quinta-feira, 26 de abril de 2012

Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídia

  Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídia

Nenhuma novidade no fato desse consórcio tentar melar a CPI do Cachoeira.Novidade mesmo é o deputado Miro Teixeira se passar a um papel indecente desses.Deve receber alguma coisa da cachoeira da corrupção.


 
Principais grupos de comunicação fecham pacto de não agressão e transmitem ao Planalto a mensagem de que pretendem retaliar o governo se houver qualquer convocação de jornalistas ou de empresários do setor; porta-voz do grupo na comissão é o deputado Miro Teixeira; na Inglaterra, um país livre, o magnata Rupert Murdoch depôs ontem
Há exatamente uma semana, o 247 revelou com exclusividade que o executivo Fábio Barbosa, presidente do grupo Abril e ex-presidente da Febraban, foi a Brasília com uma missão: impedir a convocação do chefe Roberto Civita pela CPI sobre as atividades de Carlos Cachoeira. Jeitoso e muito querido em Brasília, Barbosa foi bem-sucedido, até agora. Dos mais de 170 requerimentos já apresentados, não constam o nome de Civita nem do jornalista Policarpo Júnior, ponto de ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. O silêncio do PT em relação ao tema também impressiona.

 
Surgem, aos poucos, novas informações sobre o engavetamento da chamada “CPI da Veja” ou “CPI da mídia”. João Roberto Marinho, da Globo, fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Otávio Frias Filho, da Folha de S. Paulo, também aderiu ao pacto de não agressão. E este grupo já tem até um representante na CPI. Trata-se do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).


 
Na edição de hoje da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Chama-se “Vacina” e diz o que segue abaixo:

“O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação”.

O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Júnior e Carlos Cachoeira. Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais.


 
Inglaterra, um país livre


 
Pessoas que acompanham o caso de perto estão convencidas de que Civita e Policarpo só serão convocados se algum veículo da mídia tradicional decidir publicar detalhes do relacionamento entre Veja e Cachoeira. Avalia-se, nos grandes veículos, que a chamada blogosfera ainda não tem força suficiente para mover a opinião pública e pressionar os parlamentares. Talvez seja verdade, mas, dias atrás, a hashtag #vejabandida se tornou o assunto mais comentado do Twitter no mundo.


 
Um indício do pacto de não agressão diz respeito à forma como veículos tradicionais de comunicação noticiaram nesta manhã o depoimento de Rupert Murdoch, no parlamento inglês. Sim, Murdoch foi forçado a depor numa CPI na Inglaterra – não na Venezuela – para se explicar sobre a prática de grampos ilegais publicados pelo jornal News of the World. Nenhum jornalista, nem mesmo funcionário de Murdoch, levantou argumentos de um possível cerceamento à liberdade de expressão. Afinal, como todos sabem, a Inglaterra é um país livre.


 
O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático.Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídia.Brasil-247   

Fernando Haddad:‘Quero humanizar São Paulo’

Sergio Lirio

 

O ex-ministro Fernando Haddad está mais longilíneo. E mais confiante. Acredita que as circunstâncias eleitorais o favorecem, embora, no momento, a realidade pareça bastante madrasta. O PT perdeu um tempo precioso na tentativa de fechar um acordo eleitoral com o prefeito Gilberto Kassab, do PSD, que no fim das contas lançou-se aos braços de seu padrinho José Serra. Agora busca tirar o prejuízo e formar um arco de alianças sólido. Para piorar, o partido foi punido pela Justiça Eleitoral e perdeu o horário gratuito no rádio e na tevê do primeiro semestre, uma chance de ouro para apresentar um candidato desconhecido pelos paulistanos. Na única pesquisa de intenção de votos divulgada, Haddad aparece com 3%, menos da metade do peemedebista Gabriel Chalita e a quilômetros de Serra (e seus 30%). “É uma pesquisa de 60 dias atrás”, incomoda-se o ex-ministro. “Vamos ver a próxima rodada.”


Depois de um longo período mergulhado em articulações internas, Haddad colocou o bloco na rua. No sábado 14, durante um evento em São Bernardo do Campo, apareceu pela primeira vez ao lado de Lula e Marta Suplicy, fiadores de sua campanha (ainda que a senadora continue a não demonstrar empenho e entusiasmo). E tem intensificado os contatos com os eleitores. Seu principal alvo é a qualidade do transporte público. Segundo o petista, São Paulo vive um “apagão” no setor. Ele promete retomar os investimentos em corredores de ônibus, ampliar a parceria no metrô, desde que o governo estadual aceite estabelecer metas de entrega de estações, e melhorar a engenharia de trânsito. Promete ainda acabar com a taxa de inspeção veicular – e mudar o modelo. “Ela não produziu o efeito desejado. A qualidade do ar não melhorou.” Como ele vê São Paulo daqui a quatro anos, caso ganhe a eleição? “Uma cidade mais humana.”


CartaCapital: O senhor é o candidato do Lula e de um partido, o PT, que costuma ter ao menos 30% dos votos na cidade de São Paulo. Ainda assim, está estacionado na casa dos 3% nas pesquisas. O que acontece?

 Fernando Haddad: Você se refere a uma pesquisa de 60 dias atrás, a única feita até o presente momento. A sua obsessão – e a de muita gente – por essa pesquisa me parece imprópria. Vamos aguardar uma nova rodada de pesquisas e verificar a evolução do quadro. Estamos no início do trabalho. É minha estreia em eleições e tenho total confiança: ao tomar conhecimento do nosso projeto, a população da cidade vai apoiá-lo naturalmente.

 

CC: No início das articulações políticas para a sua candidatura, o PT e as forças aliadas parecem ter ignorado a alta probabilidade de o ex-prefeito José Serra participar da disputa. Não foi um erro de estratégia?

 FH: Se houve erro não foi da minha parte. Em todas as minhas declarações públicas, sempre deixei claro que, no meu entender, a maior probabilidade era de o Serra participar das eleições. Até porque nos últimos 12 anos ele participou de cinco das seis eleições. O Serra está sem mandato e precisava encontrar uma forma de se reposicionar na vida política.


CC: O senhor elegeu o transporte público como o primeiro mote de sua campanha. O que pretende fazer nessa área?


 FH: São Paulo vive um apagão do transporte. É visível. Todas as pesquisas apontam queda na aprovação dos serviços públicos prestados. Há claramente uma falta de investimentos. Em primeiro lugar, os prefeitos posteriores abandonaram os planos em curso durante a gestão da Marta Suplicy. Quando a Marta assumiu, a prefeitura de São Paulo, herdada do Celso Pitta, estava quebrada e tinha um terço do Orçamento atual. Mesmo assim, foram construídos 70 quilômetros de corredores de ônibus. E o que foi feito depois? Outra coisa: a prefeitura colocou dinheiro nas obras do metrô, mas não fez um acordo com o governo estadual para estabelecer metas. Mais dinheiro não tem significado mais estações e linhas. Só tem representado um preço maior por quilômetro construído. Após 18 anos de governo do PSDB no estado, ainda não temos clareza sobre o cronograma de obras do metrô em virtude do constante adiamento daquilo que é prometido.


CC: O senhor manteria os investimentos?



 FH: Sim, até me disporia a investir mais no metrô. Mas desde que sejam estabelecidas metas claras. Ainda sobre o transporte: é preciso melhorar a engenharia de trânsito da cidade, completamente abandonada. A CET está sucateada e com baixo contingente para enfrentar os desafios. Nesses anos de inclusão social e maior oferta de crédito, um grande número de cidadãos conseguiu comprar um carro. E a gestão do trânsito não acompanhou essa mudança. Hoje há congestionamento nos bairros no fim de semana, algo que não acontecia. Não há planejamento, não há engenharia, não há duplicação de vias. Para piorar, as panes dos trens da CPTM e do metrô são recorrentes. No caso do metrô, acumulam-se problemas. Houve o horrível acidente da cratera, a acusação de fraudes na licitação, gestores afastados por denúncias. Tudo isso somado à queda nos investimentos em manutenção. Isso é ou não é um apagão?


CC: A CPTM e o metrô não são da alçada do prefeito.



FH: Mas e o dinheiro aplicado pela prefeitura, qual é a contrapartida? No mundo moderno, a administração pública se pauta por metas. Tive o privilégio de inaugurar no Ministério da Educação um plano de desenvolvimento com metas quantitativas e qualitativas. Todas cumpridas até o momento.


CC: No ponto em que estamos, não seria preciso tomar medidas mais drásticas? Ampliar o rodízio, por exemplo?



FH: Não são só os brasileiros que compram carro. Nas nações desenvolvidas, o indivíduo tem automóvel, mas usa de maneira parcimoniosa, pois a cidade, o Estado, é capaz de oferecer uma opção de boa qualidade. Políticas restritivas de uso do carro só são implantadas após a oferta de um bom sistema de transporte público. Ampliar as restrições neste momento em São Paulo representaria empurrar mais gente para um sistema saturado por falta de investimentos estaduais e municipais. O que pretendo fazer é melhorar a gestão do trânsito e, simultaneamente, aumentar os investimentos em transporte público. Com metas, transparência, de forma que a sociedade possa acompanhar e fiscalizar.


CC: Como ex-ministro da Educação, quais são seus planos para melhorar o ensino público na cidade?



FH: São Paulo é o estado mais rico da Federação. A renda per capita da cidade é superior àquela da Argentina, do Chile, do Uruguai, do México. Apesar desse dado, o sistema educacional paulista está aquém do de todos esses países. Não faz sentido. A cidade pode se tornar uma referência, mas é preciso investir da creche à pós-graduação. É preciso ter mais vagas em universidades públicas, mais escolas técnicas. O governo federal tem recursos disponíveis. Também necessitamos de mais creches e pré-escolas. E existe um programa federal com dinheiro destinado a São Paulo que a cidade ainda não foi capaz de usar. É questão de disposição para fechar as parcerias, os convênios. Outro ponto: vamos implantar a educação de tempo integral. Vamos estabelecer metas para atingir em quatro anos um determinado porcentual de estudantes em dois turnos.


CC: Como o senhor imagina São Paulo no final de sua gestão, caso ganhe as eleições?



 FH: Quero fazer de São Paulo uma cidade mais humana. Uma cidade promove o encontro das pessoas. Ela tem de ser convidativa. O governo Lula melhorou a vida dos brasileiros da porta para dentro. Os brasileiros, e os paulistanos em particular, tiveram acesso a bens e serviços antes proibidos à maioria. O prefeito tinha a responsabilidade de cuidar da porta para fora. Houve um aumento sensacional da arrecadação. O Orçamento é três vezes maior do que há oito anos. O prefeito Gilberto Kassab possui cerca de 5 bilhões de reais para investimentos e não consegue aplicar os recursos. Quando a vida melhora da porta para dentro e não melhora da porta para fora é sinal de que a cidade não cumpre sua função de aproximar os cidadãos. E isso se faz melhorando a iluminação, a mobilidade, a educação, os serviços públicos.


CC: Como a prefeitura pode atuar para deixar a cidade menos violenta?



 FH: A segurança é uma atribuição do governo estadual, mas a prefeitura pode tomar algumas providências. Uma cidade limpa, iluminada, com calçamento adequado, muro nos terrenos vazios favorece a segurança. Até a melhora do trânsito provoca efeitos positivos. Os arrastões pelas avenidas acontecem por causa dos congestionamentos. Os motoristas, parados, tornam-se presas fáceis dos ladrões. E há a Guarda Civil Metropolitana, desprestigiada na atual gestão. Podemos ter uma combinação de esforços da prefeitura e do governo do estado.


CC: Como resolver o problema da Cracolândia? O senhor é a favor da internação compulsória dos viciados?



 FH: Fui um dos primeiros a defender a necessidade de uma política de ocupação da Cracolândia, com força policial, por causa da presença de traficantes e crianças. Mas supunha que a ocupação seria feita de maneira conjugada com a oferta de assistência social e de saúde. Não com o simples intuito de espalhar os viciados pela cidade, como ocorreu. Entendo que a internação compulsória sem a participação do Poder Judiciário é muito temerária. Podemos abrir espaço para práticas das quais vamos nos arrepender no futuro. Ela tem de ser usada com parcimônia, quando se tratar de riscos à vida das pessoas.


CC: O próximo prefeito administrará a cidade durante a Copa do Mundo, um evento fundamental para imagem do Brasil no exterior. Estamos preparados?



 FH: Temos todas as condições para nos preparar. A prefeitura tem feito pouco…


CC: O que falta?



 FH: Coisas básicas. Falta um plano de sinalização para estrangeiros, por exemplo. Vamos precisar de quem fale uma segunda língua para orientar os turistas. E isso precisa ser planejado já. Faltam praticamente dois anos para o Mundial. Não sabemos se temos estrutura para receber bem a todos os que virão, para que eles voltem à cidade e ao Brasil. Certamente um dos grandes legados da Copa será transformar o País em um lugar mais atrativo para os turistas. Se eles não foram bem tratados, levarão uma imagem deformada dos brasileiros. Não vejo um esforço da prefeitura para preparar a cidade.


CC: Como tornar São Paulo uma cidade ambientalmente mais sustentável?



 FH: Existem dois aspectos fundamentais. Avançar na coleta seletiva de lixo é um deles. Estamos estagnados nessa área. Há tecnologias avançadas e experiências internacionais bem-sucedidas e fáceis de ser usadas e reproduzidas. O Brasil aprovou um novo marco regulatório do manejo dos resíduos sólidos. Todos os municípios têm prazo para se adaptar às novas regras. O tempo está correndo.


CC: A prefeita Marta Suplicy ficou marcada pela criação de um imposto destinado a investir na coleta seletiva. Era chamada de “martaxa”. Dá para investir em coleta seletiva sem criar um novo imposto?



FH: Na verdade, o Serra e o Kassab substituíram uma taxa por outra, de pior qualidade, e não fizeram nada para melhorar a coleta de lixo. Mas não dá para ressuscitar taxas ou impostos no Brasil. Veja o caso da CPMF, criada pelo Fernando Henrique Cardoso. O Congresso a extinguiu e assim ficou. Vou além. Pretendo acabar com a taxa de inspeção veicular, pois ela não produziu os efeitos desejados do ponto de vista ambiental.


CC: E como manter a inspeção?



 FH: Nos moldes do que se faz no resto do mundo, principalmente nos países desenvolvidos. Não há sentido em fazer inspeção em veículos recém-saídos das concessionárias e ainda dentro do prazo de garantia das fábricas. Se está na garantia, a regulagem do motor para a emissão de poluentes tem de estar contemplada. Além do mais, o paulistano paga a maior alíquota de IPVA do Brasil. Metade dessa arrecadação é repassada ao município. A outra metade é do estado. Vamos atingir 2 bilhões de reais em arrecadação, dez vezes mais do que deveria custar a inspeção veicular de toda a frota. Essa taxa é contraproducente. Por causa dela, boa parte da frota de automóveis da cidade não está licenciada. Outra parte está licenciada fora do município e do estado, pois os motoristas buscam uma maneira de pagar menos impostos. Já a qualidade do ar não melhorou. Diria até que piorou.

Ricardo Noblat mentiu descaradamente para envolver deputado do PT

A cobertura do PIG para a CPI do Cachoeira/Demóstenes tem um rumo muito claro: jogar no colo do governo Dilma toda a roubalheira praticada pela direita em conluio com o contraventor e os bandidos do próprio PIG. Para isso cometem as maiores aberrações. Porém, Ricardo Noblat, colunista e blogueiro do Globo, passou de todos os limites. Mentiu descaradamente nesta terça-feira (24) ao envolver o deputado Rubens Otoni (PT-GO) e livrar a cara do  deputado Sandes Júnior (PP-GO).

Por Kerison Lopes
CPI pode esclarecer relação entre os dois
Em texto escrito pelo próprio Noblat, publicado às 19h36m, o jornalista escreve a seguinte matéria, que tem como título: STF processará deputados do Caso Cachoeira
“O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, anunciará daqui a pouco que autorizou a abertura de processo contra três deputados federais por Goiás envolvidos nos malfeitos do bicheiro Caroinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres. Os três: Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Rubens Otoni (PT-GO) e Sandes Júnior (PP-GO)”.

Na verdade, como foi noticiado por toda a imprensa brasileira, inclusive o site do jornal O Globo, os três inquéritos que foram abertos a pedido da Procuradoria-Geral da República foram contra os deputados federais Carlos Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). Ou seja, todos da oposição ao governo Dilma. Apesar de ser do PP, partido da base de Dilma, Sandes Júnior é ligado ao governador Marconi Perillo, envolvido até a cabeça com a quadrilha de Cachoeira.

Se a realidade não corresponde ao que manda o patrão, publica-se a mentira. Foi isso que fez Ricardo Noblat. Até esta quarta-feira (25), às 10:00h, não foi publicado nenhum desmentido no blog e a notícia mentirosa permanece publicada.

Noblat na CPI

Ricardo Noblat não é qualquer jornalista. É um dos atacantes do time do PIG. Ganhou grande notoriedade por ter sido uma das pontas de lança na tentativa de golpe contra os governos de Lula e Dilma.

Se sentasse em uma cadeira para depor na CPI, Noblat teria muito pra contar sobre o esquema criminoso montado por Cachoeira com a cúpula do PIG. O colunista é uma das principais viúvas do senador Demóstenes, por quem nutre grande admiração. Tanto é que Demóstenes era dos únicos políticos com coluna fixa no Blog do Noblat. Coluna sempre pautada pelo tema da “ética e moralização”. Sem explicação, a coluna semanal sumiu do Blog assim que começaram a ser reveladas as gravações do seu ídolo com Cachoeira.

Ricardo Noblat poderia também, sentado como depoente na CPI, contar para o Brasil porque foi o mais implacável jornalista contra Luiz Antônio Pagot, quando esse estava na direção geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Diariamente, publicava as denúncias em primeira mão, já que a revista Veja, braço direito da organização criminosa de Cachoeira é semanal.

Como ficou claro em gravações já vazadas pela Polícia Federal, Pagot foi vítima de uma armação de Cachoeira, a empreiteira Delta e a revista Veja. Qual foi a participação de Noblat no esquema? Bem que ele poderia contar ao Brasil sentado na mesa da CPI. Para isso acontecer, basta um deputado federal apresentar o pedido de convocação e ser aprovado pelos membros da CPI. Já tenho até sugestão do parlamentar que poderia formular o pedido, o caluniado Rubes Otoni (PT-GO.

Todos vêem o Brasil como um país melhor, mas a imprensa corrupta brasileira não consegue. Quem sabe quando o "mais preparado", o que tem o "currículo exemplar" for eleito presidente dos Estados Unidos do Brasil, a corrupta tenha outra visão. É triste!

Spike Lee se diz 'muito impressionado' com Dilma


FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
O cineasta norte-americano Spike Lee, 55, afirmou ter ficado "muito impressionado" com a presidente Dilma Rousseff e ter conversado com ela sobre os obstáculos e objetivos do Brasil, uma "nova superpotência".
Lee chegou ontem a São Paulo e deve fazer entrevistas no país para o documentário que está realizando, "Go Brazil Go!". "É sobre o novo Brasil, sobre como o Brasil emergiu como uma nova superpotência", explicou após encontro com Dilma no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (25).
Brasileiros como Neymar, Chico Buarque, Lula e Miton Nascimento estão entre as personalidades que podem ser entrevistadas para o filme. "Esperamos ter uma entrevista [para o documentário] com a presidente", acrescentou. O encontro com Dilma durou cerca de 30 minutos --o escritor Fernando Morais, consultor do filme, também participou da agenda.
Spike Lee afirmou que o filme não pretende ser de esquerda ou de direita, mas sim refletir um "espectro geral" da sociedade brasileira. A última visita do cineasta ao Brasil se deu na década de 90, quando veio dirigir o clipe de Michael Jackson na favela Dona Marta, no Rio, e no Pelourinho, em 1996.
Questionado sobre o que mudou desde então, ele citou como exemplo a formação da nova classe média. "Eu comecei o projeto com uma mente aberta, coração, olhos e ouvidos. (...) Vai ser um processo de aprendizagem e isso levará tempo." Ele pretende fazer cerca de sete viagens ao Brasil até o próximo ano, para fazer entrevistas e colher histórias.
A intenção é que o filme seja lançado antes da Copa de 2014.

Stephen Chernin-13.jun.2011/Reuters
O diretor Spike Lee
O diretor Spike Lee
SUPREMO
Questionado sobre o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) que analisa o sistema de reserva de vagas em universidades brasileiras, Lee afirmou ser favorável à definição de cotas para negros. "Eu não sou um especialista em Brasil, estou falando como um cidadão do mundo", disse ele. Antes de ir ao Palácio do Planalto, o cineasta visitou a Suprema Corte.
Conflitos raciais, violência urbana e pobreza são temas recorrentes em seus filmes --como, por exemplo, "Milagre em Santana" (2008), "Malcolm X" (1992) e "Faça a coisa certa" (1989).

A corrupta sonha na manchete e cai na real no texto:" Dilma é derrotada, e nova lei diminui proteção ambiental". Dá uma pena!

A Câmara dos Deputados aprovou, por 274 votos a 184, o texto que reforma o Código Florestal, impondo uma nova derrota ao governo. A decisão foi comemorada pela bancada ruralista.
O projeto deve ser vetado por Dilma, em especial os artigos que beneficiam o agronegócio e reduzem a proteção a ecossistemas aquáticos. A dimensão do veto, porém, é incerta.

Serra vai apostar em imagem de 'inovador' em São Paulo

Mais velho da corrida municipal, ex-governador tenta se apresentar como administrador moderno ante as críticas de seus rivais
"Inovação é o nome da nossa gestão", definiu o ex-governador José Serra (PSDB) em uma conversa com líderes comunitários da Lapa, zona oeste de São Paulo, na última quinta-feira. Na disputa pela Prefeitura, o tucano vai se apresentar como um administrador moderno para fazer frente às críticas dos adversários que tentam lhe impor uma imagem de político antigo

pretende 'Prefeitura de inovação'
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-04-24/serra-vai-apostar-em-imagem-de-inovador-em-sao-paulo.html

Analistas econômicos apontam acertos do governo Dilma

Construção civil é um dos setores mais aquecidos da economia, gerando mais empregos e renda, alavancado pela política expansão do crédito do governo para a aquisição da casa própria
Geração de empregos e consumo são pontos-chave para crescimento
Para ganhadores do Prêmio iG/Insper, País vive bom momento e com juros em queda e inflação sob controle deve retomar trilha de crescimento

A retomada do crescimento da economia com mais fôlego nos próximos meses está diretamente ligada à manutenção do ritmo de geração de empregos e o consumo, segundo a avaliação dos vencedores do Prêmio iG/Insper Negócio do Ano , promovido em parceria pelo portal iG e pelo Instituto de Ensino e Pesquisa – Insper, com o apoio da consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC).

Para José Luiz Acar Pedro, presidente do Banco Panamericano e sócio do BTG Pactual , o grande vencedor da edição 2012 do Prêmio Negócio do Ano iG/Insper, o País está no caminho certo e deve encerrar este ano com um crescimento em torno de 4%, acima dos 2,7% registrados em 2011, e com uma taxa de desemprego baixa. “Na nossa avaliação esse cenário é importantíssimo e será o pulmão do crescimento”, diz.

“A taxa de juros caindo e a inflação sob controle e declinando são fatores muito importantes para o crescimento da economia e positivo para todos os setores”, acrescenta o executivo.

André Sá, presidente da Brazil Pharma , companhia que conquistou o Prêmio iG/Insper na categoria "Negócio Mais Ousado do Ano", avalia que o Brasil vive o melhor momento de sua história, com o consumidor em um processo de inserção, podendo ter acesso a novos produtos. “O crescimento da classe média é um movimento muito forte e robusto. Isso anima os empresários e impulsiona a atração de investimentos. Criou-se no Brasil nos últimos anos um ambiente para atrair capital, criar negócios e gerar oportunidades de trabalho”, diz.

Segundo o executivo, o País segue um cenário de crescimento parecido com o vivido pelos Estados Unidos três décadas atrás. “Temos hoje uma classe média forte, empreendedores, riquezas naturais”, diz Sá. “Esse cenário mostra que existem oportunidades para todos e para se construir grandes negócios”, completa.

De acordo com Cristina Betts, vice-presidente de Finanças do Grupo Iguatemi , companhia premiada na categoria "Melhor Retorno ao Acionista", o País vive um momento de crescimento onde o desafio é colocar todos os empreendimentos de infraestrutura de pé o que também é uma meta do grupo, inaugurando novos complexos.

Para Rodrigo Galindo, presidente da Kroton Educacional , companhai premiada na categoria "Negócio mais Ousado", um dos desafios está sendo vencido com a redução da taxa de juros, tornando o capital mais atrativo para investimentos, criando estímulos ao crescimento. “Emprego é um ponto muito relevante para garantir o crescimento e estimular uma melhor capacitação profissional”, diz.

Na visão de Leonardo Bordeaux, superintendente da BR Malls , empresa premiada na categoria "Empresa mais Poderosa em Fusões e Aquisições", as perspectivas são favoráveis para o consumo e o varejo interno continua com um desempenho positivo. “O Brasil segue sendo a bola da vez e isso favorece o nosso segmento”, diz

Ig

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Egito interrompe fornecimento de gás a Israel

BBC

O governo do Egito anunciou na noite de domingo que rompeu um acordo com Israel para fornecimento de gás natural. Israel importa do Egito cerca de 40% do gás natural consumido internamente, e usado para gerar eletricidade.

 O diretor da empresa nacional de gás natural do Egito, Mohamed Shoeb, alega que a decisão não tem nenhum componente político, e que foi tomada porque Israel não pagou pelo gás fornecido nos últimos quatro meses. Israel nega esta versão. O governo israelense diz que a decisão foi tomada porque o Egito não consegue mais garantir o transporte de gás natural ao país, já que o gasoduto usado foi alvo de vários ataques e sabotagens no deserto do Sinai nos últimos meses.

O ministro das Finanças de Israel, Yuvai Steinitz, disse que a medida é "muito preocupante", e contradiz um acordo de paz entre israelenses e egípcios.

A Ampal, a empresa israelense responsável pela importação do gás natural, acusou a medida de "ilegal e de má fé". A companhia pretende dar início a um processo em tribunais internacionais de arbitragem, em busca de compensação financeira.

O Egito foi o primeiro país no Oriente Médio a assinar um tratado de paz com Israel, em 1979. O acordo de fornecimento de gás foi assinado em 2005.

No entanto, muitos egípcios reclamam que o acordo nunca favoreceu o seu país, já que o preço cobrado pelo gás natural seria muito baixo. Israel afirma estar pagando o preço adequado pelo gás.

A região do Sinai tornou-se mais instável desde a derrubada do ex-presidente Hosni Mubarak, no ano passado. Várias tribos beduínas armadas têm assumido o controle de algumas áreas do Sinai e atacado o gasoduto, na tentativa de forçar o rompimento do acordo entre Egito e Israel.

Canadá quer receber 12 mil alunos do Ciência Sem Fronteiras

Governador-geral do país encontra Dilma e promete a brasileiros ensino de línguas e estágios no setor privado

Agência Brasil

 O governo do Canadá anunciou nesta terça-feira que o país receberá 12 mil estudantes brasileiros pelo programa Ciência sem Fronteiras. O país também oferecerá aos estudantes estágios no setor privado, experiência prática em laboratórios e ensino de língua. O anúncio foi feito pelo governador-geral do Canadá, David Johnston, durante reunião com a presidenta Dilma Rousseff.
“A intenção é que os estudantes não só aprendam a teoria, mas coloquem a mão na massa”, disse Johnston.
O governador-geral do Canadá elogiou o Ciência sem Fronteiras e disse que está especialmente empolgado com as conquistas brasileiras na área social.
A presidenta Dilma agradeceu a iniciativa canadense e afirmou que nada pode aproximar mais os dois países do que as relações no campo da educação, ciência e tecnologia e inovação.
“Sem dúvidas a qualidade das instituições acadêmicas do Canadá e as relações com as entidades acadêmicas e os estágios empresariais vão fazer diferença para os estudantes brasileiros no Ciência sem Fronteiras”, disse.
Dilma ainda falou sobre a importância do apoio do Canadá em outro programa brasileiro, batizado de Mulheres Mil, para a capacitação de mulheres,
O programa Ciência sem Fronteiras tem a meta de enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014. O governo promete custear 75 mil bolsas e espera que a iniciativa privada viabilize outras 25 mil.
Também participaram da reunião entre Dilma e David Johnston os ministros da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, da Educação, Aloizio Mercadante, e o ministro interino de Relações Exteriores, Rui Nogueira.

Aécio Neves, o traficante de influência, tenta se explicar

Aécio Neves, cada vez que se defende da prática de um malfeito, tem logo, na ponta da língua, a justificativa.Foi assim quando foi pego bêbado dirigindo uma Land Rover.E é assim nessa denúncia, já comprovada provada através de grampos, de tráfico de influência para beneficiar Cachoeira.Aécio Neves, nesta matéria publicada no Estadão, diz que foi traído por Demóstenes. Diz Aécio:ele fez uma indicação que cabia ao seu partido e como ela tinha qualificação, encaminhei o pedido à Secretária de Governo.Aécio só não diz que quem ocupou a Secretaria de Governo no seu governo foi atual deputado federal  Danilo de Castro, seu aliado e amigo de primeira hora.Aécio Neves não diz também que Castro mandava(e ainda manda) e desmandava em Minas Gerais.Mas, afinal, quem é Danilo de Castro? Veja aqui.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta terça (24) que se sente "traído" pela iniciativa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) de lhe pedir a nomeação da prima do contraventor Carlinhos Cachoeira em um cargo comissionado. A prima do bicheiro, Mônica Beatriz Silva Vieira, assumiu o cargo de diretora regional da Secretaria de Estado de Assistência Social, em Uberaba, em 25 de maio do ano passado.
Segundo reportagem publicada nesta terça-feira no jornal O Estado de S. Paulo, do pedido de Cachoeira a Demóstenes até a nomeação de Mônica bastaram apenas 12 dias e 7 telefonemas. A informação de que Demóstenes fez o pedido a Aécio, atendendo a uma demanda de Cachoeira, está comprovada pela escuta telefônica da Polícia Federal, na Operação Monte Carlo. Ele lembrou que, na época, comunicou ao presidente do DEM, José Agripino (RN), que aquela demanda estava sendo atendida. Aécio garantiu que não tem nenhum tipo de relação com Cachoeira.
Ele alegou que, há um ano, não tinha motivos para questionar um pedido de Demóstenes, tido então como "um senador acima de qualquer suspeita". "Eu me sinto traído na minha boa fé, mas fiz aquilo que faço quando recebo indicação de partidos aliados", afirmou. "Ele fez uma indicação que cabia ao seu partido e como ela tinha qualificação, encaminhei o pedido à Secretaria de Governo".
Aécio disse lamentar "profundamente" que um senador da República se disponha a defender interesses de um contraventor. "E só ontem ficamos sabendo disso", lembrou. "Nem eu nem ninguém no Brasil sabia há um ano atrás dessas ligações do senador Demóstenes, a imprensa dava a ele a aura de combatente contra a corrupção, o grande legalista e todo mundo está absolutamente decepcionado", justificou.
O senador tucano concordou que o episódio mostra o risco em atender aos pedidos motivados pelo apadrinhamento político. "Acho que essa cautela tem de ter. O governo de Minas Gerais é a referência hoje no que diz respeito à administração de qualidade à meritocracia", destacou. Ainda assim, entende que a indicação política não pode, por si só, ser vista como uma ilegalidade: "O que ninguém pode esperar é ser instrumento para interesse de terceiros, de interesses que eu diria do campo do ilícito e não da política, agora o cuidado com a indicação tem de ter", constatou.
Aécio disse que, nesse caso, fez o que faria "10 outras vezes". "Indiquei à secretaria, o currículo era compatível. O brasileiro não tem bola de cristal para imaginar as ligações do seu Demóstenes", reiterou. "Uma indicação do seu Demóstenes credenciava o indicado, um ano se passou e fomos surpreendidos com a ligação desse senador com a contravenção". No seu entender Demóstenes, "violentou a confiança da Casa". "Há um ano atrás, ninguém poderia imaginar. Eu me sinto traído na confiança. O que fiz foi atender a uma demanda partidária".
Fonte: Agência Estado

terça-feira, 24 de abril de 2012

Supremo vai julgar pedido do DEM de acabar com cotas nas universidades

Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!



Reserva de vagas em instituições de ensino é contestada em ações que tramitam no STF.

O DEM (ex-PFL) se juntou a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino particular, e resolveram bater às portas do Supremo Tribunal Federal, sustentando a inconstitucionalidade dos atos que criaram o ProUni. Levaram para a Corte a discussão da legalidade de ações afirmativas baseadas em critérios de renda e de raça para o acesso ao ensino superior.O partido ja tomou uma  primeira pancada, pelo voto do ministro-relator Carlos Ayres Britto.
 
Agora tem um novo julgamento

Recém-empossado no cargo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto afirmou que o primeiro julgamento de sua gestão vai decidir sobre a constitucionalidade da política de cotas em instituições de ensino no Brasil, contestadas em três ações que tramitam no STF.

A pauta da quarta-feira prevê o julgamento da ação protocolada pelo DEM contra o sistema de cotas da Universidade de Brasília e do recurso que questiona a política adotada pela Universidade do Rio Grande do Sul. Os dois processos são de relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.

Outra ação que deve ser analisada na próxima semana é a que contesta o sistema de reserva de bolsas de estudo para negros, indígenas, pessoas com deficiência e alunos da rede pública implementado pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) do governo federal.

O sistema de seleção para recebimento do benefício foi atacado pelo DEM e por entidades como a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino.


Sintonia Fina

Lula provoca mais ódio que Vargas

Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG) não mostra!

Saiu hoje na pág. 2 da Folha


A pesquisa ajuda a acalmar a ansiedade e a espantar os fantasmas de Lula, que, nas conversas com aliados, não para de reclamar da imprensa, da oposição e da “elite”. Quanto mais Dilma acerta e cresce, mais ele alimenta a paranoia de que tentam “desconstruir a sua imagem”.


Lula está absolutamente convencido de que foi o melhor presidente da história da humanidade, mas os adversários (entre os quais inclui a imprensa) não reconhecem. Insistem em dizer que o mensalão existiu, que ele impôs ministros que Dilma teve de defenestrar e que seu governo foi marcado por uma alegre convivência com fichas-sujas e oligarcas.


Ele não suporta ver a sua criatura se tornando mais admirada do que o criador. Sente-se injustiçado, senão perseguido, e reage com mágoa e rancor. Seu apoio à CPI é resultado desse sentimento: “doa a quem doer”, ou seja, “doa ou não em Dilma”.


O Datafolha é um bálsamo para as dores de Lula, que agora pode vangloriar-se pela escolha de Dilma como sucessora e continuar sentindo-se o “mais”, o “melhor”, o “mais amado”, o “candidato dos sonhos”.


Bálsamo para Lula, alívio para Dilma, que é cheia de dedos com Lula, ouvindo-o, reverenciando-o, mantendo-o no pedestal.


O resto é questão de tempo: até 2014, o “volta Lula” deve lentamente deslizar para o “fica Dilma”. 

 

Como diz PHA:

Em recente debate na Bienal do Livro “CPI vai desmontar o ‘espetáculo’ da Globo” e  “Costa e a visibilidade do crime organizado” 

– Emir Sader ofereceu uma explicação para ódio contra Lula que habita o coração das Marine Le Pen do Brasil.

Lula desperta mais ódio do que Vargas despertou, disse Sader.
É um ódio de classe, disse Sader.
E por que ?
A elite, por meio de seus funcionários no PiG (**) e no PSDB de São Paulo, não perdoa o fracasso de Fernando Henrique e o sucesso retumbante de Lula.

Era para ser o contrário.

O cheiroso tinha que ser maior que o metalúrgico nordestino, que não tem um dedo e não fala inglês.

E não foi.

Pior: o sucessor de FHC foi Serra, um derrotado.
O de Lula, uma vitoriosa.

(Sader foi entusiasticamente aplaudido !)


Sintonia Fina

Comissão de juristas aprova a criminalização do enriquecimento ilícito


Gazeta do Povo via boletim do NEMS-PR

A comissão de juristas que prepara anteprojeto da reforma do Código Penal no Senado aprovou nesta segunda-feira (23) a criminalização do enriquecimento ilícito.

Significa que devem responder na Justiça os servidores, juízes ou políticos, por exemplo, que não puderem comprovar a origem de valores ou bens, sejam eles móveis ou imóveis. A previsão de pena varia de 1 a 5 anos.

Para o relator da reforma, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, trata-se de "um momento histórico na luta contra a corrupção no Brasil".

"Criminalizamos a conduta do funcionário público que enriquece sem que saiba como. Aquele que entra pobre e sai rico", afirmou.

Segundo Gonçalves, não há qualquer previsão desta natureza hoje no Código.

"O país está descumprindo tratados internacionais contra corrupção, que determinam a criminalização. Estamos levando essa proposta para o Senado e os representantes do povo vão discuti-la", completou.

O texto prevê ainda que a punição seja aumentada em metade ou dois terços caso a propriedade ou posse seja atribuída a terceiros.

A mudança do anteprojeto de reforma do Código Penal deve ser entregue até o fim de maio para votação do Senado. Em seguida, as modificações serão apreciadas pela Câmara dos Deputados.

Blogueiro assassinado no Maranhão


Foi assassinado há pouco - (por volta de 00 h) - em São Luís, no Maranhão, um dos mais aguerridos e críticos blogueiros políticos do estado, Décio Sá.
Ele estava sozinho no Bar da Marcela - Estrela do Mar, na Av. Litorânea, da capital, onde Fábio Câmara, pré-candidato a vereador iria encontrá-lo. Décio pediu um prato com caranguejo quando foi alvejado por vários disparos – um deles na cabeça – por um motoqueiro que fugiu, sem deixar pistas.

Acredita-se que o crime tenha sido motivado por vingança, pois o jornalista Décio Sá, diariamente vinha denunciando ações fraudulentas de políticos em todo o estado do Maranhão. Em outras palavras, "acerto de contas"...
Décio Sá era repórter do jornal O Estado do Maranhão. No seu blog pessoal, colecionava milhares de acessos e algumas polêmicas pelo estilo crítico dos seus textos e dos assuntos que explorava. Ele dedicava o trabalho a cobrir a política do Maranhão e seu blog era o mais acessado no estado.
Seu site é http://www.blogdodecio.com.br/

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Contraponto 7952 - " Política social do Brasil é modelo diz ministro britânico"



Por Cafu
As políticas sociais do Brasil são um modelo para o mundo e há muito a que se aprender com o Brasil. Quem diz isso é o Ministro do Desenvolvimento Internacional da Grã-Betanha, Andrew Mitchell.
De O Globo
Parceria para acabar com a miséria
ANDREW MITCHELL
Uma em cada cinco pessoas do planeta ainda passa fome e milhões de mulheres morrem durante o parto. Isso é inaceitável. O governo de coalizão do Reino Unido possui um Ministério para o Desenvolvimento Internacional, focado na atenção às populações mais pobres de outros países, o qual tenho a responsabilidade de liderar. Entendemos que, para combater eficazmente problemas sérios como a pobreza e a fome, é preciso trabalhar com novos parceiros e utilizar novas abordagens.
p>Tive a honra de visitar o Brasil na última semana e de conhecer projetos brasileiros que deram certo na atenção a populações pobres. Vi como políticas firmes e a atuação dedicada do setor privado podem criar empregos e gerar renda. E como cidadãos pobres podem usar a criatividade para melhorar suas vidas. Há muito a se aprender com o Brasil. O país reduziu a pobreza cinco vezes mais rápido do que a China e dez vezes mais rápido do que a Índia. Esse é um resultado fantástico. Obviamente, os brasileiros sabem que ainda há muito a se fazer - e o programa da presidente Dilma Rousseff Brasil sem Miséria assume o compromisso de terminar essa tarefa. Acredito, no entanto, que os brasileiros possuem um grande interesse em compartilhar conhecimentos para ajudar a combater a pobreza em outras regiões do mundo.
Em primeiro lugar, estamos todos interconectados atualmente. A recessão global afeta a todos e os motores do crescimento estão espalhados por diversos lugares do mundo. Em segundo, o Brasil ganhará mais respeito esucesso na arena internacional se for reconhecido por sua contribuição para a redução da pobreza global. Em terceiro, o Brasil já mostrou que fazer a diferença não custa tanto. O investimento financeiro em programas como o Fome Zero foi recompensado com economias locais mais fortes e melhores expectativas para os jovens.
Então, por que o Brasil deveria trabalhar com o Reino Unido? Para aliar a abordagem inovadora do país à parceria de muitos anos do Reino Unido com países em desenvolvimento. Por exemplo, desde 2010, trabalhamos em parceria com a Embrapa para adaptar sua experiência em agricultura às necessidades de fazendeiros africanos. Esse "mercado agrícola" já alcança nove países da África e está pronto para ser expandido. E vamos facilitar a adaptação de abordagens brasileiras na agricultura e na segurança alimentar para sete países, incluindo Gana e Moçambique. Além disso, o Reino Unido é aliado do Brasil para levar a experiência do Bolsa Família ao Quênia. O investimento brasileiro já está mudando a vida de milhares de pessoas na África.
Durante minha missão, busquei incentivar um papel ainda mais importante para o Brasil na luta contra a pobreza - além da conquista da paz e da prosperidade. O trabalho de parceria permite que Brasil e Reino Unido estejam na vanguarda de uma nova fase da cooperação para o desenvolvimento. Um mundo sem miséria é possível.

ANDREW MITCHELL é ministro para o Desenvolvimento Internacional da Grã-Bretanha.
Emir Sader*
O que melhor caracteriza o cenário mundial é a recessão no centro do capitalismo e a capacidade de manter níveis de expansão de suas economias, acompanhadas de distribuição de renda, no Sul do mundo. Claro que o crescimento de tres décadas seguidas da economia chinesa é alavanca essencial desse fenômeno. Mas ele é parte integrante do cenário, que revela a reiteração do modelo neoliberal no centro e modalidades de expansão com extensão dos mercados internos de consumo popular no Sul.

Antes do ciclo de crises atual, uma recessão no centro era devastadora para o sistema no seu conjunto, com efeitos ainda mais agudos na periferia, pela dependência da demanda, dos investimentos e dos créditos. Desta vez nossas sociedades sofrem os efeitos dessa retração, baixam seu ritmo de crescimento, mas não entram em recessão. Já existe uma certa multipolaridade econômica no mundo, de forma que o que sucede no centro não se transfere mecanicamente para a periferia.

A América Latina pode assim exibir ao mundo um outro modelo, que não apenas mantem ritmos de desenvolvimento econômico, mas o faz simultaneamente com a distribuição de renda. Tem portanto não apenas uma superioridade econômica, mas política, social e moral. Como uma de suas consequências, enquanto na Europa todos os governos que se submetem a processos eleitorais - de esquerda ou de direita – são derrotados, porque responsabilizados por politicas recessivas e devastadoras socialmente, os governos que colocam o modelo alternativo em prática na América Latina, tem sido eleitos, reeleitos e tem conseguido eleger seus sucessores.

Enquanto na Europa se produz um processo sistemático de empobrecimento da população, aqui tem diminuído sistematicamente a pobreza e a miséria. Os países europeus, que tinham recebido grande quantidade de trabalhadores imigrantes, veem agora uma parte destes retornar a seus países, enquanto nacionais passam a buscar trabalho em outros países e continentes.

A maior disputa política hoje no mundo se dá entre o modelo neoliberal mantido no centro do capitalismo e o modelo latinoamericano.

*Emir Sader. Sociólogo e cientista político.
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Os Ecotópicos, a Governança Global, o Mito e o Terror

"CRUZADOS LUTANDO CONTA AS FORÇAS DO MAL  DO AQUECIMENTO GLOBAL". AQUI
Cruzados Verdes não vêem forma de fazer a sua pequena parte para tornar este mundo complexo um pouco melhor aqui e um pouco mais sensato ali. Uma modesta e constante melhoria incremental não lhes interessa.


Em vez disso, eles anseiam por papéis de destaque no palco do mundo, vestidos em trajes de super-heróis e acompanhados por música portentosa. As visões que possuem enquanto dormem, são de cerimónias televisivas em que são cobertos de medalhas ao pescoço, enquanto que uma platéia de milhares de pessoas aplaude o seu status de salvadores-do-planeta.




Já em 1970, há 42 anos, a superpopulação foi a crise ambiental "du jour". O público foi instado a ter no máximo dois filhos, e o relato dos jornais sobre o discurso proferido pela voz de um activista que virou ecológico, o citou dizendo:


"Não temos muito mais do que uma década à frente. Essa geração será a última com uma chance de fazer algo ... Em 1975 os Estados Unidos exportarão o seu último grão de trigo. E em 1985 ... a poluição do ar vai ser tão ruim ... não haverá suficiente [oxigênio] para respirar e o homem perecerá. 

Artigo integral: Terrorismo Climático

Opinião do Professor Pinto de Sá do IST:

 em muitas civilizações antigas praticavam-se sacrifícios humanos.

Nas civilizações Azteca, Maia e Inca, são bem conhecidos os assassínios rituais (geralmente de crianças) como forma rotineira de influenciar a sorte da vida e em especial o clima, oferecendo aos Deuses. O filme Apocalipto popularizou o conhecimento dessas práticas.
Mas, por toda a Antiguidade desde a Pré-História, praticaram-se sacrifícios humanos: Jeová pediu a Abraão que sacrificasse o próprio filho (tendo depois comutado o pedido no sacrifício de um carneiro), e a lenda diz que Cartago sacrificou todos os primogénitos quando soube que Cipião desembarcara com as suas legiões em África (os romanos, aliás, desprezavam profundamente a prática de sacrifícios humanos destes e outros "bárbaros", como os gauleses).
Nas civilizações que triunfaram, em regra as práticas de sacrifícios humanos acabaram nos primórdios (como no Egipto), mas na Índia regiões houve em que ainda se praticavam no sec. XIX, tal como em África em regiões não islamizadas nem cristianizadas.

Tendo ocorrido de forma tão generalizada em tantas regiões e comunidades humanas que não comunicavam entre si, ocorre pensar que há algo de universal na psicologia humana que promove a prática auto-sacrificial como forma de lidar com fenómenos catastróficos cuja causa se desconhece. Um extraordinário romance que li na adolescência descreve essa psicologia: "A um Deus desconhecido", de Steinbeck.


A personagem central, um farmer da Califórnia, desenvolve uma relação imaginária com os elementos da Natureza com que lida, elegendo uma árvore particular para representante do espírito que vai atribuindo a esses elementos e, no fim, arruinado por uma seca devastadora, abre os pulsos perante a árvore que escolhera como altar, num auto-sacrifício visando o regresso da chuva...


Pessoalmente penso que este tipo de pensamento mágico está muito mais disseminado entre nós do que se pensa, e que pode ser identificado em inúmeros negócios que o exploram como, num exemplo entre tantos outros, os produtos dietéticos (caros e de mau paladar) para quem precisa de emagrecer...

Ora vem isto tudo a propósito de me ocorrer que, também na questão do Aquecimento Global e das medidas auto-punitivas que certas correntes advogam para o "acalmar", se observa o mesmo tipo de pensamento mágico e de irracional sentimento de culpa que Steinbeck narrou no A um Deus desconhecido.
A questão é que, como já em tempos aqui notei a partir dos próprios relatórios do Painel climático Inter-governamental da ONU (IPCC), mesmo admitindo que o Aquecimento Global em curso resulta da emissão de Gases causadores de Efeito de Estufa, a parcela resultante das emissões pela produção mundial de energia eléctrica e pelos transportes rodoviários é de... apenas 20%! Só as emissões pelos incêndios florestais emitem tanto como todas as centrais eléctricas de combustíveis fósseis e todos os automóveis e camiões do mundo juntos!!!... e isto sem falar do mau uso do solo criado pela explosão demográfica!...


Neste contexto, como explicar o afã com que os ecotópicos nos procuram aterrorizar com degelos terminais e cheias apocalípticas, se nós e a Ásia não reduzirmos o consumo de energia e o uso do automóvel, a não ser pelo mesmo tipo de pensamento mágico e invocação auto-sacrifical pré-científicos?


Na verdade, ocorre-me que o verdadeiro terror que se instalou nos centros europeus donde emanam estas directivas não é o das tais cheias e dilúvios, mas sim o da... poluição asiática. Ou melhor: o do fim da Europa como centro do Mundo e o da emergência da Ásia que bem gostariam de ver voltar aos seus antigos consumos...!
E, contra isso, reagem com estes auto-sacrifícios de energia renovável caríssima e, se não reagirmos, em breve a medidas punitivas do uso do automóvel não-eléctrico (portanto, do automovel tout court...). Ideias para que tentaram arrastar o resto do Mundo em Copenhaga mas que, como era evidente aconteceria, a Ásia ignorou soberanamente!


 Entretanto, recordo, tudo isto assenta no pressuposto de que o Aquecimento Global é o produto da emissão de Gases causadores de Efeito de Estufa, portanto de causas antropogénicas. Ora isto está longe de ser matéria científica inquestionável!
 


Sem me querer alongar sobre este tema, diria apenas que um reputadíssimo cientista, o Prof. Jan Veizer, Professor emérito de Geologia da Universidade de Otawa, um eslovaco de origem que fugiu aos 27 anos da Checoslováquia em 1968 e que mais tarde ganhou reputadíssimos prémios internacionais, tem ligado o seu trabalho geológico à estimativa da incidência de raios cósmicos de origem galáctica ao longo da História do planeta, e verificado correlações quase perfeitas entre essa radiação e a variação a longo prazo do clima, assim desafiando a perspectiva limitada do IPCC, que reduz tudo aos Gases de Efeito de Estufa (os quais, a propósito, não conseguem explicar as passadas Idades do Gelo ou o Clima tropical dos pólos no tempo dos dinossauros).
Um resumo em poucas linhas da perspectiva de Jan Veizer pode ser encontrado aqui, e um excelente artigo de 4 páginas seu, de 2009, aqui. Um outro artigo seu de 2005, mais "pesado", mostra como esta teoria pode explicar também as variações de temperatura dos últimos 4 biliões de anos, muito anteriores à própria existência da Humanidade.

Resumidamente: existe uma correlação inquestionável entre a intensidade da radiação cósmica que atinge a Terra e a respectiva temperatura, ao longo dos tempos.

 Os primeiros resultados foram apresentados há poucas semanas, mas, algo inexplicavelmente, ainda não são conhecidos.
De qualquer modo, os cientistas do CLOUD não negam que os Gases de Efeito de Estufa sejam um factor no Aquecimento Global; o que argumentam é que, pelo menos, não são o único factor! A redução da radiação cósmica terá no actual Aquecimento Global entre 45% e toda a responsabilidade, mas isso terá ainda de ser melhor contabilizado!...


Entretanto, os ataques furiosos e muitas vezes ad hominem que se desencadearam contra estes cientistas são de espantar! Ou talvez não...
É que, tal como nas antigas civilizações Maia, Azteca e Inca, ao medo do inexplicável e aos sacrifícios humanos vinha associado poder - o poder dos sacerdotes - assim o mesmo acontece com os líderes ecotópicos!


E, se não é difícil compreender que os sacerdotes Maias não gostariam de ver aparecer alguém a dizer que os sacrifícios humanos que eles executavam eram inúteis e que mais valia fazerem sistemas de irrigação que prevenissem a ocorrência de épocas de mais chuva ou de mais seca, também os novos sacerdotes do Templo climático se encarniçam por todos os meios contra o que possa ameaçar o poder político que conseguiram!


E, ao lado desses sacerdotes, estão todos os interesses instalados, tal como apoiando os sacerdotes Maias estariam os construtores de altares para sacrifícios, os afiadores das facas de execução e os caçadores de vítimas.

 Artigo integral: A ciência não é neutra

 

 

Qual a finalidade?

 Segundo a Forbes:

 Uma Governança Global mais forte é necessária para mitigar o impacto humano sobre o clima da Terra e garantir o desenvolvimento sustentável, de acordo com 32 cientistas, que publicaram um artigo na edição de sexta-feira na revista Science.

  Nesse artigo intitulado"Navegando no Antropoceno: Melhorar a Governança  Mundial com o Sistema Terra", os académicos argumentam que as instituições actuais, incluindo as Nações Unidas, têm-se mostrado insuficientes para as necessidades que a humanidade agora enfrenta.



Os 32 cientistas são membros do Projeto Terra Sistema de Governança Mundial, de modo que seus pontos de vista não são nenhuma surpresa. O projecto é um esforçovelho, para coordenar a pesquisa sobre a governança global, com um interesse declarado na reforma das Nações Unidas, a fim de mitigar os impactos humanos sobre o meio ambiente.

A Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (IPCC), actualmente desempenha o papel mais proeminente na tentativa de forjar acordos internacionais em resposta ao aquecimento global. Acolheu  em 2009  a Conferência de Copenhaga sobre Alterações Climáticas, que produziram o Acordo de Copenhague, um "acordo político voluntário" que tem produzido pouco progresso na questão de parar ou mitigar, as emissões de gases com efeito estufa.

Os 32 cientistas descrevem esforços como este como prova de que as instituições actuais, são incapazes de enfrentar eficazmente o que o jornal descreve como "as actividades humanas estão  a mover os ecossistemas da Terra, para  fora do intervalo de variabilidade natural típico dos últimos 500.000 anos."

Sábado, 14 de Abril de 2012

o porquê de a Islândia não se juntar à União Europeia



a Islândia é uma pequena ilha com 320 mil habitantes, apenas um pouco maior que a Madeira (que tardiamente nos veio brindar com uma dívida encoberta de 5.000 milhões de euros, ou seja, cerca de 20.600 por cada um dos seus 242 mil habitantes). Ao contrário, em 2007 a Islândia tinha um dos maiores produtos internos brutos per capita do mundo! e indicadores de grande prosperidade: o quarto país nos indices de produtividade e forte capacidade de atracção de investimento financeiro. Em 2008 a dívida soberana da país era de 28% do PIB e tinha um superavit orçamental de 6%. Era o Oásis de que falava o Cavaco sem nunca o ter visto... A falência dos três maiores bancos islandeses em 2008 (que tinha sido privatizado cinco anos antes) com dívidas acumuladas iguais a seis vezes o produto interno, provocou um custo imediato superior a 75% do PIB, uma queda de capitalização bolsista de 90%, uma desvalorização de cerca de 50% em relação ao Euro e uma inflação de 14%. O banco Icesave, uma filial online do maior banco islandês, o Landsbanki, devia aos seus depositantes, a maioria especuladores estrangeiros, ingleses e holandeses, o equivalente a 3,9 biliões de euros. Em 2010 cerca de 93% da população disse em referendo que essa divida devia ser repudiada e imediatamente anulada. Como o governo é democrático assim se fez, acrescentando-lhe uma auditoria que acabou por determinar a incriminação dos responsáveis politicos e bancários pelos crimes de especulação e corrupção cometidos. Exemplar. A Islândia voltou a crescer a um ritmo elevado, a sua soberania está preservada



Gostei da parte em que diz:- O povo islandês é astuto e perspicaz, com sabedoria inculcada por séculos de vida em condições difíceis, sabem perfeitamente que não querem abdicar dessa liberdade. 


Leia aqui: Islândia. O povo é quem mais ordena. E já tirou o país da recessão