quarta-feira, 16 de maio de 2012
Mantega volta a dizer que preço da gasolina não sobe
16 de maio de 2012
Mantega participou da reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, presidido por ele, para debater e aprovar os resultados da petrolífera no primeiro trimestre deste ano.
Embora o descompasso entre o custo internacional do petróleo e o preço da gasolina nas bombas brasileiras tenha impacto nas contas da companhia, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, negou que o assunto tenha sido debatido no encontro.
Há menos de um mês, Graça chegou a dizer que a alta da gasolina seria inevitável caso os custos do barril de petróleo continuassem a subir.
Na ocasião, a executiva também disse que um dos fatores que pressionariam essa decisão seria o câmbio, que ontem chegou a superar a casa de R$ 2, pela primeira vez em quase três anos.
“Não tenho como dizer que não vou aumentar os combustíveis, porque tenho contas a pagar”, afirmou ela no último dia 25 de abril, em audiência pública realizada na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. / EDUARDO RODRIGUES
Postado por Luis Favre
16 de maio de 2012
O Estado de S.Paulo
Apesar da pressão velada da Petrobrás por um aumento no preço dos combustíveis, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou ontem que o governo não autorizará o reajuste. “Não vai ter nenhum aumento”, limitou-se a dizer quando questionado por jornalistas.Mantega participou da reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, presidido por ele, para debater e aprovar os resultados da petrolífera no primeiro trimestre deste ano.
Embora o descompasso entre o custo internacional do petróleo e o preço da gasolina nas bombas brasileiras tenha impacto nas contas da companhia, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, negou que o assunto tenha sido debatido no encontro.
Há menos de um mês, Graça chegou a dizer que a alta da gasolina seria inevitável caso os custos do barril de petróleo continuassem a subir.
Na ocasião, a executiva também disse que um dos fatores que pressionariam essa decisão seria o câmbio, que ontem chegou a superar a casa de R$ 2, pela primeira vez em quase três anos.
“Não tenho como dizer que não vou aumentar os combustíveis, porque tenho contas a pagar”, afirmou ela no último dia 25 de abril, em audiência pública realizada na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. / EDUARDO RODRIGUES
Postado por Luis Favre
Antonio Delfim Netto – FOLHA SP
O problema da taxa de juros acompanha a sociedade há ao menos 4.000 anos! Já no Código de Hamurabi, quase 2.000 anos antes da nossa era, encontramos taxas fixadas porque registravam grande variabilidade: 33,33% para empréstimos de cereais e 20% para empréstimos de prata -ambos, naquele tempo, exercendo a função de meio de pagamentos.Quinze séculos depois o juro foi estigmatizado por Aristóteles, que o condenou duramente porque ele era “moeda parida pela própria moeda”, um fato contra a natureza…
Apesar de condenado pelos canonistas medievais, nunca deixou de existir. O laxismo da igreja em relação à contradição de condenar o juro, mas aceitar que seus amigos, os banqueiros florentinos, enriquecessem com ele, levou Lutero a atacá-los para atingir o papa.
Foi só nos meados do século 19 que se reconheceu explicitamente -com o apoio da economia política nascente, que acreditava em leis naturais- que a lei dos homens é impotente para impor limite fixo permanente à taxa de juros.
O nível da taxa de juros real não é uma constante da natureza. Ela depende fundamentalmente das instituições que garantem a segurança do credor, da política monetária e do comportamento fiscal do governo.
O Brasil construiu condições para deixar de ter a taxa de juro real teratológica produzida pelo desespero de alguns momentos e que se perpetuou pela cômoda política monetária equivocada que a seguiu.
É por isso que devemos apoiar a firme decisão do governo de enfrentar o problema do juro real. Primeiro, com a mudança da política monetária e, agora, pela correção dos fatores impeditivos de sua livre determinação pelo mercado.
Ter como objetivo uma taxa de juro real parecida com a internacional é mais do que saudável, é absolutamente necessário para uma melhor e mais eficiente organização produtiva geradora do crescimento econômico. Isso não tem nada a ver com “guerra” contra banqueiro. Tem a ver com as restrições institucionais construídas pelo próprio governo e que hoje vão sendo superadas.
A coragem de enfrentar com firmeza o falso dilema das cadernetas de poupança com medidas cuidadosas e sem traumas, depois de ter resolvido o grave problema da aposentadoria do setor público, sugere a disposição do governo de prosseguir na superação das outras “amarras”.
Entre esses entraves estão: o aperfeiçoamento do sistema tributário, a efetiva criação de um mercado de capitais, a ampliação das concessões, o fortalecimento da liberdade dos trabalhadores para que a livre negociação de acordos coletivos prevaleça acima das leis sem violar os seus direitos constitucionais etc.
ANTONIO DELFIM NETTO escreve às quartas-feiras nesta coluna.
contatodelfimnetto@terra.com.br
Tags: BC, Delfim Netto, governo Dilma, Juros
Um diálogo que ensina como agem os jornalistas
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Foto: Montagem/247
Cenas de realismo fantástico: (1) Policarpo pergunta a Cachoeira, sócio da Delta, se foi José Dirceu quem colocou a empreiteira em Brasília. (2) Cachoeira nega veemente. (3) Em seguida, Veja publica que o ex-ministro da Casa Civil é o “segredo do sucesso” da construtora-
247 – Acaba de ser garimpado mais um diálogo surpreendente da Operação Monte Carlo, que revela a influência da quadrilha de Carlos Cachoeira sobre a imprensa e também como funciona a cabeça de um jornalista. Deve-se o furo ao repórter Vinícius Mansur, da Carta Maior, cuja descoberta foi também repercutida pelo blogueiro Altamiro Borges (leia mais aqui).
Antes da publicação, Cachoeira e o senador Demóstenes demonstraram certa preocupação com a reportagem que sairia em conversas também interceptadas pela Polícia Federal. Os grampos relacionados a isso foram usados por Reinaldo Azevedo como a prova cabal da independência jornalística de Veja em relação ao bicheiro.
Sim, até certo ponto.
Mas, em outro grampo, o sargento Dadá, braço direito de Cachoeira, fala de um encontro com outro jornalista de Veja, Hugo Marques, em que este o tranquiliza e diz que seu alvo era Dirceu e não a Delta.
O que isso demonstra?
A Delta sofreu algum dano? Sim, um dano colateral. O que revela que a ligação de Veja em relação à turma não era tão forte quanto a inimizade ou a obsessão da revista em relação a José Dirceu.
Financial Times critica Murdoch
“Jornal condena uso de escândalos como forma de extorsão política. E a liberdade de imprensa não está ameaçada no Reino Unido
Nesta terça-feira, o jornal Valor Econômico reproduziu um interessante artigo de John Lloyd, publicado no Financial Times. Nele, o articulista aborda como o Publisher do News of the World utilizou a arma dos escândalos de seus tabloides como uma forma de extorsão política nos últimos anos. Intitulado “Murdoch ainda está em cena, mas acuado”, o artigo traz reflexões interessantes para o Brasil de hoje. Qualquer semelhança, não é mera coincidência. Leia um trecho:
Nas mãos dos jornalistas de Murdoch, o jornalismo de tabloides se transformou em um enorme fato político. Eles definiram, para o grande público na Austrália e no Reino Unido (e em menor grau nos Estados Unidos, onde o "New York Post" é poderoso, mas tem alcance limitado), o que constitui um escândalo político, o sucesso político e o poder político.
Os líderes britânicos, de Margaret Thatcher em diante, não estavam errados ao temer Murdoch: seus tabloides estabeleceram um padrão e deram aos seus repórteres e comentaristas um poder enorme sobre os políticos. O caso contra Murdoch não é o fato de que ele publicava jornais populares. É que ele e seu staff sênior usavam o poder resultante da popularidade para enfraquecer a democracia representativa.”
Foto: Divulgação
* Imprensa
Também do Blog BRASIL! BRASIL!
Postado por SARAIVA13
Como assessor acumula R$ 50 milhões e Kassab não desconfia?
Bob Fernandes, Terra Magazine
"O assessor que autorizava ou não os grandes e médios projetos imobiliários em São Paulo tem patrimônio, recentíssimo, de R$ 50 milhões, tem 118 imóveis… e ninguém desconfiava? Foi preciso mesmo uma carta anônima para o prefeito Gilberto Kassab descobrir a vertiginosa ascensão patrimonial do assessor Hussain Aref Saab?
Esse é um escândalo que leva a várias perguntas. Para muitas dessas perguntas, a gente já sabe as respostas. Ou, pelo menos, é capaz de imaginá-las. Mas, como também sabemos, entre a imaginação e a prova legal há um longo caminho. Então fiquemos nas perguntas.
O assessor Hussain foi indicado por José Serra, quando prefeito, a pedido de Kassab, informa a Folha de S. Paulo.
Perguntas: o prefeito Kassab não sabia quem era o sujeito que estava indicando? E que indicou para tomar conta da preciosíssima ponte entre quem quer fazer e quem autoriza médios e grandes projetos imobiliários?”
Artigo Completo, ::Aqui::
Do Blog BRASIL! BRASIL!
Postado por SARAIVA13
POLÍTICA - Em fala a El País espanhol, FHC comete dois deslizes
Diz que Lula governou em momento melhor, e esquece herança...Bem ao seu gosto - ele que já confessou uma vez no Programa Jô Soares que não sabe o que é maior nele, se a inteligência ou a vaidade - o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso brilha de novo em entrevista ao jornal El País, de Madrid.
Tudo bem, nada contra, mas ao fazer política nessa entrevista, o ex-presidente FHC comete dois deslizes: diz que o ex-presidente Lula governou em condições bem mais favoráveis do que as dele e do que a presidenta Dilma Rousseff enfrenta para governar; e que seu sucessor imediato apenas aprofundou o que ele (FHC) fazia “ainda que anos antes tenha se oposto a tudo o que fizemos”.
“Creio que (a presidenta Dilma) é uma pessoa íntegra, embora ela tenha um momento mais difícil que o do presidente Lula, como foi o meu caso. Ela terá que tomar medidas rápidas e profundas. Lula governou em condições favoráveis, e este não é o caso dela”, disse o tucano ao maior jornal espanhol.
FHC esquece-se da herança maldita
Não é bem assim. Lembram-se da "herança maldita", expressão cunhada à época (2003, primeiro ano de governo Lula) que o governo de FHC legou à administração federal petista? Entre outros itens deste espólio, o presidente Lula herdou uma administração em que os governantes do PSDB haviam deixado as taxas de juros chegarem a 27%.
O ex-presidente tucano incursiona também por outro terreno - o da corrupção. “Não há dúvida de que a presidente não trata de esconder o problema e quando surge algum caso de corrupção não defende os acusados”, constatou FHC. Pena que seus dois governos de oito anos não tenham feito o mesmo.
Afinal, é preciso lembrar que somam dezenas e dezenas os escândalos de corrupção e outras irregularidades que estouraram em seu governo. Mas que, só a partir do governo Lula, a Polícia Federal (PF) passou a deflagrar investigações e operações às centenas, e que só a partir daquele governo, órgãos como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) passaram efetivamente a acompanhar e a fiscalizar.
Apoio à Comissão da Verdade criada agora
No mais, ponto para o ex-presidente (de 1995 a 2002) que concordou com a decisão da chefe do governo de instalar a Comissão da Verdade, proposta pelo ex-presidente Lula e aprovada no governo da presidenta Dilma, que a instala amanhã.
Para o vaidoso confesso FHC, faço um reconhecimento público merecido e justo: registro que o jornal espanhol o entrevistou porque ele foi contemplado com o prêmio Kluge, concedido pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos a personalidades que se destacam pela produção acadêmica nas ciências humanas.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
Tudo bem, nada contra, mas ao fazer política nessa entrevista, o ex-presidente FHC comete dois deslizes: diz que o ex-presidente Lula governou em condições bem mais favoráveis do que as dele e do que a presidenta Dilma Rousseff enfrenta para governar; e que seu sucessor imediato apenas aprofundou o que ele (FHC) fazia “ainda que anos antes tenha se oposto a tudo o que fizemos”.
“Creio que (a presidenta Dilma) é uma pessoa íntegra, embora ela tenha um momento mais difícil que o do presidente Lula, como foi o meu caso. Ela terá que tomar medidas rápidas e profundas. Lula governou em condições favoráveis, e este não é o caso dela”, disse o tucano ao maior jornal espanhol.
FHC esquece-se da herança maldita
Não é bem assim. Lembram-se da "herança maldita", expressão cunhada à época (2003, primeiro ano de governo Lula) que o governo de FHC legou à administração federal petista? Entre outros itens deste espólio, o presidente Lula herdou uma administração em que os governantes do PSDB haviam deixado as taxas de juros chegarem a 27%.
O ex-presidente tucano incursiona também por outro terreno - o da corrupção. “Não há dúvida de que a presidente não trata de esconder o problema e quando surge algum caso de corrupção não defende os acusados”, constatou FHC. Pena que seus dois governos de oito anos não tenham feito o mesmo.
Afinal, é preciso lembrar que somam dezenas e dezenas os escândalos de corrupção e outras irregularidades que estouraram em seu governo. Mas que, só a partir do governo Lula, a Polícia Federal (PF) passou a deflagrar investigações e operações às centenas, e que só a partir daquele governo, órgãos como a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) passaram efetivamente a acompanhar e a fiscalizar.
Apoio à Comissão da Verdade criada agora
No mais, ponto para o ex-presidente (de 1995 a 2002) que concordou com a decisão da chefe do governo de instalar a Comissão da Verdade, proposta pelo ex-presidente Lula e aprovada no governo da presidenta Dilma, que a instala amanhã.
Para o vaidoso confesso FHC, faço um reconhecimento público merecido e justo: registro que o jornal espanhol o entrevistou porque ele foi contemplado com o prêmio Kluge, concedido pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos a personalidades que se destacam pela produção acadêmica nas ciências humanas.
Fonte: Blog do Zé Dirceu
Postado por BLOG DE UM SEM-MÍDIA
terça-feira, 15 de maio de 2012
A revista lisérgica: Lucy in the Sky
A revista “Veja”, antes da curiosa parceria com o bicheiro Cachoeira, era conhecida pela criatividade. Não deixa de ser uma boa qualidade no jornalismo: textos, títulos, ilustrações criativas são sempre benvindos. Desde que se baseiem em fatos.
Fatos não são o forte de “Veja”: dólares para o PT trazidos em caixas de whisky (que ninguém nunca viu), contas no exterior de gente ligada ao lulismo (jamais encontradas, mas noticiadas como verdadeiras), queda de Hugo Chavez em 2002 (comemorada antes da hora, com uma capa vergonhosa), grampo sem áudio (hoje, graças a outros grampos com áudio do esquema cachoeira, sabe-se porque o grampo sem áudio virou notícia na “Veja”)…
A lista é enorme, e não se restringe à política. A “Veja” é crédula. Acreditou no Boimate (o episódio, ridículo, foi estrelado por um rapaz chamado Eurípedes Alcântara, então editor de “Ciência” da revista), uma brincadeira de primeiro de Abril de uma agência internacional. Por conta de tanta credulidade, a revista noticiou como verdadeio o cruzamento de boi com tomate. Genial. Tão genial que o rapaz depois viraria diretor de redação da revista.
A “Veja” – é bom lembrar – acredita em recomendar remédios (milagrosos) para emagrecer, na capa. De forma irresponsável. O remédio na verdade serve para diabetes, e sumiu das prateleiras. Uma história até hoje mal explicada.
A revista mais vendida do país, com pouco apego aos fatos, tornou-se também sisuda, malcriada, irascível. O fígado dos Civita e de seus rapazes deve doer demais. Eles deveriam relaxar um pouco. Na última edição até que tentaram. Para responder às críticas avassaladoras contra a estranha parceria Abril-Cachoeira - que levaram “Veja”, 4 semanas seguidas, para os “TTs” no twitter – os editores decidiram atacar. Acusaram o PT (Globo e Veja são os únicos órgaõs de comunicação do país, na companhia do Professor Hariovaldo, que acreditam piamente na existência dos “radicais do PT”) de comandar uma campanha orquestrada no twitter.
O malvado Rui Falcão (presidente do PT) teria chefiado tudo. Utilizando, vejam só, perfis falsos no twitter. Ou seja: os radicais lulopetistas utilizaram “robots” para atacar a revista dos homens bons da pátria. A “Veja” faz bem em gritar. Radicais! Mosquitos stalinistas! Formigas esquerdistas! Quem sabe esses gritos diminuam o ruído da cachoeira… Um dos “robots” lulopetistas a “Veja” decidiu nomear: tem o nome sugestivo de @Lucy_in_Sky_.
Pois bem. O twitteiro @página2 decidiu fazer o que Veja não gosta de fazer: checar informações. Descobriu que @Lucy_in_Sky_ existe sim! A entrevista da twitteira – que existe, contra a vontade da revista – pode ser lida aqui, no blog do Eduardo Guimarães.
O resumo de tudo isso é o seguinte: “Veja” dá destaque – de forma criativa – a fatos que jamais existiram. Em contrapartida, agora acusa (!?) de não existir pessoas que de fato existem!
Engraçadíssima a “Veja”. Deixou-se embalar pelo jornalismo lisérgico. Cachoeira já sabia: esses rapazes da marginal estão à frente de seu próprio tempo. Brigar com as redes sociais é, de fato, atitude muito inteligente!
Lucy in the sky with diamonds!!!
===
PS: na primeira versão desse texto, o Escrevinhador cometeu uma falha gravíssima – confundiu Mario Sabino com Eurípedes Alcântara. Alertado por “robots” stalinistas que já estiveram inscrustrados na editora Abril, acabamos de fazer a correção, dando crédito pelo brilhante Boimate ao homem bom Eurípedes Alcântara.
Postado por René Amaral
A CPI já prestou um excelente serviço
CPI já revelou muito.
É o esculacho da República.
A CPI da Veja e do Globo já prestou um excelente serviço.
CPI não põe ninguém na cadeia.
Mas, pode deixar o sol desinfetar.
E, nesta quadra da vida nacional, tirar de dentro do armário o esqueleto do cunhado ladrão.
Promover o esculacho da República.
A CPI já provou que PiG tem um braço no crime organizado.
Que a “mídia nativa”, como diz o Mino Carta, se nutre dos detritos sólidos de maré baixa da Veja e, no reator do jornal nacional, os transforma em Chanel # 5.
A CPI já demonstrou – como prova o excelente artigo do professor Venício Lima – que o Governo Dilma não pretende igualar-se ou superar a Inglaterra no que se refere a Ley de Medios.
Aqui, o Murdoch nadaria de braçada.
E receberia do Globo o prêmio “Fazer a Diferença”!
A CPI já demonstrou que a Globo e a Veja têm uma bancada significativa no Congresso, sob a batuta do deputado Miro Teixeira.
Mas, convenhamos, essa bancada já foi mais forte.
A Globo e a Veja desagradaram muito parlamentar (que fica em silêncio, mas na hora de votar se vinga).
E não é só o Collor, embora ele, purgados os pecados, preste agora um insubstituível serviço: exigir que o Robert(o) Civita e o brindeiro Gurgel se expliquem à Nação.
Nem todos na Casa Grande estão felizes com a Veja e o Ali Kamel.
A CPI já revelou que a Delta, embora fosse – e provavelmente continuará a ser, sob o controle dos irmãos do Junior da J&F – a sexta empreiteira do Brasil, não ficava nada a dever às cinco primeiras, em alguns métodos.
O brindeiro Gurgel, por exemplo, deve à Nação explicações de por que não enviou ao Supremo o pedido para reinstalar a Operação Castelo de Areia, aquela em que aparecem, com destaque, o senador tucano Aloysio 300 mil e seu “banqueiro”, o Paulo Preto.
Haverá, aí, amigo navegante o risco de prevaricação ?
A indústria da empreitagem no Brasil continua a mesma, impune, e, provavelmente, teceu laços fortíssimos no Congresso e com o PiG.
É o PiG que revela sua fúria por perder o filé mignon da Delta – 60% do PAC – para um grupo forasteiro.
A CPI já expôs uma face sombria da Magistratura em sua Instância mais Alta.
Não se trata apenas da tibieza do brindeiro Gurgel, que até agora não se coçou diante da Privataria Tucana.
Trata-se também, da relação entre Gilmar Dantas (*) e Demóstenes Torres.
Não só naquele inacreditável grampo sem áudio que impôs um fim de carreira amargo a um probo servidor público, Dr Paulo Lacerda.
O grampo sem áudio fazia parte do elenco de malabarismos do Carlinhos Cachoeira.
E aquela frase inesquecível do Catão do Cerrado, o Demóstenes, ao Carlinhos: “o Gilmar mandou buscar” ?
Sabe-se que Gilmar Dantas (*) tinha especial deferência com os pleitos de Goiás – no caso do amianto, por exemplo.
Mas, não que pudesse atender a um pleito “técnico” do Varão do Cerrado, evidentemente associado a um negócio privado.
Outro muito chegado ao ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo é o Padim Pade Cerra, a ponto de chamá-lo ao telefone de “meu Presidente !”, como se fosse o Belluzzo do Palmeiras.
A CPI vai chegar ao Cerra, às obras do Cerra na marginal (sic) de São Paulo, em associação com a Delta.
Quer dizer, amigo navegante, que, em Goiás, no Rio e no Distrito Federal a Delta era suja, mas, na São Paulo tucana, era imaculadamente limpa ?
A Delta se purificava ao se aproximar do Cerra !
O rio Tietê era uma espécie de rio Jordão.
( Sobre a pureza da jestão de Cerra e Kassab em São Paulo, não deixar de ler sobre o funcionário que aprovava a construção de prédios de luxo e erigiu uma pequena fortuna de R$ 50 milhões em apartamentos de luxo.)
De novo, a opinião pública precisou recorrer aos órgãos de imprensa que vivem fora da Casa Grande.
A Carta Capital, a TV Record – clique aqui para ler “Os áudios que incriminam Robert(o) Civita” – e os blogueiros sujíssimos.
Foi a TV Record que melou o mensalão.
E essa é outra virtude dessa CPI que mal começa.
Melou o mensalão.
Mostrou a ligação entre o crime organizado e a crise que tentou derrubar o Nunca Dantes.
Uma ligação de objetivos – derrubar um presidente eleito pelo povo – e de métodos: os mais sórdidos.
E, nesse sentido, o brindeiro Gurgel tem razão mesmo: a patranha do Demóstenes/Cachoeira/Veja/Globo está inteirinha na gênese do mensalão.
A CPI vai melar o mensalão ainda mais.
E vai exigir do brindeiro Gurgel mais profissionalismo e menos tibieza quando for acusar os mensaleiros.
Não adianta jogar para o PiG (**), como tem feito.
Tem que provar.
Por “a” mais “b”.
Provar que existiu um mensalão.
Provar que o José Dirceu é chefe de uma quadrilha.
E ao contrário do que diz o brindeiro Gurgel, o mensalão não é o maior escândalo da História da República.
Isso é o que dizem os mervais globais.
O maior escândalo, brindeiro Gurgel, é a batata que está para assar na sua mesa: a Privataria Tucana.
A maior roubalheira de uma Privataria Latino-Americana.
Os dez mil réis do professor Luizinho, brindeiro Gurgel … convenhamos.
Pagar mesada para o líder do PT votar com o Governo do PT …
O senhor quer fazer a filha do Cerra morrer de rir.
Paulo Henrique Amorim
CPI já revelou muito.
É o esculacho da República.
A CPI da Veja e do Globo já prestou um excelente serviço.
CPI não põe ninguém na cadeia.
Mas, pode deixar o sol desinfetar.
E, nesta quadra da vida nacional, tirar de dentro do armário o esqueleto do cunhado ladrão.
Promover o esculacho da República.
A CPI já provou que PiG tem um braço no crime organizado.
Que a “mídia nativa”, como diz o Mino Carta, se nutre dos detritos sólidos de maré baixa da Veja e, no reator do jornal nacional, os transforma em Chanel # 5.
A CPI já demonstrou – como prova o excelente artigo do professor Venício Lima – que o Governo Dilma não pretende igualar-se ou superar a Inglaterra no que se refere a Ley de Medios.
Aqui, o Murdoch nadaria de braçada.
E receberia do Globo o prêmio “Fazer a Diferença”!
A CPI já demonstrou que a Globo e a Veja têm uma bancada significativa no Congresso, sob a batuta do deputado Miro Teixeira.
Mas, convenhamos, essa bancada já foi mais forte.
A Globo e a Veja desagradaram muito parlamentar (que fica em silêncio, mas na hora de votar se vinga).
E não é só o Collor, embora ele, purgados os pecados, preste agora um insubstituível serviço: exigir que o Robert(o) Civita e o brindeiro Gurgel se expliquem à Nação.
Nem todos na Casa Grande estão felizes com a Veja e o Ali Kamel.
A CPI já revelou que a Delta, embora fosse – e provavelmente continuará a ser, sob o controle dos irmãos do Junior da J&F – a sexta empreiteira do Brasil, não ficava nada a dever às cinco primeiras, em alguns métodos.
O brindeiro Gurgel, por exemplo, deve à Nação explicações de por que não enviou ao Supremo o pedido para reinstalar a Operação Castelo de Areia, aquela em que aparecem, com destaque, o senador tucano Aloysio 300 mil e seu “banqueiro”, o Paulo Preto.
Haverá, aí, amigo navegante o risco de prevaricação ?
A indústria da empreitagem no Brasil continua a mesma, impune, e, provavelmente, teceu laços fortíssimos no Congresso e com o PiG.
É o PiG que revela sua fúria por perder o filé mignon da Delta – 60% do PAC – para um grupo forasteiro.
A CPI já expôs uma face sombria da Magistratura em sua Instância mais Alta.
Não se trata apenas da tibieza do brindeiro Gurgel, que até agora não se coçou diante da Privataria Tucana.
Trata-se também, da relação entre Gilmar Dantas (*) e Demóstenes Torres.
Não só naquele inacreditável grampo sem áudio que impôs um fim de carreira amargo a um probo servidor público, Dr Paulo Lacerda.
O grampo sem áudio fazia parte do elenco de malabarismos do Carlinhos Cachoeira.
E aquela frase inesquecível do Catão do Cerrado, o Demóstenes, ao Carlinhos: “o Gilmar mandou buscar” ?
Sabe-se que Gilmar Dantas (*) tinha especial deferência com os pleitos de Goiás – no caso do amianto, por exemplo.
Mas, não que pudesse atender a um pleito “técnico” do Varão do Cerrado, evidentemente associado a um negócio privado.
Outro muito chegado ao ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo é o Padim Pade Cerra, a ponto de chamá-lo ao telefone de “meu Presidente !”, como se fosse o Belluzzo do Palmeiras.
A CPI vai chegar ao Cerra, às obras do Cerra na marginal (sic) de São Paulo, em associação com a Delta.
Quer dizer, amigo navegante, que, em Goiás, no Rio e no Distrito Federal a Delta era suja, mas, na São Paulo tucana, era imaculadamente limpa ?
A Delta se purificava ao se aproximar do Cerra !
O rio Tietê era uma espécie de rio Jordão.
( Sobre a pureza da jestão de Cerra e Kassab em São Paulo, não deixar de ler sobre o funcionário que aprovava a construção de prédios de luxo e erigiu uma pequena fortuna de R$ 50 milhões em apartamentos de luxo.)
De novo, a opinião pública precisou recorrer aos órgãos de imprensa que vivem fora da Casa Grande.
A Carta Capital, a TV Record – clique aqui para ler “Os áudios que incriminam Robert(o) Civita” – e os blogueiros sujíssimos.
Foi a TV Record que melou o mensalão.
E essa é outra virtude dessa CPI que mal começa.
Melou o mensalão.
Mostrou a ligação entre o crime organizado e a crise que tentou derrubar o Nunca Dantes.
Uma ligação de objetivos – derrubar um presidente eleito pelo povo – e de métodos: os mais sórdidos.
E, nesse sentido, o brindeiro Gurgel tem razão mesmo: a patranha do Demóstenes/Cachoeira/Veja/Globo está inteirinha na gênese do mensalão.
A CPI vai melar o mensalão ainda mais.
E vai exigir do brindeiro Gurgel mais profissionalismo e menos tibieza quando for acusar os mensaleiros.
Não adianta jogar para o PiG (**), como tem feito.
Tem que provar.
Por “a” mais “b”.
Provar que existiu um mensalão.
Provar que o José Dirceu é chefe de uma quadrilha.
E ao contrário do que diz o brindeiro Gurgel, o mensalão não é o maior escândalo da História da República.
Isso é o que dizem os mervais globais.
O maior escândalo, brindeiro Gurgel, é a batata que está para assar na sua mesa: a Privataria Tucana.
A maior roubalheira de uma Privataria Latino-Americana.
Os dez mil réis do professor Luizinho, brindeiro Gurgel … convenhamos.
Pagar mesada para o líder do PT votar com o Governo do PT …
O senhor quer fazer a filha do Cerra morrer de rir.
Paulo Henrique Amorim
Postado por René Amaral
Dilma anuncia pacote para tirar 6,5 milhões de pessoas da miséria e mata a imprensa corrupta brasileira de raiva, muita raiva.
Dilma anuncia pacote para tirar 6,5 milhões de pessoas da miséria
Objetivo é beneficiar atendidos pelo Bolsa Família cuja renda doméstica ainda não atinge R$ 70 por pessoa Brasil Carinhoso terá foco nas regiões Norte e Nordeste; governo nega relação de plano com eleição municipal FLÁVIA FOREQUE
KELLY MATOS
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem um pacote que, neste ano, promete retirar 6,48 milhões de brasileiros da situação de miséria.
O universo corresponde a cerca de 40% das pessoas abaixo da linha da pobreza extrema, segundo o IBGE.
Esses brasileiros já são beneficiários do programa Bolsa Família, mas não conseguem atingir uma renda mensal de R$ 70 por pessoa, linha oficial da extrema pobreza.
Por meio de uma expansão do programa, o governo quer complementar a renda para que a família consiga atingir esse mínimo. Acabar com a pobreza extrema é uma das promessas do governo Dilma.
Só terão direito à verba extra as famílias com crianças de até seis anos de idade.
O valor adicional será repassado a partir de junho, ao custo anual de R$ 2,1 bilhões.
Em discurso, Dilma disse que jamais vai aceitar a divisão entre "um país rico, com futuro", e "um país frágil, pobre, sem esperança".
A maior parte dos beneficiários está nas regiões Norte e Nordeste. O governo nega relação entre o lançamento do plano e as eleições.
Batizado de Brasil Carinhoso, o programa prevê investimentos de R$ 10 bilhões até 2014 e inclui ações na saúde e na educação.
O Ministério da Saúde vai reforçar a distribuição de suplemento de ferro e vitamina A em unidades de saúde, além de garantir entrega gratuita de remédios para asma.
O governo quer ainda acelerar a construção de creches, outra promessa de campanha de Dilma. Ontem, o Ministério da Educação assinou termo de compromisso com prefeituras para a construção de 1.512 creches e pré-escolas.
O compromisso da presidente foi entregar 6.427 creches até 2014, mas, de acordo com a pasta, nenhuma foi entregue ainda. O governo quer aumentar as vagas em creches para inscritos no Bolsa Família. Para isso, aumentará o repasse do Fundeb.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1
Prestem bem atenção, não vou responder nada na CPMI, vou ser solto pelo STJ, tenho a "Veja" nas minhas mãos e toda a imprensa brasileira está comigo. O que interessa é o "mensalão". E tem mais, se continuarem a me perturbar prendo todo o Congresso Nacional. Percebam que os parlamentares, com raríssimas exceções, estão pisando em ovos e a imprensa brasileira está diminuindo o noticiário sobre a minha pessoa impoluta. Cuidado, senão prendo o Brasil inteiro!
Europa derrete
SEGUNDA-FEIRA NEGRA NA EUROPA:
Europa vive o dia mais grave da crise desde 2008. Derrota eleitoral de Merkel na importante região fabril da Renânia, o impasse grego e o esfarelamento financeiro da Espanha aterrorizam investidores.
A 2ª feira foi marcado por quedas nas bolsas em todo o mundo, fuga de títulos do euro e de papéis de bancos da UE. A economia não tem mais nada a dizer: a crise pede uma solução política para a qual os partidos estão despreparados. Daí as manifestações mórbidas que afloram como erupções fascistas e massacres ortodoxos.
Na Espanha o governo conservador impõe ao país um arrocho mais duro e intenso que o implantado por Thatcher na Inglaterra, nos anos 80. Inutilmente: para financiar o Tesouro espanhol os fundos especulativos exigiam nesta 2ª feira juros cinco pontos acima dos papéis alemães.
Paul Krugman, um moderado, avisa em sua coluna no NYT: saída da Grécia da zona do euro é iminente e desencadeará uma fuga de capitais, obrigando Espanha e Itália a adotarem um 'corralito' para conter a corrida bancária.
A instabilidade se estende à França, onde Hollande assume nesta 3ª feira em meio a uma onda de demissões que desafia e constrange a plataforma centrista.
Carta Maior
Europa vive o dia mais grave da crise desde 2008. Derrota eleitoral de Merkel na importante região fabril da Renânia, o impasse grego e o esfarelamento financeiro da Espanha aterrorizam investidores.
A 2ª feira foi marcado por quedas nas bolsas em todo o mundo, fuga de títulos do euro e de papéis de bancos da UE. A economia não tem mais nada a dizer: a crise pede uma solução política para a qual os partidos estão despreparados. Daí as manifestações mórbidas que afloram como erupções fascistas e massacres ortodoxos.
Na Espanha o governo conservador impõe ao país um arrocho mais duro e intenso que o implantado por Thatcher na Inglaterra, nos anos 80. Inutilmente: para financiar o Tesouro espanhol os fundos especulativos exigiam nesta 2ª feira juros cinco pontos acima dos papéis alemães.
Paul Krugman, um moderado, avisa em sua coluna no NYT: saída da Grécia da zona do euro é iminente e desencadeará uma fuga de capitais, obrigando Espanha e Itália a adotarem um 'corralito' para conter a corrida bancária.
A instabilidade se estende à França, onde Hollande assume nesta 3ª feira em meio a uma onda de demissões que desafia e constrange a plataforma centrista.
Carta Maior
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Catastroika
Catastroika, um documentário sobre o caos da privatização
Este é o novo documentário da equipe responsável por Dividocracia. Chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacto da privatização massiva de bens materiais e serviços públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás.
Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Brasil, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em setores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy.
Fonte: Redecastorphoto
Este é o novo documentário da equipe responsável por Dividocracia. Chama-se Castastroika e faz um relato avassalador sobre o impacto da privatização massiva de bens materiais e serviços públicos e sobre toda a ideologia neoliberal que está por detrás.
Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Brasil, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em setores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy.
De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, repassaram emrepassam bens materiais a preço vil, alienaram e alienam riquezas do subssolo e “off-shore” com contrapartida ínfima e criminosamente elegeram os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável.
Sacrifica-se e sacrificaram a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos.
As consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais (como a Troica – FMI, BCE e CE), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de "resgate".
Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia para acabar com a democracia e implementar medidas que nunca nenhum regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do Chile e da Turquia.
O objetivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos.
Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como está se vendo na Grécia, Espanha, Portugal, Itália e outros a tentativa e prática do total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, notadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão do tecido social e níveis de vida condignos.
Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro.
Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemônico omnipresente na mídia-de-mercado, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta pela democracia ou a barbárie neoliberal.
Fonte: Redecastorphoto
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Comissão da Verdade vai apurar os crimes da ditadura e não a resistência das vítimas
Comissão da Verdade deve apurar somente ação de agentes do Estado
Integrantes não pretendem investigar atos de terrorismo praticados pela esquerda na ditaduraComentário do blog: o Tribunal de Nuremberg não julgou as vítimas do nazismo, mas sim os criminosos nazistas. Alguém conhece um membro da Resistência Francesa condenado por terrorismo contra os nazistas?
Roldão Arruda e Wilson Tosta, de O Estado de S. Paulo
A Comissão Nacional da Verdade, que será instalada oficialmente nesta terça-feira, 15, irá se dedicar à investigação de violações de direitos humanos cometidas por agentes do Estado nos anos do regime militar. Embora seus integrantes ainda não tenham se reunido oficialmente, suas declarações indicam que a avaliação de atos de terrorismo praticados por militantes de esquerda que se opunham à ditadura não fará parte de seu trabalho.
Em entrevista ao Estadão, o diplomata Paulo Sérgio Pinheiro, uma das sete personalidades escolhidas pela presidente Dilma Rousseff para compor a comissão, foi enfático: “O único lado é o das vítimas, o lado das pessoas que sofreram violações de direitos humanos. Onde houver registro de vítimas de violações praticadas por agentes do Estado a comissão irá atuar”.
Na avaliação do diplomata, nenhuma das quase 40 comissões da verdade instaladas no mundo tiveram como objetivo ouvir dois lados, como desejam setores militares brasileiros: “Nenhuma comissão da verdade teve ou tem essa bobagem de dois lados, de representantes dos perpetradores dos crimes e das vítimas. Isso não existe”.
Nesta segunda-feira, 14, no Rio, ao ser homenageada por alunos e colegas da Escola de pós-graduação em Políticas Públicas e Governo, a professora e advogada Rosa Cardoso, também convidada para a comissão, praticamente descartou a possibilidade de investigar crimes (?) cometidos pelas organizações armadas. “Vocês sabem que o Brasil não está inventando, não está inovando institucionalmente quando cria uma comissão da verdade. Hoje existem 40 comissões criadas no mundo”, afirmou. “Essas comissões, quando são criadas oficialmente, pretendem rever condutas de agentes públicos. E é isso o que fundamentalmente nós vamos rever: condutas de agentes públicos.”
Rosa foi advogada de dezenas de presos políticos. O mais famoso foi Dilma Rousseff. Sobre as manifestações de militares da reserva que insistem que a comissão deve investigar a resistência armada, procurou ser diplomática: “Acho legítimo que expressem. Eles gostariam que esse passado tivesse já passado, fosse uma página virada. Não é. E eles preferiam que não houvesse a criação dessa justiça de transição”.
O advogado José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso e ex-diretor da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, também disse ao Estadão, por telefone, que o objetivo principal da comissão será a investigação de violações de direitos humanos cometidos por agentes de Estado. “Esse deve ser o objetivo, quando começarmos a trabalhar. “Todos os fatos que chegarem ao nosso conhecimento serão analisados.”
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segunda-feira, 14 de maio de 2012
BLOG DO SARAIVA: A VEJA Quer Censurar a Internet
BLOG DO SARAIVA: A VEJA Quer Censurar a Internet: A revista Veja tem medo do jogo da velha. O jogo da velha, no caso, são as hashtags, antecedidas pelo sina...
Com Texto Livre: Utilidade Pública: Furto/Roubo de veículos
Com Texto Livre: Utilidade Pública: Furto/Roubo de veículos: ATENÇÃO: O registro de Alerta não dispensa o registro na Polícia Civil. O SISTEMA ALERTA O Sistema Alerta tem por objetivo divul...
A origem do Dia das Mães
Luis Fernando Veríssimo
Já existe dia de quase tudo. Ou quase todos. Começou com o Dia das Mães. Um americano, cujo nome até hoje é reverenciado onde quer que diretores lojistas se reúnam, mas que no momento me escapa, foi o inventor do Dia das Mães. Fez isso pensando na própria mãe.
Naquela mulher extraordinária que o carregara no ventre durante nove meses sem cobrar um tostão, que o amamentara, que o embalara em seu berço, costurara a sua roupa, forçara óleo de rícino pela sua goela abaixo e uma vez, quando o descobrira dando banho no cachorro no panelão de sopa, quebrara uma colher de pau na sua cabeça. Sim, aquela mulher que se sacrificara por ele sem pedir nada de volta, mas que agora exigia uma mesada maior porque estava perdendo demais nos cavalos. De nada adiantara o seu protesto.
- Não posso, mamãe. Os negócios não vão bem.
- Não interessa.
- Nós só ganhamos dinheiro mesmo no Natal. No resto do ano...
E então o rosto dele se iluminara. Tivera uma idéia. A mãe não entendeu e espalhou para os seus amigos no hipódromo que o filho finalmente perdera o juízo que tinha. Mas a idéia era brilhante. Ele a apresentou numa reunião de varejistas naquele mesmo dia.
- Precisamos criar dois, três, muitos Natais!
- Espera aí - disse alguém. - Mas só houve um Jesus Cristo.
- E os apóstolos? São doze apóstolos. Cada um também não tinha o seu aniversário?
- Mas ninguém sabe o dia.
- Melhor ainda. Inventaremos, todo mês, o aniversário de um apóstolo. Teremos natais o ano inteiro!
Mas a idéia não agradou. Apóstolo não tinha o apelo de vendas de um Jesus Cristo. Mesmo assim, a idéia de criar outras datas para os fregueses se darem presentes era boa. Era preciso motivar as pessoas. Era preciso forçar as vendas. Era preciso ganhar mais dinheiro. Nem que fosse para a mãe perder nos cavalos.
- Aquela bruxa velha - murmurou ele.
- O que foi?
- Estava pensando na mãe.
- A mãe! É isso!
- O quê?
- A mãe! O Dia das Mães. Você é um gênio!
Foi um sucesso. Ninguém podia chamar aquilo de oportunismo comercial, pois ser contra o Dia das Mães equivaleria a ser contra a Mãe como instituição. Isto chocaria a todos, principalmente às mães. Que, como se sabe, formam uma irmandade fechada com ramificações internacionais. Como a Máfia. As mães também oferecem proteção e ameaçam os que se rebelam contra elas com punições terríveis que vão da castração simbólica à chantagem sentimental. Pior que a Máfia, que só joga as pessoas no rio com um pouco de cimento em volta.
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O jornalismo bandido de Policarpo Júnior
Relação de fonte ou de cúmplice?
Por Pedro Saraiva
Se o repórter se infiltra na organização criminosa, permanece lá por quase uma década e não produz uma única matéria ou um único ato que vá realmente de encontro aos interesses dos bandidios, muito pelo contrário, suas matérias servem aos interesses do bando e são comemoradas pelos capangas, isto não é estar infiltrado, isto é fazer parte do bando. O jornalista até foi testemunha de defesa do bandido. Todo mundo dentro do grupo do Cachoeira sabia quem era Policarpo, para quem ele trabalhava e quais eram os seus interesses. Isso não é estar infiltrado. Não é possível que você ache que durante estes anos todos a quadrilha municiava a revista de escândalos de modo altruista. Aliás, o pouco que já vazou da operação da PF já prova o contrário. Esta interpretação além de absurda é comprovadamente falsa.
O poder do grupo só aumentou nos últimos anos. Os caras tinham tentáculos em todos os poderes e corrompiam meio mundo. Há inclusive escutas que sugerem sequestros e assassinatos pelo bando. Se o objetivo do Policrpo era se infiltrar para conseguir apenas matérias contra pessoas do governo, fechando os olhos para todo tipo de crimes cometidos pelo bando, isso não é aceitável. É ser cúmplice. Se as matérias eram obtidas através de meio ilícitos, isso também não é aceitável. Vivemos em um Estado de direito, os fins não justificam os meios.
Se o cara tava há 10 anos "infiltrado" na quadrilha e nem sequer descobriu que o principal Senador da oposição trabalhava para os bandidos, sendo muito próximo do chefe da quadrilha, o que que ele fazia lá? E mesmo que a gente acredite em Coelhinho da Páscoa e ache que seja possível Policarpo desconhecer o verdadeiro Demóstenes, o mesmo não pode ser dito entre as relações da Delta e o bicheiro. Há pelo menos um aúdio em que o Cachoeira fala diretamente para o Policarpo encontrar o ex-diretor da Delta Claudio Abreu. Ou seja, uma das principias contrutoras do país responsável por contratos bilionários com vários gorvernos estava intimamente ligada ao grande bandido e o jornalista nunca denunciou este fato. Quanto bilhões de reais de dinheiro público serviram para lavagem de dinheiro da quadrilha?
A relação está clara, o Policarpo tinha acesso aos crimes e negócios escusos do grupo e ficava quieto em troca de meia dúzia de matérias contra o governo. Se isto não é uma relação promíscua, não sei o que é.
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Assessor de Serra e Kassab multiplica por dez seus imóveis
Enquanto aprovava edifícios, diretor adquiriu 106 imóveis
Funcionário da prefeitura deixou cargo após Corregedoria iniciar investigação
Advogado de Hussain Aref diz que patrimônio de R$ 50 milhões veio de herança e de renda de um estacionamento
O diretor responsável pela aprovação de empreendimentos imobiliários de médio e grande porte em São Paulo durante a maior parte da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) tem 118 imóveis, 106 dos quais adquiridos nos sete anos em que esteve no cargo.
Com renda mensal declarada de R$ 20 mil, entre rendimentos de aluguéis e salário bruto da prefeitura de R$ 9.400 (incluindo aposentadoria), Hussain Aref Saab, 67, acumulou, de 2005 até este ano, patrimônio superior a R$ 50 milhões -entre os seus 118 imóveis estão incluídas 24 vagas de garagem extras.
A explosão patrimonial de Aref, como é conhecido, foi identificada pela Folha em levantamento feito nos últimos 45 dias em cartórios da Grande São Paulo, do litoral e parte do interior do Estado.
Aref deixou o cargo no mês passado, após a Corregedoria Geral do Município e o Ministério Público passarem a investigá-lo por suspeita de corrupção. A apuração na Corregedoria foi aberta por determinação de Kassab, que recebeu uma carta anônima com denúncias contra o ex-diretor. A defesa de Aref "contesta frontalmente a acusação".
Em depoimento à Corregedoria, Aref não soube informar seu patrimônio. "Está meio nebuloso hoje", disse.
VISTA PARA O PARQUE
Entre seus imóveis há, por exemplo, meia dúzia de apartamentos num prédio com vista para o parque Ibirapuera. Esses imóveis estão estimados, no total, em R$ 4 milhões.
Aref era funcionário de carreira da prefeitura. Já aposentado, foi nomeado em janeiro de 2005 pelo então prefeito José Serra (PSDB) -por indicação de Kassab, vice à época- diretor do Departamento de Aprovação das Edificações, conhecido como Aprov. O cargo de confiança é vinculado à Secretaria da Habitação.
Qualquer prédio para ser construído a partir de 500 m² precisa da liberação do Aprov. Depois de pronto, também cabe ao setor liberar o empreendimento para que os moradores possam ocupá-lo.
Até assumir o Aprov, pelo levantamento da Folha, Aref tinha 12 imóveis registrados em seu nome -três deles de herança, dos quais ele detém uma parcela de 1/12.
A estimativa é que esses imóveis valham, ao todo, cerca de R$ 1,5 milhão.
Esse é o mesmo valor que o funcionário aposentado diz ainda ter aplicado em bancos.
Pouco mais de um ano depois de assumir o cargo, Aref registrou em seu nome um loft na Vila Madalena. Seis meses depois comprou, por R$ 80 mil, um apartamento na Chácara Flora, que vale R$ 500 mil. E não parou mais.
Até julho de 2008, registrou 58 imóveis (apartamentos, casas, terrenos, prédios comerciais e vagas de garagem) em seu nome pessoal.
A partir de então, foram mais 46 registrados em nome da SB4 Patrimonial, uma empresa de capital social de R$ 10 mil criada em julho daquele ano que tem como sócios o próprio Aref, com 70%, a mulher e dois filhos dele, com 10% de cota cada um deles.
Aref não quis falar com a Folha, alegando problemas de saúde. O advogado do ex-diretor, Augusto de Arruda Botelho, atribui seu patrimônio a uma herança recebida de seu pai e à receita de um estacionamento da família.
O defensor aponta 11 imóveis de herança. Nos cartórios consultados pela Folha, há registro de só três de herança.
Colaborou IRAN ALVES
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Democracia & ceticismo
“De que servem eleições se, nos temas essenciais – questões econômicas, financeiras e sociais – os novos governantes adotam a mesma política de seus antecessores?”
O ceticismo quanto às políticas democráticas como instrumento de justiça social generaliza-se em todo o mundo. Como observou recentemente Slavoj Zizek:”uma vez que a economia global está fora dos limites das políticas democráticas, qualquer tentativa de aproximá-la da democracia apressará o declínio desta. Então o que podemos fazer? Engajar-nos no sistema político existente, o qual – conforme o próprio Washington Post, através de sua porta-voz ultra-neo-conservadora, Anne Applebaum – não pode justamente cumprir essa tarefa?…”
Uma análise recente de Ignácio Ramonet da situação na UE – a bola da vez na cena geopolítica – evidencia com clareza o binômio democracia & ceticismo. Para ele, eis como a questão se coloca: François Hollande, ao enfrentar ditadura dos mercados, recuará, humilhado (assim, tipo Obama), ou abrirá uma disputa capaz de sacudir a Europa?
O fato é que a segunda alternativa não só nos parece impossível como ostensivamente risível (mais abaixo explica-se porquê). Lembrando, a propósito, a máxima de Maquiavel – “A maior força dos poderosos é a inércia dos povos” – a sensação é de asfixia em diversos países da UE: os cidadãos são estrangulados por restrições, reduções e golpes. Um sentimento acentuado pela constatação de que a alternância política não modifica o “furor de austeridade” dos governantes.
Na Espanha, a sociedade foi duramente penalizada pelas doses cavalares dos “remédios” ministrados, a partir de maio de 2010, pelo primeiro-ministro (“socialista”) José Luis Rodriguez Zapatero. Nas eleições de 20 de novembro, Mariano Rajoy, candidato do Partido Popular (PP, conservador) prometeu nada menos que “mudança” e “restabelecimento da felicidade” (sic). Mas, um dia depois de eleito, lançou-se a mais devastadora destruição de conquistas sociais da história da Espanha.
Idem Portugal que, em 2011, depois de submetido a quatro programas impopulares de “disciplina fiscal” e um “plano de salvamento às avessas”, derrotou o socialista José Sócrates nas eleições. Mas o novo chefe do governo, o conservador Pedro Passos Coelho afirmou, já em sua eleição, que cumpriria as exigências da UE, aplicando “uma dose ainda mais forte de austeridade”… Pois é, ironicamente, pela via democrática, a coisa vai de mal a pior.
Então de que servem eleições se, nos temas essenciais – questões econômicas, financeiras e sociais – os novos governantes adotam a mesma política de seus antecessores? Como não duvidar do próprio sistema democrático? Porque todos constatam que, nos marcos da UE, não há controle público sobre as decisões cruciais que irão afetar diretamente a vida das pessoas. E que as exigências – consideradas prioritárias – dos mercados, das agências de avaliação de risco e dos especuladores limitam severamente os princípios essenciais da República.
Muitos governos (de direita e de esquerda) estão agora convencidos que os mercados têm sempre razão, sejam quais forem as consequências para a população. Os mercados são a solução, e a democracia, o problema.
Os cidadãos convencem-se, cada vez mais, de que há, no interior da UE, algo como uma “agenda oculta”, ditada pelos mercados, com dois objetivos concretos:
1) Reduzir ao máximo a soberania dos Estados (em matéria orçamentária e fiscal);
2) Desmantelar o que resta do estado do bem-estar social (para transferir ao setor privado a Educação, Saúde e Previdência).
Segundo Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), “o modelo social europeu está morto e quem tentar reverter a redução dos orçamentos sociais será imediatamente punido pelos mercados. O Pacto Orçamentário Europeu é um ‘enorme avanço’, porque graças a ele os Estados perdem uma parte de sua soberania nacional”. Impossível ser mais claro.
Os europeus regrediram a um regime de despotismo esclarecido. Para quê, então, votar, se estão condenados a eleger governos cuja missão limita-se a aplicar as diretrizes e tratados definidos de uma vez para sempre? O Pacto Orçamentário Europeu é um caso explícito de “dissimulação democrática”. Por que não se trava um grande debate público sobre seu conteúdo (atualmente em via de ratificação a portas fechadas pelos Parlamentos) que vai condicionar nossa vida?
Pode-se sair desta opressão “austeritária”? Ramonet, sobriamente, considera que talvez a eleição presidencial francesa abra perspectivas, uma vez que Hollande propõe acrescentar ao Pacto Orçamentário um conjunto de medidas em favor do crescimento econômico. Ele conclui: “Ainda que sejam exigências mínimas, insuficientes e sempre acompanhadas de um discurso ambíguo sobre a ‘flexibilização do mercado de trabalho’ e a ‘moderação social’, Hollande desafia o dogma estabelecido pela chanceler alemã Angela Merkel e pelo Bundesbank, que estão na origem das políticas de ‘ajuste’ da UE. É uma mudança não desprezível, se se compara esta posição à atitude submissa de Nicolas Sarkozy, descrito por muitos como ‘lacaio de luxo dos mercados’”.
Francamente, confesso meu ceticismo diante da vitória do esquerdista François Hollande, tão festejada em toda a França (acho que muito mais que sua vitória, os franceses comemoraram a “demissão” coletiva de Sarkozy, vergonha global que já foi tarde!).
Mas já vimos este filme. Bem ou mal comparando, Barak Obama, em 2009 também foi festejadíssimo no mundo todo e deu no que deu: simplesmente continuou a política de seu antecessor Bush e, pior, acabou acumulando ainda mais pontos à direita, isto é, para os membros do Tea-Party, em razão dos sucessivos fracassos legislativos, sem contar sua tremenda ambiguidade, decorrente duma evidente fraqueza política.
Márcia DenserCom Texto Livre: Não vai faltar comida
Com Texto Livre: Não vai faltar comida: Os alimentos comprados para consumo da governadora Roseana Sarney e de seu vice em 2012 passam de 68 toneladas FARTURA A governadora R...
Na TV, presidente Dilma lança o "Brasil Carinhoso"
O governo federal lança nesta segunda-feira uma série de ações para o enfrentamento da miséria absoluta em famílias com crianças de zero a seis anos de idade, como um reforço ao programa Brasil Sem Miséria. Em frentes diversas, o governo ampliará a atenção à chamada primeira infância, que compreende essa faixa etária. O programa, denominado Brasil Carinhoso, prevê renda mínima de R$ 70 a cada membro das famílias contempladas pelo programa O anúncio do programa foi feito pela presidente Dilma Rousseff em pronunciamento em cadeia de radio e TV, em alusão ao Dia das Mães, celebrado neste domingo. Em seu discurso, a presidente disse que o programa estará mais presente nas regiões Norte e Nordeste, onde, segundo ela, vivem 78% das crianças brasileiras em situação de pobreza absoluta.
O retorno ao Estado
Mauro Santayana
O governo conservador da Espanha foi obrigado a estatizar a Bankia, uma das instituições dedicadas ao financiamento imobiliário, a fim de evitar o desmoronamento geral do sistema. Não foi uma escolha, mas a única saída a fim de buscar solução para uma crise que levará ao caos, se não houver medidas paralelas e urgentes. O povo já se prepara para voltar à Praça do Sol e suas adjacências.
Na Inglaterra, em uma manifestação inesperada, 30.000 policiais se somam aos demais empregados públicos em greve. É uma advertência severa. Na Grécia se tenta coligação de centro-direita com o desmoralizado Pasok, dos que se diziam socialistas e se curvaram às exigências “austeras” de Berlim. Não se espera que a tentativa de formação desse governo à direita seja bem sucedida.
A França aguarda o que fará Hollande, uma vez que ele caiu na esparrela de aceitar a convocação de Ângela Merkel para visitar Berlim, logo depois de empossado. A chanceler alemã não titubeia. “Garante” ao mercado financeiro internacional, em nome de não sabemos bem o que, que a Europa cumprirá as medidas de restrição fiscal a que chegaram ela, Sarkozy e esse arremedo de primeiro ministro britânico, David Cameron. A arrogante senhora fala, provavelmente, em nome dos grandes bancos, que controlam as finanças mundiais, e entre os quais se destaca o Goldman Sachs.
A crise européia é uma crise dos estados: ao tentar criar um super-estado confederado, com soberania sobre os povos nacionais, os líderes europeus acabaram com as instituições históricas e não puderam substituí-las por outras mais eficazes. O caso do Banco Central Europeu é nisso clássico. Os bancos centrais nacionais, por mais se arrogassem independência, estavam sujeitos ao controle político dos governos, sob a pressão dos parlamentos e da cidadania. Vale a pena lembrar um editorial de Le Monde, de há alguns meses, sobre o tema. Diz o grande jornal:
“Historicamente, a primazia do político, isto é, sua capacidade de “enquadrar” os interesses financeiros, teve como instrumento essencial os bancos centrais. Não se pode perder de vista esta realidade: é por intermédio do poder monetário que é possível fazer prevalecer o interesse coletivo. Isso supõe que o Banco Central esteja colocado sob a autoridade do poder político. É o que se observa nas grandes democracias. Apesar dessa arquitetura, que se mostrou efetiva, ela não foi adotada pela zona do euro. Um Banco Central Europeu, separado da política, é uma péssima coisa. É, em si mesma, a expressão de uma crise muito profunda da democracia européia, de sua impotência congênita”.
Convém relembrar que a mais inteligente e mais antiga das instituições humanas, o Estado, vem sendo erodido por dentro e por fora, há mais de trinta anos, a partir da deregulation de Reagan e de Mme Thatcher. Na mesma medida em que o Estado se encolhia, e as grandes corporações financeiras cresciam, os trabalhadores passaram a ser coisas descartáveis.
A razão de ser das empresas deixou de ser a criação de empregos e a inovação em produtos e serviços. Submetidas ao assalto de predadores, passaram a ser dirigidas por administradores alugados pelos grandes bancos comerciais, autorizados a atuar como bancos de investimentos. A “reengenharia” dessas empresas, umas menores e outras gigantescas, se limitou a demitir, demitir, demitir. No auge da privatização e da globalização, alguém decretou que os incapazes de seguir o novo ritmo deviam contentar-se em tornar-se meros servidores domésticos dos vencedores.Voltando ao editorial de Le Monde: a moeda vinha sendo despolitizada, entregue à ilegítima soberania do mercado financeiro.
Era isso o que ocorria em nosso país, e que começa a ser diferente agora. Ao atuar lateralmente, determinando aos grandes bancos oficiais a redução do spread, a presidente Dilma Rousseff está recuperando para a chefia do Estado a autoridade sobre o Banco Central e colocando a moeda, como se deve, sob o controle político da sociedade que a elegeu. Mas há mais coisas que o Estado deve fazer na economia, e no cumprimento de seu dever de exercer a justiça.
Nisso, temos uma boa notícia, com a prisão do comandante da operação policial responsável pelo massacre dos trabalhadores sem-terra em Eldorado dos Carajás, o coronel Marcos Colares Pantoja. Não obstante essa prisão – que se faz diante do imenso clamor nacional contra a chacina, ocorrida há 16 anos – continua a violência no campo. O Estado não consegue cumprir nem mesmo o Estatuto da Terra, aprovado durante o regime militar.
Os grandes êxitos do governo, nos últimos dez anos, não podem ocultar os problemas que crescem, ao crescerem as expectativas, internas e externas, sobre o nosso futuro imediato. Temos que sujeitar o nosso entusiasmo a algumas reflexões sobre a situação atual, e continuar colocando na expansão da produção e do consumo interno os nossos esforços maiores. Só podemos, na realidade, contar com o próprio povo. Com sua inteligência, seu trabalho, seu amor ao país.
Do Blog Brasil, mostra a tua cara.
Postado por SARAIVA13
Audiência da internet já supera a da tevê no Brasil
“Brasileiros dedicam cada vez mais tempo à rede e menos à programação das emissoras de televisão; fenômeno só ainda não foi percebido pelos anunciantes, que concentram investimentos na TV aberta, onde recebem parte do dinheiro gasto de volta, como bonificação
Brasil 247
Só os publicitários ainda não enxergaram o fenômeno. Ou melhor: enxergaram, mas ainda preferem concentrar os investimentos em redes de televisão, que devolvem às agências parte do valor gasto pelos anunciantes. É o chamado BV, a bonificação por veiculação, que faz com que o Brasil seja o País com maior concentração da verba publicitária na televisão. Ocorre que os brasileiros, aceleradamente, trocam a televisão pela internet. E uma reportagem do próprio jornal O Globo aponta que a audiência da internet já é maior do que a da televisão no Brasil. Leia:
Um estudo inédito feito pela IAB Brasil em parceria com a comScore revela que a internet já é a mídia mais consumida no país, hoje com 80 milhões de internautas e crescendo a cada dia.
Segundo o levantamento "Brasil Conectado – Hábitos de Consumo de Mídia", que investigou a importância crescente da web na rotina dos brasileiros, mostra que a internet é considerado o meio mais importante para 82% dos 2.075 entrevistados. As pessoas ouvidas pelo instituto são usuárias da rede, têm entre 15 e 55 anos - 51% homens e 49% mulheres.”
Foto: Divulgação
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Enviada por: Nogueira Junior
sexta-feira, 11 de maio de 2012
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