sábado, 5 de maio de 2012

O esquema Cachoeira e o governo Serra

CPI e Ministério Público investigam como o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira atuou em São Paulo através de contratos da construtora Delta com a Prefeitura e o Estado em obras na marginal Tietê

CONEXÃO
Em conversas telefônicas, Cachoeira (acima) fala sobre
contratos públicos em São Paulo nas gestões de Serra e Kassab



Os desdobramentos da Operação Monte Carlo, que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com governos estaduais e municipais, chegaram ao principal bunker da oposição: o Estado de São Paulo. Em Brasília, parlamentares que compõem a “CPI do Cachoeira” já tiveram acesso a conversas telefônicas gravadas com autorização judicial entre junho do ano passado e janeiro deste ano. Elas apontam que a construtora Delta, braço operacional e financeiro do grupo do contraventor, foi favorecida nas gestões de José Serra (PSDB) e de seu afilhado político Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura e também quando o tucano ocupou o governo do Estado. Em 31 de janeiro deste ano, por exemplo, Carlinhos Cachoeira telefona para Cláudio Abreu, o representante da empreiteira na região Centro-Oeste, atualmente preso sob a acusação de fraudar licitações e superfaturar obras. Na ligação  o bicheiro pergunta se Abreu teria conversado com Fernando Cavendish, oficialmente o dono da construtora, sobre “o negócio do Kassab”. Em seguida, diz a Abreu que o prefeito de São Paulo “triplicou o contrato”. Essa conversa, segundo membros da CPI e do Ministério Público de São Paulo, é um dos indícios de que a organização de Cachoeira também teria atuado com os tucanos e seus aliados em São Paulo. “Os depoimentos de Cachoeira e Abreu serão fundamentais para que se descubra o alcance das relações entre a empreiteira e políticos”, diz o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).

A Delta começou a prestar serviços à capital paulista em 2005, quando Serra assumiu o comando do município. Inicialmente, os contratos somavam R$ 11 milhões. A partir de 2006, quando Serra deixou a prefeitura e venceu as eleições para governador, os negócios da empreiteira com o município se multiplicaram, em muitos casos sem licitação. Em 2010, ano em que o tucano disputou a Presidência, os repasses chegaram a R$ 36,4 milhões. Entre 2008 e 2011, os pagamentos da prefeitura para a Delta ultrapassaram R$ 167 milhões. O que chama mais a atenção da CPI e do Ministério Público de São Paulo, porém, é o fato de a Delta ter vencido em outubro do ano passado uma concorrência para limpeza urbana no valor de R$ 1,1 bilhão. O MP abriu um inquérito para apurar se houve fraude na licitação. Há suspeitas de uso de documentos falsos e de edital dirigido. “Se a Delta cometeu essas irregularidades em outros Estados e municípios, precisamos apurar se isso ocorreu também em São Paulo”, diz o promotor Silvio Marques, do Patrimônio Público. Na quarta-feira 2, ele encaminhou ofício à PF, solicitando acesso às investigações da Operação Monte Carlo.


Entre a papelada, o promotor receberá a transcrição de uma conversa gravada com autorização judicial ocorrida em 4 de agosto do ano passado. No diálogo, a que ISTOÉ teve acesso, um homem identificado como Jorge pergunta para Gleyb Ferreira, segundo a PF uma espécie de “faz-tudo” de Cachoeira, sobre o edital de uma licitação. “E aí, evoluiu aquele negócio?”, pergunta Jorge. “Aguardamos estar com o edital hoje à tarde. O Carlinhos (Cachoeira) quer que a gente converse com o Heraldo (Puccini Neto, representante da Delta na região Sudeste). Já estamos conseguindo uma prorrogação com o secretário para o dia 31 ao invés do dia 15”, responde Gleyb. Para a PF, o diálogo se refere à concorrência de R$ 1,1 bilhão vencida pela empresa ligada ao bicheiro. O Ministério Público já apurou que foram necessários dois editais para a concorrência. No primeiro, a Delta foi desclassificada.

Se a Delta multiplicou seus contratos com a prefeitura entre 2005 e 2011, um movimento semelhante ocorreu com o governo de São Paulo, quando Serra chegou ao Palácio dos Bandeirantes em janeiro de 2007. Durante o mandato do tucano, a construtora recebeu R$ 664 milhões do governo paulista. O valor corresponde a 83% de todos os 27 convênios firmados pela Delta com o Estado de São Paulo na última década. A obra mais polêmica é a ampliação da Marginal Tietê, um dos cartões de visita da campanha presidencial de Serra em 2010. Além de inúmeros problemas, como atrasos e falta de compensação ambiental, o valor pago ao consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta, sofreu um reajuste de 75%. Na quarta-feira 2, o Ministério Público de São Paulo instaurou Inquérito Civil para apurar a existência de irregularidades na licitação, superfaturamento e conluio entre agentes públicos.


ELE DE NOVO

Então diretor da Dersa, Paulo Preto, o polêmico arrecadador tucano em 2010,foi o responsável por contratar a construtora Delta para obras viárias em São Paulo

Segundo documentos obtidos por ISTOÉ, a obra da Marginal era acompanhada dentro do governo de São Paulo por Delson José Amador e Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, que no PSDB é identificado como um dos arrecadadores das campanhas eleitorais de Serra. Tanto Paulo Preto como Amador são citados na Operação Castelo da Areia, da Polícia Federal, por suposto envolvimento com empreiteiras. Pelo lado da Delta, o responsável pelo gerenciamento da obra era o diretor da empreiteira para a região Sudeste, Heraldo Puccini Neto. Ele está foragido, após ter a prisão preventiva decretada por envolvimento em suposto esquema de fraude em licitações na área de transporte público do Distrito Federal. “A apuração sobre os contratos da Delta com o governo paulista pode levar ao caixa 2 dos tucanos em São Paulo”, afirma o deputado estadual João Paulo Rillo (PT). “Não podemos nos limitar a fazer uma análise política”, diz o líder tucano Álvaro Dias (PR). “Devemos checar todos os contratos da Delta para saber de que forma foram celebrados e se os preços praticados foram justos. Afinal, a empresa foi a principal patrocinadora da relação do bicheiro Cachoeira com os recursos públicos.”


NOVO INQUÉRITO
O MP de São Paulo encontrou indícios de conluio entre agentes públicos ea construtora Delta para fraudar licitacões em obras realizadas na capital paulista. O promotor vai investigar contratos da gestão Kassab (abaixo)


Todas as informações são da matéria da revista IstoÉ deste sabado

Lorenzoni joga para a platéia e posa de paladino da ética. Novo Demóstenes?

O deputado Onyx Lorenzoni (DEMos-RS) deu seu showzinho na primeira reunião da CPI do Cachoeira, que lhe garantiu 15 segundos de fama no Jornal Nacional.

Encenação à parte, por que ele queria trazer Carlinhos Cachoeira para depôr na CPI antes de ouvir os policiais federais e procuradores que trabalharam na Operação Monte Carlo e Las Vegas?

Qual o sentido em dar preferência a ouvir a palavra dos 'bandidos' antes de ouvir a dos 'xerifes'?

A versão de Cachoeira deve prevalecer sobre a dos homens da lei?

Assim pega mal... Isso está parecendo coisa de quem quer criar confusão para desmanchar o flagrante, ou melar a CPI.

A gente já viu que cachorro que late não morde, em CPI.

Discursos inflados, sermões encenados de falsos paladinos da ética pouco ou nada acrescentaram para desbaratar esquemas criminosos.  Pelo contrário, muitas vezes é até jogo combinado, para esvaziar depoimentos, e terminar em pizza.

Já vimos esse mesmo filme antes, com outro ex-DEMo, o senador Demóstenes Torres, dando este mesmo show, encenando ser enérgico contra a corrupção, e por trás da encenação escondia-se o que está se vendo.

O que funciona melhor em CPI é perguntas certeiras, objetivas, testemunhos de gente que queira colaborar de fato, além de busca documental, cruzamento de dados e, sobretudo, análise rigorosa da quebra de sigilos bancários, fiscal e telefônico.

Merval Pereira escreve no O Globo Corrupções Ltda, é o homem certo no lugar certo.



Merval Pereira Uma análise multimídia dos fatos mais importantes do dia
Jogada política
Merval Pereira 5.5.2012 8h00m
Não é possível garantir que tenha sido assim, mas há quem aposte que o objetivo principal da campanha de redução dos juros que o Palácio do Planalto desencadeou contra os bancos privados era criar um clima político que favorecesse a mudança das regras das cadernetas de poupança sem desencadear grandes protestos na população, como aconteceu em 2009 quando o presidente Lula, também muito popular, teve que desistir das mudanças.

De resto, brigar pela redução dos lucros dos bancos sempre é uma disputa muito popular.
Teria sido uma notável jogada política da presidente Dilma, que precisaria mudar as regras da poupança para continuar com a redução da taxa Selic.
Tanto é assim que em 2009, quando a Selic estava em 8,75%, portanto já abaixo dos níveis atuais, Lula viu que chegara a hora de mexer na poupança mas em nenhum momento nem ele nem o mesmo Ministro da Fazenda Guido Mantega esboçaram uma campanha contra os spreads bancários, independente do fato de serem escorchantes.
Pelas novas regras, o rendimento da poupança será reduzido sempre que os juros básicos da economia atingirem patamar igual ou inferior a 8,5%, remunerando a caderneta em 70% da taxa Selic. A partir dessa regra, o Banco Central ficará liberado para cortar os juros sem transformar a poupança num investimento mais atraente para os grandes investidores, prejudicando os fundos.
O ambiente político está tão mais favorável ao governo hoje que o oposicionista PPS, que fez uma campanha escandalosa na televisão, comparando a mudança na poupança de Lula com o confisco promovido nas finanças populares por Collor, hoje protesta bem mais moderadamente.
Em 2009, um anúncio na televisão dizia que o governo "vai mexer na poupança como Collor", embora apenas os rendimentos fossem afetados pela cobrança de imposto de renda, sem confisco dos depósitos existentes.
Uma diferença fundamental, que fez com que a denúncia do PPS tenha sido tratada pelo próprio presidente Lula como "irresponsável" e "insana".
Mas também o presidente Lula, ao anunciar que o governo mexeria nas regras da poupança disse que assim agia "para proteger o pequeno poupador", distorcendo a situação e tentando amenizar as críticas dos depositantes das cadernetas de poupança.
Desta vez, o deputado Roberto Freire, presidente do PPS, colocou-se contra a medida, que para ele poderá poderá resultar em “graves prejuízos” aos poupadores das classes populares, em benefício do setor financeiro.
Também o senador tucano Álvaro Dias acusou o governo de estar atuando como “um Robin Hood às avessas, retirando de pequenos poupadores para preservar os poderosos. O porto seguro das pequenas economias pagará o pato da guerra santa deflagrada pela presidente Dilma, que, pelo jeito, não mostra coragem para mexer no que realmente interessa: tributos e ganhos de bancos”.
O projeto de Guido Mantega era cobrar Imposto de Renda de todos os depósitos em poupança que ultrapassassem os R$ 50 mil, o que, diziam, representava uma parcela ínfima dos poupadores.
Mas a reação foi tamanha que o então presidente Lula teve que recuar. Na versão de Dilma, a caderneta continua sendo uma aplicação livre de impostos, e as mudanças só afetem as novas poupanças e os depósitos feitos a partir do anúncio da medida, evitando-se assim a acusação de quebra de contrato dos poupadores antigos, que continuarão a ser remunerados como sempre foram.
Essa é uma diferença básica, que enfraquece muito as críticas oposicionistas. Em 2009, o então deputado do PPS Raul Jungmann, autor da denúncia de que o governo iria “mexer na poupança” levantava uma questão importante, que ainda é válida hoje: por que o governo não deixa o mercado se ajustar, obrigando os bancos a reduzirem as taxas de administração dos fundos de renda fixa, que podem chegar a até 4%, em vez de apenas reduzir os ganhos da poupança?
De qualquer maneira, tenha tido intenção ou não, o certo é que a presidente Dilma conseguiu montar uma estratégia que aparentemente levará a uma mudança na remuneração da caderneta de poupança sem provocar grandes traumas, inclusive por que teve o cuidado de só mexer nas novas cadernetas e nos novos depósitos.
Uma das principais preocupações dos políticos da base aliada, por sinal, foi a maneira de comunicar essa delicada decisão. Houve uma recomendação generalizada de não se falar em “mexer na poupança”, para evitar mal-entendidos.
Colocando diante da população a redução dos ganhos da poupança como medida indispensável para que venhamos a ter taxas de juros “de primeiro mundo”, o governo conseguiu um marketing político vencedor.
@@@@
O Procurador-Geral da República Roberto Gurgel já tem uma estratégia montada para o caso de a CPI do Cachoeira resolver insistir na sua convocação para depor.
Ele já acertou com os ministros do Supremo Tribunal Federal uma liminar para respaldar sua ausência, mantendo assim a garantia de que poderá ficar distante dos debates da CPI para exercer seu papel constitucional.
Uma outra alternativa que chegou a ser debatida foi a de ele comparecer mas se manter em silêncio, alegando a impossibilidade de depor.
Mas ponderou-se que diante do que está sendo considerado uma “afronta” ao Judiciário, o melhor seria não colaborar para esticar demais a corda.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Navalha
Chegamos à beira do precipício.

Se o Robert(o) for depor o PiG dá o Golpe.

E ainda se diz que isso aqui é uma Democracia !

(Na Argentina, expulsaram o Cesare Civita.)

O Demostenes é gato morto.

O Perillo é gato morto.

Da Delta o PiG (*) fez um gato morto.

Dez Agnellos não valem um José Dirceu.

Quem tem que ir para o banco dos reus são o Robert(o) Civita e os filhos do Roberto Marinho.

Os filhos do Roberto Marinho se reduziram a um “qualificado mensageiro”.

Imagine, amigo navegante, se o Dr Roberto teria um “mensageiro qualificado”.

Se estivesse ameaçado de subir ao banco dos reus, o Dr Roberto já tinha invadido pessoalmente o Palácio do Planalto há muito tempo.

E por que os quatro, juntos, de mãos dadas, o Robert(o) Civita e os tres filhos do Roberto Marinho precisam subir à forca ?

Porque eles são a corda e a caçamba.

O jn não tem produção própria.

A Veja não tem repercussão nacional.

O crime organizado se organiza na Veja e se expande no jornal nacional, na liturgia trevosa de seu Cardeal Ratzinger, o Ali Kamel.

O jn transforma em Chanel # 5 o detrito solido de maré baixa da Veja.

Foi assim na cena da corrupção dos Correios – com que a TV Record melou o mensalão - e no grampo sem audio (que o Luiz Fernando Correa não achou até hoje).

O mensalão – que está por provar-se – e a prisao do Daniel Dantas – “chamar o Presidente às falas”- foram os momentos mais próximos da desmoralização do Governo Lula.

Esta não é a CPI do Demóstenes – que já morreu.

Esta é a CPI da Veja.

Esta é a CPI do PiG (*), do Golpe que a midia nativa põe em marcha, sempre.

Se não for a CPI da Veja (e da Globo), não será.

Arrastará o PT e seus aliados ao deboche.

O PT tem medo da Globo.

O Brizola não tinha.

E contra o Dr Roberto se elegeu duas vezes governador do Rio.

E chamava o PT de UDN de tamancas.

Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Contraponto 8057 - "Código Florestal e pedido de referendo popular"

.
04/05/2012
Código Florestal e pedido de referendo popular

Da Carta Maior - 3/5/2012

O momento é de resistência, de denúncia e de exigências de transformações nesse Código Florestal. Agora é o momento da cidadania popular se manifestar. O poder emana do povo. A Presidenta e os parlamentares são nossos delegados e nada mais. Temos o direito de buscar o caminho constitucional do referendo popular.

Leonardo Boff
*

Lamento profundamente que a discussão do Código Florestal foi colocada preferentemente num contexto econômico, de produção de commodities e de mero crescimento econômico.

Isso mostra a cegueira que tomou conta da maioria dos parlamentares e também de setores importantes do Governo. Não tomam em devida conta as mudanças ocorridas no sistema-Terra e no sistema-Vida que levaram ao aquecimento global.


Este é apenas um nome que encobre práticas de devastação de florestas no mundo inteiro e no Brasil, envenenamento dos solos, poluição crescente da atmosfera, diminuição drástica da biodiversidade, aumento acelerado da desertificação e, o que é mais dramático, a escassez progressiva de água potável que atualmente já tem produzido 60 milhões de exilados.

Aquecimento global significa ainda a ocorrência cada vez mais frequente de eventos extremos, que estamos assistindo no mundo inteiro e mesmo em nosso país, com enchentes devastadoras de um lado, estiagens prolongadas de outro e vendavais nunca havidos no Sul do Brasil que produzem grandes prejuízos em casas e plantações destruídas.

A Terra pode viver sem nós e até melhor. Nós não podemos viver sem a Terra. Ela é nossa única Casa Comum e não temos outra.

A luta é pela vida, pelo futuro da humanidade e pela preservação da Mãe Terra. Vamos sim produzir, mas respeitando o alcance e o limite de cada ecossistema, os ciclos da natureza e cuidando dos bens e serviços que Mãe Terra gratuita e permanentemente nos dá.

E vamos sim salvar a vida, proteger a Terra e garantir um futuro comum, bom para todos os humanos e para a toda a comunidade de vida, para as plantas, para os animais, para os demais seres da criação.

A vida é chamada para a vida e não para a doença e para morte. Não permitiremos que um Código Florestal mal intencionado ponha em risco nosso futuro e o futuro de nossos filhos, filhas e netos. Queremos que eles nos abençoem por aquilo que tivermos feito de bom para a vida e para a Mãe Terra e não tenham motivos para nos amaldiçoar por aquilo que deixamos de fazer e podíamos ter feito e não fizemos.

O momento é de resistência, de denúncia e de exigências de transformações nesse Código que modificado honrará a vida e alegrará a grande, boa e generosa Mãe Terra. Agora é o momento da cidadania popular se manifestar. O poder emana do povo. A Presidenta e os parlamentares são nossos delegados e nada mais. Se não representarem o bem do povo e da nação, de nossas riquezas naturais, de nossas florestas, de nossa fauna e flora, de nossos rios, de nossos solos e de nossa imensa biodiversidade perderam a legitimidade e o uso do poder público é usurpação. Temos o direito de buscar o caminho constitucional do referendo popular. E aí veremos o que o povo brasileiro quer para si, para a humanidade, para a natureza e para o futuro da Mãe Terra.


*Leonardo Boff
é teólogo e escritor.

Veja Edição Extra

O sentido da CPI sem a mídia

Por Cristiana Castro

Vamos supor que a CPMI não convoque a Mídia e o Gurgel; a CPMI perde a razão de ser já que Cachoeira já está preso e vai ser julgado com base nas investigações e, Demóstenes, além de já estar no Conselho de Ética, também já está denunciado no STF. Ou seja, farão a CPMI para fazer o quê?
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O esquema montado pelo crime organizado funciona a partir da Imprensa; passa, forçosamente, pelos meios de comunicação que viabilizavam e legitimavam os atos da quadrilha. Isso tudo já está DITO nas gravações da Polícia Federal e todo mundo já viu. O mesmo vale para o Procurador Geral da República, que acobertou todo o esquema. Pinçar políticos e empreiteiras é prender o matador e deixar solto o mandante.
Eu não acredito que os parlamentares perderão a chance de mostrar a sociedade que, diversas vezes, serviram de bodes expiatórios para que os verdadeiros corruptos ficassem resguardados. Podem, não convocar ninguém mas o país inteiro já sabe que está dominado pelo crime organizado e que, de nada adiantaria, remanejar, Gurgel ou Demóstenes. Miro Teixeira, já está prontinho para assumir o lugar de Demóstenes e qualquer outro Procurador Geral da República que entre já encontrará a casa mobiliada.
Além disso, as coisas chegaram num ponto em que já se sabe que a grande mídia nativa trabalha em parceria com o crime organizado, para uns, a quadrilha fornece material e para outros o material é encomendado, o que vem a dar no mesmo. Ou seja, a omissão de nossos parlamentares, colocará em risco, um grande número de pessoas que denunciaram a parceria. Vale lembrar que estamos falando de bandidos, matadores e, se parlamentares e membros do judiciário, Ministério Público etc. estão com medo de morrer, deveriam pedir licença e ir para suas casas.
O que não vale é correr agora e deixar os denunciantes na friagem. Uma grande parte do país já entendeu do que se trata e está sim, dando todo o apoio a parlamentares de todos os partidos que não caiam na tentação criminosa de fazer joguinhos partidários numa CPMI desse naipe. O que está em jogo não é o Legislativo e nem o Executivo, essa é a CPMI da Mídia e do Judiciário & Cia e suas ligações com o crime organizado.
Não façamos isso, agora e, podemos esquecer todos os escândalos que já conhecemos e os que ainda vamos conhecer; jamais vamos poder saber o que foi real e o que foi criado pelo crime organizado; esqueçamos todos os julgamentos pq tb não teremos como saber em que condições foram tomadas as decisões e, por fim, esqueçamos de votar e tentar escolher candidatos, partidos, etc... porque não se enfrenta o crime organizado com votos e nem com passeatas.
No mundo do crime não existe, Imprensa, Legislativo, Executivo ou Judiciário; o que vale é a lei da bala; execuções sumárias e vontade do bandido. O resto é embromação; falar em democracia num estado controlado pelo crime é obrigar todo o cidadão a ser um soldado do tráfico. Se não for para convocar Midiático e Judiciário, é melhor nem começar.
Essa CPMI já começa com uma investigação da Polícia Federal, o resultado é cadeia para os envolvidos; nos acostumamos a julgamentos na base do recorte de jornal, que, por óbvio, nunca podem dar em nada mesmo; esse caso é DIFERENTE, os envolvidos estão flagrados em atividades criminosas e já existe, veiculada, inclusive, vasta comprovação de suas participações.
A omissão do Congresso Nacional, será, infinitamente, mais criminosa que a do Procurador Geral da República.

Escândalo da revista Veja é matéria da capa de CartaCapital

A revista Carta Capital desta semana traça um paralelo entre Murdoch e Civita.


Eis um trecho da matéria na internet:

Policarpo Jr., diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, trocou 200 ligações com Carlinhos Cachoeira. O bicheiro goiano, escreveu o correspondente de CartaCapital em Brasília, Leandro Fortes, alega ser o pai de “todos os furos” da revista. E Cachoeira disse estar pronto a detalhar as histórias que contou para Policarpo Jr. na CPI.

O patrão da Editora Abril, Roberto Civita, 75 anos, sabia quem era a fonte de todos aqueles “furos” da semanal mais lucrativa de sua empresa? Se for convocado para depor na CPI do Cachoeira, Civita reconhecerá que a Veja não respeitou a ética jornalística? Usar como parceiro de reportagem um criminoso com estreitos elos (às vezes acompanhados de subornos) com um senador, deputados, governadores e uma empreiteira foge à regra essencial do jornalismo: a de apurar as duas ou mais versões da mesma história.

Mas o patrão da Abril provavelmente não dará o ar da graça na CPI. Isso porque os jornalões e a tevê Globo agem em bloco para que isso não aconteça. São dois os motivos. O bicheiro, atualmente atrás das grades, favorecia os “furos” a envolver os inimigos “esquerdistas” da mídia tucana, principalmente petistas e ministros. Segundo motivo: jornalistas de outros orgãos da mídia também obtinham seus “furos” de Cachoeira. Leia mais na CartaCapital.
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/

Brasil tem investimento estrangeiro recorde em 2011: US$ 66,7 bilhões


Fatia brasileira de todo o recurso injetado na América Latina e Caribe lidera ranking e corresponde a 43,8%, mostra estudo da Cepal divulgado hoje
Redação da Rede Brasil Atual
Brasil recebeu US$ 66,7 bilhões em investimentos estrangeiros em 2011, segundo estudo divulgado hoje (3) pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em Santiago, no Chile. A fatia brasileira corresponde a 43,8% de toda a injeção de recursos na região – US$ 153,4 bilhões, valor que representa 10% dos investimentos em todo o mundo. 
Em 2010, a região recebeu US$ 120,9 bilhões e em US$ 2009, com a crise internacional, apenas US$ 81,6 bilhões, depois do registro do valor máximo histórico em 2008  - US$ 137 bilhões.
O estudo “O Investimento Estrangeiro Direto Na América Latina e no Caribe” coloca o Brasil no topo do ranking, seguido por México, com US$  19,4 bilhões, Chile, com US$ 17,3 bilhões, Colômbia, com US$ 13,2 bilhões,  Peru, com US$ 7,7 bilhões, Argentina, com US$ 7,2 bilhões, Venezuela, com US$ 5,3 bilhões e Uruguai, com US$ 2,5 bilhões. Desses países, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai alcançaram recordes históricos.
O Chile foi o país que mais investiu no exterior (US$ 11,8 bilhões), seguido pelo México (US$ 9,6 bilhões) e Colômbia (US$ 8,3 bilhões). Como bloco, a União Europeia (UE) é a maior investidora na América Latina e no Caribe. Na última década, investiu em média US$ 30 bilhões de dólares por ano na região, 40% do total recebido.”
Matéria Completa, ::Aqui::

O rumo do governo Dilma

Durante um ano o governo Dilma Rousseff foi cauteloso. Desarmou bombas deixadas pelo caminho, baixou a fervura das disputas com a mídia, deu reconhecimento devido ao principal referencial da oposição, Fernando Henrique Cardoso, e ousou pouco.
Passou a impressão de ter se curvado aos excessos da realpolitik, da cautela.
Mas apenas seguia uma estratégia pensada, gradativa, mas sem perder de vista o objetivo final.
Passado o primeiro ano, consolidada a gestão, com índices altos de popularidade, Dilma deu início à segunda fase, a da ousadia. E colocou para fora seu lado desenvolvimentista, avançando contra dogmas de mercado, falsos.
O discurso de Dilma no 1º de maio é um divisor de águas, uma espécie de travessia de Rubicão, onde pela primeira vez estão explicitados os objetivos maiores do governo.
A lógica é direta.
O trabalhador ajuda a construir o país. E merece usufruir da riqueza do país, na forma de melhores empregos, salário digno e formação de qualidade.
Para poder lhe oferecer isso, o país necessita consolidar seu crescimento, equilibrar sua economia, diminuir as desigualdades, proteger a indústria e a agricultura, desenvolver novas tecnologias e ser competitivo e soberano no mundo.
“Não quero ser a presidenta que cuida apenas do desenvolvimento do país, mas das pessoas”, enfatizou Dilma. Significa lutar por saúde melhor para pobres e classe média, educação de qualidade em todos os níveis – inclusive técnico e universitário -, no Brasil e no exterior. A menina dos olhos da presidente é o programa “Brasil Sem Fronteiras”, que pretende conseguir bolsas para brasileiros nas principais universidades do mundo.
O objetivo é “enxergar o trabalhador com cidadão, e por isso plenos de direitos civis; e como consumidor, com condições de comprar todos bens e serviços que sua família precise para viver condignamente”.
E aí entrou no tem a juros.
Segundo Dilma, a economia só será plenamente competitiva quando as taxas de juros internas se igualarem às taxas praticadas no cenário internacional. Aí os produtores vão poder produzir e vender melhor e os consumidores comprar mais e pagar com mais tranquilidade.
“É inadmissível ter um dos juros mais altos do mundo (…) O Brasil de hoje não justifica isso (…) Os bancos não podem continuar cobrando os mesmos juros para empresas e consumidores enquanto taxa básica cai, economia estável e maioria absoluta dos brasileiros honra seus compromissos”, foram alguns dos trechos do discurso.
O grande desafio para a queda adicional dos juros está na remuneração da caderneta de poupança. Ontem, a equipe econômica esteve reunida por mais de cinco horas para fechar a proposta da nova forma de remuneração da poupança.
A ideia é uma proposta que tenha continuidade, um modelo que seja suficientemente flexível para perdurar no tempo.
No final do dia, a proposta foi encaminhada para a área jurídica, para dar o formato que permita ao Banco Central operar a mudança.
Amanhã o Ministro da Fazenda Guido Mantega deverá se reunir com diretores de redação de jornais e com jornalistas para explicar o mecanismo e tentar amenizar eventuais mensagens terroristas.
Luis Nassif
No Advivo

GOVERNO SUPERA QUESTÃO DA REMUNERAÇÃO DA POUPANÇA - UMA LIÇÃO NOS ECONOMISTAS DE REDAÇÃO


Ministro Guido Mantega está ajudando o governo a matar os "economistas de redação" de raiva.

Sem quebra de contrato, sem confisco, sem prejudicar o investidor, sem traumas, sem repetir erros anteriores, o governo encontrou o caminho para alterar a fórmula de remuneração da CADERNETA DE POUPANÇA, (apenas para novos depósitos) e garantir ainda por cima as condições necessárias para que o BANCO CENTRAL possa continuar o ciclo de redução da TAXA SELIC.

O que parecia ser um obstáculo intransponível, sem que a "idéia de calote ou confisco" atormentasse o poupador e deixasse o governo em situação delicada em ano eleitoral, foi resolvido de forma tranquila e inteligente.

É simples meu amigo, se você tem por exemplo R$ 1.000,00 na Poupança, vai continuar recebendo a TR + 6% ao ano sobre esse valor. Depois de sancionada a MP com a nova forma de remuneração, os seus R$ 1.000,00 continuam sendo remunerados da FORMA ANTIGA e só os novos depósitos que você fizer na sua conta é que serão remunerados por TR + 70% da TAXA SELIC, caso ela esteja em 8,5% ou abaixo disso. Se a TAXA SELIC subir, digamos, ficar em  9% (como está hoje) todo o seu dinheiro depositado na poupança volta a ser remunerado pela forma anterior. 

Ou seja, o poupador não perde, e o país tem agora uma nova janela para reduzir os juros da SELIC, que a forma anterior de remuneração rígida da Poupança impedia que fosse feita, sem o risco de uma debandada dos Títulos e Fundos de Investimentos.

Os economistas de "redação" que previam o caos e o cheiro de calote e confisco, erraram mais uma vez.

Saiba mais aqui

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A ameaça chinesa

publicado em 02/05/2012

Por Wladimir Pomar
Vai e volta, a ameaça chinesa continua atormentando um sem número de empresários e comentaristas da imprensa escrita, falada e televisiva. O que não impede, pelo menos alguns dos empresários, ao mesmo tempo em que bradam contra a tal ameaça chinesa, irem comprar produtos chineses na Feira de Cantão, que afinal de contas eles não são de ferro, e o que mais lhes interessa é elevar seus lucros.
Vai e volta, também existem economistas, alguns deles sinceros, que sequer se dão conta de que estão repetindo chavões criados nos centros de propaganda do primeiro mundo, e repetidos principalmente por Veja e congêneres, ao reiterarem que o Brasil não pode competir com os salários de fome, nem com um país que somente produz para o mercado externo, e que somente cresce a altas taxas porque lá não há democracia, como no Brasil.
Assim, vai e volta, somos obrigados a voltar ao tema China. Mesmo porque, goste-se ou não dela, ela tem sido fundamental para manter superavitária a balança comercial brasileira há cerca de 8 anos. E tem jogado um papel importante para mostrar, a todos os países atrasados do ponto de vista capitalista, que é possível um caminho diferente do neoliberalismo, sem fugir da globalização. Além disso, em anos mais recentes, apesar das resistências de áreas privadas e de setores do governo, ela tem contribuído para a industrialização brasileira, com investimentos em plantas de manufatura de bens intermediários de capital.
O problema parece consistir em que algumas pessoas se sentem na obrigação de justificar o atraso brasileiro, em seu processo de desenvolvimento, colocando a culpa na China. E o que parecia argumento superado, como o suposto salário de fome chinês, voltou a ser repetido para explicar a competividade chinesa. Prova: estatísticas recentes mostram que os salários chineses são 1/15 ou menos do que os salários médios internacionais. O que é verdade. Porém, do ponto de vista do poder de compra do trabalhador chinês, isso simplesmente não quer dizer nada. Por que? Porque os preços internos chineses são 1/25 ou 1/30 ou menos do que os preços internacionais.
Em outras palavras, algo que deveria ser do beabá da economia, isto é, diferença entre salário nominal e salário real, ou poder de compra nominal e poder de compra real, é escamoteado. Tudo para esgrimir argumentos que expliquem a competitividade chinesa pela forma mais rastaquera possível. Em termos de poder de compra, o menor salário chinês compra pelo menos três vezes mais do que o salário mínimo brasileiro, simplesmente porque os preços de monopólio praticados pelo agronegócio e pelas multinacionais instaladas no Brasil são altos, enquanto os preços de concorrência praticados pelas empresas chinesas são baixos.
É evidente que os baixos salários chineses, em comparação com os salários médios internacionais, têm papel na competividade chinesa no mercado internacional. Porém, é preciso agregar a essa capacidade competitiva a escala da produção, a logística de primeiro mundo, também de baixo custo, taxas tributárias reduzidas, juros baixos e taxas de câmbio relativamente desvalorizadas, estas com base numa reserva de quase 3 trilhões de dólares em moedas internacionais.
O que nos deveria preocupar nessa questão do salário é por que os salários brasileiros, sendo relativamente baixos em termos internacionais, têm um poder de compra ainda mais baixo em termos de mercado interno. Ou, mudando o enfoque, por que os preços brasileiros, em termos internacionais, são tão ou mais altos do que preços praticados não só em outros países idênticos, mas até mesmo em países desenvolvidos.
É lógico que nossas reservas em moedas internacionais melhoraram, mas ainda não garantem uma desvalorização mais firme do real. Que as taxas de juros praticadas no Brasil são indecentes, para garantir a lucratividade dos rentistas. Que nosso sistema tributário é regressivo, recaindo principalmente sobre os salários e as empresas médias e pequenas. Que nossa logística é caríssima, decorrente de uma matriz de transportes construída para favorecer a indústria automobilística e não a circulação das mercadorias, além de quase ter sido destruída nos anos de domínio neoliberal. E que nossa escala produtiva, além de ser relativamente reduzida, é dominada por corporações transnacionais que exercem sobre ela o oligopólio ou o monopólio.
Bem vistas, as acusações à China na verdade pretendem esconder essas mazelas, que são nossas, e são as principais responsáveis pela baixa competitividade da indústria brasileira. Afora isso, para finalizar, o mercado interno chinês já engloba, em termos de paridade de poder de compra, mais de 400 milhões de pessoas na classe de renda A, e mais 500 milhões nas classes de renda B e C. Se isso não quer dizer nada em termos de mercado interno, então é preciso jogar fora todos os livros de economia, em especial os de economia política. Quanto ao mais, ficam para o próximo ataque de nervos anti-chinês.
Centrais e Dilma voltam a discutir isenção na tributação sobre pagamentos de PLR

No quarto encontro com sindicalistas, nesta quinta-feira (3) presidenta pode anunciar redução do Imposto de Renda que incide sobre um direito conquistado pela luta dos trabalhadores


Representantes das seis centrais sindicais reconhecidas e a presidenta Dilma Rousseff voltam à mesa de negociação hoje (3), a partir das 15h30. Durante o quarto encontro com o governo, desde a posse da presidenta, os sindicalistas esperam discutir a isenção de Imposto de Renda no pagamento de prêmios de participação nos lucros ou resultados (PLR).
Durante as comemorações do 1º de Maio, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, adiantou a decisão da presidenta de atender o pedido das centrais, com a ressalva de que não chegará ao valor que as centrais pedem. O presidente da UGT, Ricardo Patah, acredita que ainda “há tempo para aprimorar o tema”.
A reivindicação das centrais é de isenção de IR para pagamentos até R$ 20 mil – a exemplo do que ocorre com os dividendos pagos a acionistas de empresas. “É um passo importante o atendimento desse conceito”, apontou o sindicalista. Ele também avalia que é preciso rever a lei que trata de PLR. “Há empresas que deturpam a PLR para beneficiar a alta gerência com dez salários correspondentes à função, enquanto os trabalhadores em outras posições recebem meio salário mínimo”, disse.
Para o presidente da CUT, Artur Henrique, a isenção de imposto no pagamento de PLR e a ratificação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre direito à negociação coletiva no setor público, são temas sobre os quais falta definição e devem ser tratados na reunião com a presidenta. “Tem uma decisão política do governo. O que está faltando é discutir os termos”, afirmou Artur, sobre a questão da PLR. A “sinalização positiva” veio de Carvalho, mas ele não acredita que saia alguma definição no encontro com Dilma. “Esse é um debate que deve acontecer, mas não amanhã.”
Outros itens da pauta discutida na última reunião entre sindicalistas e governo, em 14 de março, também devem voltar ao debate, afirmou o presidente da CTB, Wagner Gomes. Entre eles, o fim do fator previdenciário e a política de redução das taxas de juros. “Embora seja positiva a queda na taxa de juros, ainda é muito tímida para quem ainda tem a maior taxa do mundo”, afirmou.
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as reuniões de Dilma com as centrais, desde o início de seu mandato, demonstram “boa vontade da presidenta” e “um novo patamar de negociação”. Segundo o sindicalista, faltava interlocução do governo com os movimentos sociais, principalmente as centrais sindicais. “O país caminha bem, mas é preciso reconhecer a importância dos movimentos sociais para alcançarmos este patamar.”
A reunião entre governo e sindicalistas já deve contar com a participação do novo ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que será empossado às 11h.
Rede Brasil Atual

Lula elogia iniciativa africana de fomento do crescimento em seminário no Rio
Ex-presidente Lula na mesa de abertura do seminário (Foto: Ricardo Stuckert/IL)

Evento no Rio de Janeiro faz parte das comemorações dos 60 anos do BNDES


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (3) as políticas de austeridade que estão sendo usadas para enfrentar a crise na Europa e elogiou a iniciativa africana de fomentar o crescimento do continente.
A declaração foi feita no Rio de Janeiro, durante o seminário “Investindo na África: Oportunidades, Desafios e Instrumentos para a Cooperação Econômica” organizado pelo BNDES. O ex-presidente destacou, nesse contexto da crise europeia, a importância de iniciativas como o Programa para o Desenvolvimento da Infraestrutura na África, o Pida. Segundo Lula, o Pida aponta para uma África do século 21, nos moldes do que é o PAC, que começou em seu governo e hoje é ainda melhor gerenciado pela presidenta Dilma.
O ex presidente Lula participou hoje da mesa de abertura do seminário, da qual também fizeram parte Luciano Coutinho, presidente do BNDES, Thomas Sukutai Bvuma, embaixador do Zimbábue e decano do Corpo Diplomático da África no Brasil; Edison Lobão, ministro de Minas e Energia; Sérgio Cabral, governador do Estado do Rio de Janeiro; Eduardo Paes, prefeito do Município do Rio de Janeiro e Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Não queremos hegemonia, queremos parceria
Em sua fala, Lula falou o momento de crise que os países ricos vivem hoje, criticou as políticas de austeridade e ressaltou a importância do programa de desenvolvimento da África. O ex-presidente defendeu a importância da parceria entre o Brasil e a África e ressaltou que ela deve se dar não no sentido de imposição de modelos e sim no de construção conjunta de para desenvolver o continente africano. “Não queremos hegemonia, queremos parceria”, disse ele.
O seminário “Investindo na África: Oportunidades, Desafios e Instrumentos para a Cooperação Econômica” faz parte das comemorações dos 60 anos do BNDES e reuniu ministros, empresários, diplomatas e dirigentes do Banco Africano de Desenvolvimento e do Banco Mundial.
Clique aqui para mais informações sobre o evento e para ver a programação completa.
Leia abaixo a íntegra do discurso lido pelo ex-presidente Lula nesta quinta-feira:
“Meus caros companheiros de mesa, autoridades, empresários, diplomatas, caros convidados, caros colaboradores do BNDES,
Minhas amigas, meus amigos,
Antes de tudo, meus parabéns ao Luciano, aos diretores e a equipe do BNDES, pelo aniversário de uma das instituições mais importantes do Brasil, e o maior banco de desenvolvimento do mundo. Voltar hoje ao Rio de Janeiro para conversar sobre as relações entre o Brasil e a África me enche de alegria.
Mais ainda por estar ao lado dos ilustres visitantes que vieram de tão longe para apresentar os planos elaborados para construir a nova África do século XXI. Parabéns Luciano, pela realização deste seminário.
Eu quero aproveitar essa oportunidade para falar um pouco com vocês sobre as relações entre o Brasil e a África nos dias de hoje. Discutir esse assunto se torna ainda mais importante porque o mundo enfrenta uma crise econômica de grande magnitude.
Uma crise que afeta todos nós, no Brasil, na África, e que é respondida pelos países ricos sempre da mesma forma: com “medidas de austeridade”. Isso quer dizer, corte dos investimentos públicos, diminuição dos salários, demissões, corte de benefícios dos trabalhadores, aumento da idade mínima para a aposentadoria.
Pedem austeridade aos povos, aos trabalhadores e aos governos dos países mais frágeis economicamente.
Mas, ao mesmo tempo, aprovam pacotes e pacotes de injeção de recursos no sistema financeiro, justamente nos setores responsáveis pela ciranda especulativa que provocou a crise que estamos vivendo.
Ou seja, punem as vítimas da crise e distribuem prêmios para os responsáveis por ela. Há algo de errado, de muito errado, nesse caminho.
Parece que os organismos multilaterais não têm autoridade e governança para fazer valer suas deliberações.
Lembro que os países do G20, em 2009, chegaram a um acordo sobre um conjunto de medidas para reforçar a regulação dos mercados financeiros.
De lá pra cá, nada foi feito nesse sentido.
Olho para a evolução da crise e constato com tristeza que muitos governantes nos países ricos, continuam movidos pela mesma lógica que produziu a crise de 2008, ainda não resolvida.
Uma lógica que pode ser resumida assim: ao sistema financeiro, todo o apoio para que não sofra com a crise; aos trabalhadores, aos aposentados, aos mais frágeis, aos países mais pobres, nenhum socorro.
Daí a importância extraordinária do programa de desenvolvimento que os 54 países da África aprovaram recentemente, apostando no crescimento, na produção, no trabalho e no crédito.
Os africanos elaboraram um programa inédito, que tem como lema “Interligar, Integrar e Transformar o continente”. Um programa que cria as condições necessárias para intensificar o comércio entre os países africanos. A União Africana mostra a seriedade daqueles que, diante da crise, não se desesperam.
Ela pões medidas para incentivar investimentos =, aumentar o consumo interno e criar mais empregos.
A União Africana está certa: o momento é de ousadia e não de passividade. A hora é de união e não de divisão. O tempo é de solidariedade entre nações, não de opressão dos mais fortes sobre os mais fracos.
Minhas amigas, meus amigos,
Paz, democracia, crescimento e distribuição de renda são as marcas registradas da África do século XXI. Apesar dos problemas que ainda enfrenta aqui e ali, a África caminha para superar a herança devastadora do colonialismo e das disputas entre as grandes potencias da Guerra Fria.
Ela consolida a passos largos sua democracia. Em 2011, no norte da África a população tomou as praças e as ruas para exigir democracia, na chamada “Primavera Árabe”. Em 2012, haverá 25 eleições para o Executivo e para o Legislativo em países do continente.
São 25 eleições, meus amigos. São povos que valorizam a democracia e que, sem receber lições de ninguém, querem ter o direito de escolher seus governantes.
Eu acho este dado extraordinário, porque, aqui no Brasil, chegam poucas notícias da África e, quando chegam, são notícias ruins. E a África está cheia de notícias boas.
É gratificante saber que o PIB do continente cresce há 10 anos a taxas robustas e que deve crescer quase 6% em 2012. Que a chamada classe média na África já ultrapassa a marca de 300 milhões de pessoas. Que o número de jovens nas escolas e nas universidades está crescendo. Que mais de 430 milhões de africanos usam celular e cerca de 100 milhões estão ligados à internet.
Minhas amigas, meus amigos,
As relações entre o Brasil e a África estão vivendo um momento muito especial.
Pela primeira vez na história, existe uma combinação do crescimento econômico da África com o crescimento econômico do Brasil.
O Brasil tem hoje a 6a economia do planeta e tem novas responsabilidades num mundo globalizado.
Em lugar de ficarmos paralisados diante da crise internacional, que não foi criada nem por brasileiros, nem por africanos, precisamos estreitar ainda mais nossos negócios e nossas relações econômicas.
Somos parceiros naturais, somos amigos de longa data, somos irmão para sempre. Hoje existe um mar de possibilidades para serem aproveitadas pelos brasileiros, pelos sul-americanos e pelos africanos. Foi-se o tempo em que o Atlântico nos separava. Ele nos une numa mesma fronteira. Somos vizinhos que nos banhamos nas mesmas água.
Estou convencido de que chegou a hora do Brasil começar a pagar a enorme dívida de solidariedade que nós temos com a África. Nosso País só tem a força que tem hoje porque, durante os mas de 300 anos de escravidão, contou com o suor e o sangue de milhões de africanos, derramados nas minas, nas plantações, nas cidades, na resistência dos quilombos.
E hoje seus descendentes são parte importante das lutas pelos direitos sociais e pela democracia. Somos o que somos hoje em grande medida graças aos africanos.
O Brasil é o país fora da África com a maior população afrodescendente. Temos uma enorme identidade com a África. Isso pode também ajudar os empreendedores brasileiros a aproveitar as incontáveis oportunidades de negócio que se abrem.
Mas veja bem: a África não quer, nem deve ser dirigida por outros. A África quer consolidar sua democracia, autogerir seus destinos e promover seu povo, sem interferência política ou militar de nações estrangeiras.
A África quer conquistar a autossuficiência alimentar, quer promover sua autossuficiência energética, quer construir uma logística de integração, que promova um salto na cooperação continental.
O Brasil pode dar importantes contribuições em todas essas áreas cruciais. Nos últimos 40 ou 50 anos, avançamos extraordinariamente na tecnologia da agricultura tropical. Hoje somos um dos grandes produtores de alimentos no mundo. Temos terras, temos água, temos trabalho, temos tecnologia e temos sol – uma vantagem imensa em relação à agricultura de clima temperado.
A África compartilha conosco muitas dessas características. Com a tecnologia adequada, e podendo se valer da experiência da Embrapa, ela poderá dar nas próximas décadas um grande salto.
O século XXI é o século da agricultura tropical. Olhem o mapa. A savana africana é muito semelhante ao nosso cerrado, hoje o nosso maior celeiro. Estou seguro de que em pouco tempo a África poderá alimentar o seu povo, sem depender de ninguém, e também exportar grãos, carnes e biocombustíveis para outros países do mundo. Queremos trabalhar juntos com a África nesse salto para o futuro.
A África tem tudo para conquistar a autossuficiência energética. Tem grandes jazidas de petróleo e gás, pode tornar-se uma grande produtora de biocombustíveis e possui um espetacular potencial hídrico praticamente intocado. O Brasil possui grande experiência em todas essas frentes Está acostumado a aproveitas recursos naturais em meio a enormes vastidões territoriais. Aprendeu a resolver problemas de cooperação e integração em áreas continentais. Somos um país tropical, com tecnologia própria, e queremos que a África usufrua dessa tecnologia e alcance a autossuficiência energética.
Vemos com satisfação que o conceito do PIDA é o da construção de uma logística de integração da África. Isso significa um fantástico impulso no estreitamento das relações entre os diversos países africanos.
Houve um tempo em que os países da América Latina só sabiam olhar para a Europa e os Estados Unidos. Vivíamos de costas uns para os outros. Felizmente, essa [época ficou para trás e aprendemos que só tínhamos a lucrar com o estreitamento de relações entre nossas economias e, com a integração das nossas logísticas.
Os números são impressionantes.
As exportações do Brasil para a África passaram de 2,4 bilhões de dólares em 2002, para 12,2 bilhões em 2011.
A soma das exportações e importações passou de 4,3 bilhões em 2000 para 27,6 bilhões em 2011.
Hoje temos parcerias na construção e na administração de usinas, linhas de transmissão, rodovias, ferrovias e programas de incentivo tecnológico.
Também nessa área podemos compartilhar nossas experiências e dos demais países da América do Sul com os irmãos africanos.
Não podemos enxergar a África do jeito que era vista no passado, como uma simples fornecedora de minérios, gás e petróleo.
Temos de buscar sócios africanos, a mão de obra de nossas empresas tem que ser africana.
Não queremos hegemonia, queremos parceria, como aquela que foi feita na educação, quando, juntos, criamos a Universidade Luso-Brasileira, a UNILAB, em Redenção, no Ceará.
Queremos ajudar a desenvolver empresas africanas, ajudar a formar técnicos. Queremos transferir tecnologia, como é o caso da instalação de uma fábrica de antirretrovirais, em Moçambique.
O Brasil pode contribuir também com suas experiências de políticas públicas de combate à fome e à miséria. Encontramos caminhos que levaram mais de 40 milhões de brasileiros para a classe média. Que criaram mais de 17 milhões de empregos com carteira assinada. Que aumentaram o salario mínimo dos trabalhadores sem aumentar a inflação. Que levaram a energia elétrica pela primeira vez a 15 milhões de pessoas, através do Programa Luz Para Todos.
Minhas amigas e meus amigos,
Os governantes, em qualquer parte do mundo, têm que assumir a responsabilidade de falar em nome dos pobres e de colocar nos orçamentos o enfrentamento da miséria e da pobreza.
Os pobres têm que participar do desenvolvimento. O caminho é aquele amplia a democracia , coloca ao alcance do povo mais saúde e educação e distribui renda, impulsiona o consumo e realiza grandes obras de infraestrutura.
Usinas de energia elétrica, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, melhor comunicação, mais tecnologia, água e alimentos para todos. Foi esse o espírito que nos moveu na elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento aqui no Brasil, nosso PAC.
Esse grande programa que minha querida presidenta Dilma desenvolve ainda mais, de forma integrada com o Plano Brasil sem Miséria.
É esse o espírito que norteia também o Programa para Desenvolvimento da Infraestrutura, o PIDA, da União Africana.
Estou seguro que podemos aumentar nossa cooperação e nossos investimentos na África. Podemos fazer muito mais do que fizemos até aqui.
O momento é agora e tudo deve ser feito para que ele não seja perdido.
Muitas felicidades para vocês, um excelente seminário para todos”.
Instituto Lula

Maria Inês Nassif assessorará Lula


Ontem foi referendado o convite de Lula para que Maria Inês Nassif assuma a função de assessora dele, ajudando nas análises e interpretações políticas. Apesar de não autorizado pela Inês, cometo a inconfidência: Lula disse ter se surpreendido com a unanimidade colhida com todas as pessoas a quem mencionava o nome da Inês.
Não é novidade para nós, do Blog, que aprendemos a admirá-la faz tempo. Nem para o irmão coruja.

#VejaBandida: Boicote aos patrocinadores da imprensa corrupta

Diz o velho ditado popular: "Quando um cachorro te morde, não adianta reclamar para o cachorro, e sim para o dono dele".

Por isso é importante boicotar os anunciantes da revista Veja, pois direta ou indiretamente financiam o canal midiático da organização de Carlinhos Cachoeira.

Lembre-se que o movimento "Cansei", criado para derrubar o governo popular do Presidente Lula e voltar com da elite arcaica ao poder, foi debelado pelo boicote às empresas que patrocinavam aquele golpe.

O internauta João Barbosa levantou a lista dos anunciantes da revista nesta semana, e republicamos ordenada pelos anunciantes com maior número de páginas.

Eis a lista de anunciantes, na semana, da revista Veja, ligada à organização de Carlinhos Cachoeira:

A Hyundai (carro) @Ottoni_Brasil patrocina a #VejaBandida com 5 págs.
A CacauShow (chocolates) @CacauShowBR patrocina a #VejaBandida com 4 págs.
A Renault (carro) @RenaultBrasil patrocina a #VejaBandida com 3 págs.
O Bradesco (banco) @Bradesco patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Credicard (cartão de crédito) @CredicardEshow patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Chevrolet (carro) @chevroletbrasil patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Fiat (carro) @FiatBR patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Kia motors (carro) @kiamotorsbrasil patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Peugeot (carro) @OficialPeugeot patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Toyota (carro) @toyotadobrasil patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Volvo (carro) @VolvoCarsBR patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Vivo (telefonia) @Vivoemrede patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Sky (TV a cabo) @skybrasil patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Tim (telefonia) @TIMTIMporTIMTIM patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
A Mizuno (tênis) @Mizunobr patrocina a #VejaBandida com 2 págs.
O Ponto Frio (loja) @pontofrio patrocina a #VejaBandida com 2 págs.

A Jeep (carro) @JeepDoBrasil patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Mercedes-benz (carro) @mercedesbenzbr patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Nivea (cosméticos) @niveabrasil patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Lipomax (emagrecimento) Lipomax patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Microsoft (software) @MicrosoftBr patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A HP (computadores e impressoras) @HPNoticias patrocina a #VejaBandida com 1 págs.
A Vivara (moda) @vivaraonline patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Catho Online (rh) @Catho_Online patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Nextel (telefonia) @NextelBrasiI patrocina a #VejaBandida com 1 págs.
A Claro (telefonia) @ClaroBrasil patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Net (TV a cabo/internet/telefonia) @NEToficial patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Oi (telefonia) @digaoi patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Nokia (celulares) @nokiabrasil patrocina a #VejaBandida com 1 pág.
A Abreu Soft Travel / Canadá_Turismo patrocinam a #VejaBandida com 1 pág.

BLOG DA DILMA: Caso Cachoeira chega a mais um Estado (sc )

BLOG DA DILMA: Caso Cachoeira chega a mais um Estado: Escutas da PF mostram contraventor negociando com integrante do primeiro escalão do governador de SC  BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo ...

COLOMBO SC E CACHOEIRA

Caso Cachoeira chega a mais um Estado


Escutas da PF mostram contraventor negociando com integrante do primeiro escalão do governador de SC 

BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Investigações da Polícia Federal mostram que a organização de Carlinhos Cachoeira tinha conexões no governo de Santa Catarina e negociava uma obra com integrante do primeiro escalão da equipe do governador Raimundo Colombo (PSD, ex-DEM). O secretário de Comunicação, Ênio Branco, aparece nas escutas como elo entre o Estado e o grupo do contraventor, que recorreu a ele com o objetivo de obter contrato para a construção de uma rodoviária em Florianópolis (SC).

O inquérito da Operação Monte Carlo revela que houve negociações entre Branco e emissários de Cachoeira em várias ocasiões, ao longo de 2011. Além de ter participado de reuniões de interesse do contraventor, intermediadas pelo senador Demóstenes Torres, o secretário teria acertado com a organização uma parceria público-privada (PPP) para erguer o terminal.
À época, Branco comandava a SC Participações (SCPar), estatal catarinense que cuida justamente dessas parcerias. Segundo as gravações, Cachoeira trabalhava para que a Artec, construtora sediada no Distrito Federal e responsável pela rodoviária de Brasília, obtivesse o contrato. A empresa diz ter sido sondada pela Delta Construções, ligada a Cachoeira, para a reforma de um terminal no Estado.
Num grampo de 8 de agosto do ano passado, às 15h04, Cachoeira diz a um de seus aliados, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez, que o acerto para a obra já estaria costurado com Branco: "É pra procurar urgentemente o Ênio, tá? O Ênio quer fazer um negócio lá, a rodoviária. Já falou com o governador, o governador já liberou e o trem tá com ele", explicou. "Nossa Senhora, beleza! Vou ligar pra ele aqui, tá?", comemora Garcez.
As investigações mostram que Demóstenes também atuou agendando audiências de um aliado de Cachoeira com o então presidente da SCPar. Em 7 de julho, o contraventor telefona para o senador e pede que marque a reunião para o argentino Roberto Coppola, apontado pela PF como empresário do ramo de caça-níqueis e seu parceiro na abertura de empresas e sites de jogos. O senador atende prontamente e retorna, dando o endereço da estatal, no Centro Administrativo de Santa Catarina.
Em nota, Branco disse que conhece Demóstenes desde 2007, mas que, com Cachoeira, teve "raros contatos", "especialmente em encontros de natureza social", não tendo feito negócios com ele. Explicou que, como presidente da SCPar, recebeu pleitos do senador e várias outras pessoas físicas e jurídicas sobre investimentos no Estado. O parlamentar, segundo ele, solicitou que recebesse diretores de empresa interessada na construção de uma nova rodoviária.
A Artec informou não ter contratos com o governo de Santa Catarina e que nunca acionou Cachoeira ou Demóstenes para que negociasse em seu nome. Mas informou que foi sondada pela Delta Construções para a reforma da cobertura de uma rodoviária no Estado. "Não houve negociação por não haver interesse nesse tipo de obra", acrescentou.
 / FÁBIO FABRINI

Perillo e Cachoeira providenciaram 'mensalinho' para Claudio Humberto


Diálogos captados durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal entre Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres e Claúdio Abreu (ex-diretor da empreiteira Delta) mostram que o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) articulou um 'mensalinho' (pagamento mensal através de empresa de Cláudio Abreu) para o jornalista Cláudio Humberto.


Demóstenes Torres participou da intermediação.

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/

Humberto Costa pedirá cassação de Demóstenes Torres

Relator no Conselho de Ética dirá que senador goiano mentiu sobre as relações que tinha com Carlinhos Cachoeira. Veja mais informações também na Coluna Esplanada
O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) mentiu aos senadores em plenário sobre as suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Mentir em plenário configura quebra de decoro parlamentar. Essa será a base do relatório preliminar do senador Humberto Costa (PT-PE) no Conselho de Ética. Com base nisso, Humberto pedirá a cassação do mandato de Demóstenes. Além de mentir, o senador goiano também auferiu bens indevidos na sua relação com Cachoeira, o que também configura quebra de decoro

Quando saíram as primeiras informações do envolvimento de Demóstenes com Cachoeira, publicadas pela revista Época, o senador goiano foi à tribuna do Senado para dar as suas explicações. Na ocasião, a revista informou que a Polícia Federal gravara mais de 200 horas de conversas de Demóstenes com Cachoeira, o que indicava uma relação estreita entre os dois. Na tribuna, Demóstenes reconheceu ter “amizade” com Cachoeira, mas disse que suas conversas com ele tratavam de questões “triviais”. Segundo ele disse na ocasião, o volume de conversas deveu-se a uma questão pessoal: a mulher de Cachoeira, Andressa, largara o suplente de Demóstenes, o empresário Wilder de Morais, para ficar com o bicheiro. Na tribuna, o senador garantiu que atuara como uma espécie de conselheiro sentimental no caso. Ele também deu explicações sobre o fato de ter ganho uma cozinha completa, importada, de presente de casamento de Cachoeira. E afirmou que não sabia dos negócios ilícitos de Cachoeira.
No relatório preliminar, que começará a ler a partir das 10h de hoje no Conselho de Ética, Humberto observará que Demóstenes caiu em contradição várias vezes quanto às suas relações com Cachoeira, à medida em que foram surgindo novas informações. Há contradições, inclusive, entre o que ele disse inicialmente e o que apresentou na sua defesa por escrito.
Discurso e atitudes
O relatório de Humberto explora também contradições entre o discurso moralizador de Demóstenes, declarando-se contrário à exploração do jogo, e suas atitudes como senador. Uma parte do texto concentra-se em mostrar como o senador goiano agiu, como parlamentar, para atender a interesses do bicheiro no Congresso Nacional.
Fazendo a relação entre as atitudes de Demóstenes e os presentes de casamento que ganhou do bicheiro, Humberto Costa mostrará que se tratam de bens auferidos de forma ilícita, o que também fere o decoro parlamentar e mesmo o Código de Ética do servidor público. Pela gravidade das imputações, o relator pedirá como pena a cassação do mandato.
Nada de grampos
O relatório de Humberto tomará o cuidado de não citar nenhum dos grampos vazados pela imprensa que detalham as relações entre Demóstenes e Cachoeira. O inquérito da Operação Vegas, da Polícia Federal, que investigou o bicheiro, só chegou oficialmente à CPI ontem (2). E ainda não houve mesmo qualquer decisão de compartilhamento dessas informações com o Conselho de Ética (que não detém as atribuições das CPIs para lidar com dados sigilosos). Assim, Humberto não tinha como obter oficialmente os dados contidos nas gravações e demais investigações da PF. Para não correr o risco de ver seu relatório invalidado, ele preferiu deixar os grampos de lado.
Como há uma autorização do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, para que os dados do inquérito possam ser compartilhados com o Conselho de Ética do Senado e com a comissão de sindicância da Câmara que investiga os deputados envolvidos com Cachoeira, é possível que Humberto venha a se valer das investigações da PF quando preparar seu relatório final sobre o caso.
O relatório preliminar é apenas o passo inicial do processo de cassação. Hoje (3), será feita apenas a leitura do relatório, e pode, no máximo, haver um início de discussão sobre seu conteúdo. Se quiser, Demóstenes pode fazer alguma consideração. Na próxima terça-feira (8) é que o relatório de Humberto será votado. Aprovado o relatório, começarão a ser ouvidas testemunhas, que Demóstenes pode arrolar em sua defesa, e outros senadores podem pedir também (já há pedidos do senador Randolfe Rodrigues, do Psol do Amapá, e Humberto deverá pedir testemunhas também). Ouvidas as testemunhas, Demóstenes apresenta a sua defesa final, e Humberto seu relatório final. O relatório é votado no Conselho de Ética em votação aberta e precisa ter a maioria de votos para ser aprovado. Aprovado no Conselho de Ética, é encaminhado ao plenário, que é quem tem o poder de cassar ou não Demóstenes, em votação secreta.
Congresso em Foco

Grande imprensa joga tudo na manipulação do noticiário CPI


Qual será o resultado desta CPI? Imprensa abafa a participação de seus integrantes no esquema criminoso de Cachoeira e oposição, apostando tudo na manipulação do noticiário político


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PF aponta Veja como parte da quadrilha do Cachoeira


Por muito menos o Murdoch, magnata da comunicação da Inglaterra, teve que prestar contas á CPI da Mídia. Pq aqui não poderia ocorrer o mesmo se, o que foi praticado nas bandas de cá foi muito mais grave do que aconteceu por lá. Se no Reino Unido as Instituições e a população agiu com rigor, por aqui impera o medo. A par do discurso "anti-imprensa" que vem sendo utlizado por Veja para fugir de suas próprias responsabilidades, a CPI tem a obrigação de convocar os responsáveis por este descalabro. Caso isto não ocorra, como apontou Nassif, que se entregue de forma definitva as chaves deste País ao crime organizado, pois que, de forma irreversível, as Instituições estarão reféns da bandidagem. Peças do inquérito da PF demonstrando a inequívoca participação da Veja, não como observadora mas como partícipe do modus operandi da quadrilha de Cachoeira: Leia mais »