segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ministro da Saúde Alexandre Padilha: Fazer muito com pouco


Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista concedida à revista CartaCapital, afirma que o sistema público é subfinanciado, mas pode ser mais eficiente.

Os recursos do Ministério da Saúde têm crescido, mas o titular da pasta, o médico Alexandre Padilha, acredita que ainda há muito que fazer. O desafio começa por definir como a área será financiada, e passa por mudanças na forma de gastar. “No Brasil, a sociedade precisa continuar debatendo duas questões: como investir melhor os recursos que temos para a saúde e como ter um financiamento cada vez maior para a saúde do País”, disse o ministro a CartaCapital.
De acordo com Padilha, é importante que o Brasil garanta a transferência de tecnologia quando adquire equipamentos sem similar nacional, como tem feito o Ministério da Saúde na área de radioterapia. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
CartaCapital: Como tem se comportado o orçamento da Saúde?
Alexandre Padilha: Desde o período do presidente Lula, o governo federal aplica aquilo que está na Emenda Constitucional 29, que faz com que o orçamento da saúde seja o mesmo do ano anterior, acrescido da variação do PIB e da inflação. Isso fez com que, desde o começo do governo do presidente Lula, tenhamos um orçamento crescente para a saúde.
Comparando 2011 com 2010, tivemos aumento de 13 bilhões de reais em valores absolutos, e de 17% no orçamento, vamos chegar a um pouco mais de 80 bilhões de reais, superando inclusive o está estabelecido na Emenda 29.
CC: Ainda faltam recursos para financiar a saúde?
AP: Isso não resolveu o debate de como financiar a saúde no País. Ainda temos uma defasagem no financiamento da saúde pública, comparado ao setor privado. O setor suplementar cuida de 45 milhões de pessoas e investe três vezes mais per capita do que a saúde pública. Sabemos que mesmo as pessoas que têm plano de saúde, nos procedimentos da mais alta complexidade, tratamento de câncer, tratamento de doenças crônicas ou serviços de urgência e emergência, acabam procurando o sistema de saúde pública, o SUS. Então a sociedade precisa continuar debatendo duas questões: em primeiro lugar, como investirmos melhor os recursos que temos para a saúde, como melhorar a gestão da saúde, como ganhar eficiência e como combater fortemente qualquer desvio de recursos para a saúde. A outra questão é como ter um financiamento cada vez maior para a saúde do País.
CC: Que opções teríamos para ampliar os recursos da área?
AP: Esse é um debate que o Congresso tem de fazer. Eu, como ministro, a alternativa que tenho é fazer mais com o que temos. Primeiro precisamos combater qualquer tipo de desperdício de recursos. Em 2011, mudamos a forma como o Ministério da Saúde comprava medicamentos. Uma parte dos medicamentos distribuídos no SUS tem compra centralizada no ministério. E mudamos a forma de compra dos medicamentos de hemoderivados e insumos.
CC: A compra é feita por leilão?
AP: Centralizamos a compra no pregão eletrônico. Em relação aos hemoderivados, produtos relacionados a fatores do sangue, conseguimos mais eficiência e uma economia de 1,7 bilhão de reais na aquisição dos medicamentos. Em um ano, aumentamos em quatro vezes o número de pessoas com acesso aos remédios para hipertensão e diabetes de graça na farmácia popular. Ou seja, economizamos de um lado e combatemos qualquer tipo de desperdício.
CC: Qual o investimento anual no programa de distribuição de medicamentos?
AP: No programa para hipertensos e diabéticos são cerca de 800 milhões de reais. No conjunto de compras de medicamentos e vacinas, investimos quase 10 bilhões de reais. O Ministério da Saúde tem um poder de compra que temos utilizado para reduzir o preço dos medicamentos, facilitar o acesso da população e cobrar transferência de tecnologia de medicamentos e produtos para o Brasil. Só podemos ter o programa de vacinação que temos hoje porque 96% das doses de vacinas são produzidas no Brasil. Ou seja, transferimos tecnologia.
“Nosso poder de compra tende a reduzir preços e garantir transferência de tecnologia” – afirma Padilha.
CC: Há um programa no ministério para trazer fornecedores de equipamentos para radioterapia. Não há fabricantes locais?
AP: Não temos nenhuma empresa que produza o acelerador linear para radioterapia no Brasil. A balança comercial de equipamentos na saúde é de quase 4 bilhões de dólares negativos. O único setor de equipamentos em que a gente mais vende do que importa é o odontológico. A cadeia de equipamentos é muito deficitária. Nesse plano de radioterapia, que é a maior aquisição internacional que o setor público está fazendo, a empresa tem como obrigação passar a produzir no Brasil num curto período de três anos. São 80 equipamentos que ela pode até importar, mas no final terá de ter a fábrica instalada no Brasil, senão vai ter de devolver o dinheiro. Esse é um investimento de 500 milhões de reais.
CC: O ministério tem contratado novos servidores? Existe a necessidade de mais pessoal?
AP: Temos essa necessidade, mas quem contrata são os estados e municípios. O ministério coordena as políticas. Não temos gestão direta, são poucos os serviços em que temos gestão direta, apenas seis hospitais federais no Rio de Janeiro. A maior parte dos serviços é de responsabilidade dos estados e municípios. Porém, uma pesquisa revelou que o Brasil abre 19 mil novos postos de trabalho para médicos por ano, isso em dados do ano passado. Precisamos distribuir melhor os médicos. Temos estados onde há 4 médicos por mil habitantes e estados, como o Maranhão, onde temos 0,6 médico por mil habitantes. Precisamos nos aproximar das médias de outros países, que têm sistemas nacionais públicos. Por exemplo, a Inglaterra tem 2,7 médicos por mil habitantes. A Espanha, 3. Portugal tem 3,2. O Brasil todo tem 1,9 médico por mil habitantes.
CC: Vemos cenas caóticas em hospitais, pessoas esperando dias para serem atendidas. Será que não está faltando um choque de gestão?
AP: Isso passa, sobretudo, por uma organização da rede de serviços. O Ministério da Saúde tem um programa chamado SOS Emergências, no qual pegamos as maiores urgência e emergências do País, as áreas mais críticas da baixa qualidade de atendimento, em hospitais de estados e municípios, e estamos juntamente com eles reorganizando os serviços e a relação desses hospitais com o conjunto da rede. Toda vez que abrimos uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, a cada cem pessoas que procuram direto um pronto-socorro, 97 têm seu problema resolvido em 24 horas.
CC: Quantas UPAs estão em operação?
AP: Hoje temos 150 funcionando, e ao todo são quase 600 em construção.
CC: Foi aprovada pelo Senado a venda pelos supermercados de medicamentos não controlados. Qual a posição do ministério sobre o assunto?
AP: Vai para um debate interno no governo. Precisamos ver o texto final, que foi aprovado detalhadamente. A presidenta tem o tempo dela para decidir isso.
CC: A Anvisa tem duas vagas para diretores em aberto. Por que não foram feitas as nomeações?
AP: Priorizamos o plano de reestruturação da Anvisa, inclusive para se definirem a competência e o papel de cada diretoria. Com esse novo plano de reestruturação, temos papéis definidos para cada uma das diretorias. A partir daí, a gente pode definir qual é o critério técnico mais apropriado para ocupar essa diretoria, qual é o perfil técnico mais apropriado, e aí o governo encaminhará para o Senado os nomes.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

domingo, 6 de maio de 2012


Boni, da TV Globo, frequentava sauna com coronéis da ditadura, diz testemunha

“O Boni é malandro, inteligente. Não sei o que falava com os militares"
- Basílio Pinto Moreira, dono do restaurante

No livro “Memórias de uma Guerra Suja”, o ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo Cláudio Guerra afirma que o restaurante tradicional carioca Angu do Gomes, frequentado por artistas e celebridades, era também ponto de encontro de coronéis linha dura do regime militar no fim dos anos 70 e começo dos anos 80.

Guerra conta: “O restaurante, inaugurado em 1977 pelo português Basílio Pinto Moreira e por João Gomes, era associado a uma sauna e foi fachada para as nossas atividades, misturando agentes da comunidade de informações ... Foram planejados assassinatos comuns e com motivações políticas, e discutimos vários atentados a bomba que tinham como objetivo incriminar a esquerda e dificultar, ou impedir, a redemocratização”.

... Por telefone, Basílio Moreira (82 anos) confirmou que Cláudio Guerra participava de reuniões com coronéis no local. Entre eles, o coronel Freddie Perdigão, do DOI-CODI.

“O Claudinho não saía daqui, rapaz! Vi que ele deu uma entrevista e muitas coisas que disse são verdade ... Tinha o Cláudio, o Freddie Perdigão ... Era uns 10 coronéis. Se reuniam aqui. Nunca me interessei na conversa deles, que era de militar para militar. Então eu me afastava. Não tenho nada que falar deles”, completou.

Sauna e artistas

Anexo ao restaurante funcionava uma sauna com garotas de programa. “Tinha strip-tease, e passou a ser frequentada também por artistas, policiais, militares e figurões da época...”, diz Guerra.

Basílio Moreira confirma e diz que seu irmão, ex-policial federal Augusto Pinto Moreira, era dono. Moreira lembra de alguns nomes famosos que frequentavam a sauna, entre eles o então executivo da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho: “O Boni é malandro, inteligente. Não sei o que falava com os militares", desconversou.

Outros famosos, segundo Guerra e Basílio, eram Jece Valadão, Carlos Imperial, Lúcio Mauro, e Ciro Batelli, ex-vice-presidente da rede de hotéis-cassino Caesar Palace. (Com informações do Ig)

A série de matérias sobre o livro "Memórias de uma guerra Suja", com incineração de corpos de desaparecidos políticos em usina de açúcar, com desaparecidos na Lagoa da Pampulha e outras revelações  está aqui.

O MUNDO ESTÁ PRENHE DE REVOLUÇÕES

Os Bancos Centrais executam movimentos desesperados, tentando evitar que o colapso de grandes companhias arraste toda a economia para o buraco de 1929.

Os investidores se refugiam em ativos menos inseguros.

O crédito escasseia e encarece.

Investimentos produtivos são adiados sine die.

Já não se discute se haverá retração econômica no futuro imediato, mas sim a amplitude dessa retração.

Existe até quem compare nossa situação atual à dos passageiros do Titanic, logo após o choque com o iceberg: o navio está afundando, mas ainda não nos demos conta.

A que se deve este tsunami que devasta a economia mundial, após tantos anos de crescimento significativo?

Os expertos sentenciam que os Bancos Centrais das nações desenvolvidas foram coniventes com operações mirabolantes, ultrapassando de tal maneira os ativos reais nos quais deveriam estar respaldadas que o desabamento do castelo de cartas era pura questão de tempo.

Mas, será que tudo se reduz mesmo a um mero desleixo das autoridades que deveriam evitar a transformação do mercado financeiro em cassino?

Ora, a alternância de fases de expansão e retração econômicas marca o capitalismo desde o seu início. Por que desta vez seria diferente? De onde os doutos economistas tiraram a idéia de que o crescimento agora seria ininterrupto? Isto me parece mais expressão de desejo do que análise isenta.

Segundo Marx, o pecado original do capitalismo é a mais-valia: como os assalariados não recebem de volta o valor total dos bens que produzem, estão impedidos de adquiri-los todos, daí o descompasso entre o estoque de produtos oferecidos e o poder aquisitivo dos consumidores.

Até a metade do século passado, isto se reequilibrava de formas dramáticas: desde as queimas de café para evitar a queda do preço internacional do produto (distribui-lo aos carentes estava fora de cogitação!) até as guerras, que geravam um mercado cativo para a produção excedente, na forma de armamentos.

Com o advento das armas nucleares, entretanto, os conflitos entre potências passaram a ter o pequeno inconveniente de poderem extinguir a espécie humana. Então, desde 1962, ano da crise dos mísseis cubanos, tais situações passaram a ser administradas com mais cautela. Os gigantes nunca mais se enfrentaram, passando a não intervir quando algum deles surrava um nanico da sua esfera de influência.

A desigualdade, entretanto, continuou caracterizando o capitalismo, com a agravante de que os formidáveis avanços científicos e tecnológicos das duas últimas décadas criaram plenas condições para proporcionar-se a cada habitante do planeta o suficiente para uma existência digna.

Em vez disso, o que houve foi um incremento ad absurdum das atividades parasitárias, totalmente inúteis para o ser humano, cuja expressão mais conspícua, claro, são os bancos, amos e senhores do capitalismo atual.

E, para que os bens e serviços continuassem sendo consumidos independentemente do poder aquisitivo insuficiente dos consumidores, expandiu-se a oferta de crédito também ad absurdum. Então, desde as nações até as famílias passaram a operar com as contabilidades mais insensatas, em que as contas nunca fecham e os débitos, impagáveis, são sempre empurrados para o futuro.

É sobre esse pano-de-fundo de artificialidade básica que se projeta a atuação dos grandes especuladores do mercado financeiro, cujo campo de ação foi enormemente ampliado pelo advento da internet.

Atribuir-lhes (ou às autoridades que não os policiaram suficientemente) a responsabilidade pela recessão anunciada é tão falacioso agora quanto, p. ex., na quebra da Bolsa em 1929. O nome do vilão sempre foi outro: capitalismo.

A indústria cultural, hoje totalmente a serviço dos poderosos, incute em seus públicos a noção de que a realidade presente é a única possível e as opções existentes são apenas as oferecidas dentro do sistema. Então, termos de conformarmo-nos com a etapa de vacas magras que se avizinha, como preço a pagarmos pela fase anterior, em que as vacas nem sequer foram realmente gordas, com o espetáculo do crescimento deixando muito a desejar...

Mas, salta aos olhos estarmos, isto sim, pagando pelas mazelas do capitalismo, que se torna mais nocivo à medida que aumenta o potencial (criminosamente desperdiçado!) para construirmos uma sociedade igualitária e livre, em que ninguém mais seja limitado pela necessidade.

Talvez o estímulo à diferenciação e à busca do privilégio tenha sido essencial no passado, como motivação para o homem dominar a natureza e alcançar a atual capacidade de geração de riquezas.

Hoje, entretanto, já temos tudo de que precisávamos. O que nos aflige não é mais a insuficiência de recursos, mas sim seu mau aproveitamento, com a desigualdade obscena condenando nações inteiras e parcelas da população de outros países a existências subumanas; e a prevalência de interesses particulares sobre o bem comum levando à dilapidação insensata dos recursos finitos do planeta.

Estamos recebendo mais um alerta de que o capitalismo, com sua irracionalidade intrínseca, torna-se cada vez mais uma força destrutiva direcionada contra a humanidade, podendo tanto infligir-nos a penúria, quanto fazer com que se abata sobre nós a fúria da natureza.

Mas, não há nenhum mandamento divino ou lei natural que nos obrigue a manter o rumo atual até o mais amargo fim. Tudo depende de vontade e consciência, corações e mentes. “Onde vivem os homens, a ajuda só pode vir dos homens”, disse o grande Brecht.

Obs.: se a algum leitor atento ocorreu já haver lido este texto,  parabéns! Palavra por palavra, trata-se do artigo Pesadelo globalizado, que escrevi quanto da última crise capitalista, em setembro de 2008. 

Novamente, a perspectiva é de uma recessão, que vai sendo imposta a país após país; e o fantasma a rondar o mundo, o de que ela evolua para  uma recessão global e, pior ainda, para uma grande depressão.

E os Delfins Nettos da vida têm a desfaçatez de sustentar que as teorias econômicas marxistas caducaram! Pelo contrário, estão mais vivas do que nunca. Como eu já dissera em 2008, o que estamos vendo não passa das velhas crises cíclicas capitalistas em versão século 21. 

E, como o capitalismo está agora em estágio de putrefação avançada, o intervalo entre as crises já não é de 10 anos, como nos tempos de Marx, mas sim de três. Se as peças do dominó não caírem todas desta vez, quando será a próxima crise? Daqui a dois anos? Um ano? Seis meses?

O mundo está prenhe de revoluções.

ANISTIA DE 1979 NÃO IMPEDE QUE USTRA RESPONDA PELO ATENTADO DO RIOCENTRO

Eis dois incisos do Artigo 5 da Constituição Federal, com grifos meus:
  • XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
  • XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
E eis o que o ex-delegado do Dops/SP, Cláudio Antônio Guerra, declarou a respeito do atentado do Riocentro, em 30 de abril de 1981: os comandantes da operação foram “os mesmos de sempre”, quais sejam (ele apontou) o coronel de Exército Freddie Perdigão, do SNI; o comandante Antônio Vieira, do Cenimar; e o então coronel Brilhante Ustra, do DOI-Codi paulista.

Guerra, portanto, acusou Brilhante Ustra de comandar um atentado terrorista, que não só é imprescritível e insuscetível de graça ou anistia, como nem sequer estaria abrangido pela anistia de 1979, pois esta só abarcou fatos ocorridos até 15 de agosto de 1979. Desta vez não há como ele escapar pela tangente do  pacto de conciliação nacional...

Quando ainda era uma revista, a
veja apontou os reais culpados.
Temos, portanto, um antigo comandado fazendo denúncia pública contra os comandantes (e também os outros executantes) de uma  ação terrorista. Nada, absolutamente nada, isenta os que continuarem vivos de responderem por tal tentativa de provocar um pânico que, ao que tudo indica, teria consequências as mais terríveis, com um sem número de espectadores de um espetáculo musical morrendo pisoteados.  

A crermos no que a Folha de S. Paulo publica nesta 6ª feira (4), as autoridades estão, simplesmente, ignorando este crime gravíssimo:
"A Polícia Federal abriu investigação sobre o paradeiro de supostas vítimas do ex-delegado Cláudio Guerra, que afirma ter matado e incinerado corpos de presos políticos na ditadura militar.

O ex-policial prestou depoimento a um delegado da PF há cerca de um mês. A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foram informados do relato, que está em sigilo.

A intenção é enviar as informações à Comissão da Verdade, ainda não instalada".
Não é só à Comissão da Verdade que devem ser enviadas as informações. O Ministério Público tem de ser imediatamente acionado, para verificar se existem criminosos a serem acusados e, em caso afirmativo, iniciar de imediato tais procedimentos.

A FALSA CONSCIÊNCIA E A ESQUERDA QUE COM ELA COMPACTUA

Como faz falta uma esquerda à moda antiga, que não tenha medo medo de dizer em alto e bom som que o  problema fundamental nas nações capitalistas é exatamente o fato de serem capitalistas!

No Brasil, a esquerda que perdeu a vontade de fazer a revolução, preferindo disputar nacos de poder sob o capitalismo, embarca grotescamente no denuncismo contra a corrupção, pautado pelo inimigo e insuflado  ad nauseam  pela indústria cultural do inimigo.

Com isto, o debate político permanece há anos estagnado e não se oferece aos trabalhadores uma PERSPECTIVA REVOLUCIONÁRIA.

Bem dizia o Paulo Francis, nos seus melhores dias: o combate à corrupção é bandeira da direita.

A corrupção é inerente ao sistema que coloca a ganância e a busca da diferenciação acima de todos os outros valores, inclusive a família e a vida; haverá sempre algum político querendo levar vantagem por meios escusos e sua momentânea colocação na berlinda será sempre conveniente para quem está empenhado em evitar que os explorados reflitam sobre os caminhos concretos para darem um fim à exploração.

Entra CPI, sai CPI e nada verdadeiramente muda, ninguém é verdadeiramente punido, só cumpre um período de ostracismo e depois volta à tona, belo e lampeiro. Os acusados de uma podem até se tornarem os juízes de outra, como Fernando Collor.

Caberia à esquerda brasileira dizer aos explorados: "Isto é só poeira colorida que o sistema joga nos vossos olhos, para que sintam-se vingados vendo um poderoso cair no opróbrio! Vocês precisam é de que os frutos do seu trabalho não lhes sejam usurpados, não de catarse barata!".

Assim como caberia à esquerda francesa dizer aos explorados de lá: "Não são os imigrantes que desgraçam vossa vida ao disputarem postos de trabalho convosco, mas sim o capitalismo, ao forçar o trabalhadores a uma competição zoologica por bens que poderiam sobrar para todos, se a produção fosse voltada para o atendimento das necessidades humanas e o que se produz fosse distribuído equitativamente entre todos os seres humanos".

Mas, não o fazem. Então, entregues à FALSA CONSCIÊNCIA que o sistema tudo faz para neles incutir, os explorados daqui esbravejam contra todos o políticos e descreem na atividade política como caminho para forjarem uma sociedade mais justa, enquanto os explorados de lá hostilizam irmãos ao invés de buscarem seu apoio na luta contra o verdadeiro vilão, o capitalimo.

Até que a esquerda volte a ser revolucionária, continuaremos patinando sem sair do lugar.

sábado, 5 de maio de 2012

um pouco de humor


Humor clínico

De vez em quando, blog também é humor. Divirtam-se com os discípulos de Esculápio - raramente bem humorados, aliás...

- Doutor, quando eu era solteira tive que abortar seis vezes. Agora que casei, não consigo engravidar.
- Seu caso é muito comum: você não reproduz em cativeiro.
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- Doutor, tenho tendências suicidas. O que faço?
- Em primeiro lugar, pague a consulta.
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- Doutor, sou a esposa do Zé, que sofreu um acidente; como ele está?
- Bem, da cintura para baixo ele não teve nemum arranhão.
- Puxa, que alegria. E da cintura para cima?
- Não sei, ainda não trouxeram essa parte.
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Após a cirurgia:
- Doutor, entendo que vocês médicos se vistam de branco. Mas por que essa luz tão forte?
- Meu filho, eu sou São Pedro.
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No psiquiatra:
- Doutor, tenho complexo de feia.
- Que complexo que nada.
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- Doutor, o que eu tenho?
- Ainda não sei, mas vamos descobrir na autopsia.
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- Meu médico é um incompetente. Tratou do fígado de minha esposa por vinte anos e ela morreu do coração.
- O meu é muito melhor. Se trata você do fígado, você morre do fígado.


Um psicanalista no consultório de outro:
- Doutor, venho ao colega para me aconselhar em um caso impossível.
- De que se trata, colega?
- Estou atendendo um argentino com complexo de inferioridade!

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O psiquiatra incentiva o paciente:
- Pode me contar desde o princípio...
- Pois bem, doutor! No princípio eu criei o céu e a terra...

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O psiquiatra para o paciente:
- Meu amigo, eu tenho uma boa e uma má notícia para você. A má é que você tem fortes tendências homossexuais.
- Meu Deus, doutor! E qual e a boa notícia?
- A boa notícia é que acho você um gato

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- Sabe como diferenciar o psiquiatra do seu paciente?
- O psiquiatra é aquele que tem a chave do consultório.

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O paciente chega ao Psiquiatra tímido, cabisbaixo:
- Doutor, eu tenho dupla personalidade.
- Esquenta não, meu filho. Senta aí e vamos conversar nós quatro...

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Paciente chega ao médico e se queixa:
- Doutor, estou com dor aqui do lado direito da barriga e meus olhos ficaram amarelados!
O médico responde:
- Muito bem, e o sr. bebe?
- Obrigado, eu aceito uma dosezinha!

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Quando chega um paciente babando e fazendo sons esquisitos no consultório do neurologista, ele exclama:
- Ai, meu Deus! O que eu faço?
Já quando chega um paciente babando e fazendo sons esquisitos no consultório do neurocirurgião, ele exclama:
- Ai, meu Deus! O que foi que eu fiz?

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No consultório psiquiátrico:
Paciente:
- Doutor, vou lhe contar um segredo: eu sou um galo!
O psiquiatra resolve aprofundar a anamnese:
- E desde quando o senhor acha que é um galo?
Paciente:
- Ah, desde que eu era um pintinho.

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Sabem qual a diferença entre um clínico, um cirurgião-geral, um psiquiatra e um patologista?
O clínico: Sabe tudo e não resolve nada.
O cirurgião: Não sabe nada mas resolve tudo.
O psiquiatra: Não sabe nada e não resolve nada.
O patologista: Sabe tudo, resolve tudo, mas sempre chega atrasado

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O cara sofria de amnésia e procurou o médico:
- Doutor, estou com uma terrível amnésia.
- Desde quando?
- Desde quando, o quê, doutor?

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Psiquiatra para o paciente bebum:
- O senhor vai parar de beber cerveja, durante um ano só vai beber leite.
- Outra vez, doutor?
- O que, o senhor já fez esse tratamento?

Seis anos de brunitezas

Seis anos de brunitezas

A volta dos que não foram

A volta dos que não foram

DEMos aprontam em SC

Encontro do DEMo na Capital para lançamento da candidatura do Raimundo Ovo de Colombo teve crime eleitoral – O homem do cabide tirou funcionários das (Secretarias de Desenvolvimento Regionais) - SDR`s em horário de expediente para o evento – Força de ônibus na Capital, transportando barnabés.

Ovo de Colombo – “Quem é essa gente que nega a nosso povo ajuda, abrigo, esperança em sua hora mais difícil?”

Advinha ô! Cara de pau de madeira de cabide . Arrombássi!

Leio jornais, blogs e notícias na TV sobre o evento do DEMo no Centro Sul. Milhares de participantes, lideranças de partidos e aliados de primeira hora.

O lançamento do Raimundo Ovo de Colombo para governador de Santa Catarina pelo DEMo, foi muito concorrido. A festa regada com desrespeito a legislação eleitoral foi destaque na mídia chapa branca (Diário Catarinense - RBS) como exemplo de profissionalismo.

Lembram daquele político lageano que na TV falava contra as secretarias regionais do governo do Luiz Marlene Rica?, dizendo que as SDR`s eram cabides de empregos? É o mesmo cara que agora recebeu em seu comício, os servidores das SDR`s obrigados a se deslocarem até a Capital.

Eu sempre achei esse Raimundo Ovo de Colombo um bunda mole. Aquela fala mansa e aquele papo furado: “meus amigos, temos que pensar nos pobres, aqueles que não tem um banheiro. Precisamos conversar lá no bairro. As pessoas precisam de atenção…” Vá se f… – Quer enganar quem, esse otário.

Estavam presentes no Centro Sul várias múmias do ex- PFL, entre eles a do faraó Jorge Konder Bornhausen. Presente também o ex-secretário da fazenda Antônio Gavazzoni, o homem que liberava dinheiro para os projetos furados do SEITEC.

Veio DEMo de todo o Brasil. O Kassab prefeito de São Paulo, o Zé Agripino do Rio grande do Norte etc…

Mais o que chamou atenção mesmo, foi a presença de milhares de funcionários públicos obrigados à se deslocar para Florianópolis em horário de expediente.

Foi de dezenas de SDR`s que sairam os convidados para o encontro do DEMo na Capital. Deixaram seus postos de trabalho em pleno horário de expediente para vir ao evento no Centro Sul. E nós é que pagamos essa conta.

É a turma do cabide que o Ovo de Colombo falava que era uma vergonha nas eleições passadas. Até receber um chequinho de R$ 5.000.000,00 da turma do PMDB do Luiz Marlene Rica da Silveira.

Agora eu pergunto? O Ministério Público não vai investigar essa putaria?

O Tribunal Regional Eleitoral não vai fazer porra nenhuma?

Esses caras do DEMo são engraçados. A corrupção é ruim quando é dos outros. A deles tudo bem. São iguais ao PT, PMDB, PDT, PPS, PP, PSB, PSDB, PCdoB e outros Ps.

Estive na entrada do evento. Pude ver centenas de “militantes” com a camiseta amarela, escrito “César Souza – Senador”. Com certeza, eram moradores da periferia de Florianópolis que receberam alguns trocados para irem ao encontro político partidário.

 
Eleitores de cabresto – Em pleno século XXI , essa é a prática dos partidos brasileiros

Meu maior objetivo era encontrar o ônibus da REAL que saiu de Joaçaba às 13:30 h. (pleno horário de expediente) com os barnabés da SDR.

Cheguei ao Centro Sul às 19;00 h e durante quase 1 hora procurei pelo busão no meio de dezenas de outros estacionados. Não estava lá. Na saída lamentei por não pegar os caras com a mão na cumbuca.

No último segundo, já saindo em direção ao terminal de ônibus, dou de cara com o busão da REAL chegando no Centrosul ( às 20:00 h) " Côsa líndia".

Estava ali o flagrante do crime eleitoral.

Da SDR de Joaçaba direto para o evento do DEMo em Florianópolis



Fotos da saída da “delegação” DEMo da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Joaçaba – 13:30 h quarta-feira 05/05/10. Ônibus REAL N. 21506

Fotos da chegada da “delegação”do DEMo no encontro do DEMo no Centro Sul em Florianópolis – 20:00 h quarta-feira 05/05/10. Ônibus REAL N. 21506
   
Enquanto isso a imprensa chapa branca faz a festa…

Colombo: “Quem é essa gente?” Coisa para o cara rir KKKK

Os Planos de Colombo Mais cabides por toda Santa Catarina

A Festa do DEMo Com máquina pública é mais barato!

Força – Servidores das SDR´s obrigados a participar da festa do DEMo

Profissionalismo – Coisa de partido profissional – Desde a ditadura militar

Novato e Mapeado – Gavazzoni (Secretário Estadual da Fazenda) tem a experência que o DEMo admira – Gosta de distribuir dinheiro público aos amigos – via fundos SEITEC (Sistema Estadual de Incentivo ao Turismo Esporte e Cultura), por exemplo.

Leia mais sobre a Eleição no grito, aqui

Eleição no grito
 

Rede britânica de supermercados adere a boicote a produtos israelenses

Uma conhecida rede de supermercados britânica anunciou a suspensão de acordos com quatro empresas exportadoras de alimentos de Israel, devido a "cumplicidade na violação de direitos humanos dos palestinos".
Com a decisão, a Co-op, quinta maior rede de supermercados da Grã-Bretanha, engrossa a lista de companhias europeias que boicotam produtos israelenses.
Entre elas está a empresa ferroviária alemã Deutsche Bahn, que em 2011 resolveu suspender sua participação na construção de uma linha de trens de Tel Aviv a Jerusalém, que passaria em um trecho dos territórios ocupados na Cisjordânia depois de ser pressionada por ativistas.
Segundo a empresa, o projeto era problemático, "com um potencial de violar leis internacionais".
O banco holandês ASN suspendeu seu investimento na empresa francesa Veolia em consequência do envolvimento da companhia na construção do bonde de Jerusalém, que passa pela parte oriental da cidade, ocupada em 1967, alegando que seus critérios de alocação de recursos respeitam as resoluções da ONU que mantêm a parte árabe de Jerusalém como território ocupado.
O banco e a Deutsche Bahn aderiram ao boicote após intensa campanha do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), um movimento criado em 2005 por ONGs palestinas com o objetivo de exercer pressão internacional sobre Israel.
O movimento obteve apoio de sindicatos de trabalhadores e de ONGs na maioria dos países europeus e também nos Estados Unidos, África do Sul e Austrália.
O BDS exorta empresas e instituições ao redor do mundo a boicotar Israel "até que os direitos dos palestinos sejam respeitados" e equipara o regime israelense ao apartheid da África do Sul.
A campanha pelo boicote a produtos dos assentamentos também conta com o apoio de grupos israelenses de esquerda. No ano passado o parlamento de Israel aprovou uma lei criminalizando a campanha pelo boicote e, segundo a lei, os grupos que o apoiarem poderão ser processados e multados.

'Racista'

A britânica Co-op esclareceu que continuará comprando produtos israelenses mas não irá fazer negócios com empresas que exportam mercadorias produzidas nos assentamentos considerados ilegais.
As quatro empresas que passaram a ser boicotadas pela rede britânica são Agrexco, Arava, Adafresh e Mehadrin, que exportam alimentos produzidos tanto em Israel como nos assentamentos israelenses ilegais existentes nos territórios palestinos na Cisjordânia ocupados por Israel.
Do ponto de vista do governo israelense não há diferença entre o boicote a produtos fabricados nos territórios ocupados e o boicote geral a Israel.
"A verdade é que eles boicotam Israel, os assentamentos são apenas um pretexto", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor, à BBC Brasil.
Segundo o porta-voz, o movimento BDS "está por trás disso".
"O objetivo do BDS é boicotar Israel e os israelenses de maneira generalizada e quem boicota pessoas por causa de sua cidadania é racista", disse Palmor.
"Trata-se de um boicote geral, tanto econômico, como cultural e acadêmico", acrescentou. o porta-voz.

Cancelamento

Nos últimos dias, duas bandas irlandesas anunciaram o cancelamento de shows que estavam programados para junho, em Israel.
As bandas Dervish e FullSet avisaram a produção que não pretendem participar do Festival de Música Irlandesa que deveria ocorrer em Jerusalém e Tel Aviv, pois "sentem que não seria apropriado violar o boicote".
Depois do aviso das bandas, a produção do festival anunciou o cancelamento do evento.
Em outro incidente, o sindicato do Serviço Nacional de Saúde britânico anunciou o cancelamento da palestra do advogado israelense, Moti Cristal, que estava programada para esta semana, em Manchester.
Cristal, que é especialista em negociações, havia sido convidado para fazer uma palestra em um seminário de executivos britânicos na área da Saúde, porém foi informado que sua participação foi cancelada em consequência da pressão da UNISON – federação dos trabalhadores britânicos. A UNISON anunciou que sua posição oficial é de "apoiar o povo palestino".
Em sua resposta o advogado israelense protestou contra o cancelamento de sua participação. "Acredito que o caminho para resolver conflitos, principalmente o conflito israelense-palestino, passa pelo diálogo construtivo e não por boicotes e violência", afirmou.
BBC
No Blog do Omar

INSINUAÇÕES CRETINAS.

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Ano de eleição e aparece gente falando bobagem.
Sem ter como defender a oposição, a velha mídia, agora, quer insistir numa aliança entre Lula e FHC.
"Para o bem do Brasil", dizem.
Um jornalista chega a dizer que PT e PSDB são as forças democráticas remanescentes das últimas décadas, porisso, a necessidade da união.

Mas, estas não são as duas únicas reais frentes parlamentares no Congresso Nacional e na sociedade? Quem mais representa a situação e a oposição? O PT e sua imensa maioria eleita democraticamente, e o PSDB com seus minguados representantes, formam as duas correntes do pensamento político brasileiro. Bastante divergentes, diga-se.
Um, progressista. Outro, reacionário.

A opção, pela via do voto, nas últimas 3 eleições presidenciais, foi o PT. Os tucanos, no cenário nacional, resumem-se a dois ou três nomes - sempre os mesmos - com chances ínfimas de ganhar as eleições para Presidente da República em 2.014.

Deve ser por esta razão que setores conservadores pregam a união Lula e FHC.

Como se o programa de governo de Lula (e, agora, de Dilma) fosse a continuação de FHC! Será que não se cansam de insistir nessa tese? Não parece óbvio que o período FHC foi desastroso social e economicamente enquanto os governos Lula e Dilma, foram de progresso?

O que este blog entende com as insinuações cretinas de parte da velha midia é a tentativa de dar vida à oposição, ao PSDB, uma vez que o DEM está em vias de virar fumaça.

A idéia é boa. Um país consolidado democraticamente deve ter uma oposição forte para, no mínimo, balizar as ações do governo. Mas a forma como estão querendo fazer é um desastre.

Melhor seria a oposição levantar bandeiras sociais; enterrar definitivamente o discurso neoliberal e privatizante que os tucanos adoram. 

FHC, caso ainda tenha algum ideal político, deveria fazer um mea culpa e comandar a oposição de forma mais inteligente. Só com ações da imprensa não vai longe.

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JUROS IMORAIS II

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Logo depois de ter postado JUROS IMORAIS, abaixo, li o que o ex-Ministro Mailson da Nóbrega disse sobre a queda da taxa de juros.

Não podia ser em outro local que não a revista veja*, onde é colunista.

Leia o que ele escreveu:




Para quem não lembra:



Mailson da Nóbrega foi Ministro da Fazenda do ex-Presidente da República José Sarney, entre janeiro de 1988 e março de 1989.
Em sua época à frente da economia do Brasil, a inflação alcançou 80% ao mês.


OITENTA POR CENTO AO MÊS!


É dono da Tendências Consultoria Integrada e trabalha para Instituições Financeiras. Para Bancos, para ser mais claro.

Em entrevista recente à Rede Globo, insinuou que estava sugerindo a seus clientes, os bancos, que não emprestassem dinheiro a juro baixo.

Este tipo de declaração, partindo de quem parte, só dá mais credibilidade à equipe econômica da presidenta Dilma Rousseff.


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Este blogueiro recusa-se a grafar o nome da revista veja com a inicial maiúscula.

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Reforma trabalhista reduz jornada e aumenta aposentadorias na Venezuela

Nova lei trabalhista promulgada por Hugo Chávez ainda deverá ser chancelada pela Suprema Corte
Por: Thassio Borges, do Opera Mundi
Publicado em 03/05/2012, 18:06
Última atualização às 18:06
São Paulo – A Venezuela aprovou nas vésperas do Dia do Trabalho (1º) uma ampla reforma trabalhista que deverá aumentar o valor das pensões e aposentadorias e reduzir a jornada semanal de trabalho no país. Promulgada pelo presidente Hugo Chávez, a nova Lei Orgânica do Trabalho depende agora apenas da chancela do Supremo Tribunal de Justiça para entrar em vigor.
A reforma foi formulada a partir de mais de 19 mil propostas, em sua grande maioria proveniente de sindicatos e outras organizações de trabalhadores. Entre as principais novidades da nova lei, conhecida como LOT, estão a volta da retroatividade da previdência social, que garantirá os benefícios com base no último salário, o pagamento de indenização dobrada em caso de demissões injustificadas, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim da terceirização no ambiente de trabalho.
Além disso, a LOT amplia os direitos de pais e mães a partir do nascimento de seus filhos. Caso aprovada, a lei estabelece a proibição nas demissões de mães e pais durante os dois anos posteriores ao nascimento da criança. Além disso, a licença-maternidade é estendida para seis meses e meio. Com a nova legislação, as empresas também têm de reconhecer os direitos dos casais que adotarem crianças.
Em sua última aparição pública antes de voltar à Cuba para seguir seu tratamento contra um câncer, o presidente Hugo Chávez celebrou a aprovação da nova legislação. É “uma lei para a história, uma lei libertadora, uma lei justa. Agora há que se lutar para que se cumpra”, afirmou o presidente, segundo a agência Reuters.
Segundo Nicolas Maduro, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, assim que o Supremo aprovar a nova lei, ela será publicada no diário oficial e passará a valer para empresas públicas e privadas.
O chanceler venezuelano comparou os novos direitos adquiridos pelos trabalhadores na Venezuela com o cenário de crise nos países ricos. “Nos Estados Unidos, os trabalhadores não têm segurança social, nem hospitais e escolas públicas e estão tomando suas casas (...) Os trabalhadores, as massas que estão despertando nos EUA e na Europa estão lutando por aquilo que, agora, o povo da Venezuela tem”, disse, de acordo com a Telesur.

Críticas

A oposição do país, no entanto, criticou a decisão do governo de promover a nova lei trabalhista em um ano de eleições presidenciais. O principal opositor de Chávez nas eleições de 7 de outubro, Henrique Capriles, classificou como mentirosa a proposta promulgada pelo atual presidente.
“O governo demorou treze anos para reformar a Lei Orgânica de Trabalho e agora o faz a apenas cinco meses das eleições. Mentira”, acusou o candidato da coalizão MUD (Mesa da Unidade Democrática).
De acordo com os últimos números oficiais, a Venezuela tem mais de 12,3 milhões de pessoas empregadas. Destas, 58,7% tem emprego formal.