBIENTE - Na fila do supermercado.

Um desabafo de quem aparentemente não defende o meio ambiente


O jornalista Sergio Caldieri nos envia um interessante texto que faz sucesso na internet, sem autor conhecido. Se alguém souber identificá-lo, por favor nos informe.
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Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigáveis ao meio ambiente.
A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
O empregado respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
- Você está certo – responde a velha senhora – nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reutilização, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes. Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
E continuou o desabafo:
- Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias.
O caixa do supermercado ouvia, de queixo caído:
- Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como? Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usavamos jornal amassado para protegê-lo, não existia plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
O desabafo prosseguiu:
- Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não se precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. E as canetas? Recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos ‘descartáveis’ e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
E, por fim, disse a velha senhora:
- Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima. Então, não é ridículo que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada e não pense em viver um pouco como na minha época?
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGÉ por isso que as pessoas mais velhas não têm muita paciência com os ecochatos ou ecóolatras.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sinopse dos jornais desta segunda-feira, 02/04/2012

Nacionais:

- Embrapa mapeará toda a agricultura brasileira por imagens de satélite. Além de ajudar no desenvolvimento do setor, mapeamento permitirá avaliar o impacto do Código Florestal; (2)

- Governo tem melhor superávit primário para o mês de fevereiro. Apesar do superávit primário de R$ 9,5 bilhões, após o pagamento de juros o resultado fica deficitário em R$ 8,7 bilhões; (2)

- Perspectiva da economia melhora pelo sexto mês seguido, diz Serasa. Indicador registrou variação de 0,4% em janeiro ante dezembro ao atingir 98,5 pontos; (2)

- O Boticário fatura R$ 5,5 bi, supera o McDonald’s e vira maior franquia do País. Empresa vem apostando numa maior variedade de produtos e na entrada em cidades de menor porte para abrir 250 unidades neste ano; (2)

- Produção da Petrobrás cresce 1,6% no 4º trimestre e 1,5% em 2011. No acumulado anual, a produção total da Petrobrás cresceu 1,5% sobre 2010, para 2,622 milhões de barris diários; (2)

- Volks quer transformar fábrica de Taubaté na maior unidade da AL. Montadora pretende atingir a produção de 1,9 mil carros por dia até 2016 na sua planta a 120 km da capital paulista; (2)

- Trabalhador que não recolheu contribuição poderá se aposentar; (3)

- Manifestação no centro de SP reúne 200 e lembra fim da ditadura. Manifestantes pediram julgamentos por crimes cometidos no período; ontem, golpe de 64 fez 48 anos; (2)

- BC amplia pente-fino para identificar caixa 2 das campanhas. Nova norma aumenta de 43 para 106 situações que podem configurar 'movimentação atípicas'; (2)

- Droga contra diabetes vira arma anticâncer. A metformina, substância indicada para diminuir a quantidade de açúcar no sangue, tem se revelado um importante agente de combate a tumores. (1)


Política:

- Dilma chegou ao Brasil neste domingo após viagem à Índia; (2)

- Dilma vai anunciar mais R$ 18 bilhões de incentivos à indústria. Financiamentos terão juros menores, prazos maiores e mais setores beneficiados; (1)

- Programa Minha Casa vai ser ampliado, diz Dilma. Presidente disse na Índia que adotará mais medidas de incentivo à construção; (2)

- Demóstenes avalia renunciar ao mandato. Em um esforço para evitar a cassação - e a conseqüente perda dos direitos políticos -, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) convocou uma reunião com o seu advogado, Antonio Carlos Castro, para avaliar a possibilidade de renunciar ao mandato. (1)

O Brasil começou a emergir de sua letargia secular quando parou de ouvir os mestres do primeiro mundo que nos ensinaram uma maneira de ser pobre para sempre. Lula inverteu a ordem e priorizou o povo brasileiro, destruiu a tese de que o aumento do salário mínimo traz inflação, distribuiu a renda nacional com programas como o bolsa família, o Prouni e tantos outros que transformaram o mercado interno e que no fim ajudaram a indústria nacional pelo aumento da demanda. Os que cobram melhor infraestrutura e muitas melhoras, aqui ou ali, são aqueles que viveram e ainda vivem do tesouro nacional, incapazes que são de admitirem que o capitalismo pressupõe riscos calculados, mas eles não gostam, querem a certeza dos recursos do Brasil para suas empreitadas, assim, se der errado, nada perdem. Para quem quer vender aviões de caça ultrapassados, como o Gripen, da Suécia, seus parlamentares estão fazendo um péssimo serviço diplomático, que só encontra respaldo nas mentes colonizadas da nossa imprensa, como o nosso querido Fernando Rodrigues

Da série: o Brasil é o pior em tudo. Fernando Rodrigues está preocupado com o conceito dos suecos sobre nossa política externa, que não está seguindo os padrões do primeiro mundo. Pois é, caros suecos, estudem bastante o Brasil porque seremos uma das quatro nações mais poderosas da terra e sem alma na política externa e com uma linda alma na política interna. Quem gostou, gostou, quem não gostou,que se dane

A eterna incapacidade da imprensa brasileira de ver um palmo diante do nariz. Está sempre atrasada em relação aos acontecimentos e descrente de tudo onde o Brasil faz parte. Antes os Brics eram uma bobagem inventada, obviamente por um estrangeiro porque economista brasileiro não inventa nada, só copia e na maioria das vezes está defendendo interesses, depois não ia dar certo e conforme a repórter Leila Sterenberg, do canal GloboNews, deveria se chamar Rics porque o Brasil era muito fraquinho para pertencer ao grupo, e agora, apesar do comunicado vigoroso, vai tomar muito tempo para se tornar um verdadeiro bloco. A corrupta sabe o tempo que a comunidade européia levou para se formar e sua moeda, o euro, luta até hoje para se firmar. Na vida, nada é fácil e o alinhamento econômico entre países é dificílimo e pressupõe a acomodação de muitos interesses nacionais

O diário oficial da tucanalha sonha com dias piores para o Brasil. Eles não se conformam com o crescimento do país e torcem até para que seja verdade o fim do mundo em 2012, só para não ver o povo brasileiro brilhar. Estamos caminhando para sermos a quinta economia do mundo, mas o Estadão ainda vive nos tempos de Serra, governador de São Paulo. Nossa salvação depende da eleição do "currículo exemplar". O diário tem tanta sujeira para jogar em baixo do tapete que fez uma compra de 1.000.000 de metros quadrados do produto. É de chorar!

Dívida das famílias deve limitar o crédito e frear o crescimento do PIB

Para alguns analistas, esse pode ser um freio no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, assim como os problemas da indústria e o aumento das importações

O Globo de hoje fala do atraso do PAC, que não existe, na área de saneamento, o tablóide corrupto se esquece que não é fácil fazer o que deixou de ser feito por Collor, aquele do "Fantástico" e FHC aquele que comprou deputados para criar um segundo mandato, que quase joga o país no chão para sempre. Existem muitas obras do PAC sendo tocadas e precisamos de Dilma até 2018, a volta de Lula em 2019 para ficar até 2026 e depois outros que pensam o Brasil colocando o povo e o consumo das famílias em primeiro lugar, de preferência a volta de Dilma

A IMPRENSA CORRUPTA BRASILEIRA INFORMOU EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA QUE A CLASSE 'C' ACABOU, MAS SUA FELICIDADE FOI MOMENTÂNEA AO DESCOBRIR QUE TINHAM TODOS SUBIDO PARA A CLASSE "B"

A imprensa brasileira tinha e tem toda razão, a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016 são um prato cheio para o desvio de recursos, só esqueceu de citar que seria feito exatamente por parlamentares de partidos seus aliados como o DEM, o PPS e, principalmente, o PSDB

No Estado de Goiás, práticas da época da ditadura militar são revividas. Os partidos DEM e PSDB são os mais interessados em esconder a corrupção de Demóstenes Torres e Marconi Perillo da população goiana. É triste!

O estranho sumiço de CartaCapital em Goiânia

 http://www.cartacapital.com.br/politica/o-estranho-sumico-de-cartacapital-em-goiania/

Diante da cachoeira de acusações, provadas em vídeos e áudios, os assuntos da revista "Veja" não repercutem mais no "JN", nem no jornal 'O GLOBO' e muito menos no 'Estadão', só no "Fantástico" porque esse é caso perdido. O senador Demóstenes Torres jogou a revista queda d'água abaixo, junto com os donos, editores, colunistas e toda a falsa moralidade que a revista corrupta, travestida de baluarte da honestidade, fazia questão de preconizar

Vem ái, o incentivo ao aumento do PIB

Dilma prepara pacote de medidas à indústria
Ideia é anunciar amanhã redução de juros e reforço em financiamento que pode chegar a R$ 20 bi VALDO CRUZ
SHEILA D’AMORIM
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma quer fazer do evento de amanhã, quando divulgará um pacote de medidas, o momento simbólico para tentar virar o ritmo da economia no segundo ano de seu mandato.
Por isso, a Palácio do Planalto convidou cerca de 400 pessoas, entre empresários e sindicalistas, de vinte segmentos.
A indústria, o setor da economia mais afetado por causa da valorização do real frente ao dólar, será o foco principal das medidas.
O governo vai desonerar a folha de pagamento de setores da indústria como têxtil, moveleiro, plásticos, aeroespacial, fabricantes de ônibus, eletroeletrônicos, autopeças e bens de capital.
A equipe negocia ainda com outros setores, que podem ser incluídos ainda hoje na lista final.
Para estimular as exportações, as receitas com vendas externas desses setores não serão computadas no cálculo da contribuição ao INSS, que passará a incidir sobre o faturamento em vez da folha de pagamento.
Para aumentar os investimentos produtivos, haverá uma redução geral das taxas de juros dos empréstimos do BNDES vinculados ao PSI (Programa de Sustentação do Investimento).
No caso das grandes empresas, os juros devem cair de 8,7% para 7,7% ao ano. Além disso, devem ser criadas novas linhas de financiamentos, em um reforço que pode chegar a cerca de R$ 20 bilhões, segundo assessores presidenciais.
Essas mudanças serão feitas por meio de medida provisória.
Aconselhada pelo ex-presidente Lula, Dilma quer repetir o clima vivido no governo de seu antecessor durante a crise econômica internacional de 2008/2009.
Naquele período, Lula ordenou à sua equipe adotar uma série de medidas para reverter a forte desaceleração econômica e conclamou a população a consumir e o empresariado a investir.
O quadro atual não é tão grave como o vivido em 2008 e 2009, mas Dilma foi alertada que, sem medidas, o PIB (Produto Interno Bruto) poderia crescer apenas 3% em 2012, pouco acima dos 2,7% de 2011.

Aécio Neves deveria escrever às quartas, quando o efeito do álcool estaria bem mais suavizado

Aécio Neves
Paquidérmico
Afinal, o que é o PAC?
Vendido à sociedade brasileira como um esforço inovador, concentrado e articulado do governo federal para fortalecer e modernizar a infraestrutura nacional, o programa surpreende quem se dispõe a conhecê-lo mais de perto.
Sob o guarda-chuva da propaganda oficial, quase tudo virou PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Ações rotineiras de muitos governos e investimentos que compõem a agenda das empresas estatais, e que ocorrem há décadas no país, se transmudaram em PAC. Projetos sob responsabilidade da iniciativa privada ou de empresas públicas dos Estados também entram na conta federal.
E, pasme, o seu dinheiro também pode ter virado PAC...
É que o governo federal soma na conta de investimentos do programa os recursos usados para o financiamento da casa própria. É isso mesmo!
Se você for aos bancos oficiais e fizer um financiamento habitacional, também estará fazendo PAC, já que o financiamento é apresentado como resultado do programa. Mesmo se for para comprar um imóvel usado ou para realizar uma simples reforma!
Poucos programas federais expõem a tibieza e a crônica inapetência executiva do governo federal como esse.
Os números são reveladores: apenas 7% das obras do PAC 2 foram concluídas até dezembro de 2010, sendo que outras, cujas inaugurações chegaram a ser anunciadas para o fim daquele ano, quando o presidente Lula deixaria o governo, correm o sério risco de não ficarem prontas sequer ao final desta gestão da presidente Dilma, em 2014.
Os saldos do programa denunciam apropriação indevida de investimentos de toda ordem: para os que ainda não sabem, apenas cerca de 10% dos recursos aplicados em 2011 saíram diretamente do Orçamento Geral da União. R$ 75,1 bilhões referem-se a financiamentos imobiliários -ou seja, dinheiro do bolso dos cidadãos que pagam pelos empréstimos habitacionais.
As empresas estatais investiram R$ 60,2 bilhões, especialmente a Petrobras, em suas especificidades; o setor privado se responsabilizou por R$ 35 bilhões e R$ 10 bilhões vieram do programa Minha Casa, Minha Vida.
Dos cofres do governo federal, conta-se no Siafi apenas cerca de R$ 16 bilhões, dos quais perto de um terço refere-se a compromissos de anos anteriores não cumpridos.
Em resumo: as empresas privadas respondem pelo dobro do total dos recursos que verdadeiramente saíram do orçamento da União, as estatais pelo triplo e a população, quatro vezes mais.
A valer a criatividade da contabilidade oficial, constata-se que o PAC existe desde os anos 50/60 do século passado, quando nasceram a Petrobras e o finado BNH. A gente tinha PAC e nem sabia!
AÉCIO NEVES escreve às segundas nesta coluna.

sábado, 31 de março de 2012

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Ruralistas querem legalizar o saque das terras indígenas

Os povos que viviam na terra chamada de Pindorama – quando chegou Cabral – se organizavam em grandes grupos, mas não chegaram a formar civilizações como aconteceu com os incas, maias e astecas, em outras regiões deste grande continente. Os daqui eram nômades e coletores. Viviam num espaço tão generoso em água e frutos que não tinham ainda encontrado necessidade de organizar cidades ou outras estruturas parecidas como já faziam os povos andinos, premidos pelo ambiente inóspito. Hoje, sabe-se que todos os povos do continente de alguma forma se conheciam e se encontravam, como prova o Caminho de Piabeiru, que sai do litoral sul de Santa Catarina até a região inca, ligando os dois oceanos. O que faz crer que outros caminhos havia e que muitos encontros de davam, não necessariamente de conquista. Enfim, as gentes viviam aqui do seu jeito e com sua organização. Essa não era uma terra vazia.

A chegada dos europeus em 1492, sedentos de ouro e riquezas selou o destino desses povos. Invadidos pelos espanhóis e depois pelos portugueses, as comunidades da região sul de Abya Yala (hoje chamada de Américas) foram sendo dizimadas. Os impérios aqui existentes acabaram vencidos militarmente e as comunidades mais afastadas caíram em dominó. Algumas demoraram mais porque como o continente era grande, o interior demorou a ser ocupado. Muitas são as páginas heroicas dos povos autóctones em defesa de seu território e de sua forma de viver, como os exemplos de Tupac Amaru, Tupac Catari, Nheçu, Lautaro e tantos outros. Mas, apesar das lutas e da resistência, a força bruta dos invasores – e depois dos já nativos  - foi mais forte.

O caldo de toda essa história foi a dominação. O homem branco assumiu a liderança do “mundo novo” e aos indígenas ficou relegado o limbo. Chamados de seres sem alma, eles primeiro foram escravizados e depois – quando os brancos viram que se não se prestavam a isso – dizimados. Só que apesar de todo o processo de violência muitas comunidades sobreviveram. Acossados pela necessidade de sobrevivência foram se adaptando de alguma forma ao mundo que lhes foi imposto, o que Darcy Ribeiro chama de transfiguração. Ocorre que essa decisão nunca significou o abandono de sua cultura. Em algum lugar ela permanecia viva e nas entranhas das comunidades ela se expressava. Foi assim que muitas etnias lograram sobreviver, como é o caso dos ayamara, quéchua, kichwa, mapuche, guarani e tantos outros.

Hoje, essas comunidades retomam sua cosmovisão e exigem o reconhecimento de sua cultura e da sua forma de organizar a vida. Muitas foram as batalhas travadas ao longo desses 500 anos e em alguns países como o Equador e a Bolívia, os indígenas conseguiram avançar ao ponto de garantir o Estado Plurinacional, que significa o reconhecimento de suas organizações e de seus territórios como regiões livres, conduzidas e governados por eles mesmos. Ainda assim, apesar de consolidado na Constituição, esse estado plurinacional ainda é uma construção. Basta ver o caso dos indígenas equatorianos que lutam contra as mineradoras que avançam sobre suas terras sem que seja respeitada a lei da consulta e do domínio do espaço pelos verdadeiros donos, que são os originários.Aqui no Brasil, por força da organização menos estruturada que a dos povos andinos, as comunidades autóctones ficaram mais expostas à destruição, e a dizimação aconteceu de forma acelerada. Com a chegada massiva dos imigrantes no século XVII, o interior, que ainda servia de abrigo a muitas etnias, também começou a ser invadido e a matança voltou a ocorrer. Os bandeirantes cumpriram esse triste papel. Visto como “heróis” pelos seus contemporâneos eles avançavam pelo Brasil adentro caçando e matando índios, “limpando” a terra para entregar aos imigrantes ou aos seus patrões latifundiários. Alguns deles são os incensados fundadores de cidades, homenageados até hoje, como é o caso de Francisco Dias Velho, que expulsou da ilha de Santa Catarina os guarani e fundou o que hoje é Florianópolis.

A solução encontrada pelos “bondosos” senhores das terras naqueles dias era confinar em reservas os sobreviventes. A proposta primeira era integrar. Uma ideia que parecia muito piedosa depois do massacre. Diziam que aos índios era necessário “civilizar”, ou seja, submetê-los a uma cultura e a um deus que não era deles. Assim, aprisionados como bichos, os indígenas ou se integravam ou morriam. Mas, a tal da integração também nunca foi uma tarefa fácil. Os indígenas eram vistos pelos colonos brancos como uma ameaça e o confronto sempre foi latente. Daí para o racismo foi um pulo. A integração jamais foi conseguida. Aqueles que saiam das reservas e se aventuravam na cidade, tinham “por castigo” sofrer todo o tipo de preconceito e discriminação. Raramente se livravam da marca do “selvagem”.


No início do século XX foi a vez da ocupação das terras amazônicas e, de novo, a proposta apresentada pelo governo era a de “civilização”. Trazer os “selvagens” para a vida civilizada, integrá-los ao mundo moderno, tira-los da mata e torná-los “gente e bem”. De novo, apesar das boas intenções, seguiu o longo processo de apagamento das culturas, senão pelos arcabuzes, pela integração. Ainda assim, muitos conseguiram seguir nos seus territórios, ainda que confinados nas reservas. Desde então é assim. Os indígenas que não migraram para as cidades  e ainda seguem seus costumes tais como suas formas organizativas são seres tutelados pelo Estado. Não têm autonomia. São vistos e tratados como crianças, incapazes de gerir suas próprias vidas. Seus territórios não lhes pertencem, são da União, e é o Estado quem decide onde e como eles ficam na terra.

Os argumentos para essa tutela seguem sendo os mais piedosos: “os indígenas não sabem negociar no mundo moderno, são bêbados, são vagabundos, são inúteis, são ladrões”. Ou seja, imputam ao índio toda a sorte de vícios e problemas que são típicos do homem branco invasor. É certo que os indígenas não são pessoas puras, desprovidas de toda a maldade (afinal, são 500 anos convivendo), mas daí a dizer que só por ser índio alguém vai conduzir de forma equivocada um pedaço de terra beira ao absurdo. Basta dar uma olhada nas fazendas que mantém pessoas escravizadas e ver quem as dirige: não são índios. São os latifundiários.

Assim, nesse sistema de tutelagem, as comunidades indígenas são mandadas para cá e para lá conforme os interesses dos governos de plantão. Poucos são os que conseguiram garantir a permanência no seu território original. Ocorre que para as comunidades indígenas o território não é descolado da vida. Não é a mesma coisa que para um cidadão ocidental que pode mudar de casa, de cidade ou de país sem qualquer alteração no seu modo de ser. Um indígena está conectado com o lugar de vivência, precisa de espaço para caçar, cultivar, nadar, adorar os seus deuses. A terra faz parte do seu ethos cultural, é parte constitutiva de sua cosmovisão. Por isso que tantas etnias sofrem a fome, a miséria e a morte – alguns chegam a preferir o suicídio. Levadas para reservas – que são cópias mal apanhadas do mundo branco - sem identidade, as pessoas sucumbem e precisam viver à custa do Estado como se fossem inúteis. Não o são. Foram expropriados de sua maneira original de viver e ainda têm de pagar o preço de uma decisão que nunca foi delas.

Como no Brasil as comunidades são espalhadas e pequenas, a organização também é bem mais difícil do que em países como Bolívia e Equador, onde a maioria da população é indígena. Nesse sentido, acossados por todos os lados, os indígenas de Pindorama mal conseguem se fazer ouvir, a não ser em casos específicos onde, inclusive, são mais uma vez apontados como selvagens, avessos ao progresso, como é o caso da construção da usina Belo Monte que vai alagar a terra de muitas comunidades e contra a qual as comunidades estão em luta. Os indígenas defendem seu território, mas são mostrados na mídia como bárbaros, enquanto os verdadeiros “bárbaros” passam por empresários de sucesso que só querem o bem e o progresso do país. A União, que detém a posse legal da terra, põe e dispõe conforme os interesses dos depredadores da vida e do país.

Pois agora, não satisfeitos com a entrega das terras indígenas para seus projetos privados e destruidores, os negociantes e empresários, de olhos nas riquezas das terras ocupadas pelas comunidades autóctones, deram mais um golpe na já combalida organização indígena. Levaram para o Congresso Nacional uma proposta que aparentemente é singela e democrática: tirar da União a decisão sobre as terras indígenas e passar para o Congresso Nacional. Assim, pensam eles, será mais fácil vencer as resistências que por ventura possam surgir quando da ocupação de algum lugar onde vivam os índios. Como agora há uma presidente permeável às demandas das comunidades eles viram que era melhor arrancar o mal pela raiz. Devem ter pensado: “vai que a presidente resolve dar uma de esquerda e proteger os índios. Melhor não arriscar”. A ideia então foi jogar a decisão para o Congresso Nacional onde os poderosos têm quase total controle.

Numa primeira vista pode parecer interessante. No Congresso a coisa parece mais democrática, a decisão precisa ser discutida, negociada. Mas, não é. No Congresso quem manda são os poderosos, os endinheirados. Na correlação de forças, os trabalhadores, os empobrecidos, os índios, os excluídos sempre perdem. As chances de uma proposta de ocupação de terra indígena são muito maiores se levadas ao Congresso, pois o lobby dos ruralistas é forte demais. E eles agiram apresentando uma proposta de emenda constitucional, o que significa alterar a Constituição que, com todos os seus problemas, tem alguns avanços no que diz respeito à questão indígena.

Pois, sem debate e sem uma discussão nacional, essa proposta leonina já passou na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Os argumentos são os mesmos usados pelos invasores e destruidores do passado: os indígenas precisam se integrar. E, caso algum dia (que será bem breve) alguma terra precisar ser ocupada por algum projeto mirabolante ou mesmo por uma fazenda de bois, os indígenas terão “todo o direito” de se organizar, ir ao Congresso e debater. Ora, isso é o cinismo levado à última potência.

A emenda constitucional ainda vai tramitar e ser votada no plenário. Ela foi inscrita como PEC 215. É mais uma violência contra as já tão aviltadas comunidades indígenas. Caso seja aprovada, pode ser a pá de cal nas ainda sobreviventes comunidades que lutam pela demarcação de seus territórios. É por isso que a luta contra essa PEC precisa ser assumida pelos movimentos sociais populares, pelos sindicatos. Já basta de deixar a questão indígena para os índios. Ela é parte de cada uma de nós, está no nosso DNA, precisa ser uma luta nacional.

A batalha que agora começa a ser travada contra essa PEC também não deveria ficar no mais do mesmo. Não se trata de apenas impedir que a decisão sobre as terras indígenas seja apreciada no Congresso, muito menos de aceitar que siga como tem sido, na base da tutela governamental. Há que avançar. A decisão sobre as terras indígenas pertence aos indígenas. É hora de caminhar para a consolidação da autonomia real. É o momento de lutar pela retomada dos territórios originais, pelo direito à cultura e a organização da vida e pelo direito de gerir o seu território no que diz respeito às riquezas que ali estão. Essa não é uma luta fácil, mas tem de iniciar. O debate sobre os direitos das comunidades originárias precisa tomar o país para além das folclorizadas visões de um mundo puro, natural e perfeito. O mundo indígena tem seus próprios problemas, mas acabe às comunidades resolverem. Como em toda Abya Yala é chegada a hora das comunidades indígenas de Pindorama também se levantarem na luta pelo que lhes é direito. Todos contra a PEC 215, mais uma safadeza dos ruralistas.  Ainda é tempo de estancar a fonte do crime seguindo o que ensinava o inesquecível poeta palestino Mahmud Darwish: “rebelem-se... e permaneçam vigilantes, prontos para o combate”!

ÇERRA - O CADÁVER INSEPULTO.

***
A velha midia está tratando a eleição municipal de São Paulo como um evento de caráter nacional desde a entrada na corrida de José Çerra, esta semana.
Deve ser por causa do alto índice de rejeição do tucano na capital paulista - pesquisa divulgada hoje aponta que dois terços dos eleitores paulistanos não acredita que Çerra cumprirá seu mandato!
Pudera! Já renunciou ao cargo para concorrer - e perder - ao Planalto.

O que se percebe é que esta deve ser a última chance dele de se manter vivo na política, e a forma escolhida é mostrar a cara na TV. Com todo apoio, é óbvio, da velha imprensa. Do tipo, ou vai ou racha!

O que este blogueiro não consegue entender é a insistência do velho Coroné Çerra. É teimoso feito uma porta. Mas é burro, porque ele é o único candidato que entra na briga com a obrigação de ganhar.

Contra ele, estarão todos os demais. Haddad, do PT, Chalita, do PMDB, Russomano, do PP, e outros aventureiros menos expressivos. O PSDB será alvo de todos, sem piedade, e com argumentos sólidos.

Quem analisar o quadro eleitoral de São Paulo, Capital, com cuidado, vai notar que Çerra só entrou na disputa visando benefício para si mesmo: não quer saber dos eleitores, só pensa no próprio umbigo. Aliás, isso é típico dos tucanos.

Ora, a capital do estado mais rico do país nunca foi do PSDB, a não ser naquele breve período em que o próprio Çerra foi prefeito, por pouco mais de 18 meses, entre 2005/2006. Antes, os paulistanos elegeram Jânio Quadros (PTB), Luiza Erundina (PT), Paulo Maluf (PDS), Celso Pitta (PTB), Marta Suplicy (PT), e, depois, Gilberto Kassad (DEM-PSD). Teve, porém, Mario Covas, de 1983/1986, mas era do PMDB.

Se a cidade de São Paulo tivesse importância para o PSDB, teriam lançado um nome novo, um candidato jovem, alguém que tivesse algo a dizer ... e não o cadáver insepulto chamado Çerra! Afinal, os demais partidos compreenderam que o paulistano quer algo diferente, que já cansou do estilo autoritário e desinteressado como vêm sendo governados.

Çerra pode até ganhar a eleição. Pela lista dos últimos prefeitos eleitos, o paulistano mostra que é surpreendente. Mas sua trajetória política, pelo menos no âmbito federal, está liquidada. Seu discurso se perdeu no tempo desde que o nefasto FHC deixou o poder e, hoje, o ex-Presidente já declarou que Aécio é o candidato natural das oposições. Aliás, Aécio pode ter - e tem - muitos defeitos, mas sempre respeitou o desejo de Çerra se lançar candidato, assumindo hierarquicamente como segunda '- ou terceira - opção.

Na contramão, Çerra atropelou todos os seus concorrentes dentro do partido; chegou ao absurdo de apoiar Kassab do DEM contra Alckmin do PSDB em eleição municipal; renegou seu passado privatista ao não defender seu ex-chefe FHC em debates com Lula e Dilma; jogou sujo usando sua esposa para acusar Dilma de abortista mesmo contra orientação do partido.

O caixão político está aberto.
Se demorar, será velado em sarcófago.

POLÍTICA - Não é cedo coisa nenhuma.

Carlos Chagas Digna de registro a entrevista do Lula à Folha de S. Paulo, ontem. Com todas as letras, ele rejeitou a hipótese de candidatar-se à presidência da República em 2014. Assim como, também, em 2018 e 2022. Enfatizou que a presidente Dilma só não disputará a reeleição se não quiser. Pronto para ajudar ele está, no governo e na reeleição da sucessora, como já fez e mais fará pela vitória de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo. Voltar ao palácio do Planalto, nem pensar. Está na hora, assim, de o PT integrar-se mais no governo e, em vez de criar problemas, passar a dar suporte à presidente Dilma. Claro, só depois dela sinalizar que aceitará o encargo de concorrer novamente. Sem uma palavra óbvia, ficará a dúvida. Para os que raciocinam ser ainda muito cedo para a abertura do processo, vai a lembrança da milenar lição árabe, sobre beber água limpa quem chega primeiro na fonte. Existem, no PT, grupos que gostariam senão de turvar a água, ao menos de bebê-la impura. Ressentem-se da pouca atenção que Dilma concede ao partido, ou melhor, da resistência da presidente em governar em condomínio com eles. Nos tempos do Lula era diferente, mera questão de características pessoais. O risco de uma surpresa na próxima sucessão existirá caso os companheiros, por unanimidade, não se disponham a acatar esse novo mandamento do ex-presidente. Um núcleo de campanha precisa ser criado ainda este ano, capaz de montar novo sistema de alianças partidárias e de avançar em colégios eleitorais onde as oposições tem prevalência, como São Paulo e Minas. Em suma, não é cedo coisa nenhuma… ### APENAS UM ESPETÁCULO LAMENTÁVEL Lamentável. Jovens que nem haviam nascido em 1964, vociferando, cuspindo e jogando ovos em velhinhos saídos da máquina do tempo, empenhados em dar “bananas” aos manifestantes. Bem que poderíamos ter sido poupados do espetáculo encenado na Avenida Rio Branco, no Rio, defronte ao Clube Militar. Porque demonstraram o desejo de voltar à idade da pedra tanto os que exaltavam a Comissão da Verdade quanto os que se reuniram para comemorar o 48 aniversário do golpe militar. Faz parte da democracia exprimir livremente o pensamento. Mas precisava ser na mesma calçada? ### É BRIZOLA MESMO Com a volta da presidente Dilma ao palácio do Planalto, na segunda-feira, imagina-se para a próxima semana a oficialização de Leonel Brizola Neto como ministro do Trabalho. Surpresas sempre acontecem, em especial neste governo, onde as notícias são consideradas inimigas quando transmitidas fora da hora. Parecem superadas, porém, as dificuldades que cercavam a nomeação do jovem deputado. ### A HORA ESTÁ PASSANDO A cada dia que passa fechado em casa, o senador Demóstenes Torres torna mais difícil a preservação de sua imagem. Seu advogado insiste em que permaneça calado, mas a sucessão de denúncias exige a palavra que salva, em vez do silêncio que sufoca. No Senado, já se duvida de sua capacidade de reagir, em especial caso o Conselho de Ética, depois da Semana Santa, decida abrir processo contra ele. Fonte: Tribuna da Internet.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Dilma:Brics darão forte mensagem de coesão política no G20


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A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira (30) em Nova Délhi que os países emergentes Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) transmitirão na cúpula do G20, que será realizada em junho no México, uma forte mensagem de coesão política.

"No G20 vamos transmitir uma forte mensagem de coesão política, tanto Brasil e Índia quanto os Brics", afirmou Dilma no encerramento do "Seminário Empresarial Brasil-Índia: uma nova fronteira de oportunidade de negócios", realizado durante sua visita de Estado à maior democracia do mundo.

Dilma também participou na véspera da IV Cúpula dos Brics, que reuniu os presidentes das principais potências emergentes.

"Acreditamos que é imprescindível que os países desenvolvidos tomem medidas efetivas para garantir a recuperação da economia mundial", disse.

No entanto, lembrou que a crise colocou em evidência a "profunda transformação" que o mundo vive e a "importância dos chamados países emergentes e dos Brics, e de Brasil e Índia em particular".

Os Brics responderão neste ano por 56% do crescimento econômico mundial e respondem por um quarto do PIB do planeta.

Esta transformação também mudou os "fluxos de comércio e investimentos internacionais", razão pela qual "as relações entre nós não são apenas vantajosas e produtivas, mas representam uma importante fonte de dinamismo para a economia internacional", concluiu.


Fonte: AFP

Não tem virgem nessa zona chamada DEM

MP pede que José Agripino seja investigado


FÁBIO FABRINI - Agência Estado
O Ministério Público do Rio Grande do Norte enviou à Procuradoria-Geral da República pedido para que investigue o presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), apontado como beneficiário de pagamentos feitos pela máfia da inspeção veicular em seu Estado. Em depoimento, o empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, preso na Operação Sinal Fechado, relatou o suposto repasse de R$ 1 milhão ao parlamentar e a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora do RN, Rosalba Ciarlini (DEM).
Segundo a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Lopes é sócio oculto do advogado George Olímpio, apontado como mentor das fraudes na inspeção veicular e outros projetos do Detran-RN. Nas declarações, de 24 de novembro, mesmo dia das prisões de envolvidos no esquema, ele disse que Olímpio lhe relatou ter feito pagamentos a Agripino e Rosado.

O valor teria sido pago em dinheiro, parcelado, na campanha de 2010, e a negociação teria ocorrido no sótão do apartamento do senador em Natal. Agripino nega ter recebido propina, mas diz que Olímpio esteve no imóvel, interessado em implementar o contrato de inspeção veicular no governo de Rosalba.

Agripino pediu ao grupo Estado que ligasse para o advogado de Lopes, José Luiz Carlos de Lima, que desmentiu o depoimento do cliente. Segundo ele, Lopes estava sob efeito de medicamentos quando fez as acusações. As informações sobre a operação foram enviadas à PGR, que decidirá se há elementos para pedir ao Supremo Tribunal Federal investigação contra o senador.
A Operação Sinal Fechado apurou o desvio de recursos do Detran-RN para empresas de Olímpio e pessoas ligadas a ele. Segundo o MP, políticos receberam vantagens para favorecê-las em licitação e contratos públicos.

Aécio Neves engorda contracheques de assessores com cargos em empresas públicas mineiras

Para os amigos (e amigas) tudo, para os inimigos, a PM e o PIG



Os contracheques dos assessores do senador Aécio Neves (PSDB-MG) estão mais robustos. As nomeações para cargos em estatais mineiras têm deixado a situação de três servidores comissionados mais confortável com o recebimento, além do salário do Senado, de recursos pagos a eles por integrar os conselhos de empresas do Estado de Minas Gerais, governado pelo tucano de 2003 a 2010 e agora sob o comando do aliado Antônio Anastasia (PSDB).
Aécio engorda o salário de seus assessores mais próximosEm nota, distribuída nesta sexta-feira, o senador tucano afirma que não há impedimento legal para o recebimento de jetom por parte de funcionários. Por meio de sua assessoria, Aécio Neves disse que os funcionários cumprem carga horária regular no Senado, embora ninguém seja obrigado a bater ponto na instituição e, nas estatais, são exigidos a ir a no máximo uma reunião por mês. Com isso, o salário dos servidores é aumentado em até 46%.
Nomeado assessor técnico de Aécio em fevereiro de 2011, o administrador Flávio José Barbosa de Alencastro recebe R$ 16.337. No Conselho de Administração da Companhia de Abastecimento de Minas (Copasa), ele tem direito a até R$ 5.852 por mês, totalizando R$ 22.190. A política de remuneração da Copasa, enviada à Comissão de Valores Mobiliários, diz que em 2011 foram reservados R$ 632.100 para o pagamento dos nove conselheiros. Metade é paga como parcela fixa mensal e o restante, conforme a participação nas reuniões. Alencastro foi eleito para o conselho em 15 de abril, menos de um mês após a nomeação no Senado.

Jetons

A também assessora de Aécio, com salário de R$ 16.337, é a jornalista Maria Heloísa Cardoso Neves . Ela recebe jetons de R$ 5 mil por mês da Companhia de Desenvolvimento Econômico de MG (Codemig) para participar, obrigatoriamente, de três reuniões anuais do Conselho de Administração. E, por vezes, de encontros extraordinários. Em 2011, foram três. Heloísa foi indicada em 2004, pelo então governador Aécio, e admitida pelo Senado em 2011. Ela diz que sua atribuição é, sobretudo, cuidar de estratégias de comunicação e projetos ligados à área.
Assistente parlamentar do senador, Maria Aparecida Moreira, trabalha como atendente no escritório político do tucano na capital, com salário de R$ 3.202 pago pelo Senado. A Companhia de Habitação (Cohab-MG) lhe garante R$ 1.500 mensais por integrar o Conselho de Administração. Segundo o órgão, os integrantes participam de “até uma reunião ordinária mensal”. A assessora está no conselho desde 2003 e no Senado desde agosto de 2011.
Questionado por jornalistas, Alencastro não se pronunciou. Heloísa Neves e Maria Aparecida disseram que não há irregularidade e que a documentação referente aos conselhos foi entregue ao Senado, sem objeções. A Casa não se pronunciou sobre o acúmulo de cargos.
Aécio informou, via assessoria, que não há vedação legal ou incompatibilidade entre as funções. Alegou que a acumulação indevida, prevista na Constituição, não se aplica a esses casos e que o STF, em medida cautelar, acolheu esse entendimento. Aécio disse que os funcionários cumprem carga horária regular no Senado.

Leia a nota do senador, na íntegra:

“Não há vedação legal e/ou incompatibilidade entre as funções de integrante de conselhos administrativos e fiscais de empresas estatais e o exercício das atividades de servidor federal.
“A acumulação indevida, prevista no inciso XVI, do art. 37, da Constituição Federal, não se configura pelo fato de o ocupante de cargo público ser, também, membro de Conselho de Administração ou Fiscal de empresa pública ou de economia mista, de quaisquer das esferas de poder.
“A respeito do tema, o Supremo Tribunal Federal (STF) já se pronunciou pela não acumulação indevida.
“Ao julgar a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1485, o STF consignou, no voto condutor da decisão, que: “não se cuida, nos conselhos de administração e fiscal, do exercício de cargos em comissão ou de funções gratificadas, strictu sensu. Em se tratando de pessoas jurídicas de direito privado, de outra parte, não se caracteriza sequer a participação nesses conselhos como exercício de função pública, strictu sensu”.
“Os assessores do gabinete nessa situação vêm cumprindo jornada de trabalho diária e regular, com carga horária estabelecida em suas respectivas atribuições. O exercício de suas funções como servidor federal não guarda relação com os conselhos para os quais todos eles foram indicados vários anos antes à nomeação no Senado.
“Em nota oficial, a Diretoria-Geral do Senado Federal atesta a regularidade da situação dos assessores e esclarece que:
“Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9º.
“Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica.
“Portanto, não restará configurada a acumulação ilícita se o servidor federal receber remuneração pela participação em conselhos de administração e fiscal de empresas públicas e sociedades de economia mista independentemente da esfera de governo.

“Ao dispor para mais informações.
“Gabinete do senador Aécio Neves”.

POLÍTICA - Esse Aécio é um cara-de-pau.

Aécio Neves não toma jeito, nem se emenda.


Aspirante a ser candidato tucano a presidência da República em 2014, já em campanha três anos antes, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não toma jeito. Nesta 4ª feira ocupou a tribuna do Senado para mais um daqueles seus pronunciamentos - poucos, reconheça-se, em 2011, seu 1º ano de mandato - que não correspondem nem à expectativa de seus colegas da oposição.

Ele recheou seu discurso com ataques ao governo da presidenta Dilma Rousseff acusando-o de ter como marca o desrespeito ao Legislativo."A falta de respeito com o Congresso se transformou em marca registrada do governo", afirmou o parlamentar mineiro.

O senador Aécio pensa que o Brasil não tem memória. Olha só quem fala de desrespeito ao Legislativo! Aécio governou Minas Gerais por oito anos com leis delegadas, espécie de decretos que não passam pela Assembléia Legislativa; se chegam lá, não são votados; se votados, são meramente homologados. Quando governador de 2003 a 2010 Aécio assinou mais de 400 dessas leis.

O senador pensa que o Brasil não tem memória

Para tanto, ele cooptou a maioria da Assembléia Legislativa e parte da mídia mineiras. E agora vem querer dar lições a presidenta Dilma? Neste prounciamento o senador viu miragem, assinalou, ainda, que a presidenta da República virou refém de sua base aliada e passou o mandato resolvendo crises.

"De crise em crise, de queda em queda de autoridade, se perdeu boa parte do mandato, se perdeu momento propício de popularidade em alta, para fazer mudanças necessárias", considerou Aécio.

Ora, transformar crises naturais em crise de governabilidade é não entender o que significa democracia, conflito de interesses e busca de consensos e acordos mínimos para avançar e fazer o país ir adiante. É coisa de quem governa por leis delegadas...

Coisa de quem governa por leis delegadas

É ignorar que o governo Dilma tem uma ampla base de apoio plural - e não cooptada como a dele quando governador - e respeita plenamente o Parlamento e a autonomia de cada poder. E que, principalmente no Executivo, nem todas as decisões são consensuais, e muito menos respondem a todos os interesses que os partidos da base representam.

Casos, para ficar em poucos exemplos, do Código Florestal (agora na Câmara) e mesmo dos royalties do petróleo (Senado), ou da reforma tributária, que a oposição impede de tramitar. É desconhecer que toda a ação do Executivo em áreas como estas, por exemplo, envolve ampla gama de questões setoriais, ruralistas, regionais, royalties, questões que dependem de negociações e concessões mútuas.
Fonte: Blog do Zé Dirceu