sábado, 21 de abril de 2012

CPI DA IMPRENSA: JORNALISTA ORIENTA NAJI NAHAS, QUE EXPULSOU FAMÍLIAS DO PINHEIRINHO, A PROCESSAR JORNALISTAS QUE DENUNCIARAM CORRUPÇÃO

A CPI do Cachoeira pode se transformar na CPI da Imprensa. A liberdade de imprensa no Brasil se tornou tão grande que parece que alguns jornalistas e órgãos de imprensa se sentiram a cima da lei. Nessa gravação, divulgada pelo blog Quid Novi, do JB, o jornalista Leonardo Attuch, da Isto É, pede a Naji [...]

CPI DO CACHOEIRA PÕE PT NUMA ENCRUZILHADA: ENFRENTA A CONCENTRAÇÃO MIDIÁTICA OU COMPACTUA COM A BARBÁRIE DA ELITE CONTRA O POVO

O PT está em uma encruzilhada provocada pela CPI do Carlinhos Cachoeira. Ou enfrenta os barões da mídia e sua concentração econômica e financeira ou compactua com os coronéis e joga o povo brasileiro ao Deus dará. Pode parecer que Agnelo Queiroz ou construtora Delta sejam problemas. Não são. O problema é a coragem para [...]

VIVA O CHACRINHA!! O JORNAL ESTADÃO VEIO PARA CONFUNDIR E NÃO PARA EXPLICAR A OPERAÇÃO MONTE CARLO DA POLÍCIA FEDERAL

Alô, alô Teresinha!!! Que sanha! O Estadão tenta confundir o leitor em vez de explicar o que acontece realmente sobre as investigações da Polícia Federal, sobre a operação Monte Carlo. O jornal dá grande destaque para escutas totalmente inócuas e sem importância da operação Monte Carlo, em que Dadá não diz nada de interessante ou [...]

REPORTAGENS COM DENÚNCIAS SOMEM DAS CAPAS DA REVISTA VEJA APÓS PRISÃO DE QUADRILHA NA OPERAÇÃO MONTE CARLO DA PF

Veja abaixo as últimas capas da Revista Veja, publicado pelo site Amigos do Presidente Lula. Desde a prisão do bicheiro conhecido como Carlinhos Cachoeira, na operação Monte Carlo, deflagrada pela PF (Polícia Federal), as matérias de denúncia sumiram. A revista está sendo acusada de se aproveitar de um esquema criminoso para publicar falsas reportagens investigativas. [...]

JORNALISTAS DA GRANDE MÍDIA COLABORARAM COM O CRIME ORGANIZADO, DIZ DECISÃO JUDICIAL

Decisão da justiça federal de Goiás deixa clara a participação da imprensa em benefício do crime organizado no caso Demóstenes Torres. Veja informações sobre a participação da  revista Veja e sua relação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Vi trecho dessa decisão no Cidadania. Veja mais em Educação Política: HUMOR: REVISTA VEJA TEM SURTO DE HONESTIDADE [...]
BNDES deve investir perto de R$ 150 bi este ano
Publicado em 20-Abr-2012
Esforço contribui para crescimento de 4% do país este ano... ImageO volume de investimento a ser direcionado à economia nos dá segurança para afirmar que é provável um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 4% este ano, novamente. É o que podemos depreender do esforço do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Luciano Coutinho, presidente da instituição, reafirmou que os desembolsos do banco este ano devem ficar entre R$ 145 bi e R$ 150 bi, ante os R$ 139,678 bi desembolsados pelo banco no ano passado.

Ainda que os números de desembolso do primeiro trimestre (R$ 24,486 bi) tenham ficaram 2% menores que o de mesmo período no ano passado, Coutinho espera que as medidas promovidas pelo governo de estímulo à economia - como a redução da taxa básica de juros - tenham impacto direto sobre o investimento privado brevemente. "Se esse investimento for retomado mais cedo, estaremos mais perto dos R$ 150 bi", afirmou.

Segundo Coutinho, os setores de óleo e gás, infraestrutura e construção civil devem puxar a recuperação do investimento. A indústria recebeu R$ 6,360 bi no período, uma participação de 26% do total desembolsado. Já o setor de infraestrutura recebeu  R$ 9,949 bi - 41% dos financiamentos do banco. Comércio e Serviços responderam por R$ 5,958 bi, enquanto a Agropecuária recebeu R$ 2,220 bi.

Recuperação da indústria à vista

Coutinho também falou da projeção do BNDES de investimentos na indústria. "Estamos antevendo uma recuperação dos planos de investimento na indústria e uma firme continuidade nos investimentos em infraestrutura", disse ele.

Serão aportados nada menos do que R$ 597 bi aportados nos setores de petróleo e gás, extrativa mineral, têxtil e confecção, papel e celulose, química, siderurgia, eletroeletrônica, automotivo, indústria aeronáutica e Complexo Industrial e Saúde (CIS) no período de 2012 a 2015. O volume é superior ao investimento estimado pelo BNDES no período 2007-2010, de R$ 461 bi.

Vale apena destacar algumas questões importantes relativas ao BNDES. Primeiro: a queda no desembolso do primeiro trimestre é, na prática, insignificante. Segundo: a fatia do bolo concedida à indústria corresponde ao dobro de sua participação percentual no PIB.

Mais empregos no futuro

Terceiro: setores que enfrentam a concorrência externa - ou que são importadores de insumos e equipamentos - são prioritários. Estão entre eles os de têxtil e confecções, eletroeletrônico, química e saúde.

Por fim, os grandes vetores beneficiados com o grosso do investimento do banco - como petróleo e gás, infraestrutura e construção civil – são grandes empregadores: uma boa notícia para a criação de empregos nos próximos anos.
Estudo traz luz à questão do preço dos pedágios
Publicado em 20-Abr-2012
Nas concessões União cobrou R$ 2,96 por 100 km; SP, R$ 12,76... O estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) “Rodovias brasileiras: Investimentos, concessões e tarifas de pedágio”, agora divulgado, tem o mérito de colocar luz sobre a questão das tarifas de pegágio cobradas nas concessões de rodovias no Brasil.

O criterioso levantamento nos sete Estados em que houve concessões, comprova as diferenças gritantes entre o modelo de privatização das rodovias federais adotado nas gestões de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e no de  concessões do ex-presidente Lula (2003-2010), seguido pelo governo da presidenta Dilma Rousseff.

Não é preciso dizer muito, os números falam por si. Na primeira etapa de concessões federais entre 1995-1997, era FHC, a tarifa média cobrada por 100 km rodados foi de R$ 9,86. Naquele modelo, privilegiou-se o maior preço pago pela rodovia. Na era Lula, entre 2008 e 2009, a tarifa é significativamente inferior, de R$ 2,96 pagos pelos mesmos 100 km. Neste caso, as conessões foram dadas às empresas que ofereceram menor pedágio.

Entre as concessões feitas pelos Estados que seguiram o mesmo modelo de FHC, chamam a atenção as do governo de São Paulo. A tarifa média por km no Estado é de R$ 12,76, muito superior à média brasileira de R$ 9,04. Na 1ª etapa das concessões, 1997/1998 (gestão Mário Covas), o valor da tarifa bateu em R$ 13,65 por 100 km. Uma década depois, nas concessões do período de 2008/2009, mesmo com a inflação em queda e a Selic em um patamar inferior, ainda assim, o governo de José Serra persistiu no erro.

"Experiência não foi aproveitada"


Image
Pedágio da Imigrantes em São Paulo (SP)


“A experiência acumulada durante a 1ª etapa de concessão (em São Paulo) pouco foi aproveitada para realizar aperfeiçoamentos nos contratos na questão tarifária, diferentemente do que fez o governo federal”, afirma o texto da pesquisa do IPEA. Nesta 2ª etapa, enquanto as rodovias federais concedidas cobravam tarifas de R$ 2,96 (100 km), o governo tucano paulista consolidou uma tarifa média de R$ 10,62 pelo mesmo trecho, três vezes mais.

O IPEA também traz luz sobre como as tarifas de pedágio são reajustadas. Há uma miríade de critérios, conforme a concessão. Na primeira etapa de concessões do governo federal (1995-1997), época de inflação e Selic altas, as tarifas de pedágio partiram de patamares elevados.

Assim, em 2011, o valor médio dessas tarifas foi de R$ 9,86/100 km. Em geral, o índice adotado foi o IGP-M, com grande prejuízo aos usuários. De maio de 1995, início da cobrança do pedágio pelo governo federal a janeiro de 2011, a variação foi de 300%, ante 197% do IPCA. Ou seja, as tarifas cresceram, em média, 121% acima da inflação medida pelo IPCA para os últimos 15 anos.

Na 2ª etapa de concessões federais o cenário econômico nacional havia se alterado e o governo Lula adotou o IPCA como base para indicador de reajustes anuais, além de outros critérios. (Leia a íntegra do estudo).

Fonte: Wikipedia

sexta-feira, 20 de abril de 2012

"Brasil que eu quero"

"Brasil que eu quero"

CPI da mídia?

Capas exemplares. Quando o caso explode, 
a revisitação do Sudário. Decidida a CPI, 
a versão que agrada ao patrão

Mino Carta, CartaCapital
 “Recheada de anúncios, a última edição da Veja esmera-se em representar à perfeição a mídia nativa. A publicidade premia o mau jornalismo. Mais do que qualquer órgão da imprensa, a semanal da Editora Abril exprime os humores do patronato midiático em relação à CPI do Cachoeira e se entrega à sumária condenação de um réu ainda não julgado, o chamado mensalão, apresentado como “o maior escândalo de corrupção da história do País”.

A ligação entre o inquérito parlamentar e o julgamento no Supremo Tribunal Federal é arbitrária, a partir das sedes diferentes dos dois eventos. Mas a arbitrariedade é hábito tão arraigado dos herdeiros da casa-grande a ponto de formar tradição. Segundo a mídia, a CPI destina-se a desviar a atenção da opinião pública do derradeiro e decisivo capítulo do processo chamado mensalão. Com isso, a CPI pretenderia esconder a gravidade do escândalo a ser julgado pelo Supremo.

O caso revelado pelo vazamento dos inquéritos policiais que levaram à prisão do bicheiro Cachoeira existe. Pode-se questionar o fato de que o vazamento se tenha dado neste exato instante, mas nada ali é invenção. Inclusive, a peculiar, profunda ligação do jornalista Policarpo Junior, diretor da sucursal de Veja em Brasília, com o infrator enfim preso. Não é o que se espera de um qualificado integrante do expediente de uma revista pronta a se apresentar como filiada ao clube das mais importantes do mundo. Pois é, o Brasil ainda é capaz de dar guarida a grandes humoristas.

Não faltam, nesta área, os alquimistas, treinados com requinte para cumprir a vontade do patrão. Jograis inventores. Um deles sustenta impávido que a presidenta Dilma despenca em São Paulo para recomendar a Lula toda a cautela em apoiar a CPI do Cachoeira, caldeirão ao fogo, do qual respingos candentes poderão atingir o PT. É possível. E daí? Certo é que a recomendação não houve. E que o Partido dos Trabalhadores escala, no topo da pirâmide, um presidente, Rui Falcão, tão pateticamente desastrado ao rolar a bola na boca da pequena área para o chute midiático. Disse ele que a CPI vinha para “expor a farsa do mensalão”. De graça, ofertou a deixa preciosa aos inimigos. Só faltava essa…”
Editorial Completo, ::Aqui::

Inês: Lula, Dilma e Maquiavel. Pobre oposição

    Publicado em 19/04/2012
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Saiu na Carta Maior artigo imperdível de Maria Inês Nassif:

A política brasileira, a virtude e a fortuna

Depois de 27 anos de redemocratização do país, e de um período prolongado de luta aberta entre forças que se opõem no cenário político, talvez seja conveniente lembrar Maquiavel também no nosso pedaço de mundo, onde atribuímos à velha ordem excessivo poder para decidir nosso futuro.


Maria Inês Nassif


Houve um tempo em que a desenvoltura de velhas raposas da política tradicional, e uma vocação dessas lideranças para remar a favor da maré, davam a impressão, para quem as assistia do lado de fora do palco institucional, de que elas tinham um quase monopólio, um poder ilimitado de construir a história. Depois de 27 anos de redemocratização do país, e de um período prolongado de luta aberta entre forças que se opõem no cenário político, talvez seja conveniente lembrar Maquiavel também no nosso pedaço de mundo, onde atribuímos à velha ordem excessivo poder para decidir nosso futuro.


Dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva e pouco mais de um ano com Dilma Rousseff – três gestões onde a disputa política saiu dos porões do poder e se escancarou para outros setores sociais – mostraram que o jogo político, mesmo quando escamoteado, é virtude e fortuna. Ou seja, nunca é produto exclusivamente da vontade de um governante, embora a virtude seja fundamental para mover um governo, e a fortuna, isto é, a roda da história, nunca acontece descolada da virtude.


As virtudes de um e outro governante não são iguais, mas já se pode dizer, com um alto grau de certeza, que o correr dos acontecimentos – a fortuna – foi adequada às diferenças entre Dilma e Lula. Dilma está no lugar e na hora onde tem que estar; Lula cumpriu o seu papel no seu momento. E o processo histórico, como se move, saiu de uma realidade onde o governo era defensivo e tinha como contraponto um presidente com raras qualidades de conciliação; para uma outra, em que o governo é ofensivo e a presidenta, sem habilidades específicas para manobrar a política institucional, encontra terreno para exercer a sua vocação maior, que é a de se contrapor.


A rápida intervenção de Dilma nos juros domésticos (o pesadelo para todos os governantes das últimas duas décadas) tanto pela via institucional, o Copom, como da pressão direta sobre os bancos, é o estilo Dilma, beneficiado pelo gradual abandono da ortodoxia econômica iniciada no governo Lula e pela crise mundial. A volta por cima da crise política do chamado “mensalão” de 2005, via apoio popular, é estilo Lula.


Nos mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), exceto em um breve primeiro ano de lua-de-mel com as elites políticas brasileiras, o governo foi mantido acuado na política institucional por uma minoria oposicionista amplificada por uma mídia hegemônica; e, no plano da sociedade civil, manteve uma aproximação permanente com setores não organizados, beneficiados pelos programas sociais e/ou atraídos pelo carisma do chefe do Executivo.


Com os movimentos sociais organizados o governo Lula não teve sempre um bom diálogo, mas o fato de ser entendido como um mal menor, contra um partido, o PSDB, que criminalizou a ação política desses setores, poupou-o de uma oposição forte à esquerda. O MST, por exemplo, nunca se declarou feliz com o PT no governo federal, mas foi atraído pelas suas próprias bases e pela opção do “mal menor” a se encontrar com o partido em períodos eleitorais, e a aliviar a pressão quando os setores conservadores tocavam fogo na política institucional.


O governo Dilma Rousseff mostrou algumas coisas mais. Primeiro, que no final das contas os estilos diferentes dos dois presidentes petistas vieram na hora certa. Em segundo, que a vontade pessoal de um mandatário popular conta, mas desde que ele entenda, conflua e aproveite o processo histórico que o levou ao poder.


Dificilmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria chegado ao final de seu mandato, se não tivesse algumas qualidades essenciais: a habilidade e pragmatismo de negociador sindical e uma grande facilidade para se fazer ouvir pelas massas, que deram a ele a sustentação política necessária para se contrapor a uma oposição fraca, porém associada a uma mídia tradicional hegemônica. Suas duas administrações, exceto a trégua inicial – necessária para atenuar os efeitos da investida especulativa do mercado financeiro no ano eleitoral de 2002 – ocorreram sob forte ofensiva. A pequena oposição falou grosso pela voz da mídia.


Dilma Rousseff tem outro perfil. Não teria cintura para sobreviver numa conjuntura política tão desfavorável como a enfrentada por Lula, mas o fato é que o governo de seu antecessor, os compromissos políticos assumidos por ele e a montagem de seu palanque permitem, ironicamente, que ela seja ela mesma. Se tivesse tentado ser Lula, teria fracassado. Além disso, uma gestão econômica que é continuidade do governo Lula, mas que é a sua praia, numa conjuntura que o mundo chafurda na lama do neoliberalismo, simplesmente desmonta qualquer oposição significativa às orientações de governo, e dão a ela dimensão própria no âmbito internacional, mesmo fazendo uma política externa de continuidade à anterior.


Dilma falou de igual para igual na Cúpula das Américas porque sabe ser positiva; mas tem o respeito da comunidade internacional não apenas porque é positiva, mas porque o ex-presidente Lula, que atuou com desenvoltura nessa área, deixou no passado o complexo de vira-lata neoliberal. Antes disso, a elite brasileira tomava como referência os países ricos nas formulações econômicas externas e extasiada, olhando para fora, deixava visível a enorme vergonha do próprio país.


Os êxitos do governo Lula encheram o palanque de Dilma e sua base aliada. A habilidade política de Lula costurou o resto. Sem isso, no entanto, dificilmente a presidenta teria condições de tentar mudar os termos de relacionamento com a sua base parlamentar. E sem o estilo Dilma, seria complicado levar essa tentativa muito longe.


Também seria difícil manter o estilo Dilma nas relações políticas institucionais se a oposição, menor ainda do que era no governo Lula, não tivesse sido severamente atingida pela enorme crise decorrente das denúncias contra seu principal porta-voz, o senador Demóstenes Torres, envolvido com uma quadrilha comandada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. Não foi apenas a oposição que perdeu a credibilidade, mas a banda de música do DEM e do PSDB passou a ser menos crível numa mídia que acuou o governo passado, mas está acuada agora. Por mais irônico que seja, fica mais fácil agora para Dilma definir novas relações com o Legislativo. Ela não está na posição permanente defensiva em que Lula foi mantido nos seus dois governos, não tem as dívidas de gratidão que seu antecessor tinha com políticos tradicionais da base aliada e lida numa situação em que foi escancarado não apenas o uso da máquina administrativa pelos aliados, mas pelos próprios oposicionistas, ao que tudo indica um avanço sobre território alheio obtido pelo expediente da chantagem.


O momento é outro e o processo histórico anda, sempre. Qualquer análise política sobre o Brasil de hoje tem que se livrar dos fantasmas do passado e dar a eles sua devida dimensão. Esta é a condição para virtude e fortuna.

Participação da ABRAÇO Ceará no 2º WebFor

As discussões pela democratização da comunicação, as tentativas de controle da internet por parte dos grandes monopólios da comunicação e as redes sociais deram o tom dos debates no 2º WebFor - Fórum de Comunicação Digital realizado em Fortaleza no Hotel Gran Marquise nos dias 13 a 15 de abril de 2012. A Abraço Ceará contribuiu na divulgação, mas acima de tudo na participação do debate. O Coordenador de Organização da Abraço Ceará e Coordenador de Meio Ambiente da Abraço Nacional, Sérgio Lira destacou o caráter das rádios comunitárias e a falta de condições de liberação das concessões para as associações que possuem um trabalho verdadeiramente comunitário, cultural e educativo e que não conseguem suas autorizações. Frisou a importância dos conselhos de comunicação que podem garantir uma aproximação com o poder concedente e melhorar a forma de escolha de quem merece estas autorizações. Outro destaque da participação da Abraço foi o contato com o Embaixador da República Bolivariana da Venezuela Maximilien Arvelaiz que após sua palestra, onde destacou o número de concessões liberadas pelo governo para rádios alternativas e comunitárias, anunciamos a necessidade de realização de um Encontro Latino Americano de Rádios Livres e Comunitárias para debater as legislações vigentes em países como a Argentina, Venezuela e Brasil em uma comparação clara de avanços e atrasos.
Por Sérgio Lira – Coordenador de Organização e Mobilização da Abraço no Ceará e Coordenador de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Abraço Nacional. Fonte ABRAÇO CEARA.

2º #WebFor incomoda e mídia anti-democrática tenta desqualificar o evento

Fico até meio que emocionado, vendo as fotos de um evento tão importante e com tanta gente maravilhosa.
 A mídia neoliberal foge de democracia como o diabo da cruz. Estão vendo dia após dia a democracia avançar e anteriormente, eventos como este, seriam simplesmente ignorados.
 Mas agora já não podem mais ter o mesmo comportamento e num ato de desespero enviam representantes para produzir matérias contrárias a um processo, que felizmente para o cidadão brasileiro, é irreversível.
 Vamos vencer! Abraços em todos, parabéns, o evento foi um sucesso e o PIG serviu para comprovar isso...(BlogueDoSouza).

PIG persegue o 2º #WebFor - por Daniel Pearl Bezerra
O PIG é contra a liberdade de expressão e a democratização das comunicações. Quando a Folha de São Paulo enviou seu correspondente foi com objetivo de desmoralizar o evento e tirar o foco dos assuntos debatidos no Fórum de Comunicação Digital - 2º #WebFor, realizado em Fortaleza, nos dias 13, 14 e 15 de abril. Folha queria saber quanto o BNB e outros patrocinadores investiram no evento digital, esquecendo que a grande mídia sobrevive das verbas publicitárias do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras, Banco do Nordeste e outros órgãos. A velha mídia não tem compromisso com o povo brasileiro, ela serve ao grande capital especulativo.

Do companheiro Leo Nogueira: Prezados, quero primeiramente parabenizá-los pela realização do Fórum de Comunicação Digital - 2º #WebFor nesses tempos de censura dos meios alternativos de informação e comunicação. Como deve ser do conhecimento de vocês e já vem sendo debatido na blogosfera progressista, saiu na Folha de São Paulo uma notícia muito cheia de ironias e tendenciosa, da parte deles, a respeito do 2º #WebFor, desqualificando o evento e desviando convenientemente o foco de atenção. Recebi a mesma pelo clipping FNDC (http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=783559) E, é assim que os meios de maior penetração vão manipulando a opinião pública no país, e no mundo.
Evento com patrocínio do governo debate regulamentação da mídia
14/04/2012 - Gustavo Hennemann e Graciliano Rocha - Folha de S. Paulo
Órgãos públicos vinculados ao governo federal, ao Estado do Ceará e ao município de Fortaleza patrocinam evento de "comunicação digital" que debaterá neste fim de semana "o papel da mídia contra os interesses da nação", entre outros temas.
O 2º Webfor (Fórum de Comunicação Digital), que começou ontem à noite, havia divulgado como atração uma palestra com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O petista cancelou participação. Segundo a organização, ele teve um problema de agenda.
O fórum prevê para hoje um debate sobre "o PT e o marco regulatório das comunicações", com o deputado federal André Vargas (PT-PR).
Desde o governo Lula, o PT propõe novas regras para o setor que aumentariam o controle estatal sobre a mídia.
O patrocínio de R$ 90 mil do governo federal foi concedido por meio do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) -controlado pela União.
À Folha, o BNB informou ter concedido patrocínio porque o evento debaterá "questões relacionadas à difusão tecnológica e à democratização dos meios de comunicação", algo que, segundo o banco, é de interesse social.
O governo do Ceará disse que destinou R$ 15 mil ao fórum porque apoia eventos que "estimulam a cultura" e o "debate de ideias".
A Assembleia Legislativa do Estado informou que destinou ao evento R$ 2.500 sem conhecer a programação. A prefeitura e a Câmara Municipal não se manifestaram.
O coordenador-geral do evento, Daniel Bezerra, afirma que conseguiu os patrocínios estatais porque tem muita "experiência" e "amizades" em órgãos públicos.
Negou que o evento tenha perfil partidário. Sobre o painel "O papel da mídia contra os interesses da nação", disse ter sido proposto pelo palestrante, o jornalista Messias Pontes, filiado ao PC do B.
Fonte: Blog da Dilma

2º Webfor na visão do blogueiro Voltaire Xavier

É incrível como alguns blogueiros incomodam a "velha mídia". O episódio mais recente foi o envio de um correspondente da Folha de São Paulo para a cidade de Fortaleza, na tentativa de criminalizar o 2º WebFor - Fórum de Comunicação Digital, que aconteceu entre os dias 13 e 15 de abril, no Gran Marquise Hotel.
O que a mídia golpista queria, como bem considera o jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record e do Blog Conversa Afiada, era fazer de tudo para que o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu (PT), deixasse de comparecer a este encontro de blogueiros progressistas. E foi o que ocorreu para a frustração do público presente, a maior parte formada por estudantes de Comunicação Social e blogueiros do Interior do Ceará.

O protesto contra Veja nos Trending Topics




Adilsonbb, Luiz Nassif Online

“As revelações da Polícia Federal de que o redator chefe da Veja, Policarpo Júnior, mantinha relação próxima com o contraventor Carlos Cachoeira, preso na operação Monte Carlo, revoltaram os internautas. Eles organizaram um movimento virtual para que a hashtag #Vejabandida ficasse listada em meio aos assuntos mais comentados na rede social. Antes mesmo do horário combinado, às 20h desta quarta-feira, o  termo já estava em quinto lugar nos Trending Topics. Pouco depois das 20h30, chegou ao primeiro lugar na lista nacional e foi parar nos TT´s mundiais."
http://nogueirajr.blogspot.com.br/

Cachoeira entrega governador tucano: Marconi Perillo (PSDB) é dono de em avião de R$ 4 mi



 Em diálogo captado pela Polícia Federal, o empresário Carlinhos Cachoeira diz que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), é dono de um avião Cessna, que custou R$ 4 milhões, em sociedade com dois empresários.
Na gravação, em abril de 2011, Cachoeira fala para o ex-vereador Wladimir Garcez  seu "assessor direto"- que Perillo é dono de metade do avião.
O restante é, de acordo com o diálogo, dividido entre os empresários Rossine Aires Guimarães, que, de acordo com a PF, é sócio de Cachoeira, e Hélder Rodrigues Zebral, ex-dono da churrascaria Porcão de Brasília."Aquele cara do Porcão, o Hélder, esse cara, ele é sócio do Marconi num um avião aí com o Rossine viu... Ele é um Cessna, 2010, pagou R$ 4 milhões, um trem assim. E Marconi tem 50%, o Rossi 25% e o esse Hélder, do Porcão, tem 25%. Tá voando com eles ai", diz Cachoeira.Na conversa gravada pela PF, Cachoeira reclama com Garcez que está perdendo espaço em negócios para Zebral. O Porcão é ponto de encontro de autoridades.
"Rapaz, esse cara [Zebral] tá com parceria com todo mundo. Nós tamo levando bola nas costas em tudo, viu?", diz Cachoeira.O outro empresário, Guimarães, disse à Receita ter doado R$ 3,8 milhões à campanha do PSDB em Goiás em 2010, quando Perillo foi eleito. Cachoeira conta que soube do Cessna por Guimarães.
Ele é um dos donos da Ideal Segurança e da CRT (Construtora Rio Tocantins), empreiteira de obras públicas, e também concedeu empréstimos a Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta.É a Folha tucana contando em  contas gotas a podridão do PSDB

Copiado do Blog Os Amigos do Presidente Lula

'Peluso manipulou resultados de julgamentos'

BARBOSA: "Pessoas racistas insistem a todo momento na cor da minha pele. Peluso não seria uma exceção, não é?" Entrevista completa ao jornal O Globo


ENTREVISTA

 Dois dias depois de ser chamado de inseguro e dono de "temperamento difícil" pelo ministro Cezar Peluso, o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa respondeu em tom duro. Em entrevista ao GLOBO, Barbosa chamou o agora ex-presidente do STF de "ridículo", "brega", "caipira", "corporativo", "desleal", "tirano" e "pequeno". Acusou Peluso de manipular resultados de julgamentos de acordo com seus interesses, e de praticar "supreme bullying" contra ele por conta dos problemas de saúde que o levaram a se afastar para tratamento. Barbosa é relator do mensalão e assumirá em sete meses a presidência do STF, sucedendo a Ayres Britto, empossado ontem. Para Barbosa, Peluso não deixa legado ao STF: "As pessoas guardarão a imagem de um presidente conservador e tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade."

JOAQUIM BARBOSA: Para mim, assumir a presidência do STF é uma obrigação. Tenho feito o possível e o impossível para me recuperar consistentemente e chegar bem em dezembro para assumir a presidência da Corte. Mas, para ser sincero, devo dizer que os obstáculos que tive até agora na busca desse objetivo, lamentavelmente, foram quase todos criados pelo senhor... Cezar Peluso. Foi ele quem, em 2010, quando me afastei por dois meses para tratamento intensivo em São Paulo, questionou a minha licença médica e, veja que ridículo, aventou a possibilidade de eu ser aposentado compulsoriamente. Foi ele quem, no segundo semestre do ano passado, após eu me submeter a uma cirurgia dificílima (de quadril), que me deixou vários meses sem poder andar, ignorava o fato e insistia em colocar processos meus na pauta de julgamento para forçar a minha ida ao plenário, pouco importando se a minha condição o permitia ou não.

BARBOSA: Um dia eu peguei os laudos descritivos dos meus problemas de saúde, assinados pelos médicos que então me assistiam, Dr. Lin Tse e Dr. Roberto Dantas, ambos de São Paulo, e os entreguei ao Peluso, abrindo mão assim do direito que tenho à confidencialidade no que diz respeito à questão de saúde. Desde então, aquilo que eu qualifiquei jocosamente com os meus assessores como "supreme bullying" vinha cessando. As fofocas sobre a minha condição de saúde desapareceram dos jornais.

BARBOSA: Eis que no penúltimo dia da sua desastrosa presidência, o senhor Peluso, numa demonstração de "désinvolture" brega, caipira, volta a expor a jornalistas detalhes constrangedores do meu problema de saúde, ainda por cima envolvendo o nome de médico de largo reconhecimento no campo da neurocirurgia que, infelizmente, não faz parte da equipe de médicos que me assistem. Meu Deus! Isto lá é postura de um presidente do Supremo Tribunal Federal?

BARBOSA: Peluso está equivocado. Ele não apaziguou o tribunal. Ao contrário, ele incendiou o Judiciário inteiro com a sua obsessão corporativista.

BARBOSA: Nenhum legado positivo. As pessoas guardarão na lembrança a imagem de um presidente do STF conservador, imperial, tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade. Dou exemplos: Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento. Lembre-se do impasse nos primeiros julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas de discussões inúteis; não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso, o que é absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável (o ministro se refere ao julgamento que livrou Jader Barbalho da Lei da Ficha Limpa e garantiu a volta dele ao Senado, no qual o duplo voto de Peluso, garantido no Regimento Interno do STF, foi decisivo. Joaquim discorda desse instrumento); cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa curta viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, "invadir" a minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder ceder facilmente a pressões...

Quando o senhor assumir a presidência, pretende conduzir o tribunal de que forma? O senhor acha que terá problemas para lidar com a magistratura e com advogados?

BARBOSA: Nenhum problema. Tratarei todos com urbanidade, com equidade, sem preferências para A, B ou C.

O ministro Peluso também chamou o senhor de inseguro, e disse que, por conta disso, se ofenderia com qualquer coisa. Afirmou, inclusive, que o senhor tem reações violentas. O senhor concorda com essa avaliação?

BARBOSA: Ao dizer que sou inseguro, o ministro Peluso se esqueceu de notar algo muito importante. Pertencemos a mundos diferentes. O que às vezes ele pensa ser insegurança minha, na verdade é simplesmente ausência ou inapetência para conversar, por falta de assunto. Basta comparar nossos currículos, percursos de vida pessoal e profissional. Eu aposto o seguinte: Peluso nunca curtiu nem ouviu falar de The Ink Spots (grupo norte-americano de rock e blues da década de 1930/40)! Isso aí já diz tudo do mundo que existe a nos separar...

BARBOSA: Alguns brasileiros não negros se acham no direito de tomar certas liberdades com negros. Você já percebeu que eu não permito isso, né? Foi o que aconteceu naquela ocasião.

BARBOSA: Ao chegar ao STF, eu tinha uma escolaridade jurídica que pouquíssimos na história do tribunal tiveram o privilégio de ter. As pessoas racistas, em geral, fazem questão de esquecer esse detalhezinho do meu currículo. Insistem a todo momento na cor da minha pele. Peluso não seria uma exceção, não é mesmo? Aliás, permita-me relatar um episódio recente, que é bem ilustrativo da pequenez do Peluso: uma universidade francesa me convidou a participar de uma banca de doutorado em que se defenderia uma excelente tese sobre o Supremo Tribunal Federal e o seu papel na democracia brasileira. Peluso vetou que me fossem pagas diárias durante os três dias de afastamento, ao passo que me parecia evidente o interesse da Corte em se projetar internacionalmente, pois, afinal, era a sua obra que estava em discussão. Inseguro, eu?

BARBOSA: Sim.

BARBOSA: Tire as suas próprias conclusões. Tenho quase 40 anos de vida pública. Em todos os lugares em que trabalhei sempre houve um ou outro engraçadinho a tomar certas liberdades comigo, achando que a cor da minha pele o autorizava a tanto. Sempre a minha resposta veio na hora, dura. Mas isso não me impediu de ter centenas de amigos nos quatro cantos do mundo.
Conforme avanço na leitura do livro '1808', de Laurentino Gomes, percebo duas informações: o Império Britânico, que agora tem seu PIB menor do que o do nosso país, dominava o mundo da época e vencia Espanha e França na Batalha naval de Trafalgar, em 1805, quando o Brasil era apenas uma colônia de Portugal e uma outra, bem marcante no livro, é o desprestígio que o autor confere aos portugueses e aos brasileiros, sempre retratados como malandros, ladrões e idiotas. Em um dos trechos do livro ele diz: "Era a malandragem brasileira fazendo mais uma de suas 'perfomances' de gala nas páginas da história nacional". Passei, praticamente, toda a minha vida ouvindo, lendo e ,pior, estudando nos bancos escolares que o povo brasileiro era "o povinho que vou colocar lá". É contra isso que me rebelo e dou graças ao "Nosso Guia" por demonstrar que temos condições de nos tornarmos uma grande nação, ao contrário do que pensa e tenta nos impingir essa imprensa maldita brasileira

A Veja logo será O Cruzeiro

Houve um tempo em que O Cruzeiro era a flor do império de Assis Chateaubriand.
Terminou, como se sabe, reduzida a uma circulação pífia, vendido o título a um ex-colaborador do regime militar, Alexandre Von Baumgarten, e usada para obter vantagens do Governo.
Baumgarten, o coveiro da revista, terminaria ele próprio assassinado em circunstâncias obscuras, no que parece ter sido uma queima de arquivo dos anos finais da ditadura.
A Veja parece querer seguir o mesmo caminho, que começa muito antes da decadência das vendas e do faturamento.
Inicia-se da demolição do patrimônio maior de qualquer publicação: na demolição de sua credibilidade.
Ainda imperará, por bom tempo, dividindo com a Caras as salas de espera dos consultórios médicos e dentários.
Mas sua capacidade de pautar a mídia se foi.
A isnstalação da CPI do Cachoeira, sabe-se hoje um misto de fonte e editor de pauta da revista, exporá inevistavelmente as vísceras de uma ligação espúria.
Não haverá corporativismo midiático que possa omitir a revelação das cumplicidades entre ela e o esquema mafioso montado pelo bicheiro pelas TVs da Câmara e do Senado.
Puderam “segurar” a nota do presidente da Câmara, Marco Maia,  denunciando os métodos totalitários da revista. Não publicarão nada sobre o fato de o tópico #Vejabandida ter sido o mais presente no Twitter durante o dia de ontem no Brasil e, aliás, em toda a rede mundial de computadores, como você vê  na imagem.
Esse corporativismo não é mais capaz , nos tempos de internet de massa, de baixar uma cortina de silêncio sobre os fatos.
Não vão poder segurar o que surgirá na CPI, associando dezenas de matérias – inclusive a que iniciou a temporada de ministros no Governo Dilma – revelando que o esquema de arapongagem de Cachoeira vivia em simbiose com a pauta da revista, que se prestava à demolição dos esquemas que obstavam os apetites de Cachoeira e seus aliados.
É certo que a revista ainda fará muito barulho.
Quem é da roça sabe que certos bichos berram desesperadamente quando sentem que vão morrer.

Sobre o óbvio, com a licença de Darcy

Existe uma enorme diferença entre ter idade e ser velho.
Parece o mesmo, ou uma idiotice destas de falar em “melhor idade”. Baboseira
Melhor idade uma pinóia, bom mesmo é ser jovem e ter mais energia do que a cabeça sabe organizar, certinho.
E da cabeça desorganizada que sai o novo, o belo, a arte, a criação, porque nela cada coisa não tem um rótulo ou uma daquelas plaquinhas de alumínio numeradas, que correspondem qualquer coisa ao seu inventário.
Quando amadurecemos demais estamos a um passo da putrefação.
Velho é bolorento, calicento, não tem sabor nem paixão.
Velho é prático, não é apaixonado.
Todos nós, que éramos jovens transformadores, de alguma maneira nos conformamos.
Há os filhos, as contas, há o “toma jeito”, há o juízo. A carreira, a respeitabilidade,  o olhar – não sem inveja – dos “bem sucedidos”, ajustados ao mundo que íamos mudar.
Enquanto isso é uma amarra, não faz mal, porque não se prende senão o que é livre.
Mas quando nos acostumamos ao conforto do lugar comum, quando assumimos os métodos daqueles que queríamos vencer, aí capitulamos, aí nos temos rendido.
É fato que temos de ceder e frustrar sonhos. Mas nem ceder quer dizer aderir, nem frustrar sonhos quer dizer abjurá-los.
Não há mudança sem risco, nem ousadia sem temeridade.
Embora pareça obvio preservar velhas ideias, como já nos ensinou Darcy Ribeiro, o obvio pode ser um grande equívoco.
Esta divagação, o que tem a ver com a política, que é a nossa argamassa aqui?
Não presta para a administração do dia-a-dia, como a utopia não presta para fazer o supermercado do mês.
Mas quando não se olha cada passo como um caminho para o horizonte, para que, diabos, serve aquela desfocada linha azul?
É verdade que os embates agudos, como são os que enfrentamos para que este país  – e a vida de cada um dos seres humanos que nele vive – mude os rumos desastrosos a  que por séculos  vaõ sempre exigir cautela, tática, capacidade de reduzir atritos e ampliar apoios.
Mas não ao preço de nos retirar a identidade, as crenças e os princípios,  nem deles fazer apenas um papel amarelado nos escaninhos da História.
Olhemos os partidos socialistas da Europa. Aceito o papel de gestores da crise do capitalismo neoliberal, preocupados, pragmaticamente em gerir com o máximo de eficácia o drama criado por outros, acabaram por se tornarem os padrastos do desastre que adotaram como seu e foram inapelavelmente varridos do poder.
Assumir a ideologia do inimigo e reduzir o caminho do futuro a medidas administrativas, mesmo lúcidas e corretas, é um pecado fatal.
Nosso compromisso de mudança significa mudar. Antes de tudo, de atitude.
Se prudência é para os sábios, medo é para os covardes e acomodados.
Temos uma década de governos de mudanças.
Fez-se o dever admnistrativo e temos um país mais igual e menos submisso, temos um Brasil com menos injustiça e menos atraso, embora ainda muito atraso.
Mas falta muito ainda do dever político, o de mostrar que essa tarefa vai além da gestão de governo – onde nem sempre o pão é tanto que se possa dá-lo a todos, tanto quanto se deveria,  – mas é uma missão política.
Porque o Brasil do atraso e da injustiça que estamos mudando não é obra de gente morta, embora essas gentes odeiem a vida.
É trabalho de uma classe dominante sabida e ladina, que se apresenta como amiga do progresso fútil e da moralidade hipócrita, que fazem o fútil e o hipócrita essenciais e o progresso e a moralidade fantasiosos.
Um bom governo não apenas governa bem, com atos, decretos e programas de ação. Mas esclarece seu povo, nos inveitáveis embates da mudança.
Por isso, são imensos agora os nossos desafios.
Não temos apenas de vencer, como tem vencido o povo brasileiro na sua intuição.
A oportunidade que esta CPI, provocada pelos negócios cujos milhões não deixam de ser rastaqueras e bandidos, nos dá de expor os métodos de desestabilização de governos eleitos  é uma pérola.
Se tivermos medo do quanto ela ameace nossa tranquilidade política, agiremos como velhos.
Mas se ousarmos, com a juventude do nosso sentir e o saber do nosso viver, temos uma chance de mostrar ao povo brasileiro parte dos esquemas perversos que o fazem cativo.
Talvez com imprudência, que pode nos ferir. Jamais com com conivência. Que, sem talvez, é algo que nos mataria, com o tempo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O protesto contra Veja nos Trending Topics


Adilsonbb, Luiz Nassif Online

“As revelações da Polícia Federal de que o redator chefe da Veja, Policarpo Júnior, mantinha relação próxima com o contraventor Carlos Cachoeira, preso na operação Monte Carlo, revoltaram os internautas. Eles organizaram um movimento virtual para que a hashtag #Vejabandida ficasse listada em meio aos assuntos mais comentados na rede social. Antes mesmo do horário combinado, às 20h desta quarta-feira, o termo já estava em quinto lugar nos Trending Topics. Pouco depois das 20h30, chegou ao primeiro lugar na lista nacional e foi parar nos TT´s mundiais."

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Veja e seu dono sem escrúpulos


A regra número um de qualquer ofensor é passar-se por inofensivo. E a melhor forma de fazê-lo é vestir a máscara do probo. Daí talvez a hipocrisia ter-se instalado como traço mais marcante do caráter nacional, a ponto de Nelson Rodrigues ter visto no discurso de zelo da ordem familiar o biombo para toda espécie de transgressão daquilo que é ético e justo.

Esse parece ter sido o caso patriarca Victor Civitta, empresário do ramo editorial, cujo nome de família constitui ele mesmo dissimulação um dia necessária às perseguições que sofreram famílias vindas de uma Europa conflagrada pelos crimes de ódio aos que vergassem nomes judeus.

Estranhamente, trazendo no nome a marca de resistência à discriminação – como o trazem também os Mesquita e os Frias dos jornais O Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo, respectivamente – Civitta fez da perseguição o principal meio de promoção da sua principal publicação, a revista Veja.

Não o fez, porém, por apego à convicções do que pudesse ser melhor para o País onde sua ascendência e ele próprio receberam democrática acolhida para poder prosperar. Expôs à execração pública cidadãos como ele apenas pelo estratagema que lhe permitisse manter a tona suas principais publicações em circunstâncias desfavoráveis de negócio.

Não agradou ao magnata Civitta que governos populares tenham alterado a dinâmica de domínio do grande capital sobre as decisões econômicas do Estado, como nos tempos do governo liberal de Fernando Henrique Cardoso, que lhe carreava às empresas vultosas somas com anúncios e matérias patrocinadas por poderosos lobbies do capital transnacional.

Agradou-lhe menos ainda a perda de influência sobre as instituições públicas e os governos estaduais das forças políticas identificadas com o enfraquecimento do papel do Estado na economia, que trouxeram consigo também perda de comando sobre verbas publicitárias de grandes fornecedores do setor público.

A migração de leitores da mídia impressa para meios alternativos de comunicação eletrônica só fez por agravar a debilidade financeira das revistas de Civitta. A fraqueza política das oposições contribuiu com outro tanto das dificuldades para que o capitão das comunicações decidisse oferecer serviços de panfletagem política ao principal partido político das oposições ainda no controle dos dois principais estados da federação, o PSDB.

Foi assim que o grupo Abril obteve milionários contratos com os governos dos estados de São Paulo e Minas Gerais, na forma de compra sem licitação de publicações – dentre essas a revista Veja – para distribuição entre usuários e prestadores de serviços públicos. Mais recentemente a empresa obteve, pelo mesmo meio da troca de favores, espaço gratuito para a veiculação de programas na emissora de TV estatal paulista.

O passo mais ousado estaria por vir nas saídas buscadas pelo empresário para tirar seus negócios do atoleiro que os colocara a novas situações política e de mercado do País. Civitta ordenou a empregados lotados em Brasília, à altura da metade do primeiro mandato de Lula da Silva, que buscassem no crime organizado, atuante em diferentes esferas do governo federal, informações que permitissem às revistas controladas pelo grupo constranger funcionários públicos a direcionarem empresas contratadas para anunciar nos periódicos do Grupo Abril.

Para que a fórmula baseada na intimidação funcionasse era necessário instalar verdadeiro clima de terror com relação à possibilidade de denúncias, de sorte a levar agentes públicos a preferirem antes negociar com o clã dos Civitta que explicarem-se perante órgãos de auditoria do governo federal.

O escândalo do chamado mensalão, que quase levou a um golpe branco contra o governo de Lula da Silva, nada mais foi que um efeito colateral da associação criminosa que mantinham Veja e o grupo do contraventor Carlos Cachoeira. Uma fagulha provocada pela chantagem dos parceiros atingiu o então deputado Roberto Jefferson ateando fogo ao paiol do Congresso majoritariamente de oposição.

A editora ganhava de dois lados. Por um via garantidos anúncios de fornecedores de órgãos e empresas públicas, temerosos de terem o nome de suas empresas envolvido com as denúncias de Veja. Por outro, ao atender a oposição com acusações graves contra importantes figuras da República, criava condições para a cobrança de faturas pelos serviços políticos prestados.

Uma larga avenida em declive só poderia redundar ao final em acidente fatal. Os negócios de Civitta, conduzidos em alta velocidade mediante uso farto da extorsão e chantagem, colidiram ao final com uma nova institucionalidade que vem de firmar-se no País para a proteção dos interesses de Estado, fundadas na Controladoria Geral da União e da Polícia Federal.  

O rosto sulcado de Civitta, quando convocado pela CPI que o Congresso Nacional acaba de instalar, será mostrado em todas as televisões do mundo como a face mais perversa de certa mídia que faz da liberdade de imprensa arma para alavancar negócios, em detrimento das instituições maduras e confiáveis que países em rota de desenvolvimento como o Brasil esforçam-se por edificar.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dormindo com o inimigo


Agora que já se sabe que a revista Veja recorreu aos préstimos do crime organizado para publicar as "denúncias" contra o governo petista ao longo de todos esses anos, numa simbiose escandalosa, não é mais admissível que continue recebendo as gordas verbas publicitárias de estatais e órgãos da administração direta. Uma coisa é prezar a liberdade de imprensa, outra é ajudar os inimigos financeiramente, ainda mais quando já se sabe que eles se valem de práticas ilegais para municiar o noticiário.

Corporativismo?
O silêncio da imprensa em geral em relação ao caso Veja é mais que a demonstração de um "esprit de corps" inconveniente a essa altura dos acontecimentos. Parece que há um entendimento que, se a revista afundar, grande parte do arsenal oposicionista desaparecerá. A derrota teria consequências gravíssimas para a coalização empresarial/política que luta para tirar o poder dos petistas. Por isso a tampa do esgoto será mantida fechada o maior tempo possível e só será retirada quando o mau cheiro ficar insuportável.

Plim-plim
Não há dúvida que muita coisa vai mudar no Brasil depois que a CPI do bicheiro Carlinhos Cachoeira for instalada. Seria interessante que, aproveitando tudo o que necessariamente virá, todo o clamor popular pela moralização dos costumes públicos, o tema da regulação dos meios de comunicação volte à tona. Isso porque chega a ser indecente o poder exercido por uma Rede Globo, só para ficar no exemplo mais evidente. As pessoas têm de ser convencidas que rádio e televisão são concessões públicas, não meras empresas que visam tão somente o lucro, e, portanto, devem ser obrigadas a cumprir certos pré-requisitos para funcionar. É assim em todo o mundo dito civilizado, por que não seria no Brasil?

Ansiedade
Os ministros do Supremo Tribunal Federal, sempre tão cautelosos em suas ações, parecem ter sido acometidos de um repentino surto de ansiedade. É difícil entender essa pressa toda para julgar o que a imprensa corporativa chama de mensalão. Será porque haverá eleições no segundo semestre e uma eventual condenação de políticos conhecidos, como o ex-ministro José Dirceu, poderá servir de munição para as forças conservadoras? Será que o distinto STF dará a todos os réus do processo ampla possibilidade de defesa? Ou, como muitos esperam, fará um julgamento político, apenas um simulacro?

Embromação
Nem bem saía o resultado da reunião do Copom, que baixou o juro básico da economia, a taxa Selic, mais 0,75 ponto porcentual, para o menor nível em dois anos, a Força Sindical já distribuía seus releases às redações, condenando, claro, a decisão. Segundo a central, controlada pelo notório Paulinho, o corte de juros deveria ser mais amplo. O release não explicava, porém, os efeitos que uma derrubada drástica da Selic traria à economia em geral - e, em particular, aos trabalhadores. A palavra que existe para definir atitudes como essa da Força está meio em desuso, mas já foi amplamente utilizada  no pais em outros tempos: trata-se de "demagogia".

Novo mundo
Já existem no Brasil cerca de 99 milhões de computadores, o que dá uma máquina para cada duas pessoas, em média. O número explica as mudanças que se processam no mercado editorial e nos meios de comunicação, com os jornais tradicionais perdendo leitores, com a televisão perdendo audiência. Em pouco tempo o poder da internet vai aumentar ainda mais, com a difusão dos tablets e smartphones. É um mundo novo que chega, admirável.