quarta-feira, 2 de maio de 2012

"Governo acumula forças para enfrentar debate sobre a mídia"

Secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores diz que os meios de comunicação, a revista Veja em especial, não podem ser poupados das investigações da CPI do Cachoeira. "Se um deputado ou senador tem que responder por associação com o crime organizado, uma empresa de comunicação social também deve”, afirma, em entrevista à Carta Maior, o deputado André Vargas. Para ele, a presidenta Dilma Rousseff enfrentará o tema da concentração dos meios de comunicação.
Em entrevista à Carta Maior, o secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores, deputado André Vargas (PR), admite que há um descompasso entre as bandeiras históricas do PT para a comunicação e a política praticada pelo governo. Mas afirma que a presidenta Dilma Rousseff enfrentará o problema da alta concentração dos meios de comunicação no Brasil, a exemplo do que vem fazendo com os juros bancários, porque possui mais condições efetivas de fazê-lo do que o seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Avalia que a CPMI do Cachoeira ajudará a deslanchar o debate. “A dinâmica dos fatos estabelece uma ligação a ser esclarecida entre a ‘fábrica de crises’ que a grande imprensa utiliza sistematicamente, principalmente no período em que o PT está no poder”, avalia.
Qual é o projeto do PT para a área de comunicações? O PT recuou do programa apresentado nas eleições?
O PT vem sistematicamente, nos seus documentos, retomando um debate que não é só das eleições, mas da história dos 32 anos do partido. A questão da democratização das comunicações está na nossa plataforma. A agenda política permanece não só a mesma, como vem se aprimorando, buscando um foco. O PT continua com suas bandeiras, mas tem a contingência de ser o partido do governo. E a condução do governo tem outro ritmo.
Então existe um descompasso entre o que o PT pensa para a Comunicação e a forma como o governo age?
É natural que haja algum descompasso. Este é um governo de coalizão. Na nossa visão, o marco regulatório já deveria estar em discussão, mas o governo administra sua coalizão, sua governabilidade. O PT ajuda o governo nessa governabilidade, mas discorda e deixa isso bem claro em todos os seus documentos. Nós lutamos por um marco regulatório que, de fato, enfrente questões como o monopólio da mídia, a desconcentração, a propriedade cruzada, a questão do conteúdo regional, que rediscuta os contratos entre as afiliadas, o crescimento da internet etc.
E como se dá a pressão do PT nesse governo de coalizão? Qual o peso dela?
O partido dialoga de forma respeitosa com a presidente e este é tema
recorrente. Nos seus documentos, o PT nunca deixou de manifestar sua opinião, sem deixar de entender que o governo tem o tempo dele e nós temos o nosso. Os grandes veículos exercem também sua pressão sobre o governo.
Nós vivemos em um ambiente democrático. Mas a mídia [tradicional], em especial a Veja, não esconde que tem quase uma fixação pelo PT, que deve ser avaliada no campo da psiquiatria, da psicologia. Agora, a CPI do Cachoeira mostrará mais um pouco disso. Muita coisa que a gente suspeitava pode ser verdade. Os veículos de comunicação bateram também no PSDB, mas no nosso caso há um superdimensionamento.
O sr. está dizendo que a grande mídia usou desses expedientes especialmente nos governos do PT?
Isso ficou claro nos fatos que levaram à CPI do Cachoeira. É a primeira vez que a mídia não apoia uma CPI no seu nascimento. É simbólico isso. E só passou a apoiar forçando uma mudança de foco: elegeram a Delta [construtora responsável por obras do PAC] , e se esqueceram do Demóstenes [Torres, senador por Goiás] e do [Marconi] Perillo [governador de Goiás]. Mas a gente fala mídia como se fosse um ente absoluto. Não é assim.
Não é mais porque a Globo falou que se torna verdade. Isso está muito relativizado. Não existe mais um jornal nacional no país. Jornal impresso, muito menos. Há jornal em São Paulo que pretende ser nacional e não chega no ABC paulista. O governo tem feito alguns movimentos, ainda que não do jeito que a gente gostaria. A questão da regionalização que a Secom [Secretaria de Comunicação da Presidência] faz. Eu gostaria que fizesse muito mais, mas já há mais investimentos na mídia da internet. Antes eram 500 veículos que recebiam publicidade oficial. Hoje já são mais de 8 mil. Já é alguma coisa.
No debate sobre a mídia, a militância reclama que essa questão andou apenas no final do governo Lula e foi relegada a segundo plano no governo Dilma.
Em toda transição entre governos existe uma reacomodação. E o primeiro ano de todo governo é atípico mesmo. Mas eu acredito que o governo Dilma irá fazer muito neste campo, porque as condições de efetivamente fazer estarão melhores do que as condições de efetivamente fazer que o Lula teve.
E, neste aspecto, a CPMI do Cachoeira ajuda?
Ajuda. Não fomos nós que criamos a CPI; não fomos nós que delegamos a um senador moralista ser sócio do crime organizado. Nosso governo investiga mais criminosos, a Polícia Federal tem melhores condições de investigação. Mas não fomos nós que criamos os fatos da CPI. O que nós entendemos é que a dinâmica dos fatos estabelece uma ligação a ser esclarecida entre a fábrica de crises que a grande imprensa se utiliza sistematicamente e o crime, principalmente no período em que o PT está no poder.
Aliás, tem gente que estabelece semelhanças da capas da Veja de agora com as feitas no governo Collor, antes do impeachment. A revista nem foi criativa. Achou que havia escândalo suficiente para derrubar um governo e seguiu o roteiro. Se isso foi feito de forma criminosa, como fez o [Rudolf] Murdoch [o magnata das comunicações, controlador do jornal britânico News of the World, fechado por envolvimento em interceptação de conversas telefônicas de celebridades], esse é um debate legítimo ao qual a sociedade deve ter acesso. Isso será um subproduto da chamada CPI do Cachoeira. Vai estar presente nas investigações.
O que nos move é esclarecer os fatos. Se as gravações obtidas[pela Veja] para construir as matérias foram feitas de forma ilegal, nós queremos apurar. Queremos saber que relações esse jornalista [Policarpo Júnior] tinha com Cachoeira. Se um deputado ou senador tem que responder por associação com o crime organizado, uma empresa de comunicação social também deve, pois não é uma empresa neutra. É uma empresa que influencia opinião. Por que este seguimento não pode ter uma avaliação? Porque não podem se subordinar a uma conferência nacional? Ouvir o povo? No caso da TV Globo, ela é concessão pública.
Como enfrentar esses interesses, num ambiente de mídia concentrada e sem critério de regulação?
A democracia é o melhor dos ambientes. Esse novo Brasil não está sendo construído só pelo PT, pelos partidos, mas também pelo povo. Quanto mais nós conseguimos empoderar essa multiplicidade de comunicações, redes e tudo, maior será o avanço. Nós temos hoje um processo de acesso à informação multiplicado, mas um processo de produção de informação ainda muito concentrado. Eu acredito que o governo está armazenando as condições para encarar esse problema de frente, como fez com os bancos. Nós estamos em uma fase de acúmulo de forças para fazer este debate. Que não é um debate simples de fazer.
Acumulando forças como? E a maioria legislativa do governo?
Nós não temos muita alternativa. Quando nos pronunciamos a favor da regulação e o PSB, do neto do Miguel Arraes [Eduardo Campos, governador de Pernambuco] falou contra o documento do PT [que propõe o novo marco regulatório, democratização da comunicação etc], deu para perceber que não seria fácil . E tudo isso passará pelo Congresso Nacional. Para falar muito claramente sobre a correlação de forças: a Emenda 3, a famigerada, perdemos. O Código Florestal, nós arregimentamos forças e contamos 180 votos. Mas quando foi a voto não chegamos a 120 votos. Esses são os aliados que temos.
E como mudar essa correlação de forças?
Onde é que o povo se manifesta nessa questão? Essa discussão não vai provocar uma passeata com 50 mil pessoas. Há poucas manifestações sobre isso no campo das redes e esse é um debate que a população ainda não assumiu. São importantes estratégias como a do FNDC [Fórum Nacional de Democratização da Comunicação], de fazer uma campanha de popularização do marco regulatório da comunicação. Mas o PT não pode fazer essa mobilização sozinho, inclusive porque o tema fica estigmatizado como sendo algo do PT. Este é um trabalho para o conjunto de partidos, entidades, grupos e movimentos envolvidos nesse debate. Aliás, muito me impressiona entidades do nível da OAB e a CNBB não entrarem nesta agenda, pois isso interessa também a esses seguimentos.
Essa resistência não teria a ver com essa interpretação de que a regulação cerceará a liberdade de expressão?
Por isso é que nossa visão é que a nossa campanha seja pela liberdade de expressão. Por que é isso o que nós defendemos: uma liberdade de ir e vir, de receber, mas também de oferecer, de interagir. E a convergência digital oferecer essa possibilidade.
Por que o senhor assegura que o governo Dilma tem melhores condições de fazer esse debate que o governo anterior?
O governo vai ter que enfrentar este tema, e ninguém do governo disse que não vai enfrentar. O governo tem um desafio histórico de dar conta dessa demanda, que é uma demanda estrutural da sociedade brasileira. Não é uma demanda utópica, uma questão qualquer. É uma questão de fundo. O governo, dentro do processo de governabilidade, está acumulando energia e força. Nós não temos dúvida de que o governo tem este compromisso. Mas o PT vai continuar dizendo e tensionando. Não nos compete avaliar perfil de ministros, mas compete reforçar uma posição que a presidente tem colocado: a de que é favorável à liberdade de imprensa – aliás, isso nunca foi uma dicotomia para nós.
Nós somos favoráveis e somos frutos da liberdade de imprensa. A esquerda, o Lula, a Dilma, tudo isso é fruto da liberdade de imprensa. Mas também sofremos e padecemos da concentração da mídia que, muitas vezes, impõe uma visão que limita o desenvolvimento da sociedade. Nós não queremos que o PT se perpetue no poder, mas que a sociedade brasileira seja cada vez mais civilizada, aberta, sem preconceitos, onde todos tenham direito a comer, beber, vestir, emprego, universidade, lazer, esporte, enfim, a comunicar, a se ver, a ter identidade. Nós não cogitamos a hipótese de que isso não seja por uma via democrática. E a via democrática é o Congresso Nacional. Isso não quer dizer que não vamos debater os temas que não têm apoio da maioria do Congresso. Vamos debater, mas vai chegar a hora de votar. Mas existem passos que não demandam mudança de legislação. É importante, por exemplo, cobrar a instalação do Conselho de Comunicação, que está na Constituição.
Maria Inês Nassif, Najla Passos e Vinicius Mansur
No Carta Maior

Notícias do Feriadão: O que rolou no Blog enquanto você pegava chuva , frio e se endividava no feriadão do Trabalhador



O nome Brizola


Crônicas do Motta
Brizola volta do exílio para assustar a "elite": o medo permanece até hoje
Quando entrei no Estadão, no longínquo ano de 1986, o nome Brizola não podia ser escrito nem publicado. Ele era simplesmente o "caudilho". Nem o de Orestes Quércia, vulgo "governador". Maluf também era vetado, seguindo uma tradição dos Mesquitas de tentar apagar da história - pelo menos a do seu jornal - aqueles que considerava inimigos. Ou que eram simples desafetos. Ou de quem simplesmente não gostavam. O exemplo mais antigo que me lembro é Adhemar de Barros, que o jornal grafava, só para espicaçar, como "A. de Barros". Idiossincracias de quem se julgava acima dos mortais comuns...


Brizola, porém, não incomodava só o Estadão. Era detestado por praticamente toda a "elite" brasileira, que tem até hoje nessa imprensa provinciana a máxima expressão de seus sentimentos. As poderosas organizações Globo, por exemplo, viam em Brizola a representação de todo o mal que existe no Universo e simplesmente o tratavam como se deve tratar o demônio, exorcizando-o do corpo infestado.

Ontem, o nome Brizola voltou às manchetes dos jornalões. Seu neto, o deputado federal Carlos Daudt Brizola, mais conhecido como Brizola Neto, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para ser o seu ministro do Trabalho. Ele tem apenas 33 anos, edita um blog que é referência entre a esquerda nativa, o Tijolaço, remetendo aos textos que Leonel Brizola mandava publicar com esse título em jornais cariocas para se contrapor à campanha incessante que O Globo movia contra ele e, tudo indica, pode fazer um bom trabalho na área trabalhista, honrando, por tabela, a tradição do partido a que está filiado, o PDT fundado pelo avô famoso.

Mas bastou a notícia se confirmar para que o nome Brizola novamente despertasse a ira de tantos quantos dignos representantes dessa imprensa que trabalha noite e dia para derrubar o governo petista legitimamente eleito por ampla maioria da população - e que andavam mais calmos desde que Lula cedeu lugar ao seu "poste".

De uma hora para outra, aqueles que andavam elogiando o governo, sempre com ressalvas, é claro, soltaram o verbo contra a escolha, como se, a partir dela, toda a governabilidade tão arduamente construída pelos partidos que sustentam o governo fosse desmoronar.

É como se Brizola Neto encampasse, por causa do nome, tudo o que seu avô representava contra os interesses da burguesia nacional, essa porção udenista da sociedade brasileira que odeia pobres e pretos,  não tolera minorias, só pensa em erguer muros mais altos para separá-los do resto desse Brasil miscigenado, vive apenas em função dos desejos de seus ícones de cabelos loiros e olhos azuis e age como um macaquinho domesticado que imita os gestos de seu dono.

Como essa gente é fraca!

Como é que eles podem ter a pretensão de voltar a mandar no Brasil se ainda não conseguiram nem superar o medo desse nome que transformaram num fantasma aterrorizador?

Ah, por que a presidente Dilma foi escolher logo alguém com o sobrenome Brizola para o seu governo?
Era o que faltava, devem pensar, para que este país se transforme numa república sindicalista, ou, pior, numa verdadeira democracia, onde todos têm oportunidades iguais, não importa o nome que carreguem.


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Memórias de uma guerra suja

“Militantes de esquerda foram incinerados em usina de açúcar
Delegado revela em livro que viraram cinzas os corpos de David Capistrano, Ana Rosa Kucinski e outros oito opositores da ditadura

Tales Faria, iG Brasília 

Ele lançou bombas por todo o país e participou, em 1981 no Rio de Janeiro, do atentado contra o show do 1º de Maio no Pavilhão do Riocentro. Esteve envolvido no assassinato de aproximadamente uma centena de pessoas durante a ditadura militar. Trata-se de um delegado capixaba que herdou os subordinados do delegado paulista Sérgio Paranhos Fleury na linha de comando das forças de resistência violenta à redemocratização do Brasil.

Apesar disso, o nome de Cláudio Guerra nunca esteve em listas de entidades de defesa dos direitos humanos. Mas com o lançamento do livro “Memórias de uma guerra suja”, que acaba de ser editado, esse ex-delegado do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) entrará para a história como um dos principais terroristas de direita que já existiu no País.

Mais do que esse novo personagem, o depoimento recolhido pelos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, ao longo dos últimos dois anos, traz revelações bombásticas sobre alguns dos acontecimentos mais marcantes das décadas de 70 e 80.

Revelações sobre o próprio caso do Riocentro; o assassinato do jornalista Alexandre Von Baumgarten, em 1982; a morte do delegado Fleury; a aproximação entre o crime organizado e setores militares na luta para manter a repressão; e dos nomes de alguns dos financiadores privados das ações do terrorismo de Estado que se estabeleceu naquele período.

A reportagem do iG teve acesso ao livro, editado pela Topbooks. O relato de Cláudio Guerra é impressionante. Tão detalhado e objetivo que tem tudo para se tornar um dos roteiros de trabalho da Comissão da verdade, criada para apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar (1964-1988).

David Capistrano, Massena, Kucinski e outros incinerados

Cláudio Guerra conta, por exemplo, como incinerou os corpos de dez presos políticos numa usina de açúcar do norte Estado do Rio de Janeiro. Corpos que nunca mais serão encontrados – conforme ele testemunha – de militantes de esquerda que foram torturados barbaramente.

“Em determinado momento da guerra contra os adversários do regime passamos a discutir o que fazer com os corpos dos eliminados na luta clandestina. Estávamos no final de 1973. Precisávamos ter um plano. Embora a imprensa estivesse sob censura, havia resistência interna e no exterior contra os atos clandestinos, a tortura e as mortes.”

O delegado lembrou do ex-vice-governador do Rio de Janeiro Heli Ribeiro, proprietário da usina de açúcar Cambahyba, localizada no município de Campos, a quem ele fornecia armas regularmente para combater os sem-terra da região. Heli Ribeiro, segundo conta, “faria o que fosse preciso para evitar que o comunismo tomasse o poder no Brasil”.

Cláudio Guerra revelou a amizade com o dono da usina para seus superiores: o coronel da cavalaria do Exército Freddie Perdigão Pereira, que trabalhava para o Serviço Nacional de Informações (SNI), e o comandante da Marinha Antônio Vieira, que atuava no Centro de Informações da Marinha (Cenimar).
Afirma que levou, então, os dois comandantes até a fazenda:

“O local foi aprovado. O forno da usina era enorme. Ideal para transformar em cinzas qualquer vestígio humano.”

E lista no livro dez presos incinerados:
-- João Batista e Joaquim Pires Cerveira, presos na Argentina pela equipe do delegado Fleury;
-- Ana Rosa Kucinsk e Wilson Silva, (“a mulher apresentava marcas de mordidas pelo corpo, talvez por ter sido violentada sexualmente, e o jovem não tinha as unhas da mão direita”);
-- David Capistrano (“lhe haviam arrancado a mão direita”) , João Massena Mello, José Roman e Luiz Ignácio Maranhão Filho, dirigentes históricos do PCB;
-- Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira e Eduardo Collier Filho, militantes da Ação Popular Marxista Leninista (APML).

“A usina passou, em contrapartida, a receber benefícios dos militares pelos bons serviços prestados. Era um período de dificuldade econômica e os usineiros da região estavam pendurados em dívidas. Mas o pessoal da Cambahyba, não. Eles tinham acesso fácil a financiamentos e outros benefícios que o Estado poderia prestar.”


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“Delegado Fleury foi morto pelos militares"

Delegado da ditadura diz ter participado da decisão. E confessa o assassinato de dirigente comunista Nestor Veras

Tales Faria, iG Brasília 

Símbolo da linha-dura do regime militar, o delegado Sérgio Paranhos Fleury – titular da Delegacia de Investigações Criminais (DEIC) de São Paulo – foi assassinado por ordem de um grupo de militares e de policiais rebelados contra o processo de abertura política iniciado pelo ex-presidente Ernesto Geisel. É o que afirma Cláudio Antônio Guerra, ex-delegado do DOPS (Departamento de Operações Políticas e Sociais) do Espírito Santo.

Em depoimento aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, no livro “Memórias de uma guerra suja”, que acaba de ser editado pela Topbooks, Guerra conta ter participado da reunião em que foi decidida a morte de Fleury.

Ele próprio teria dado a ideia de fazer tudo parecer um acidente. Acabou sendo enviado para liquidar o colega. Mas, por problemas operacionais, a execução teria ficado para um grupo de militares do Cenimar, o Centro de Informações da Marinha.

No livro ao qual o iG teve acesso, o delegado confessa ter sido um dos principais encarregados pelo regime militar de matar adversários da ditadura entre os anos 70 e 80.

Guerra está sob proteção da Polícia federal. Tornou-se uma testemunha-chave às vésperas do início dos trabalhos da Comissão da Verdade, criada para apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar (1964-1988).

Ele conta ter executado pessoalmente militantes de esquerda como Nestor Veras, do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB), após uma sessão de tortura da qual afirma não ter participado:
“(Veras) tinha sido muito torturado e estava agonizando. Eu lhe dei o tiro de misericórdia, na verdade dois, um no peito e outro na cabeça. Estava preso na Delegacia de Furtos em Belo Horizonte. Após tirá-lo de lá, o levamos para uma mata e demos os tiros. Foi enterrado por nós.”

Além do assassinato de Veras, Guerra conta como matou, a mando de seus superiores, outros militantes contra o regime, como: Ronaldo Mouth Queiroz (estudante universitário e membro da Aliança Libertadora Nacional – ALN); Emanuel Bezerra Santos, Manoel Lisboa de Moura e Manoel Aleixo da Silva (os três, do Partido Comunista Revolucionário – PCR).

Queima de arquivo

“O delegado Fleury tinha de morrer. Foi uma decisão unânime de nossa comunidade, em São Paulo, numa votação feita em local público, o restaurante Baby Beef”, afirma Cláudio Guerra.
Além dele, segundo conta, estavam sentados à mesa e participaram da votação:

O coronel do Exército Ênio Pimentel da Silveira (conhecido como “Doutor Ney”); o coronel-aviador Juarez de Deus Gomes da Silva (Divisão de Segurança e Informações do Ministério da Justiça); o delegado da Polícia Civil de São Paulo Aparecido Laertes Calandra; o coronel de Exército Freddie Perdigão (Serviço Nacional de Informações); o comandante Antônio Vieira (Cenimar); e o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (comandante do Departamento de Operações de Informações do 2º Exército – DOI-Codi), que abriu a reunião.

“Fleury tinha se tornado um homem rico desviando dinheiro dos empresários que pagavam para sustentar as ações clandestinas do regime militar. Não obedecia mais a ninguém, agindo por conta própria. E exorbitava. (...) Nessa época, o hábito de cheirar cocaína também já fazia parte de sua vida. Cansei de ver.”

Guerra conta que chegou a fazer campana para a execução, mas o colega andava sempre cercado de muita gente. “Dias depois os planos mudaram, porque Fleury comprou uma lancha. Informaram-me que a minha ideia do acidente seria mantida, mas agora envolvendo essa sua nova aquisição – um ‘acidente’ com o barco facilitaria muito o planejamento.” 

A história oficial é, de fato, que o delegado paulista morreu acidentalmente em Ilhabela, ao tombar da lancha. Mas Guerra afirma que Fleury na verdade foi dopado e levou uma pedrada na cabeça antes de cair no mar.


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terça-feira, 1 de maio de 2012

O trabalho e os pobres que fazem a História

Até recentemente os historiadores desdenhavam os pobres. A crônica do passado se fazia em torno de reis débeis, alguns; corajosos, outros. Também os intelectuais, cientistas e artistas sempre estiveram na vanguarda da história oficial. A civilização se fazia também com os santos, mas os santos da Igreja, em sua maioria, eram recrutados entre os membros da classe dominante na Idade Média, ainda que renunciassem à riqueza, como Francisco de Assis, ou se fizessem mártires nas guerras que, de santas nada tinham, como as cruzadas. Os santos modernos, com raras exceções, são militantes políticos contra os pobres, como o fundador da Opus dei.
Hoje cresce entre os acadêmicos a preocupação com a “História vista de baixo”, embora a razão recomende não estabelecer o que seja alto ou baixo na construção do homem. É bom olhar o trabalho dos pobres, e sua luta por justiça, como o sumo da História. Não foram os faraós que construíram as pirâmides, mas, sim, os escravos; as grandes cidades modernas podem ter sido imaginadas pelos arquitetos geniais, mas não sairiam das pranchetas sem as mãos ásperas dos pedreiros, armadores e carpinteiros. O mundo virtual, abstrato, dos pensadores, prescinde do trabalho pesado, mas a doma da natureza, com a agricultura e o pastoreio, e sua transformação em objetos tangíveis, são conquistas da fadiga cotidiana.
Muitos trabalhadores que hoje estão comemorando o primeiro de maio, não sabem exatamente como surgiu essa tradição. Ela se deve a uma das primeiras greves organizadas nos Estados Unidos, em 1886. No dia 3 de maio, parados havia algum tempo, os trabalhadores de uma indústria de máquinas colheitadeiras de Chicago, a McCormick Harvesting Machine Company, formaram piquetes diante dos portões da fábrica e foram dissolvidos pelos policiais que protegiam os fura-greves, com a morte de vários operários e dezenas de presos e feridos. Como protesto, eles se reuniram, com o apoio de outros trabalhadores, no dia seguinte, na praça do Heymarket, no centro da cidade.
Entre outras reivindicações, os grevistas exigiam a fixação da jornada do trabalho em oito horas diárias. Os patrões, como fazem até hoje, organizaram pelotões de bate-paus, garantidos para ajudar a polícia. Houve o conflito, com os grevistas se defendendo como podiam, e uma bomba explodiu, matando sete policiais. A polícia atirou, matou muitos trabalhadores e buscou suspeitos. Um líder dos trabalhadores, August Spies, embora provasse não estar no local, foi, com três outros, também vistos como inocentes, condenados à forca, e executados em 11 de novembro do ano seguinte. Um dos presos matou-se. Os três que conseguiram escapar do cadafalso foram perdoados, em 1893, pelo governador de Illinois, John P. Altgeld. O movimento sindical, que existia, de forma dispersa e débil, desde a presidência de Andrew Jackson, tomou corpo a partir do episódio, com a reorganização da American Federation of Labor.
O século 20 começou com a criação de novos sindicatos de trabalhadores, principalmente nos Estados Unidos e na Inglaterra (já anteriormente com o incentivo do conservador Disraeli), e na Alemanha. Foram as lutas dos trabalhadores que moderaram, um pouco, a avidez dos capitalistas liberais. Essas lutas se iniciaram em 1848 na Europa, tiveram impulso com a Comuna de Paris, em 1871, e viveram a sua grande data no massacre do Haymarket e suas conseqüências, em 1886.
Na luta contra a Depressão dos anos 30, os países ocidentais (na União Soviética a situação era outra) procuraram incentivar o sindicalismo e contar com seu apoio. Hitler decretou, no dia 1º de maio de 1933, que a data seria festejada sob o nazismo como o Dia do Trabalho. No dia seguinte, fechou todos os sindicatos, prendeu seus líderes e iniciou a perseguição aos socialistas e comunistas. Nos Estados Unidos e no Canadá, para desvincular a comemoração do massacre de maio, a data escolhida foi a da primeira segunda feira de setembro.
O movimento sindical, para ser autêntico, não deve atrelar-se aos governos, ainda que, na defesa do interesse dos trabalhadores, possa apoiar essa ou aquela medida dos estados nacionais. Foi a luta dos trabalhadores ingleses que criou o Labour Party na Inglaterra, em 1906, e conseguiu as reformas das leis do trabalho que permitiram o desenvolvimento econômico e político da Grã Bretanha, e a levaram ao forte desempenho bélico na Primeira e na Segunda Guerra Mundial.
Os historiadores começam a deixar os papéis dos gabinetes oficiais e as alcovas da nobreza, a fim de encontrar os verdadeiros agentes da civilização, no estudo da vida e da resistência dos pobres contra a opressão – o que ela tem de melhor. É hora de que se faça o mesmo em nosso país. É mais importante estudar a resistência dos negros e dos brancos miseráveis do Brasil Colônia – que valiam menos do que os escravos, posto que os últimos, como bens de produção, tinham valor de mercado – do que imaginar como eram os encontros galantes de Pedro I com a Marquesa de Santos. Foi o suor dos desprezados que deu liga à argamassa de nossa nação – e de todas as outras nações.

Grande imprensa fragiliza tese da autorregulamentação

A tese sustentada pela grande imprensa de que os próprios veiculos jornalísticos teriam a competência de se autorregulamentarem vem sendo fortemente prejudicada pela insistência em não apurar as denúncias contra o envolvimento da Veja com o crime organizado.
Ao contrário do que aconteceu na Inglaterra, onde o escândalo Murdoch foi revelado basicamente pela investigação profissional e competente de jornalistas do The Guardian e da BBC, no Brasil, Folha, Estadão e Globo tentam, sem sucesso, construir uma cortina de silêncio em torno dos desvios éticos da revista Veja e do Grupo Abril, com seu envolvimento já comprovado com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.
A opinião pública surpresa com este tipo de corporavismo recorre às redes, onde a investigação jornalística e independente vem ganhando força, até com adesão de portais como o Terra.
A resistência é tanta que centenas de milhares de acessos diários nas redes, frequencia maior do que a maioria dos jornais deste país, não foram o suficiente para mostrar aos grandes grupos que o tema deve pelo menos ser debatido.
Quando o escândalo Murdoch veio à tona, diversos jornalistas brasileiros disseram que a regulamentação da imprensa não era necessária porque ela própria teria a capacidade de se autofiscalizar.
Mas, pouco tempo depois, diante das revelações das práticas ilícitas do Grupo Abril, esta tese veio abaixo com o silêncio em relação ao caso e até a agresividade sustentada por colunistas contra os profissionais que na rede vêm fornecendo informações comprovadas e importantes para a sociedade.
À época do escândalo, o próprio The Guardian promoveu um amplo debate sobre fiscalização e limites em relação à ação dos jornalistas e dos veículos.
Nem sequer este debate foi promovido pelos grandes meios nacionais, o que mostra imaturidade, despreparo, falta de responsabilidade social e compromisso com a opinião pública.
A tese da autorregulamentação simplesmente vem se mostrando inviável. Não por força dos argumentos contrários. Mas pela incompetência dos próprios argumentadores favoráveis a ela.
Weden
No Advivo

Como se devasta um Continente inteiro

Mas isto é em África e talvez pensem que não lhes diga nada... mas então o que se passa na Europa e na América?

O colapso moral da medicina no Ocidente.

O mundo fez uma mudança. Os EUA tinham os melhores cientistas do mundo que foram descobrindo vitaminas, minerais, vacinas e curas para as doenças. Nos tempos modernos, os únicos medicamentos disponíveis são tóxicos com efeitos colaterais terríveis, vazios de nutrientes e no que diz respeito à parte alimentar, usa-se a "química-terrorista" sendo vendidos em quase todos os restaurantes, mercearias e supermercados, alimentos tóxicos, tudo em nome dos lucros das empresas que mantêm o público doente e na necessidade de tratamentos cada vez mais caros.
No início de 1900, a América estava cheia de pequenas propriedades e as famílias comiam alimentos frescos a partir dessas fazendas. Câncer, diabetes, doença cardíaca, quase não existiam porque o solo era rico em nutrientes e minerais, e se você ficava doente um médico virnha a sua casa e dava-lhe algumas tinturas de ervas ou remédios naturais... e era assim.
Após a Segunda Guerra Mundial, muitas famílias deixaram suas propriedades rurais, a vida urbana exigia produção alimentar em massa e começou então o fabrico de comida processada, enlatados e ensacados, sem os nutrientes necessários à saúde e que apenas uma década antes possuiam. Então, as cooporações de fast food como o McDonalds e Burger King invadiram toda a América, alimentando o público com alimentos carregados de gordura saturada e açúcar. Refeições quentes, baratas e convenientes.
Os Estados Unidos da América são a terra e a casa dos livres... alimentos tóxicos e medicamentos venenosos, à espera de seus próximos 80 milhões de vítimas. Aqui estão algumas estatísticas básicas de um país cheio de doenças:
• Câncer: 1.500.000 diagnosticados a cada ano, mais de 50% irão morrer disso.
• Diabetes: 25.000.000 pessoas estão diabéticos agora (incluindo crianças); 80.000.000 são borderline.
• doenças cardíacas e derrames: 81,000,000 (cada adulto ) tem algum tipo de doença cardiovascular.
• Doença de Alzheimer: 5.400.000 têm Alzheimer agora (cada sênior 8)
• defeitos de nascimento: um em cada 33 bebês nasce com um: (responsável por 20% de todas as mortes infantis). (http://www.cdc.gov/ncbddd/birthdefects/data.html)

A maioria dos políticos norte-americanos não têm ética nem moral.

Era uma vez, o insider trading uma lei assustadora que significava tempo de prisão para quem a violasse. Agora, os políticos ganham dinheiro com guerras que declaram entre si, com companhias de seguros de saúde e investiindo em cadeias de fast food que, lentamente, matam os seus próprios clientes. As empresas farmacêuticas (Merck, Pfizer, Bayer, Bristol Meyers, etc) são administradase os seus CEO são pessoas que foram já governadores, senadores e chefes do FDA e do Supremo Tribunal; com assento próprio, os juízes trabalharam já em grandes empresas farmacêuticas. Retomam os seus empregos, depois de fazerem uma nova legislação, para beneficiar os seus próprios investimentos.
Não se engane, os pesticidas utilizados na maioria das fazendas norte-americanas dão humanos com câncer, e os políticos que apoiam os alimentos geneticamente modificados, conhcidos por OGM significa que as mudas de frutas e legumes são genéticamente modificados com pesticidas tóxicos num laboratório, por isso, mesmo que você lave sua comida, você ainda está comendo dioxina, a mesma substância química tóxica (agente laranja), que os EUA despejaram no Vietname, e que causou câncer aos nossos próprios soldados, para não falar dos vietnamitas!
As agências que você confia tanto (FDA / CDC / AMA / CDC / ACS / principais companhias de seguros) apoiam alimentos tóxicos e medicamentos venenosos.
Os políticos deveriam defender o bem da maioria das pessoas, mas vigora a política "bastardizing" o sistema do lucro, tanto quanto possível, antes de ser afastado do cargo 4 anos mais tarde. Alimentos, remédios e vacinas tornaram-se catapultas de tóxicos para exploração pela Big Pharma e agências governamentais (sociedades secretas).
Você já se perguntou como as empresas de seguros de saúde angariam negócios futuros? Eles investem em empresas, cujos produtos causam doenças crônico-degenerativas, reduzindo os custos de cuidados de saúde das pessoas através do telhado. As gigantes canadenses e norte americanas das seguradoras de saúde investem quase US$ 2 bilhões em acções nos gigantes do fast food como o McDonalds, Burger King, KFC e Taco Bell.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Brizola Neto e a “jornalistinha”


Boa parte da mídia está histérica com a nomeação de Brizola Neto para o Ministério do Trabalho. Mas o artigo mais asqueroso até agora é o da colunista da Folha, Eliane Cantanhêde, aquela da “massa cheirosa” do PSDB. Já no título, ela revela todo o seu baixo nível e arrogância: “Ministrinho e tijolaços”. O texto não é o de uma jornalista, mas sim de uma militante direitista rancorosa.
Todo ele tenta desqualificar o indicado, quase que já deflagrando uma nova operação “derruba-ministro”. Para ela, Brizola Neto tem apenas duas credenciais para ocupar o cargo. “O sobrenome, herdado de um ícone do trabalhismo brasileiro e da luta contra a ditadura militar, e o blog ‘Tijolaço’, em que se ocupa de xingar todos os críticos do governo e alimentar a ira contra a imprensa”.

Avessa à liberdade de expressão

Cantanhêde não tolera o trabalhismo nem as visões críticas sobre a mídia patronal. Para ela, o Ministério do Trabalho não serve para nada. “Como o mundo, o Brasil e as relações trabalhistas evoluíram tanto, a pasta se tornou quase tão desimportante quanto a da Pesca”. Ela poderia falar isto para os trabalhadores escravos que produzem para o Zara, a Daslu e outras lojas de luxo - que possivelmente frequenta!
O artigo confirma que Cantanhêde é avessa a liberdade de expressão; ela só aceita replicar o que os seus patrões mandam! Daí a sua fúria contra Brizola Neto e seu blog Tijolaço. Autoritária, ela aconselha “o novo ministro a não sair infantilmente distribuindo tijolaços por aí, pois podem ter efeito bumerangue e se virar contra o governo que ele julga defender”.
A “jornalistinha” é realmente muito infantil e petulante!

JOSÉ SERRA - UM RÉU ESQUECIDO E BENEFICIADO PELA CPMI DO CACHOEIRA - TUCANOS GRITAM BINGO


Quando ainda não tinha vindo ao conhecimento popular o esquemão do CARLO$ CACHOEIRA em conluio com o ainda Senador DEMóstene$ Torre$, que acabou por 'desaguar' na CPMI ora em início de atividade, o Deputado Protógenes tentava conseguir emplacar a CPI da PRIVATARIA TUCANA, que sabidamente atingiria em cheio o agora candidato tucano José Serra à prefeitura de São Paulo, e seu partido o PSDB.

Não havendo mesmo como "desenrolar" duas CPI dessa magnitude, pelo montante de fatos escabrosos que ambas conteriam, e, pelo volume de documentos para ser analisado, além da quantidade de gente envolvida, a CPI que acabou se impondo pela profusão de provas já colhidas e apresentadas pela Polícia Federal é a do CACHOEIRA, ficando a da PRIVATARIA TUCANA, provavelmente para o ano que vem.

Os TUCANOS estão aliviados, pois o caso da PRIVATARIA caiu em "audiência" e está abafado, diante da assombrada opinião pública com a constatação da simbiótica relação entre o "bicho" e o senador.


Os tucanos, em especial JOSÉ SERRA, tem outro motivo para comemorar, é que sendo RÉU no  
Processo: 2003.34.00.039140-7 - Nova Numeração: 0039097-22.2003.4.01.3400 - Classe:64 - AÇÃO CIVIL DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - que tramita desde 2003 na 5ª VARA FEDERAL - diante da morosidade da Justiça e da falta de cobrança isonômica por parte da nossa imprensa para que os crimes financeiros sejam apurados, o tempo vai passando, passando, e assim, nem uma "BOMBA NEM OUTRA" estouram antes das eleições de outubro próximo, e assim o PSDB tem alguma chance de conseguir algumas vitórias nas URNAS.


Como se vê, a CPMI do CARLO$ CACHOEIRA e do DEMó$tene$ não pode servir só para abafar o julgamento do mensalão, como propala a imprensa, ela beneficia muito mais os TUCANOS, pois livra duplamente, ainda que de forma indireta a JOSÉ SERRA.

Os TUCANOS, a exceção de Marconi Perillo e Leréia, estão todos gritando BINGO !

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Assunto da Petição:1030803 - VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - ATOS ADMINISTRATIVOS – ADMINISTRATIVO - Observação:Localização:APOIO 07/2 - AGUARDANDO JUNTADA DE PETIÇÃO.

LITISPA
BANCO CENTRAL DO BRASIL

LITISPA
UNIAO FEDERAL

REQTE.
MINISTERIO PUBLICO FEDERAL

REU
JOSE DE SA NETO

REU
PEDRO SAMPAIO MALLAN

REU
JOSE SERRA


REU
GUSTAVO JORGE LABOISSIERE LOYOLA

REU
CARLOS EDUARDO TAVARES DE ANDRADE

REU
FRANCISCO LAFAIETE DE PADUA LOPES

REU
GUSTAVO HENRIQUE DE BARROSO FRANCO

REU
ANGELO CALMON DE SA


Dilma só faltou dizer: Trabalhadores, uni-vos! Contra agiotagem de banqueiros



No pronunciamento da presidenta Dilma pelo 1º de maio em rede nacional de TV, ela falou olho no olho com o trabalhador brasileiro que o governo faz a sua parte oferecendo taxas de juros mais baixas nos bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, e cabe a cada brasileiro também fazer a sua parte, escolhendo os bancos comprometidos com essa queda nos juros.

Do que foi dito e do que se vê, pode-se tirar uma conclusão: ou o cidadão brasileiro muda de banco ou os bancos privados não mudam.

Derrubar os juros hoje equivale a derrubar a inflação na época do plano real. E quem sabota essa queda são os banqueiros privados, que saíram fortalecidos com Privataria Tucana do BANESTADO, do BANESPA, do BENGE, do MERIDIONAL e dos outros bancos estaduais durante o plano real.

Os banqueiros falavam que se o Brasil fizesse superávit primário, os juros cairiam (e até caíram muito no governo Lula, se comparado com o período FHC, mas ainda estão longe do que poderiam ser).

Lula fez superávit de forma responsável, Dilma fez e faz. Mesmo crescendo e distribuindo renda, o Brasil reduziu drasticamente o peso da dívida no PIB (e esta é a maior prova do acerto: o PIB, os empregos e massa salarial cresceram muito mais do que a dívida pública).

Tudo isto tornou o país sólido diante de crises alheias, ninguém mais tem medo de investir no Brasil, o país virou "investment grade" e, com isso, os juros teriam que ter despencado, em vez de cair devagar. Mas os banqueiros, agindo em forma de cartel, nada de largar o osso, extorquindo a nação.

Foi preciso Lula fazer o Banco do Brasil e a Caixa, que FHC deixou enfraquecidos, cresceram para ter poder de fogo diante dos banqueiros privados, como Dilma está tendo agora para forçar a queda dos juros para o cidadão e para as empresas.

A queda de juros abre uma nova era de prosperidade na economia, pelas razões:

- menos despesas com juros, mais dinheiro no bolso do cidadão, para comprar, reformar, pintar e mobiliar a casa, ou para passear nos fins de semana e nas férias, dinamizando a economia;

- crédito mais acessível para as pessoas trocar a máquina de lavar que está batendo pino, a geladeira, o fogão detonado, para fazer "upgrade" do microcomputador e da TV, ou trocar o carro, a moto que estejam combalidos, ou comprar pela primeira vez, no caso daquelas pessoas que não tinham renda suficiente e hoje tem.

- As empresas, sobretudo as pequenas com menor poder de barganha nos bancos, tem capital de giro e desconto de duplicatas a juros mais baixos, sobrando mais dinheiro no caixa para empreender e para pagar melhores salários, qualificando a mão de obra, e motivando maior produtividade dos funcionários.

- E tem a queda dos juros da dívida pública, cuja taxa SELIC é referencial. Menor gasto com juros no orçamento da União, mais dinheiro sobra para educação, saúde, segurança pública, defesa, investimentos em infra-estrutura que geram empregos, e até para desonerar impostos da classe média.

Por isso é preciso falar alto e em bom som: "Trabalhadores do Brasil, uni-vos!", contra a agiotagem de banqueiros privados, levando suas contas bancárias para os bancos públicos.

O pronunciamento na íntegra está no link: http://youtu.be/zEu7STbE-K8

Leia também:
- Que tal você mesmo reestatizar o BANESPA? Ou o BEMGE, BANERJ, BANEB, MERIDIONAL?

Bolívia nacionalizó acciones de la Red Eléctrica Española [+ vídeo y Cronologia]

Tras el anuncio del Presidente boliviano, Evo Morales, Sobre la de las acciones nacionalización de Red Eléctrica Española (REE), una Empresa Transportadora de Energia en Bolívia, los medios españoles destacaron la noticia y la relacionaron con lo acontecido en la Argentina con la Petrolera YPF. Sin embargo, não es la primera nacionalización del Estado boliviano Durante la Presidencia de Evo Morales. Este primero de mayo el mandatario comunicó la nacionalización de la Empresa en manos de Capitales del Grupo Red Eléctrica de España y Giró instrucciones parágrafo Que el Ejército de La Nación Suramericana vigile las instalaciones de la compañía, situada en Cochabamba, según el Reporte de TeleSur. "El Presente decreto tiene POR Objeto nacionalizar um favor de la Empresa Nacional de Electrificación (Ende), en representación del Estado Plurinacional", indico El Presidente DESDE el Palacio Quemado (SEDE del Gobierno) en el marco del Día Internacional del Trabajador. Morales nacionalizar Preciso Que la Transportadora de Electricidad representantes un homenaje a los justo trabajadores y al pueblo boliviano Que ha luchado por la recuperación de los Recursos Naturais y los servicios Básicos. según el Recordo Jefe de Estado, fue la Empresa fundada en el proceso Durante 1997 de privatización de administraciones Anteriores y cuenta con el 73 POR Ciento de las líneas de Transmisión en el Sistema Troncal Interconectado (STI). El Presidente aseguró Que tras la oficialización del Decreto Supremo, "en Pocos años veremos los Beneficios de la nacionalización, Como paso con la Empresa Nacional de Telecomunicaciones de Bolívia (Entel), cuyos Beneficios para el servicio quedan del pueblo". En la Vispera, destacó Que los avances de las Empresas del Estado demuestran la capacidad del Gobierno administrar parágrafo las compañías de la Nación. "Para hacer una pequeña Reflexión cuando Este servicio de comunicación en manos del estabele Estado, en manos del gobierno, demuestra Que hay Aporte, Que hay cambio profundo, y además de eso demuestra Que el Estado es Capaz de administrar sus empresas ", Expreso Evo Morales. Afirmó Que la del Gobierno de trabalho Que presidir es Recuperar los bienes Nacionales, respetando lo Privado, parágrafo administrar efectivamente las Empresas, generar crecimiento y más ofrecer fuentes de empleo a los bolivianos y Bolivianas.




















Cronologia

- Mayo 2006 -. Morales Decreta la nacionalización de los Hidrocarburos, especialmente el gás, principal fuente de divisas del País, y empieza la negociación de nuevos Contratos de explotación con las Empresas extranjeras. - Octubre 2006 -. Reestataliza la mina de Huanuni de estaño . - Enero 2007 -. Nacionaliza la Empresa Nacional de Telecomunicaciones (ENTEL), pero las conversaciones si estancaron y la Matriz italiana Telecom planteó un Arbitragem contra a Bolívia en el CIADI del Banco Mundial. - Febrero 2007 -. Nacionaliza la Empresa de fundición Vinto, en manos suizas. - 26 marzo 2008 -. Morales fija el 30 de abril Como Plazo Máximo parágrafo nacionalizar cuatro filiales de la hispano-argentina Repsol YPF, las británicas Ashmore y British Petroleum y del Consórcio peruano-alemán CLBH. - 11 abril 2008. - Morales transformação la Estatal YPFB en una Corporación parágrafo dirigir la nacionalización Petrolera y la CREA Empresa Boliviana de Hidrocarburos Industrialización de los (EBIH). - 1 mayo 2008 -. El Estado adquiere el 100% de la Compañía Logística de Hidrocarburos (en manos Peruanas y alemanas) y de la telefónica Entel, filial de la italiana Telecom. Recupera la mayoría accionarial (50% + 1 acción) de las petroleras Chaco, de Panamerican Energy (del Grupo British Petroleum), Andina, filial de Repsol YPF; y de Transredes, a Transportadora de Hidrocarburos participada por la britanica Ahsmore y anglo-Holandesa Shell . - 15 octubre 2008 -. Repsol YPF un acuerdo firme con la Estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) par la gestión iniciar compartida en YPFB-Andina, en la Que la Empresa hispano-argentina tiene participación minoritaria. - 23 enero de 2009. - Morales nacionaliza la Petrolera Chaco, participada POR British Petroleum (BP) y por la argentina Bridas, a las Que acusó de sacar del País 277 millones de Dólares en 2008. - 6 febrero 2009 -. El Gobierno expropia 36,000 hectáreas de tierras um hacendados ( 15,000 a la familia estadounidense Larsen Metenbrink), acusándolos de someter um servidumbre um guaranis índios. - 1 mayo 2009 -. Morales nacionaliza Air BP, filial de la britanica British Petroleum, Que reparte combustíveis en Aeroportos bolivianos, y anuncia Que pagará por la Empresa . - 1 mayo 2010 -. El Presidente Morales nacionaliza cuatro Empresas Elétricas: Corani, participada en un Ecoenergy POR 50% International, subsidiaria de la francesa GDF Suez (en octubre de 2011 Paga 18,4 millones de Dólares Como indemnización); Guaracachi, Que tiene Como accionista principal, con el 50%, a la britanica Rurelec PLC; Valle Hermoso, donde la mitad del capitais estabele en manos de O boliviano grupo gerador de la Panamericana de Bolivia; y la Cooperativa Distribuidora Empresa de Luis y Ferza Eléctrica de Cochabamba. - 2 mayo 2010 -. Morales nacionaliza la pequeña Fundidora de antimonio Empresa Metalúrgica Vinto-antimonio, filial de la suiza Glencore, Que habia dejado de operar en los años ultimos. - 1 mayo 2012 -. Morales expropia las acciones de Red Eléctrica Española (REEE) en la Empresa Transportadora de Electricidad (TDE).